segunda-feira, março 25, 2013

É a hora da definição, Felipão

Alguns gostam desse troca-troca. Enxergam com bons olhos essa prática não tão difundida ao redor do mundo. Veem mérito nessa inversão. Acham uma atitude agregadora. Conservador, eu confesso que prefiro cada um na sua. Com eventual liberdade para experimentar outras partes do campo, mas em regra cada um na sua.

No amistoso contra a Rússia, nesta segunda-feira, por exemplo, o troca-troca entre Oscar, Kaká e Neymar foi intenso demais pro meu gosto. Nos primeiros 10 minutos a linha de três do 4-2-3-1 verde e amarelo teve Oscar à direita, Neymar por dentro e Kaká à esquerda. Mais além, no “resto” do primeiro tempo, alinhou, da direita pra esquerda, Oscar, Kaká e Neymar.



A boa nova naquele momento foi a volta de Neymar à ponta esquerda. Apesar do desempenho aquém no primeiro tempo, por mais que se tente “inventar”, o melhor posicionamento para o craque da Vila é a beirada esquerda. Não adianta. Joga bem também pela faixa central porque é craque e se adapta facilmente. Mas no fim das contas, a praia dele é a ponta. Tenho batido nessa tecla, inclusive (confira aqui). E o mesmo se aplica a Oscar, que tem jogado mais pelas beiradas, quando é sabido que ele é mais produtivo individual e coletivamente quando atua por dentro.

Na segunda etapa, justiça seja feita, Scolari bem que tentou. Escalou Oscar pelo centro. Voltou do intervalo com o camisa 7 em seu habitat natural, entre os ponteiros, atrás do centroavante (detalhe: terceira formação na partida). Foi a notícia boa naquele momento. Na contra mão, ainda no 4-2-3-1, deslocou Neymar para a direita e Kaká para a esquerda. E uns 10 minutos depois, retornou ao posicionamento inicial (Oscar, Neymar e Kaká), até promover a primeira alteração (Hulk por Oscar).

Alguns veem com bons olhos esse troca-troca de posições. Confunde a marcação adversária. Pode ser. Num time bem entrosado, talvez. Mas no caso do Brasil, no caso de Felipão, que pegou o barco andando, a um ano e três meses da Copa do Mundo, vejo incertezas. Natural e compreensivelmente, ele ainda não encontrou a formação dita ideal. Foram apenas três jogos. Contudo, não há tanto tempo ficar testando uma formação aqui, outra ali. É preciso definir a formação dita ideal o quanto antes, para que ela possa ser repetida e ganhar corpo daqui até juhno de 2014.

Qual a formação ideal? Se é que ela existe, para mim, é um 4-2-3-1 com Lucas à direita, Oscar pela faixa central e Neymar à esquerda. Já escrevi sobre isso, por sinal (aqui). Quanto a Kaká e Ronaldinho, que brigem por uma vaga no banco de reservas.

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