Cleverley não foi relacionado para o jogo e Carrick ficou no banco (ambos considerados titulares). Nesse contexto a equipe escalada por Ferguson alinhou no setor do meio campo Welbeck, Anderson, Giggs e Young. Todos - cada um a seu jeito - atletas de bom trato com a bola no pé. Por dentro, dois canhotos do passe e da visão apurados; por fora, dois condutores de velocidade, duas válvulas de escape. Os quatro visando alimentar a dupla de ataque.
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Evidente que um dos atacantes volta para marcar o primeiro volante quando a posse está com o adversário no campo defensivo do United. Em regra, esse cara é Rooney. Ainda assim, gosto de classificar o sistema como 4-4-2 - ao invés dum 4-4-1-1 - porque o camisa 10 atua boa parte do tempo próximo a Van Persie, e porque Van Persie se movimenta bastante, abandona a referência em vários momentos. Nomenclaturas às vezes irrelevantes à parte, o que realmente me chamou a atenção no confronto com o Reading foi a composição da meia cancha. Em especial, do miolo dela.
A dupla de volantes foi formada por Anderson e Giggs. Convenhamos, nenhum cão de guarda. Nenhum destruidor de jogadas. Sabem dar de ladrão, mas são mais construtores. Há quem prefira o balanceamento, um destruidor e um construtor lado a lado. É uma teoria tentadora, admito. Eu, todavia, prefiro dois construtores juntos, como Anderson e Giggs (ao invés de Carrick e Giggs, Carrick e Anderson ou Carrick e Cleverley, por exemplo). Pelo seguinte: a partir do momento em que os jogadores estão em sincronia, ocupando os espaços com inteligência, correndo certo, a presença do chamado leão de chácara à frente da defesa se faz desnecessária. Ainda mais no 4-4-2 em linha, já que nessa estrutura a faixa central carece de criação quando os volantes não saem com qualidade para o jogo, alternadamente ou não.
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