Exemplar a movimentação de Mesut Özil. Sem a posse da bola, o camisa 8 aperta o zagueiro ou marca o volante adversário. Com a posse (maior parte do tempo), volta para buscar o jogo - até antes da linha de Khedira e Schweinsteiger, inclusive - e articular as jogadas, além de preencher o corredor central ofensivo, quando encosta no cara mais avançado do time (no caso do 3 a 0 sobre o Cazaquistão, Mario Götze).
Em função dessa movimentação do atleta do Real Madrid, pode-se interpretar uma variação entre o 4-4-2 em linha e o 4-2-3-1 no esquema tático alemão. Mas isso é um detalhe pouco relevante, convenhamos.
Götze no ataque foi opção de Löw, já que os centroavantes Gómez e Schürrle estavam no banco. E atuando como falso nove, digamos assim, a estrela do Borussia Dortmund correspondeu. Como era de se esperar, não jogou enfiado entre os zagueiros - apesar de ter feito a parede para quem vinha de trás em vários momentos. Se deslocou bastante, caiu pelos lados e eventualmente recuou para auxiliar na criação, revezando-se com Özil uma vez aqui outra ali. Mas em regra, na medida do possível, Götze foi a referência do ataque germânico.
Entre os volantes, ainda que com boa presença no campo defensivo do frágil e retrancado Cazaquistão, Khedira jogou mais preso e Schweinsteiger mais solto, aparecendo com frequência na frente com qualidade no toque de bola, velocidade na transição, penetração na área e finalização. Seus avanços protagonizaram boas chances ao longo da partida, tanto é que numa delas o 7 balançou a rede, aos 20 do primeiro tempo (Götze fez o segundo dois minutos depois).
Entre os wingers, pouco se viu. Se pela faixa central Schweinsteiger, Özil e Götze deitaram e rolaram, pelas extremas Müller e Podolski (substituiu o titular Draxler logo aos 16) pouco produziram. Atuaram bem abertos e executaram poucas diagonais, limitando-se a trabalhar com os laterais, em especial na primeira etapa. Na etapa final, porém, justiça seja feita, Podolski foi mais participativo, chamou mais o jogo. Müller nem tanto, embora tenha feito o terceiro gol aos 73’.
Além dos três pontos, a vitória sobre o Cazaquistão nessa sexta-feira garantiu a permanência na liderança do Grupo C, com 13 pontos (4 vitórias e 1 empate). Suécia e Irlanda brigam pela segunda colocação. Claro que a Alemanha vai se classificar para a Copa do Mundo sem sustos. E vai chegar, passo a passo, quer queira ou não, com status de favorita (para mim, ao lado Espanha e Argentina).
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