Remo contra a maré. Embora a maioria tenha gostado e aprovado esse posicionamento por dentro, ainda prefiro Neymar na ponta esquerda. É verdade que ele fez boas jogadas contra a Itália atuando pela faixa central. Mas é verdade também que essas boas jogadas surgiram em contra ataques, com espaços a sua frente. Quando a Azzurra esteve bem postada defensivamente em seu campo, o camisa 11 teve dificuldades. Não quer dizer que na ponta esquerda ele teria jogado mais, claro. Ainda assim, prefiro-o por ali, entre outros motivos, por causa de suas entradas na diagonal.
Outra tecla que tenho batido bastante é em relação ao posicionamento de
Oscar. Nesta quinta-feira ele começou na extrema esquerda, mas lá pelos
20 minutos do primeiro tempo inverteu de lado com Hulk, e por lá ficou,
até ser substituído por Kaká na segunda etapa. Marcou gol, é verdade.
Mas, de novo, em situação de contra golpe.
Naquela sequência de amistosos do ano passado que o “revelou” para o mundo, Oscar foi o meia central daquele 4-2-3-1 de Mano Menezes. E daquela maneira foi muito bem, garantindo uma vaga na Seleção até a Copa e um contrato com o Chelsea. Contudo nas Olimpíadas de Londres, sob o comando de Mano, e agora com Felipão (no Chelsea com Benítez igualmente), Oscar foi escalado na beirada, o que, para mim, trata-se de um equívoco.
Ele vai mal pelos flancos? Não. Não é isso. É craque. Se adapta fácil. Sem exagero, joga bem em qualquer posição da meia cancha, e até pelos lados. No entanto não tenho dúvida de que Oscar é mais produtivo ao time quando joga pelo centro. Entre outros motivos, porque por ali sua visão, seu passe, sua infiltração na área, seu arremate e sua participação sem a bola são melhores aproveitados.
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3 comentários:
Concordo. Essa inversão de Oscar e Neymar não pode ser regra, mas exceção. E Neymar pode render bem jogando pelo centro, mas não tão recuado. É parecido com o que Maradona fez com Messi na Copa de 2010. O cara jogava bem, mas ficava muito longe do gol e era menos decisivo. O mesmo vale pra Neymar. Oscar funciona melhor na articulação e é menos letal perto da área.
Também vejo esse posicionamento com Oscar por dentro como o melhor.
A nossa seleção individualmente é forte, mas não conseguimos (ainda) formar um time seguro por completo. Se pegarmos a Copa de 2010 como exemplo, o time tinha uma maneira de jogar bem definida, com os 11 iniciais praticamente garantidos. Com Felipão (e com o Mano também) ainda não conseguimos aderir a nenhum padrão de jogo, e isso é o que mais me preocupa.
Um adendo ao comentário acima: se for pra jogar nesse 4-4-2 em linha, Neymar tem que ficar mais no ataque e voltar menos pra buscar a bola. Mas pra isso, os volantes têm que chegar mais. Hernanes e Paulinho cumprem bem as duas funções.
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