Acho que Ramires. Nem Frank Lampard, nem Didier Drogba ou Fernando Torres. O jogador-chave do mandante na partida diante do Barcelona, para mim, é o brasileiro Ramires. Habituado à ponta direita, o camisa 7 é quem tem mais condições, entre os membros do elenco, de puxar os contra-ataques. Rápido e rasteiro na transição entre meio e frente, perito na condução de bola em alta velocidade, o ex-Benfica e Cruzeiro tem tudo para ser fundamental nas tramas ofensivas.
Como a posse do Barcelona atinge em média 70%, independende do adversário e do estádio, é provável que o contra-golpe seja a estratégia adotada por Di Matteo, mesmo em pleno Stamford Bridge. Para isso, além de Ramires, Mata será crucial. E por causa disso, creio que Malouda (ou Sturridge) ganhará a vaga de Kalou na ponta esquerda do 4-2-3-1 londrino.
Se Guardiola não surpreender com seu 3-4-3 e mantiver o 4-3-3, os duelos individuais deverão ser bem definidos, graças às estruturas táticas das duas equipes: pelas beiradas, Ivanovic (ou Bosingwa) com Iniesta, Ashley Cole com Alexis Sánchez, Daniel Alves com Malouda e Puyol com Ramires. Já pela meia-cancha, Mikel com Fàbregas, Lampard com Xavi e Mata com Busquets. Nunca é demais lembrar, porém, que Iniesta e, principalmente Messi, adoram se juntar ao meio-campo para conquistar a superioridade numérica no setor e manter a posse da pelota.
No confronto contra o Milan no San Siro, por exemplo, pelas quartas de final, Guardiola optou por Keita. Agora, nem se quisesse poderia, pois Keita está machucado e sequer viajou a Londres. Portanto a escalação deve ser essa mesmo, com Fàbregas, Iniesta e mais nove - o que sem dúvida qualifica os passes e os arremates à meta (em especial por causa do 4, que aliás se sente em casa na Terra da Rainha), embora o Barça dependa bastante de Messi e Alexis no quesito finalização.
Teorias e tentativas de previsão à parte, o apito inicial será dado às 15h45 (horário de Brasília), nesta quarta-feira, pela primeira perna da semifinal da Champions League. Palpite? Creio em vitória do Barça, mesmo longe do Camp Nou (o que não significa muita coisa, já que acreditava que o Real Madrid fosse bater o Bayern de Munique na Allianz Arena, e deu no que deu).
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3 comentários:
Carlão,
Creio que não é questão de "Se o Guardiola não surpreender com seu 3-4-3." o time é escalado em um 4-3-3, mas se posta como um 3-4-3, dependendo é claro de seu rendimento e do adversário também.
Caso tiver liberdade, Dani Alves avançará o que fará Piqué, Mascherano e Puyol distribuírem melhor a defesa. Já Fábregas provavelmente centralizará o seu jogo. Na verdade mesmo o Barça não tem atacantes né... é sempre um cara vindo de trás com o Messi de falso 9.
Concorda?
Abraço
Bom, com a bola (ou seja, 70% do tempo), Daniel se manda e a linha defensiva (Puyol, Mascherano e Piqué) naturalmente se ajeita para não deixar espaços, para não ficar "banguela".
Com Daniel na ponta, Alexis deve vir para dentro e Messi recuar ao meio-campo. Aí se configuraria o 3-4-3 mesmo, concordo contigo.
Mas sem a bola, Daniel fecha a linha de quatro.
Acho que no caso do Barcelona, não podemos nos prender tanto ao esquema tático, aos numerozinhos. A movimentação é muito intensa, a variação é muito grande - graças à qualidade dos jogadores, do entrosamento e do dedo do treinador.
Isso mesmo. O Barça é um time que não deve ser visto e analisado como os outros. O Guardiola muda 3, 4 vezes de forma de jogo por partida. Com a bola é uma coisa, sem ela é outra, com Abidal o time joga de um jeito; com Puyol na esquerda de outro. O time é 100% adaptável as circunstâncias.
Isso que me fascina tanto.
Abraço
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