É chover no molhado falar que o São Paulo só ataca no chuveirinho. Neste ano Muricy Ramalho assumiu o risco de priorizar a bola aérea cravando Borges e Washington na frente, e pagou caro por isto. Agora, depois de novamente ser eliminado da Libertadores, quem sabe aconteçam algumas mudanças de ordem tática e técnica no time.
Tenho em mente três opções que variam entre dois 4-5-1 (o 4-2-3-1 e o 4-3-2-1), e o 4-4-2 em losango (se alguém tiver outras, diz aí).
Primeiramente abriria mão dos três zagueiros para jogar com uma linha de quatro com laterais que avançam alternadamente; e segundamente, como diria o outro, colocaria Jorge Wagner e Washington no banco, já que a jogada aérea não está com esta bola toda.
Nas duas variações do 4-5-1 Marlos e Dagoberto atuariam abertos, com o canhoto na direita e o destro na esquerda. O que muda é a composição do miolo da meia-cancha. No 4-2-3-1 Jean e Arouca formariam a dupla de volantes e o meia seria Hernanes:
A Seleção, o Corinthians, o Santos, o Shakhtar e o Arsenal, por exemplo, também jogam neste esquema.
Já no 4-3-2-1 (planificação tática adotada pela Itália, muito semelhante ao 4-3-3 do Barça e ao da Portuguesa), o São Paulo teria um meio-campo com muito poder de marcação (Jean, Arouca e Hernanes) sem perder a qualidade na saída de bola. O camisa 15 jogaria como cabeça-de-área de ofício, centralizado, e o 10 e o 11 dividiriam igualmente as responsabilidades defensivas e ofensivas.
É importante que se diga que neste caso os caras das beiradas, Marlos e Dagoberto, eventualmente apareceriam por dentro para tramar jogadas e arrastar a marcação adversária (além de voltarem para compor uma linha de quatro no meio-de-campo, conforme a necessidade da partida):
Por fim o terceiro e último esquema que imagino que faria o Tricolor jogar um futebol mais agradável de se ver seria o 4-4-2 em losango, como trabalha o Internacional e ocasionalmente a própria Seleção.
Desta maneira Dagoberto atuaria como um legítimo atacante de movimentação, que cai pelos dois lados, enquanto Marlos seria o principal articulador (apesar de ser um jogador mais carregador e arisco do que cerebral, cadenciador, pensante, que é o mais indicado para esta posição).
Não se sabe se estas alternativas dariam certo na prática. Mas na teoria, na minha opinião, são bastante pertinentes. Para mim estes são claros atalhos para o São Paulo abandonar o futebol burocrático no meio do caminho. Ou melhor: no meio da temporada.
4 comentários:
Muito boas análises.
Não sou muito adepto de jogar com 3 zagueiros fixos, e dessas aí que você citou prefiro bem mais o 4-2-3-1, ainda mais com as peças que o São Paulo tem pra encaixar nesse esquema.
Simplesmente sensacional, dá gosto assinar teu blog e teu twitter, o 4-2-3-1 ficaria fantástico!
Meu caro,
Realmente seu blog é fantástico. Parabéns.
Em relação ao São Paulo Futebol Clube, creio que não só de mudanças táticas o tricolor deveria viver neste momento.
as principais mudanças devem começar no pensamento da diretoria. Muita arrogância e pouco agilidade.
Ficou claro que uma pequenina listinha de dispensa deveria começar a ser editada pelos poderosos do Morumbi.
Não dá mais para aguentar Washington, Jorge Wagner e companhia. Até Hernanes deixou de jogar futebol. Pô, com aquela baita grana que ganha por mês...
Um grande abraço a você.
Fernando Richter.
Carlão!
suas analises do SP estao iguais as minhas.
o melhor esquema deses que vc apresentou na minha opinião é este igual o do Barça e da LUSA.
esquemas fortes na marcação e no ataque.
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