quarta-feira, setembro 12, 2007

Cachaça ou tequila?

Um dos fatores que fazem do futebol o mais popular dos esportes é a rivalidade que este propicia.

É verdade que a rivalidade entre clubes é maior que entre seleções nacionais, por razões óbvias, como proximidade geográfica e histórias co-construídas ao longo de muidas décadas. Mas é fato também que a rivalidade entre seleções é inerente ao futebol. A diferença, nos jogos de seleções, é que o torcedor não pode caçoar diretamente do adversário, pois todo colorado tem um vizinho gremista e vice-versa, mas nem todo brasileiro tem um vizinho argentino. E vice-versa.

E como nasce a rivalidade, entre seleções, no futebol? Primeiro, claro, existe a rivalidade histórica entre os países e seus povos, que inevitavelmente veste as chuteiras e entra em campo, como uma Inglaterra e França ou Espanha e Portugal, por exemplo. Segundo, a rivalidade floresce a partir dos confrontos ao longo das décadas. Brasil e Argentina têm mais de século se confrontando. Soma-se a isso a proximidade geográfica entre os países e temos uma das maiores, se não a maior rivalidade do futebol internacional.

Entretanto, a rivalidade não precisa de décadas e décadas de enfrentamentos diretos, nem de proximidade territorial, para existir. Basta alguns duelos com alta freqüência num curto espaço de tempo, principalmente com resultados negativos para um dos lados, que este adversário já será tratado como arquirrival.

É o caso de México e Brasil. Não chega a ser um Brasil x Argentina, é claro, por questões históricas, mas é um cortejo que, ultimamente, vem sendo dominado pelos mexicanos (desde 1999, o Brasil venceu uma em sete partidas). Razão pela qual disperta no torcedor, principalmente brasileiro, o sentimento de rivalidade. Talvez, vá lá, hoje em dia, Brasil e México envolva maior teor emocional do que um Brasil x Uruguai.

Hoje à noite, às 21h45 (Brasília), as seleções mexicana e brasileira medem suas forças em Boston. O jogo promete, pois o selecionado norte-americano é muito bom, e está acostumado a bater no Brasil, que por sua vez está cansado de apanhar dos hermanos lá do hemisfério norte. Resta saber, em caso de vitória, se a festa vai ser comemorada à base de tequila, ou brindada à cachaça.

5 comentários:

Gerson Sicca disse...

Ainda acho q Brasil e Uruguai tem mais jeito de clássico. Pela disputa e pela entrega em campo. O México é um chato circunstancial.

Anônimo disse...

Refiro-me mais no sentido de rivalidade.

Creio que os torcedores têm mais vontade de ver o Brasil ganhar do México do que do Uruguai.

Anônimo disse...

O jogo estava marcado para 20h30 (Brasília). Falta grave. Se alguém se (des)orientou pelo horário que escrevi, escusa.

Anônimo disse...

Deu cachaça, e Dunga tem que ter visto que o julio Cesar é melhor que o Doni e que o Vagner Love é só Love mais nada!Abração

compra seguidores disse...

excelente post!