José Mourinho promoveu duas alterações em relação ao jogo de ida. Na partida desta terça-feira, disputada no Stamford Bridge, o zagueiro Zouma entrou na vaga de Cahill e o meia Oscar entrou na vaga de Mikel. Postado no 4-2-3-1 rotineiro, dessa maneira o Chelsea voltou a atuar com sua formação habitual da temporada, com Willian, Oscar e Hazard na linha de três, além de Fàbregas mais recuado, ao lado de Matic (no segundo tempo Ramires entrou no lugar de Fàbregas, sem mudanças na estrutura tática).
Confira aqui o post sobre o jogo de ida.
Já Brendan Rodgers repetiu o XI do jogo de ida, na semana passada, quando o Liverpool, apesar do 1 a 1 (gols de Hazard e Sterling), foi superior ao rival, em especial na segunda etapa. Distribuídos no 3-6-1 que vem sendo utilizado há mais de um mês, Lucas, Henderson, Gerrard e Coutinho compuseram o quadrado do meio campo, enquanto Markovic (depois Henderson) e Moreno jogaram nas alas, e Sterling no comando do ataque, além da zaga formada por Can, Skrtel e Sakho (depois Johnson). Essa repetição do treinador dos Reds, aliás, tem a ver com o ótimo momento vivido pela equipe. Embora o Chelsea tenha vencido o jogo de volta na prorrogação (gol de Ivanovic) e se classificado à final da Copa do Liga, o Liverpool completou 11 jogos sem perder no tempo regulamentar.
Ao contrário do que aconteceu em Anfield Road, quando a "retranca" se fez presente, em casa o time treinado por Mourinho naturalmente saiu mais para o jogo – a escalação inicial já indicava isso, com Oscar na vaga de Mikel. Os visitantes, em contrapartida, não se acanharam e se comportaram de igual para igual, mesmo em Londres. Na medida do possível, tentando valorizar a posse de bola, contudo sem abdicar das esticadas para Sterling lá na frente, o Liverpool engrossou o caldo equilibrou o confronto. Por sinal, o confronto foi tão equilibrado e cheio de oportunidades que seus principais destaques foram os goleiros belgas Courtois e Mignolet (outro destaque individual foi o também belga Hazard, autor de um quase golaço no segundo tempo).
Apesar do placar sem gols no tempo regulamentar, tratou-se de um belíssimo jogo de futebol, rico de ingredientes que fazem dele, que fazem do futebol, o esporte mais amado e popular do mundo. Houve técnica, tática, habilidade, coletividade, individualidade, adrenalina, discussões, etc. De fato, foi um jogo bastante brigado (muito em função de Diego Costa, que em vários momentos passou do ponto, ultrapassando a linha entre a lealdade e a desonestidade), porém sem diminuir o jogo jogado em si, sem deixar de lado o campo e bola, que foi espetacular. Em outras palavras, foi um baita zero a zero.
Na prorrogação o equilíbrio continuou (àquela altura o zero a zero classificava o Chelsea). Até que numa cobrança de falta na área, Ivanovic subiu livre para marcar de cabeça (falha de Balotelli na marcação) e dar números finais ao duelo. No fim das contas, sem sobras, o todo-poderoso Chelsea passou. No entanto o Liverpool mostrou que está nos trilhos, mostrou que está embalado, e mostrou que tem condições de disputar a FA Cup, a Liga Europa e, por que não?, uma vaga na Champions League 2015/16 via Premier League. Claro, já o Chelsea, apesar de ter se classificado somente no tempo extra e de ter sido eliminado da FA Cup pelo Bradford, mostrou e mostra a cada dia que tem totais condições de conquistar a Inglaterra e, por que não?, a Europa.
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