quinta-feira, junho 07, 2007

Apenas o necessário

Os primeiros 47 minutos da decisão entre Santos e Grêmio foi mais gremista que santista.

Embora o Santos tenha ficado mais com a bola no pé, o Grêmio foi mais eficiente, e fez o que tinha de ser feito: marcou o adversário com precisão e aproveitou a oportunidade que teve, com Diego Souza.

O Peixe apresentou uma bela linha-de-passe ao longo do primeiro tempo. Só que no campo defensivo. Alessandro, Domingos; Domingos, Adaílton; Adaílton, Kléber; Kléber, Adaílton; Adaílton, Domingos; Domingos, Alessandro. E assim ficou por algum tempo. O Santos estava sem saída de jogo. Fruto da precisa e preciosa marcação tricolor.

Além de não ter saída de jogo, o time da Vila errou muitos passes. Muitos. Fruto da ansiedade dos atletas alvinegros.

O gol de Diego Souza (lindo gol, diga-se) foi um balde de água gelada, suja e salgada nos jogadores, e principalmente na torcida. Foi como um cruzado na ponta do queixo.

Que só não nocauteou por causa do gol de Renatinho, no último minuto da primeira etapa. Quem pensava em jogar a toalha... jogou. Mas para longe, não para dentro campo.

O segundo tempo começou com o Santos precisando fazer mais três. E não tomar nenhum.

Fez mais dois.

Mano Menezes, para mim, é o melhor treinador em atividade no Brasil. Mas, salvo raríssimas exceções, nunca se deve tirar um atacante para pôr um volante. Nunca (ou quase nunca). A alteração do treinador do Tricolor convidou o sedento Santos à atacá-lo.

E o alvinegro praiano atacou.

O segundo gol de Renatinho deu grandes esperanças à torcida santista.

O de Zé Roberto (terceiro do Santos), aos 30 minutos, deu mais esperança ainda, além de aumentar o batimento cardíaco dos santisas. E dos gremistas. E de quem estava vendo o jogo.

Se o primeiro tempo foi do Grêmio, o segundo foi do Santos.

Foi do Santos, mas foi insuficiente.

O gol fora de casa fez toda a diferença.

Se o jogo desta quarta-feira era o mais importante do ano, foi um dos, senão o melhor do ano.

Para variar, o tricolor gaúcho fez apenas o necessário.

E o Grêmio chega a mais uma final de Libertadores, graças a vários fatores.

O principal deles tem nome: Mano Menezes.

* O protagonista da próxima postagem será o técnico gremista.

2 comentários:

Anônimo disse...

Foi um Jogão, Quando o Santos Fez o 3 Achava Que o Gremio Não ia Mais Suportar Mas Como o Tempo ja Era Pouco Conseguio. Agora Veremos se Pega o Boca ou o Cucuta. Gostaria de ver o Cucuta é um Bom Time.

Anônimo disse...

Realmente o Mano tira leite de pedra...
É da escola Felipão e necessitamos de técnicos como ele no país...acho que um um ano ou dois, ele virá pro eixo Rio-SP.