Pensando com a emoção à frente da razão, eu tinha esperança de que o Brasil iria golear o México.
Baseado nos recentes amistosos e nos treinos do time de Dunga, tinha expectativa, racionalmente pensando, de uma vitória feia e magra da seleção brasileira.
Nem uma, nem outra. Deu México.
A seleção brasileira, principalmente no primeiro tempo, fez tudo igual ao que fez nos amistosos e nos treinamentos. Ou seja: nada! (igual ao Doni, na hora da cobrança de falta).
O problema desta seleção é que Robinho joga, muito preso, mais tempo perto da linha do meio-de-campo do que da linha da grande área; é que Vágner Love não é pivô. Se for pra ficar jogando neste esquema tático, com apenas um atacante, deveria ter convocado o Aloísio; é que Robinho vira meia, e Elano vira atacante(!).
Estes problemas foram mais visíveis no primeiro tempo.
No segundo, atrás no placar, o Brasil jogou melhor. No intervalo, saíram Diego e Elano, entraram Afonso e Anderson. A seleção abandonou o 4-2-3-1, e adotou o 4-4-2, com dois centro-avantes (Afonso e Love) e dois meias (Robinho e Anderson). O time melhorou. Não por causa dos dois centro-avantes, até porque com Afonso em campo, Vágner sumiu. Melhorou porque Robinho teve total liberdade. Ficou claro, pra mim, que a ilustre frase do ilustre Tostão (A função de Riquelme é não ter função) se aplica também ao camisa 10 de Real Madrid. De fato, ele esteve muito bem na segunda etapa.
Em vão. Quem pintou e bordou foi Castillo. O 21 do México fez um dos gols mais bonitos (a la Pelé) que eu já vi a seleção brasileira sofrer. E perdeu um dos gols mais bonitos que eu já vi alguém perder.
O fato é que, ou Dunga muda seu esquema de jogo, ou cairá do cavalo antes da hora.
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