Dizem que jogo bom é jogo com muitos gols. 3 a 2, 4 a 1, 3 x 4.
Quanto mais gol, melhor.
E isto é óbvio, porque a finalidade do futebol consiste em marcar o gol.
Ou gols, de preferência.
Entretanto, alguns 0 a 0 são melhores que muitos 3 a 1 por aí. Eles são raros, é verdade. Mas existem.
O primeiro tempo do amistoso entre Brasil e Turquia teve (in)significantes 3 chutes a gol.
Os três da Turquia.
45 minutos jogados (no caso, jogados no lixo), e nenhuma finalização da Seleção. Nem sequer arriscar de fora de área, os jogadores foram capazes.
Se bem que não é surpreendente.
Não podemos esperar chutes de longa distância com um meio campo formado por três volantes (Edmílson, Josué e Elano), apenas um meia (Diego), e um atacante que não sabe se joga no ataque ou na meia (Robinho).
Na verdade, a Seleção joga/jogou com uma linha de quatro (Maicon, Alex, Naldo e Marcelo), dois volantes (Edmílson e Josué), uma linha com três meias (Elano - que é volante, e não meia! -, Diego e Robinho), e um centro-avante abandonado (Afonso). É o mesmo esquema tático que Mano utiliza no Grêmio. Porém no Tricolor, os três meias (Carlos Eduardo, Diego Souza e Tcheco) se aproximam muito mais do centro-avante (Tuta).
O segundo tempo do amistoso desta terça teve seus 10 minutos de brilho.
Tudo bem, tudo bem... brilho é generosidade da minha parte.
Os dez primeiros minutos da segunda etapa (já com Ronaldinho em campo) foi melhor do que os quarenta e cinco da primeira (o que não significa muita coisa).
Dunga, insatisfeito, trocou alguns jogadores.
Ronaldinho entrou no lugar de Robinho. A linha de três meias ficou então formada por Ronaldinho, Diego e Elano.
Depois, Elano (o volante disfarçado de meia) saiu, para a entrada de Kaká. E os três meias eram Ronaldinho, Diego e Kaká.
Em vão. Nada a acrescentar.
Mais uma alteração.
Entra Mineiro, no lugar de... Diego!
O jogador do Hertha Berlim entrou em campo claramente sinalizando, com três dedos esticados.
O sinal era para Edmílson e Josué.
"Três volantes, três volantes."
Na verdade, ele não falou. Apenas orientou com a mão.
Os papéis se inverteram. Se antes o meio-campo tinha dois volantes e três meias, com Mineiro, teve três volantes (Josué, Edmílson e Mineiro) e dois meias (Kaká e Ronaldinho).
A alteração até que foi boa, pois com a vantagem no placar, nada como reforçar o poderio defensivo.
***
Passados dois amistosos, pode-se chegar a algumas conclusões (nenhuma, ou apenas uma, animadora):
1. Dunga aprende a utilizar esquemas táticos com Mano Menezes. Aprende errado, mas aprende.
2. Lúcio se deu mal. Naldo não sai tão cedo da Seleção. Foi o melhor (o que não foi difícil) nas duas partidas. (Esta é, ou pode ser, a conlusão animadora.)
3. Difícil concluir alguma coisa sobre Afonso. Qualquer centro-avante, neste esquema do Dunga, vai ficar abandonado. Na verdade, o atacante sempre fica bem acompanhado (dos zagueiros adversários).
4. Elano é volante.
5. A Seleção não pode, até provarem o contrário, jogar com apenas um atacante.
6. Nem com três volantes.
7. Muito menos com um atacante e três volantes!
* Brasil 0 x 0 Turquia não se enquadra nos "0 a 0" melhores que alguns "3 a 1".
5 comentários:
Não tenho dúvida que não se enquadra. O jogo foi chato e sonolento e o pior de tudo é acompanhar a narração do Galvão Bueno.
Ah, esqueci de outra alteração.
Perto do fim, saiu Edmílson para a entrada de... Gilberto Silva.
Haja volante!
Dunga Esta Fazendo Com Que os Brasileiros Nao se Interresem Mais em ve os Jogos da Seleção Viu. é Fogo!! Sem Contar Que Essa Seleção Nao FAz um Amistoso em Casa é Lasca, Esse Ricasso Peixera ta Faturando e Muito Viu.
Dunga é uma topera obediente da CBF!Nos Tupiniquins estamos ferrados!Naldo realmente foi o unico acerto da Topera!Abraço
jogo bizarro, sem dúvidas.
por sorte, não vi muito.
abraço Carlao!
agora que tem seu link, pode aparecer mais por la =P
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