O Blog do Carlão já vinha devagar. Agora vai parar de vez.
Por algumas semanas.
Volta em meados de janeiro. Em princípio.
Abraços!
segunda-feira, dezembro 17, 2007
quinta-feira, dezembro 13, 2007
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Rodízio do Mundial Interclubes
A FIFA criou o Mundial Interclubes, no formato com clubes campeões de todos continentes, há três anos.
A iniciativa é válida, e visa difundir o futebol pelo planeta. Tem muita politicagem envolvida - como em tudo -, mas de fato, nessa fórmula, o Mundial Interclubes se torna mais... mundial.
Para que se torne universal de verdade, para que se torne mais geográfico, falta apenas uma implementação: mudar a sede do torneio. Ou melhor: torná-la móvel, e não fixa.
A idéia é semelhante à final da Liga dos Campeões da Europa, aonde se escolhe a cidade da decisão dois ou três anos antes. A FIFA deve estabelecer, em dois ou três anos de antecedência, o país sede do Mundial Interclubes.
Com o rodízio pelos continentes - incluindo Europa, claro - o interesse pelo Mundial Interclubes, mundo adentro e afora, deve crescer cada vez mais e mais.
Há muitos interesses políticos, e financeiros, envolvidos - como sempre. Tirar o Mundial Interclubes do Japão não deve ser tarefa fácil. Mas que é pertinente a intenção de fazer o rodízio de continente, isso é. Né?
A iniciativa é válida, e visa difundir o futebol pelo planeta. Tem muita politicagem envolvida - como em tudo -, mas de fato, nessa fórmula, o Mundial Interclubes se torna mais... mundial.
Para que se torne universal de verdade, para que se torne mais geográfico, falta apenas uma implementação: mudar a sede do torneio. Ou melhor: torná-la móvel, e não fixa.
A idéia é semelhante à final da Liga dos Campeões da Europa, aonde se escolhe a cidade da decisão dois ou três anos antes. A FIFA deve estabelecer, em dois ou três anos de antecedência, o país sede do Mundial Interclubes.
Com o rodízio pelos continentes - incluindo Europa, claro - o interesse pelo Mundial Interclubes, mundo adentro e afora, deve crescer cada vez mais e mais.
Há muitos interesses políticos, e financeiros, envolvidos - como sempre. Tirar o Mundial Interclubes do Japão não deve ser tarefa fácil. Mas que é pertinente a intenção de fazer o rodízio de continente, isso é. Né?
quarta-feira, dezembro 05, 2007
Por que Corinthians e não Cruzeiro?
Se fosse para o Cruzeiro, Mano teria a obrigação, entre aspas, de levar a Raposa, no mínimo, à semifinal da Copa Libertadores.
Seria o que muita gente, em especial o torcedor cruzeirense, esperaria, em função da brilhante campanha no Grêmio.
Mas da Série B ao vice-campeonato da Libertadores, no tricolor gaúcho, foram 2 anos e meio.
Mano precisa de tempo para trabalhar, para dar continuidade, para conhecer os jogadores e tê-los na mão. Para ter o grupo fechado, como se diz.
Por mais estruturado que seja o clube de Minas, por mais talentosos que sejam seus atletas, em menos de um semestre, Mano não teria seus comandados unidos em pensamento, focados na mesma meta.
A longo prazo, os jogadores compram a briga. Jogam pelo Mano.
O provável (ou possível) fracasso (ou não sucesso) na Libertadores, poderia pôr em xeque a contratação de Mano pelo Cruzeiro.
No Timão, espera-se o que aconteceu com o Grêmio: da Série B às cabeceiras da Libertadores. É inevitável a comparação, a criação da expectativa.
E para que isso aconteça, eles, treinador e jogadores, terão tempo para "fechar o grupo".
Além da recompensa financeira ser maior no time de São Paulo, para Mano, obter sucesso no Corinthians é mais fácil do que no Cruzeiro. E a repercussão na mídia nacional é maior.
Outro ponto, pensou eu, decisivo para a ida de Mano ao SCCP, foi Lulinha. Este pode ser, para o Corinthians, de Mano, o que Carlos Eduardo foi para o Grêmio, de Mano. Em mais de uma temporada, ele vai trabalhar muito bem o garoto. E o treinador sabe que tem um diamante nas mãos. E mais que ninguém, sabe como lapidá-lo.
Seria o que muita gente, em especial o torcedor cruzeirense, esperaria, em função da brilhante campanha no Grêmio.
Mas da Série B ao vice-campeonato da Libertadores, no tricolor gaúcho, foram 2 anos e meio.
Mano precisa de tempo para trabalhar, para dar continuidade, para conhecer os jogadores e tê-los na mão. Para ter o grupo fechado, como se diz.
Por mais estruturado que seja o clube de Minas, por mais talentosos que sejam seus atletas, em menos de um semestre, Mano não teria seus comandados unidos em pensamento, focados na mesma meta.
A longo prazo, os jogadores compram a briga. Jogam pelo Mano.
O provável (ou possível) fracasso (ou não sucesso) na Libertadores, poderia pôr em xeque a contratação de Mano pelo Cruzeiro.
No Timão, espera-se o que aconteceu com o Grêmio: da Série B às cabeceiras da Libertadores. É inevitável a comparação, a criação da expectativa.
E para que isso aconteça, eles, treinador e jogadores, terão tempo para "fechar o grupo".
Além da recompensa financeira ser maior no time de São Paulo, para Mano, obter sucesso no Corinthians é mais fácil do que no Cruzeiro. E a repercussão na mídia nacional é maior.
Outro ponto, pensou eu, decisivo para a ida de Mano ao SCCP, foi Lulinha. Este pode ser, para o Corinthians, de Mano, o que Carlos Eduardo foi para o Grêmio, de Mano. Em mais de uma temporada, ele vai trabalhar muito bem o garoto. E o treinador sabe que tem um diamante nas mãos. E mais que ninguém, sabe como lapidá-lo.
terça-feira, dezembro 04, 2007
Mano Menezes no Corinthians
Do Blog do PVC.
Reviravolta no caso Mano Menezes. O técnico acaba de acertar com o Corinthians, por 360 mil reais por mês e premiação de 1,5 milhão de reais se conseguir o acesso para a Série A.
O empresário do treinador, Carlos Leite, reuniu-se com Mano Menezes, Alvimar Perrella e Zezé Perrella na hora do almoço. Ouviu a proposta do Cruzeiro e prometeu resposta para a manhã de quarta-feira.
Depois da reunião, Carlos Leite deixou o Rio de Janeiro para reunir-se com a cúpula do Corinthians e acertou as bases do contrato para a transferência para o futebol de São Paulo.
Reviravolta no caso Mano Menezes. O técnico acaba de acertar com o Corinthians, por 360 mil reais por mês e premiação de 1,5 milhão de reais se conseguir o acesso para a Série A.
O empresário do treinador, Carlos Leite, reuniu-se com Mano Menezes, Alvimar Perrella e Zezé Perrella na hora do almoço. Ouviu a proposta do Cruzeiro e prometeu resposta para a manhã de quarta-feira.
Depois da reunião, Carlos Leite deixou o Rio de Janeiro para reunir-se com a cúpula do Corinthians e acertou as bases do contrato para a transferência para o futebol de São Paulo.
Seleções do Brasileirão
Eis a Seleção do Campeonato eleita na festa oficial da CBF:
Rogério Ceni; Léo Moura, Breno, Miranda e Kléber; Richarlyson, Hernanes, Ibson e Valdívia; Acosta e Josiel.
Eis a Seleção dos Bolas de Prata, pela Revista Placar:
Rogério Ceni; Léo Moura, Thiago Silva, Breno e Kléber; Richarlyson, Hernanes, Thiago Neves e Valdívia; Acosta e Leandro Amaral.
Agora, vamos ao que interessa: a Seleção do Campeonato pelo Blog do Carlão.
Rogério Ceni; Léo Moura, Breno, Miranda e Kléber; Richarlyson, Hernanes, Thiago Neves e Valdívia; Acosta e Dodô.
Alguns pontos sobre o primeiro selecionado:
1) Para mim, Ibson jogou poucas partidas para entrar na Seleção do Brasileirão. Ainda mais como meia-direita.
2) Josiel foi o artilheiro, mas não foi melhor que Dodô e Leandro Amaral, por exemplo.
3) Valdívia e Thiago Neves disputaram uma vaga (meia-esquerda). O que foi um pecado.
4) O Pentágono Mágico está em campo. Os principais responsáveis pelo título do São Paulo (Rogério, Breno, Miranda, Richarlyson e Hernanes).
Sobre os Bolas de Prata:
1) A questão das notas é muito relativa. Mas os eleitos são merecedores.
2) Miranda, que foi eleito nas outras duas Seleções, perdeu a vaga para Thiago Silva. Se for para escolher entre os dois para jogar no meu time, opto pelo quarto-zagueiro são paulino. Mas é discutível.
Selecionado do Blog do Carlão:
1) Os internautas do Blog do Carlão são diferenciados. Entendem de futebol.
2) O escrete foi escolhido nas enquetes, e entre as três, creio que é o melhor.
3) A disputa maior ficou no ataque, para saber quem faz companhia a Acosta. A briga ficou, gol a gol, entre Leandro Amaral e Dodô. O artilheiro dos tentos bonitos levou. Por muito pouco. Quase empate técnico.
As unanimidades nos três times: Rogério Ceni, Léo Moura, Breno, Kléber, Richarlyson, Hernanes, Valdívia e Acosta.
Só para registro, na premiação da CBF, Rogério foi escolhido o melhor jogador do certame, o craque da torcida, além de melhor goleiro. O técnico, pela terceira vez consecutiva, foi Muricy Ramalho. A revelação, Breno. A torcida, Flamengo. O árbitro, Leonardo Gaciba.
Na Bola de Prata, Thiago Neves foi o melhor do campeonato. Levou a Bola de Ouro. Dodô, a chuteira de ouro, por ser o maior marcador da temporada (34 gols).
No Blog do Carlão, Muricy foi eleito o treinador. E Acosta, o craque do Brasileirão.
Rogério Ceni; Léo Moura, Breno, Miranda e Kléber; Richarlyson, Hernanes, Ibson e Valdívia; Acosta e Josiel.
Eis a Seleção dos Bolas de Prata, pela Revista Placar:
Rogério Ceni; Léo Moura, Thiago Silva, Breno e Kléber; Richarlyson, Hernanes, Thiago Neves e Valdívia; Acosta e Leandro Amaral.
Agora, vamos ao que interessa: a Seleção do Campeonato pelo Blog do Carlão.
Rogério Ceni; Léo Moura, Breno, Miranda e Kléber; Richarlyson, Hernanes, Thiago Neves e Valdívia; Acosta e Dodô.
Alguns pontos sobre o primeiro selecionado:
1) Para mim, Ibson jogou poucas partidas para entrar na Seleção do Brasileirão. Ainda mais como meia-direita.
2) Josiel foi o artilheiro, mas não foi melhor que Dodô e Leandro Amaral, por exemplo.
3) Valdívia e Thiago Neves disputaram uma vaga (meia-esquerda). O que foi um pecado.
4) O Pentágono Mágico está em campo. Os principais responsáveis pelo título do São Paulo (Rogério, Breno, Miranda, Richarlyson e Hernanes).
Sobre os Bolas de Prata:
1) A questão das notas é muito relativa. Mas os eleitos são merecedores.
2) Miranda, que foi eleito nas outras duas Seleções, perdeu a vaga para Thiago Silva. Se for para escolher entre os dois para jogar no meu time, opto pelo quarto-zagueiro são paulino. Mas é discutível.
Selecionado do Blog do Carlão:
1) Os internautas do Blog do Carlão são diferenciados. Entendem de futebol.
2) O escrete foi escolhido nas enquetes, e entre as três, creio que é o melhor.
3) A disputa maior ficou no ataque, para saber quem faz companhia a Acosta. A briga ficou, gol a gol, entre Leandro Amaral e Dodô. O artilheiro dos tentos bonitos levou. Por muito pouco. Quase empate técnico.
As unanimidades nos três times: Rogério Ceni, Léo Moura, Breno, Kléber, Richarlyson, Hernanes, Valdívia e Acosta.
Só para registro, na premiação da CBF, Rogério foi escolhido o melhor jogador do certame, o craque da torcida, além de melhor goleiro. O técnico, pela terceira vez consecutiva, foi Muricy Ramalho. A revelação, Breno. A torcida, Flamengo. O árbitro, Leonardo Gaciba.
Na Bola de Prata, Thiago Neves foi o melhor do campeonato. Levou a Bola de Ouro. Dodô, a chuteira de ouro, por ser o maior marcador da temporada (34 gols).
No Blog do Carlão, Muricy foi eleito o treinador. E Acosta, o craque do Brasileirão.
domingo, dezembro 02, 2007
Corinthians
O Timão vendeu a alma ao Diabo.
E agora está pagando o preço.
Esta é a melhor definição sobre a situação corintiana.
E agora está pagando o preço.
Esta é a melhor definição sobre a situação corintiana.
Palmeiras
Com a decepcionante perda da vaga na Libertadores, no próprio Palestra, Caio Júnior fica ameaçado.
Além do resultado alviverde de hoje, Mano Menezes diz que tem propostas do Mundo Árabe, mas que quer mesmo é ficar no futebol brasileiro.
Além do resultado alviverde de hoje, Mano Menezes diz que tem propostas do Mundo Árabe, mas que quer mesmo é ficar no futebol brasileiro.
quinta-feira, novembro 29, 2007
O planeta bola dá voltas
O Timão está com um pé na Série B e o outro na casca de banana.
Entre os colorados, é unanimidade: o Inter deve entregar o jogo contra o Goiás - muito em função de 2005.
Entre os gremistas, na despedida de Mano, e com a possibilidade de chegar à Libertadores, eis o consenso: vencer ou vencer.
Para o Corinthians, depender do São Paulo ou do Palmeiras seria melhor. Depender de qualquer um seria melhor, menos do Inter.
Na verdade, o alvinegro depende só dele: basta ganhar do Grêmio, no Olímpico, e o clube não será rebaixado.
Alguém duvida?
Entre os colorados, é unanimidade: o Inter deve entregar o jogo contra o Goiás - muito em função de 2005.
Entre os gremistas, na despedida de Mano, e com a possibilidade de chegar à Libertadores, eis o consenso: vencer ou vencer.
Para o Corinthians, depender do São Paulo ou do Palmeiras seria melhor. Depender de qualquer um seria melhor, menos do Inter.
Na verdade, o alvinegro depende só dele: basta ganhar do Grêmio, no Olímpico, e o clube não será rebaixado.
Alguém duvida?
quarta-feira, novembro 28, 2007
Mano fora do Grêmio
Mano Menezes, o mano querido, deixará a agremiação do Olímpico no próximo domingo, após a partida contra o Corinthians, pela última rodada do Brasileirão.
Foram 3 anos de Mano. Em 2005, o treinador levou o tricolor da Série B à Série A. Em 2006, colocou o time de Porto Alegre no seu lugar devido: Libertadores. Neste ano, vice-campeão da Copa mais importante do continente.
O feito de Mano Menezes no Grêmio é espetacular. Da segunda divisão ao 2º lugar das Américas, em menos de 3 anos, é para os raros.
O ciclo se encerra, e Mano - que está, indiscutivelmente, entre os três melhores do Brasil - irá em busca de novos ares. Ou no exterior (Mundo Árabe), ou no centro do país (SP ou RJ).
Foram 3 anos de Mano. Em 2005, o treinador levou o tricolor da Série B à Série A. Em 2006, colocou o time de Porto Alegre no seu lugar devido: Libertadores. Neste ano, vice-campeão da Copa mais importante do continente.
O feito de Mano Menezes no Grêmio é espetacular. Da segunda divisão ao 2º lugar das Américas, em menos de 3 anos, é para os raros.
O ciclo se encerra, e Mano - que está, indiscutivelmente, entre os três melhores do Brasil - irá em busca de novos ares. Ou no exterior (Mundo Árabe), ou no centro do país (SP ou RJ).
terça-feira, novembro 27, 2007
Flamengo
É a melhor campanha do rubronegro carioca, em Campeonatos Brasileiros, nos últimos 15 anos.
O time saiu da penúltima posição à Libertadores.
E difícil é fugir do lugar comum ao apresentar os maiores responsáveis pelo feito histórico: Joel, Ibson, e a Torcida, pela ordem.
O pensamento está em 2008, mas alguns pontos devem ser solucionados.
Primeiro, Joel tem de permanecer no cargo, e dar continuidade no trabalho. E ele tende a permanecer.
Em segundo, é inevitável a perda de alguns atletas. E inevitável é - se há pretensão de título - contratar os jogadores certos, que possuam espírito e força de Libertadores. De preferência alguns que já disputaram o torneio.
E por fim, a Torcida - com T grande, tesão, T maiúsculo - vai continuar a empurrar. Mas até à Copa Libertadores, tem o Campeonato Carioca pela frente, e muita bola vai rolar.
O time saiu da penúltima posição à Libertadores.
E difícil é fugir do lugar comum ao apresentar os maiores responsáveis pelo feito histórico: Joel, Ibson, e a Torcida, pela ordem.
O pensamento está em 2008, mas alguns pontos devem ser solucionados.
Primeiro, Joel tem de permanecer no cargo, e dar continuidade no trabalho. E ele tende a permanecer.
Em segundo, é inevitável a perda de alguns atletas. E inevitável é - se há pretensão de título - contratar os jogadores certos, que possuam espírito e força de Libertadores. De preferência alguns que já disputaram o torneio.
E por fim, a Torcida - com T grande, tesão, T maiúsculo - vai continuar a empurrar. Mas até à Copa Libertadores, tem o Campeonato Carioca pela frente, e muita bola vai rolar.
Seleção Olímpica
Apenas uma nota: Pato.
O garoto prodígio não era convocado à Seleção principal por não estar jogando no Milan.
Este era o argumento, correto?
Então, por que foi convocado?
Dunga, que diz ser tão coerente (e sabe-se que, às vezes, a coerência é um demérito), contrariou seus próprios princípios (se é que eles existem).
O garoto prodígio não era convocado à Seleção principal por não estar jogando no Milan.
Este era o argumento, correto?
Então, por que foi convocado?
Dunga, que diz ser tão coerente (e sabe-se que, às vezes, a coerência é um demérito), contrariou seus próprios princípios (se é que eles existem).
quinta-feira, novembro 22, 2007
Brasil 2 x 1 Uruguai
A Seleção Brasileira, sem a bola, é covarde. Com a bola, é desorganizada.
Sem a bola, ao invés de morder o calcanhar e marcar no campo do adversário, fica todo retraído, encolhido no próprio terreno, à espera do oponente. Esta atitude não pode ser tomada pela Seleção. Talvez por algum time fraco, visitante, que busca um heróico empate no contra-ataque. Mas pela Seleção, não. Ainda mais no Brasil.
O problema tático ainda persiste. O 4-2-3-1 não funciona. Robinho é atacante, e como tal, deve jogar mais à frente, ao lado do centro-avante.
Há quem ponha em xeque a permanência de Kaká, Ronaldinho e Robinho na mesma equipe. Para mim, tirar um deles é esfaquear o bom futebol. Lembre-se da Copa das Confederações de 2005, com os três em campo, mais Adriano. Só que naquela época, Parreira adotava o 4-4-2 (4-2-2-2), e não o 4-5-1 (4-2-3-1).
Ontem, os laterais apoiaram em demasia. Com pouca qualidade, é verdade. Mas apoiaram.
Já os volantes, esses sim, precisam de apoio. Principalmente Gilberto Silva.
E o time precisa de um líder. Alguém que oriente e cobre. Alguém que fale e gesticule. Alguém que una os jogadores. Afinal, é esta a função de um líder: unir.
Kaká disse, anteontem, ter assumido a posição de líder da Seleção. Pelo menos no discurso.
Sobre Ronaldinho, confesso minha decepção. Faz tempo que o craque não parte pra cima dos marcadores com seus dribles quebra-coluna. Não só no Brasil, mas também no Barça. O camisa 10 nada mais faz que toques de lado e lançamentos de 30, 40 metros. Faz bem, tudo bem. Mas é pouco para ele. Um fato é nítido: sua confiança está em baixa.
E na frente, o problema está resolvido. Luis Fabiano é o nove, até chegar a vez de Pato. Mas se Robinho não jogar como atacante que é, ao lado do centro-avante, Jesus Cristo pode vestir a amarelinha de número 9 que nada vai mudar.
O Uruguai dominou a partida, e só não venceu por causa de dois atletas: Júlio César, que fechou o gol, e Luis Fabiano, que marcou um de direita e outro de esquerda, levou dois pontos na cabeça e deu três ao Brasil.
Sem a bola, ao invés de morder o calcanhar e marcar no campo do adversário, fica todo retraído, encolhido no próprio terreno, à espera do oponente. Esta atitude não pode ser tomada pela Seleção. Talvez por algum time fraco, visitante, que busca um heróico empate no contra-ataque. Mas pela Seleção, não. Ainda mais no Brasil.
O problema tático ainda persiste. O 4-2-3-1 não funciona. Robinho é atacante, e como tal, deve jogar mais à frente, ao lado do centro-avante.
Há quem ponha em xeque a permanência de Kaká, Ronaldinho e Robinho na mesma equipe. Para mim, tirar um deles é esfaquear o bom futebol. Lembre-se da Copa das Confederações de 2005, com os três em campo, mais Adriano. Só que naquela época, Parreira adotava o 4-4-2 (4-2-2-2), e não o 4-5-1 (4-2-3-1).
Ontem, os laterais apoiaram em demasia. Com pouca qualidade, é verdade. Mas apoiaram.
Já os volantes, esses sim, precisam de apoio. Principalmente Gilberto Silva.
E o time precisa de um líder. Alguém que oriente e cobre. Alguém que fale e gesticule. Alguém que una os jogadores. Afinal, é esta a função de um líder: unir.
Kaká disse, anteontem, ter assumido a posição de líder da Seleção. Pelo menos no discurso.
Sobre Ronaldinho, confesso minha decepção. Faz tempo que o craque não parte pra cima dos marcadores com seus dribles quebra-coluna. Não só no Brasil, mas também no Barça. O camisa 10 nada mais faz que toques de lado e lançamentos de 30, 40 metros. Faz bem, tudo bem. Mas é pouco para ele. Um fato é nítido: sua confiança está em baixa.
E na frente, o problema está resolvido. Luis Fabiano é o nove, até chegar a vez de Pato. Mas se Robinho não jogar como atacante que é, ao lado do centro-avante, Jesus Cristo pode vestir a amarelinha de número 9 que nada vai mudar.
O Uruguai dominou a partida, e só não venceu por causa de dois atletas: Júlio César, que fechou o gol, e Luis Fabiano, que marcou um de direita e outro de esquerda, levou dois pontos na cabeça e deu três ao Brasil.
terça-feira, novembro 20, 2007
segunda-feira, novembro 19, 2007
Dia de Domingos
Domingo era dia de domingada.
Dia de ir ao estádio para ver o lorde dos gramados fazer suas jogadas chiques, finas, de classe.
Suas domingadas.
Como um cavalheiro, roubava a bola sem um pontapé sequer.
Elegante, matava-a no peito, erguia a cabeça, e saía jogando rasteiro, tranqüilo. Driblava o primeiro, o segundo, o terceiro. Quando o próximo adversário se aproximava, um lançamento de quarenta metros saía de seu pé para encontrar o ponta-esquerda na caral do gol.
Domingo era dia de Domingos, o Divino Mestre.
Dia de ver o maior defensor brasileiro de todos os tempos. O mais clássico dos clássicos dos zagueiros.
*Domingos da Guia nasceu num 19 de novembro, em 1912, no Rio de Janeiro. Durante a década de 30 e 40, além da Seleção, jogou em vários clubes: Bangu, Nacional, Vasco, Boca Juniors, Flamengo e Corinthians. É irmão de Ladislau da Guia, maior artilheiro da história do Bangu. E pai de Ademir. Domingos faleceu em 2000.
Dia de ir ao estádio para ver o lorde dos gramados fazer suas jogadas chiques, finas, de classe.
Suas domingadas.
Como um cavalheiro, roubava a bola sem um pontapé sequer.
Elegante, matava-a no peito, erguia a cabeça, e saía jogando rasteiro, tranqüilo. Driblava o primeiro, o segundo, o terceiro. Quando o próximo adversário se aproximava, um lançamento de quarenta metros saía de seu pé para encontrar o ponta-esquerda na caral do gol.
Domingo era dia de Domingos, o Divino Mestre.
Dia de ver o maior defensor brasileiro de todos os tempos. O mais clássico dos clássicos dos zagueiros.
*Domingos da Guia nasceu num 19 de novembro, em 1912, no Rio de Janeiro. Durante a década de 30 e 40, além da Seleção, jogou em vários clubes: Bangu, Nacional, Vasco, Boca Juniors, Flamengo e Corinthians. É irmão de Ladislau da Guia, maior artilheiro da história do Bangu. E pai de Ademir. Domingos faleceu em 2000.
quarta-feira, novembro 14, 2007
O primeiro jogo
27 de dezembro de 1936.
Campeonato Sul-Americano.
Buenos Aires, Bombonera.
O Brasil alinhou Rei (Vasco); Carnera (Palestra Itália) e Jaú (Corinthians); Tunga (Palestra Itália), Brandão (Corinthians) e Afonsinho (São Cristóvão); Roberto (São Cristóvão), Bahia (Madureira), Niginho (Palestra Itália-MG), Tim (Portuguesa Santista) e Patesko (Botafogo).
O técnico, Adhemar Pimenta.
Roberto abriu o placar. Afonsinho ampliou. Lolo, do Peru, descontou. Niginho fez 3 a 1. E Villanueva diminuiu.
Brasil 3, Peru 2.
Campeonato Sul-Americano.
Buenos Aires, Bombonera.
O Brasil alinhou Rei (Vasco); Carnera (Palestra Itália) e Jaú (Corinthians); Tunga (Palestra Itália), Brandão (Corinthians) e Afonsinho (São Cristóvão); Roberto (São Cristóvão), Bahia (Madureira), Niginho (Palestra Itália-MG), Tim (Portuguesa Santista) e Patesko (Botafogo).
O técnico, Adhemar Pimenta.
Roberto abriu o placar. Afonsinho ampliou. Lolo, do Peru, descontou. Niginho fez 3 a 1. E Villanueva diminuiu.
Brasil 3, Peru 2.
A maior goleada
26 de junho de 1997.
Copa América.
Santa Cruz de La Sierra, Ramon Aguilera.
Com a amarelinha, Taffarel (Atlético-MG); Cafu (Palmeiras), Aldair (Roma), Gonçalves (Botafogo) e Roberto Carlos (Real Madrid); Dunga (Jubilo Iwata), Flávio Conceição (La Coruña), Leonardo (Paris Saint-Germain) e Denílson (São Paulo); Romário (Flamengo) e Ronaldo (Barcelona). Mauro Silva (La Coruña), Djalminha (Palmeiras) e Edmundo (Vasco) entraram durante a partida.
À beira do campo, o Velho Lobo.
Denílson fez um. Flávio Conceição também. Romário marcou dois. Leonardo também. E Djalminha, o derradeiro.
Brasil 7 a 0.
Copa América.
Santa Cruz de La Sierra, Ramon Aguilera.
Com a amarelinha, Taffarel (Atlético-MG); Cafu (Palmeiras), Aldair (Roma), Gonçalves (Botafogo) e Roberto Carlos (Real Madrid); Dunga (Jubilo Iwata), Flávio Conceição (La Coruña), Leonardo (Paris Saint-Germain) e Denílson (São Paulo); Romário (Flamengo) e Ronaldo (Barcelona). Mauro Silva (La Coruña), Djalminha (Palmeiras) e Edmundo (Vasco) entraram durante a partida.
À beira do campo, o Velho Lobo.
Denílson fez um. Flávio Conceição também. Romário marcou dois. Leonardo também. E Djalminha, o derradeiro.
Brasil 7 a 0.
A segunda maior goleada
24 de abril de 1949.
Campeonato Sul-Americano.
Rio de Janeiro, São Januário.
A Seleção perfilou Barbosa (Vasco); Augutso (Vasco) e Wilson (Vasco); Ely (Vasco), Danilo (Vasco) e Bigode (São Paulo); Tesourinha (Inter), Zizinho (Flamengo), Otávio (Botafogo), Jair (Flamengo) e Simão (Portuguesa). Orlando Pingo de Ouro (Fluminense) e Ademir Menezes (Vasco) também jogaram.
Flávio Costa no comando.
Salina, peruano, fez o primeiro. Mas o Brasil virou. E como virou! Arce fez contra. Simão, Orlando Pingo de Ouro, Augusto e Ademir Menezes anotaram um cada. Jair Rosa Pinto marcou dois.
Brasil 7, Peru 1.
Campeonato Sul-Americano.
Rio de Janeiro, São Januário.
A Seleção perfilou Barbosa (Vasco); Augutso (Vasco) e Wilson (Vasco); Ely (Vasco), Danilo (Vasco) e Bigode (São Paulo); Tesourinha (Inter), Zizinho (Flamengo), Otávio (Botafogo), Jair (Flamengo) e Simão (Portuguesa). Orlando Pingo de Ouro (Fluminense) e Ademir Menezes (Vasco) também jogaram.
Flávio Costa no comando.
Salina, peruano, fez o primeiro. Mas o Brasil virou. E como virou! Arce fez contra. Simão, Orlando Pingo de Ouro, Augusto e Ademir Menezes anotaram um cada. Jair Rosa Pinto marcou dois.
Brasil 7, Peru 1.
O retrospecto
Brasil 3 x 2 Peru (Campeonato Sul-Americano, 27/12/1936)
Brasil 2 x 1 Peru (Campeonato Sul-Americano, 21/01/1942)
Brasil 7 x 1 Peru (Campeonato Sul-Americano, 24/04/1949)
Brasil 0 x 0 Peru (Campeonato Sul-Americano, 10/04/1952)
Brasil 0 x 1 Peru (Campeonato Sul-Americano, 19/03/1953)
Brasil 2 x 1 Peru (Campeonato Sul-Americano Extra, 01/02/1956)
Brasil 1 x 0 Peru (Campeonato Pan-Americano, 06/03/1956)
Brasil 1 x 0 Peru (Campeonato Sul-Americano, 31/03/1957)
Brasil 1 x 1 Peru (Eliminatórias Copa 1958, 13/04/1957)
Brasil 1 x 0 Peru (Eliminatórias Copa 1958, 21/04/1957)
Brasil 2 x 2 Peru (Campeonato Sul-Americano, 10/03/1959)
Brasil 1 x 0 Peru (Campeonato Sul-Americano, 10/03/1963)
Brasil 4 x 0 Peru (Amistoso, 04/06/1966)
Brasil 3 x 1 Peru (Amistoso, 08/06/1966)
Brasil 4 x 3 Peru (Amistoso, 14/07/1968)
Brasil 4 x 0 Peru (Amistoso, 17/07/1968)
Brasil 2 x 1 Peru (Amistoso, 07/04/1969)
Brasil 3 x 2 Peru (Amistoso, 09/04/1969)
Brasil 4 x 2 Peru (Copa do Mundo, 14/06/1970)
Brasil 1 x 3 Peru (Copa América, 30/09/1975)
Brasil 2 x 0 Peru (Copa América, 04/10/1975)
Brasil 1 x 0 Peru (Eliminatórias Copa 1978)
Brasil 3 x 0 Peru (Amistoso, 01/05/1978)
Brasil 3 x 0 Peru (Copa do Mundo, 14/06/1978)
Brasil 0 x 1 Peru (Amistoso, 28/04/1985)
Brasil 4 x 0 Peru (Amistoso, 01/04/1986)
Brasil 4 x 1 Peru (Amistoso, 10/05/1989)
Brasil 1 x 1 Peru (Amistoso, 24/05/1989)
Brasil 0 x 0 Peru (Copa América, 03/07/1989)
Brasil 0 x 0 Peru (Copa América, 18/06/1993)
Brasil 2 x 0 Peru (Copa América, 10/07/1995)
Brasil 7 x 0 Peru (Copa América, 26/06/1997)
Brasil 1 x 0 Peru (Eliminatórias Copa 2002, 04/06/2000)
Brasil 1 x 1 Peru (Eliminatórias Copa 2002, 25/04/2001)
Brasil 2 x 0 Peru (Copa América, 15/07/2001)
Brasil 1 x 1 Peru (Eliminatórias Copa 2006, 16/11/2003)
Brasil 1 x 0 Peru (Eliminatórias Copa 2006, 27/03/2005)
26 vitórias do Brasil, 3 do Peru, 8 empates.
Brasil 2 x 1 Peru (Campeonato Sul-Americano, 21/01/1942)
Brasil 7 x 1 Peru (Campeonato Sul-Americano, 24/04/1949)
Brasil 0 x 0 Peru (Campeonato Sul-Americano, 10/04/1952)
Brasil 0 x 1 Peru (Campeonato Sul-Americano, 19/03/1953)
Brasil 2 x 1 Peru (Campeonato Sul-Americano Extra, 01/02/1956)
Brasil 1 x 0 Peru (Campeonato Pan-Americano, 06/03/1956)
Brasil 1 x 0 Peru (Campeonato Sul-Americano, 31/03/1957)
Brasil 1 x 1 Peru (Eliminatórias Copa 1958, 13/04/1957)
Brasil 1 x 0 Peru (Eliminatórias Copa 1958, 21/04/1957)
Brasil 2 x 2 Peru (Campeonato Sul-Americano, 10/03/1959)
Brasil 1 x 0 Peru (Campeonato Sul-Americano, 10/03/1963)
Brasil 4 x 0 Peru (Amistoso, 04/06/1966)
Brasil 3 x 1 Peru (Amistoso, 08/06/1966)
Brasil 4 x 3 Peru (Amistoso, 14/07/1968)
Brasil 4 x 0 Peru (Amistoso, 17/07/1968)
Brasil 2 x 1 Peru (Amistoso, 07/04/1969)
Brasil 3 x 2 Peru (Amistoso, 09/04/1969)
Brasil 4 x 2 Peru (Copa do Mundo, 14/06/1970)
Brasil 1 x 3 Peru (Copa América, 30/09/1975)
Brasil 2 x 0 Peru (Copa América, 04/10/1975)
Brasil 1 x 0 Peru (Eliminatórias Copa 1978)
Brasil 3 x 0 Peru (Amistoso, 01/05/1978)
Brasil 3 x 0 Peru (Copa do Mundo, 14/06/1978)
Brasil 0 x 1 Peru (Amistoso, 28/04/1985)
Brasil 4 x 0 Peru (Amistoso, 01/04/1986)
Brasil 4 x 1 Peru (Amistoso, 10/05/1989)
Brasil 1 x 1 Peru (Amistoso, 24/05/1989)
Brasil 0 x 0 Peru (Copa América, 03/07/1989)
Brasil 0 x 0 Peru (Copa América, 18/06/1993)
Brasil 2 x 0 Peru (Copa América, 10/07/1995)
Brasil 7 x 0 Peru (Copa América, 26/06/1997)
Brasil 1 x 0 Peru (Eliminatórias Copa 2002, 04/06/2000)
Brasil 1 x 1 Peru (Eliminatórias Copa 2002, 25/04/2001)
Brasil 2 x 0 Peru (Copa América, 15/07/2001)
Brasil 1 x 1 Peru (Eliminatórias Copa 2006, 16/11/2003)
Brasil 1 x 0 Peru (Eliminatórias Copa 2006, 27/03/2005)
26 vitórias do Brasil, 3 do Peru, 8 empates.
domingo, novembro 11, 2007
Viva os pontos corridos!
Ontem, Botafogo e Paraná, Inter e Cruzerio, Náutico e América.
Três finais (para Cruzerio, Náutico e Paraná).
Hoje, Flamengo e Santos, Goiás e Corinthians, São Paulo e Grêmio, Palmeiras e Fluminense (quarta-feira).
Mais quatro finais (até para o já campeão, que pretende tirar o Grêmio da Libertadores 2008).
De dez partidas, sete decisões.
E ainda tem gente querendo matar os pontos corridos.
Três finais (para Cruzerio, Náutico e Paraná).
Hoje, Flamengo e Santos, Goiás e Corinthians, São Paulo e Grêmio, Palmeiras e Fluminense (quarta-feira).
Mais quatro finais (até para o já campeão, que pretende tirar o Grêmio da Libertadores 2008).
De dez partidas, sete decisões.
E ainda tem gente querendo matar os pontos corridos.
sexta-feira, novembro 09, 2007
Dom Luiz Felipe
O território dos Charrua ficou pequeno.
Ele queria mais.
Atravessou, a botinadas, as divisas piratinenses para conquistar de vez por todas toda a terra dos Tupi.
E conquistou, palmo a palmo.
Era um conquistador.
Mas este imenso chão, já em suas mãos, encolheram. Ele queria ir além das fronteiras tupiniquins. Queria o continente. De sul a norte, de oeste a leste.
Era um desbravador. Um bravo desbravador.
Que tomou em posse, légua por légua, o continente de Vespúcio.
Mesmo assim, para D. Luiz Felipe, era pouco.
Ele queria o mundo. Descobri-lo. Conquistá-lo. Explorá-lo. Tê-lo aos pés.
E para isso, teve de atravessá-lo. Do ocidente ao oriente rumou ele. Sem caravelas nem naus. De Canoas. De Canoas para o planeta.
Nos gramados do sol nascente, todo o mundo se curvou perante D. Luiz Felipe, o conquistador. O globo finalmente estava a seus pés.
Os outros que dizem-se exploradores, conquistadores, desbravadores, só dizem. Juntos, todos juntos, não valem um fio do valente bigode de D. Luiz Felipe.
D. Luiz Felipe, o desbravador, o explorador, o conquistador, completa, neste 9 de novembro de 2007 d.c., 59 voltas ao redor do sol.
Ele queria mais.
Atravessou, a botinadas, as divisas piratinenses para conquistar de vez por todas toda a terra dos Tupi.
E conquistou, palmo a palmo.
Era um conquistador.
Mas este imenso chão, já em suas mãos, encolheram. Ele queria ir além das fronteiras tupiniquins. Queria o continente. De sul a norte, de oeste a leste.
Era um desbravador. Um bravo desbravador.
Que tomou em posse, légua por légua, o continente de Vespúcio.
Mesmo assim, para D. Luiz Felipe, era pouco.
Ele queria o mundo. Descobri-lo. Conquistá-lo. Explorá-lo. Tê-lo aos pés.
E para isso, teve de atravessá-lo. Do ocidente ao oriente rumou ele. Sem caravelas nem naus. De Canoas. De Canoas para o planeta.
Nos gramados do sol nascente, todo o mundo se curvou perante D. Luiz Felipe, o conquistador. O globo finalmente estava a seus pés.
Os outros que dizem-se exploradores, conquistadores, desbravadores, só dizem. Juntos, todos juntos, não valem um fio do valente bigode de D. Luiz Felipe.
D. Luiz Felipe, o desbravador, o explorador, o conquistador, completa, neste 9 de novembro de 2007 d.c., 59 voltas ao redor do sol.
quinta-feira, novembro 08, 2007
Ademir, por Armando Nogueira
Se o futebol me quisesse dar um presente, bastava que me desse um domingo inteirinho só de gols de Ademir Menezes. O estádio embandeirado, a multidão ali, em peso, todo mundo cantando e pulando pela glória do artilheiro inesquecível do Vasco da Gama.
Nesta tarde de lembranças, quero rever, sobretudo, certos gols que ele fazia contra o meu time e que eu, doido de paixão, jurava que eram feitos pessoalmente contra mim. Quantas vezes amaldiçoei os "rushes" de Ademir! Ele arrancava do meio campo, temível, e, como um raio, entrava pela grande área, fulminante. O desfecho da jogada era sempre o mesmo: uma bola no fundo da rede, um goleiro desvalido e o meu coração magoado.
Era assim que terminavam os meus domingos em tarde de Ademir.
Até então, eu não tinha vivido bastante para perceber que Ademir era um belo artista e que o gol, longe de ser um infortúnio, é apenas uma graça que o futebol oferece para fazer festa no coração dos homens.
Hoje - coisas do tempo - que o futebol na minha vida é mais saudade que esperança, mestre Ademir costuma aparecer no telão das minhas insônias mais artilheiro do que nunca. E com que alegria revejo, agora, aqueles gols arrebatadores que ele fazia com a veemência de um predestinado! Gols que ontem sangravam e que hoje só enternecem o meu coração.
Ademir guardava em campo o rigor de um espartano e a retidão de um cavalheiro. Nunca perdeu a esportiva. Se alguém lhe dava um pontapé, ele dava, de volta, a outra face: jogava como um cristão. O futebol era a sua religião. Ademir era alto, fino de corpo, tinha as pernas alinhadas e do rosto, que parecia feito a mão, sobrava-lhe um pedaço de queixo. Daí vem o apelido de "Queixada", como ternamente o tratam até hoje os seus amigos.
Fecho os meus olhos saudosos para reencontrar Ademir Marques de Menezes, herói dos estádios nos anos românticos do nosso futebol. É dia de clássico. O estádio está em pé de guerra. Ademir recebe a bola no meio do campo e dispara. Na crista do corpo que corre, em aceleração vertiginosa, a lâmina do queixo vai cortando, certeira, o campo minado, o caminho do gol: é gol! Ele não pára de correr e atravessa a linha de fundo, épico, com os braços abertos ao delírio da multidão.
Se eu soubesse que um dia o futebol dele ia se acabar, eu teria pedido a Deus que me emprestasse um par de olhos cruz-de-malta só para que eu pudesse ver, à luz do amor, todos os gols que Ademir fazia contra mim.
*Ademir Menezes nasceu, no Recife, num 8 de novembro, em 1922. Faleceu, no Rio de Janeiro, em 11 de maio de 1996.
Nesta tarde de lembranças, quero rever, sobretudo, certos gols que ele fazia contra o meu time e que eu, doido de paixão, jurava que eram feitos pessoalmente contra mim. Quantas vezes amaldiçoei os "rushes" de Ademir! Ele arrancava do meio campo, temível, e, como um raio, entrava pela grande área, fulminante. O desfecho da jogada era sempre o mesmo: uma bola no fundo da rede, um goleiro desvalido e o meu coração magoado.
Era assim que terminavam os meus domingos em tarde de Ademir.
Até então, eu não tinha vivido bastante para perceber que Ademir era um belo artista e que o gol, longe de ser um infortúnio, é apenas uma graça que o futebol oferece para fazer festa no coração dos homens.
Hoje - coisas do tempo - que o futebol na minha vida é mais saudade que esperança, mestre Ademir costuma aparecer no telão das minhas insônias mais artilheiro do que nunca. E com que alegria revejo, agora, aqueles gols arrebatadores que ele fazia com a veemência de um predestinado! Gols que ontem sangravam e que hoje só enternecem o meu coração.
Ademir guardava em campo o rigor de um espartano e a retidão de um cavalheiro. Nunca perdeu a esportiva. Se alguém lhe dava um pontapé, ele dava, de volta, a outra face: jogava como um cristão. O futebol era a sua religião. Ademir era alto, fino de corpo, tinha as pernas alinhadas e do rosto, que parecia feito a mão, sobrava-lhe um pedaço de queixo. Daí vem o apelido de "Queixada", como ternamente o tratam até hoje os seus amigos.
Fecho os meus olhos saudosos para reencontrar Ademir Marques de Menezes, herói dos estádios nos anos românticos do nosso futebol. É dia de clássico. O estádio está em pé de guerra. Ademir recebe a bola no meio do campo e dispara. Na crista do corpo que corre, em aceleração vertiginosa, a lâmina do queixo vai cortando, certeira, o campo minado, o caminho do gol: é gol! Ele não pára de correr e atravessa a linha de fundo, épico, com os braços abertos ao delírio da multidão.
Se eu soubesse que um dia o futebol dele ia se acabar, eu teria pedido a Deus que me emprestasse um par de olhos cruz-de-malta só para que eu pudesse ver, à luz do amor, todos os gols que Ademir fazia contra mim.
*Ademir Menezes nasceu, no Recife, num 8 de novembro, em 1922. Faleceu, no Rio de Janeiro, em 11 de maio de 1996.
O goleador galanteador
Gênio.
E genioso.
Homem de pavio curto, estourado, intempestivo, polêmico.
Advogado, ser da alta sociedade, inteligente, e boêmio. Boêmio nato.
Artilheiro. E galã.
Os goleiros tremiam de medo. As mulheres, de paixão.
Dava um fino trato em todas elas. Em especial, na mais querida: a bola.
Centro-avante de habilidade extraordinária, jogava com classe. Alta categoria. Chute possante. Cabeceio certeiro.
Era um gentleman dentro e fora dos gramados.
Com o manto alvinegro, marcou 209 goals em 235 matches.
Foi o maior ídolo do Botafogo pré-Garrincha.
Heleno de Freitas, o galanteador goleador, nascido em São João Nepomuceno-MG, morreu aos 39 de idade, sifilítico, há precisos 48 anos.
E genioso.
Homem de pavio curto, estourado, intempestivo, polêmico.
Advogado, ser da alta sociedade, inteligente, e boêmio. Boêmio nato.
Artilheiro. E galã.
Os goleiros tremiam de medo. As mulheres, de paixão.
Dava um fino trato em todas elas. Em especial, na mais querida: a bola.
Centro-avante de habilidade extraordinária, jogava com classe. Alta categoria. Chute possante. Cabeceio certeiro.
Era um gentleman dentro e fora dos gramados.
Com o manto alvinegro, marcou 209 goals em 235 matches.
Foi o maior ídolo do Botafogo pré-Garrincha.
Heleno de Freitas, o galanteador goleador, nascido em São João Nepomuceno-MG, morreu aos 39 de idade, sifilítico, há precisos 48 anos.
terça-feira, novembro 06, 2007
Brasil: o primeiro campeão mundial
Perto dele, o Aranha-negra era apenas um artrópode.
Manga, apenas uma fruta.
Perto dele, o arco se apequenava.
E as pernas dos atacantes tremiam.
A história seria outra, em 1930, se ele lá estivesse.
Com ele guardando as redes, o único gol daquele Iugoslávia 2, Brasil 1, seria o de Preguinho. Tirnanic e Bek, iugoslávos que marcaram os gols, não passariam pela fortaleza.
E depois viriam os donos da casa. Cea sucumbiria às forças do arqueiro, e os uruguaios passariam em branco.
Na final, os argentinos. Também não anotariam tento algum. Stábile tentaria. Em vão.
E por fim, o primeiro campeonato do mundo seria levantado pelo Brasil.
Porque quando ele jogava, seu time não perdia.
Porque perto dele, ninguém chegou.
E ninguém jamais chegará.
Manga, apenas uma fruta.
Perto dele, o arco se apequenava.
E as pernas dos atacantes tremiam.
A história seria outra, em 1930, se ele lá estivesse.
Com ele guardando as redes, o único gol daquele Iugoslávia 2, Brasil 1, seria o de Preguinho. Tirnanic e Bek, iugoslávos que marcaram os gols, não passariam pela fortaleza.
E depois viriam os donos da casa. Cea sucumbiria às forças do arqueiro, e os uruguaios passariam em branco.
Na final, os argentinos. Também não anotariam tento algum. Stábile tentaria. Em vão.
E por fim, o primeiro campeonato do mundo seria levantado pelo Brasil.
Porque quando ele jogava, seu time não perdia.
Porque perto dele, ninguém chegou.
E ninguém jamais chegará.
Lara, o Craque Imortal
Futebolista, carregue o vídeo e, obrigatoriamente, assista:
Lara morreu, teoricamente, há exatos 72 anos, em 06 de novembro de 1935.
Teoricamente.
Porque Eurico Lara é imortal.
Lara morreu, teoricamente, há exatos 72 anos, em 06 de novembro de 1935.
Teoricamente.
Porque Eurico Lara é imortal.
segunda-feira, novembro 05, 2007
É Seleção
Que saudade dos 40!
Lembra-se da impossível Máquina do Rive Plater? Tinha na linha de frente Juan Carlos Muñoz, José Manuel Moreno, Adolfo Pedernera, Ángel Labruna e Félix Loustau.
O Vasco de 42 alinhava Alfredo II, Ademir, Nino, Villadoniga e Orlando.
E o São Paulo de 43? Luizinho, Sastre, Leônidas, Remo e Pardal no ataque.
E o que dizer do Rolo Compressor? A artilharia perfilava Tesourinha, Rui, Adãozinho, Eliseu e Carlitos.
Que saudade dos 40!
Época em que a zaga tinha 2 zagueiros, a meia-cancha, 3, e 5 (5!) no ataque. Era o 2-3-5.
Bons tempos.
Em sessenta, veio a transição. Recuou-se os jogadores. Do 2-3-5 para o 4-2-4.
Fiquemos apenas num exemplo: o maior Botafogo de todos os tempos.
Na infantaria do Glorioso, Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo.
Do 4-2-4, a partir de 70, migrou-se para o 4-3-3.
Outro ilustre exemplo: o campeoníssimo Internacional.
A trinca avante do vitorioso do Brasileirão de 75 era formada por Valdomiro, Flávio e Lula.
O 4-3-3 ainda tem seus raros exemplares espalhados na contemporaneidade. Pelos Países Baixos e seus descendentes. O Barcelona, do técnico holandês Frank Rjikaard, por exemplo.
Dos 4-4-2 e 3-5-2 da vida temos vários exemplos recentes. Não convém apontá-los.
Muito menos os - Deus nos livre - 4-5-1, 3-6-1. Um! Apenas um atacante! Ah, se meu avô estivesse vivo... Bem fez ele de partir antes de ver estas temeridades.
Embora estes esquemas, com um atacante, tentem cavar seu espaço, e já que os pontas são mais raros que jacarés com mamilo, o clássico 4-4-2 impera nos gramados. Dois atacantes. Vá lá, agradável é. Dois atacantes. Em regra, um centro-avante de referência, e um segundo-atacante, como Bob, que gosta das pontas.
Há quem tente jogar sem centro-avante.
Há quem jogue com dois. Como o Brasil, na Copa de 2006.
Particularmente, dois centro-avantes não é do meu agrado.
Dois segundo-atacantes, é. Desde que sejam rápidos e habilidosos. Como o Corinthians de 2005, com Tevez e Nilmar.
Fiz esta rápida introdução, desenterrei fabulosos times, relembrei linhas de frente fenomenais, saudosos ataques, para falar justamente dele: Nilmar.
O fato mais importante que aconteceu neste fim de semana foi a volta de Nilmar ao retângulo verde.
Nilmar é destes segundo-atacantes, leve e hábil, que cai pelos dois lados, deixa o zagueiro caído, e vai para dentro. É um atacante ímpar, como poucos no mundo. É jogador de Seleção (desde 2006, no mínimo). Forma, ao lado de um bom centro-avante, um ataque perfeito. Ao lado de Pato, por exemplo.
Ao lado de Robinho, é o melhor segundo-atacante brasileiro.
Não vi, ontem, o jogo do Inter contra o Vasco. Só os melhores momentos. E vi que Nilmar deixou as lesões e os beques para trás, e voltou a ser o velho Nilmar. O Nilmar do Corinthians, infernal. Ou o Nilmar do próprio Inter, quando revelou-se.
E espero que seja o Nilmar da Seleção, pois talento assim não se desperdiça. Aproveita-se. Ao máximo.
Lembra-se da impossível Máquina do Rive Plater? Tinha na linha de frente Juan Carlos Muñoz, José Manuel Moreno, Adolfo Pedernera, Ángel Labruna e Félix Loustau.
O Vasco de 42 alinhava Alfredo II, Ademir, Nino, Villadoniga e Orlando.
E o São Paulo de 43? Luizinho, Sastre, Leônidas, Remo e Pardal no ataque.
E o que dizer do Rolo Compressor? A artilharia perfilava Tesourinha, Rui, Adãozinho, Eliseu e Carlitos.
Que saudade dos 40!
Época em que a zaga tinha 2 zagueiros, a meia-cancha, 3, e 5 (5!) no ataque. Era o 2-3-5.
Bons tempos.
Em sessenta, veio a transição. Recuou-se os jogadores. Do 2-3-5 para o 4-2-4.
Fiquemos apenas num exemplo: o maior Botafogo de todos os tempos.
Na infantaria do Glorioso, Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo.
Do 4-2-4, a partir de 70, migrou-se para o 4-3-3.
Outro ilustre exemplo: o campeoníssimo Internacional.
A trinca avante do vitorioso do Brasileirão de 75 era formada por Valdomiro, Flávio e Lula.
O 4-3-3 ainda tem seus raros exemplares espalhados na contemporaneidade. Pelos Países Baixos e seus descendentes. O Barcelona, do técnico holandês Frank Rjikaard, por exemplo.
Dos 4-4-2 e 3-5-2 da vida temos vários exemplos recentes. Não convém apontá-los.
Muito menos os - Deus nos livre - 4-5-1, 3-6-1. Um! Apenas um atacante! Ah, se meu avô estivesse vivo... Bem fez ele de partir antes de ver estas temeridades.
Embora estes esquemas, com um atacante, tentem cavar seu espaço, e já que os pontas são mais raros que jacarés com mamilo, o clássico 4-4-2 impera nos gramados. Dois atacantes. Vá lá, agradável é. Dois atacantes. Em regra, um centro-avante de referência, e um segundo-atacante, como Bob, que gosta das pontas.
Há quem tente jogar sem centro-avante.
Há quem jogue com dois. Como o Brasil, na Copa de 2006.
Particularmente, dois centro-avantes não é do meu agrado.
Dois segundo-atacantes, é. Desde que sejam rápidos e habilidosos. Como o Corinthians de 2005, com Tevez e Nilmar.
Fiz esta rápida introdução, desenterrei fabulosos times, relembrei linhas de frente fenomenais, saudosos ataques, para falar justamente dele: Nilmar.
O fato mais importante que aconteceu neste fim de semana foi a volta de Nilmar ao retângulo verde.
Nilmar é destes segundo-atacantes, leve e hábil, que cai pelos dois lados, deixa o zagueiro caído, e vai para dentro. É um atacante ímpar, como poucos no mundo. É jogador de Seleção (desde 2006, no mínimo). Forma, ao lado de um bom centro-avante, um ataque perfeito. Ao lado de Pato, por exemplo.
Ao lado de Robinho, é o melhor segundo-atacante brasileiro.
Não vi, ontem, o jogo do Inter contra o Vasco. Só os melhores momentos. E vi que Nilmar deixou as lesões e os beques para trás, e voltou a ser o velho Nilmar. O Nilmar do Corinthians, infernal. Ou o Nilmar do próprio Inter, quando revelou-se.
E espero que seja o Nilmar da Seleção, pois talento assim não se desperdiça. Aproveita-se. Ao máximo.
sábado, novembro 03, 2007
Gerd Müller, Der Bomber
Gerd Müller chega hoje aos 62.
62 é também o número de jogos pela Seleção Alemã.
E 68 o de gols que marcou. Isso mesmo: 68 tentos em 62 partidas.
O centroavante é o segundo maior artilheiro de Copas do Mundo (atrás de Ronaldo), com 14 gols. 10 foram marcados em apenas uma copa, a de 70. Os outros 4, na de 74.
O Bombardeiro tem números impressionantes.
Pelo Bayern de Munique (1964-1979), 435 cotejos, 365 gols. Pelo Fort Lauderdale Strikers (EUA, 1979-1981), 80 disputados, 40 anotados.
Foi, por 7 vezes, o goleador da Bundesliga: 1966/67, com 28 gols; 1968/69, com 30 gols; 1969/70, com 38; 1971/72, com 40; 1972/73, com 36; 1973/74, com 30; 1977/78, com 24.
É o maior artilheiro do Campeonato Alemão (365 partidas e 427 gols).
Foi, por 4 vezes, o goleador da Liga dos Campeões: 1972/73, com 12 gols; 1973/74, com 8 gols; 1974/75, com 5; 1976/77, com 5.
Títulos?
Tem quatro Campeonatos Alemão (69, 72, 73 e 74), três Copas da Alemanha (74, 75 e 76), outras três Ligas dos Campeões (74, 75 e 76), um Mundial Interclubes (76), uma Recopa Européia (67), a Eurocopa de 72 e da Copa do Mundo de 74.
Gerd Müller não era dos mais refinados tecnicamente.
Era, simplesmente, um fazedor de gols.
62 é também o número de jogos pela Seleção Alemã.
E 68 o de gols que marcou. Isso mesmo: 68 tentos em 62 partidas.
O centroavante é o segundo maior artilheiro de Copas do Mundo (atrás de Ronaldo), com 14 gols. 10 foram marcados em apenas uma copa, a de 70. Os outros 4, na de 74.
O Bombardeiro tem números impressionantes.
Pelo Bayern de Munique (1964-1979), 435 cotejos, 365 gols. Pelo Fort Lauderdale Strikers (EUA, 1979-1981), 80 disputados, 40 anotados.
Foi, por 7 vezes, o goleador da Bundesliga: 1966/67, com 28 gols; 1968/69, com 30 gols; 1969/70, com 38; 1971/72, com 40; 1972/73, com 36; 1973/74, com 30; 1977/78, com 24.
É o maior artilheiro do Campeonato Alemão (365 partidas e 427 gols).
Foi, por 4 vezes, o goleador da Liga dos Campeões: 1972/73, com 12 gols; 1973/74, com 8 gols; 1974/75, com 5; 1976/77, com 5.
Títulos?
Tem quatro Campeonatos Alemão (69, 72, 73 e 74), três Copas da Alemanha (74, 75 e 76), outras três Ligas dos Campeões (74, 75 e 76), um Mundial Interclubes (76), uma Recopa Européia (67), a Eurocopa de 72 e da Copa do Mundo de 74.
Gerd Müller não era dos mais refinados tecnicamente.
Era, simplesmente, um fazedor de gols.
sexta-feira, novembro 02, 2007
Os heróis tricolores de 2007
Se alguém tinha dúvidas a respeito da qualidade de Rogério Ceni sob a baliza, neste Brasileirão, estas dúvidas foram sanadas.
Se este alguém continua a questionar a eficiência do arqueiro sob o arco, não passa de implicância. Ou inveja.
Rogério Ceni é, há - no mínimo - três anos, o melhor golquíper brasilieiro.
O melhor com os pés e com as mãos. E com a cabeça.
Pirulito ainda é o irmão de Luizão, e não o inverso.
O biotipo exótico agrega simpatia a sua imagem.
Tem boa presença aérea, e está longe de ser um perna-de-pau com a redonda nos pés. Por incrível que pareça, Alex Silva tem intimidade com a menina.
Mas está (não muito) longe de ser um zagueiro convocável à Seleção. Por enquanto.
Chutemos a hipocrisia para escanteio.
Breno é o melhor zagueiro do Brasil.
O fato de recém ter se tornado maior de idade, e de recém ter estreado no time profissional, não o impede de ser considerado o melhor na posição - se merecedor for.
E merecedor é.
Calma de veterano, vigor físico de adolescente, classe de Domingos.
É o segundo melhor zagueiro do Brasil.
Está atrás de Breno, e à frente de Thiago Silva.
Seguro, regular, sempre presente.
Não chega a ter a habilidade da jóia revelada pelo Tricolor, mas está a milhas de ser um zagueiro zagueiro.
E, se Alex Silva está na Seleção, Miranda merece uma chance.
Para registro, ao lado de Alex Silva e Breno, formou-se a melhor zaga nos 17 anos de Rogério Ceni no São Paulo (palavras do próprio).
O substituto de Josué.
Richarlyson é o mais polivalente dos jogadores do São Paulo, e substituiu Josué à altura.
Zaga, ala, cabeça de área, meia. Só não foi para baixo do pau (sem trocadilho).
Defende melhor que muito zagueiro, cria melhor que muito meia, finaliza melhor que muito atacante.
Ambidestro, meia de origem, volante por necessidade, é o substituto do insubstituível.
Hernanes fez a torcida não sentir saudades de Mineiro.
Ao lado de Richarlyson (primeiro volante), foi o melhor segundo homem de meio-campo do campeonato.
Habilidoso, com poder de drible e chute de longa distância, é uma das, se não a principal peça do time campeão.
Com todo respeito a Rogério Ceni, um grande time começa por um grande volante, e não um grande goleiro.
E Hernanes é este grande volante.
E se ele tinha interrogação sobre qual posição atuar, esta não existe mais.
Com a bola, vira um meia.
Sem a bola, vira um ala.
Deixou Júnior e Jadílson no banco.
Fundamental na campanha do São Paulo, Jorge Wagner é um dos jogadores que mais a trata com carinho.
Se não é um tremendo marcador, é um grande apoiador.
Desde a contusão de Reasco, fixou-se, como em outros carnavais, na ala-direita são-paulina.
Ora ou outra, como ele mesmo diz, teve "relâmpagos" de Zico, como no gol contra o Paraná.
Mas em regra, faz seu feijão-com-arroz - bem temperado.
Não é o camisa 10 dos sonhos do torcedor, mas cumpri bem seu papel.
Não é grosso, mas compensa a falta de refinada técnica com a força de vontade.
Leandro é a raça de meião e chuteiras.
Corre mais que as próprias pernas.
Nesta temporada, jogou mais recuado, como meia-atacante. E foi bem. Se não foi brilhante, assim como outros, atendeu o determinado pelo chefe.
Ainda não apresentou o futebol do Atlético-PR. Ainda.
Atacante de velocidade, hábil e ágil.
Cai pelas duas pontas, com uma leve tendência marxista de cair pela esquerda.
Suas entradas em diagonal, carregando a bola, visando soltar o petardo da entrada da área, são pra lá de contundentes.
Dagoberto é craque, mas seu potencial ainda não foi aflorado ao máximo.
E quando o craque sair da encubadora, ninguém vai segurá-lo. Nem o São Paulo.
Aloísio é grande jogador, e grande pessoa - nos dois sentidos -, dentro e fora do campo. Poucos são como ele.
Não há zagueiro que ganhe de camisa 14 na dividida.
Entretanto, o grandalhão não é brucutu. Pelo contrário. O tamanho esconde o fino trato com a bola.
Não é nenhum Careca, mas não chega a ser maldoso com a criança.
Sua presença na área intimida os adversários. E esperança de gol dá à torcida são-paulina.
Dados observados por PVC (para variar).
Muricy foi campeão pernambucano pelo Náutico em 2001 e 2002. Em 2003, campeão paulista pelo São Caetano. Em 2004, campeão gaúcho pelo Inter. Em 2005, novamente campeão gaúcho e vice-campeão brasileiro (ou quase campeão, como preferir). Em 2006 e 2007, campeão brasileiro pelo São Paulo.
Falar mais o quê?
Muricy é perfeccionista.
É vencedor.
É o craque do time.
É o melhor treinador do Brasil.
*Outros jogadores foram essenciais, pela ordem: Borges, André Dias, Júnior, Diego Tardelli, Jadílson...
Se este alguém continua a questionar a eficiência do arqueiro sob o arco, não passa de implicância. Ou inveja.
Rogério Ceni é, há - no mínimo - três anos, o melhor golquíper brasilieiro.
O melhor com os pés e com as mãos. E com a cabeça.
Pirulito ainda é o irmão de Luizão, e não o inverso.
O biotipo exótico agrega simpatia a sua imagem.
Tem boa presença aérea, e está longe de ser um perna-de-pau com a redonda nos pés. Por incrível que pareça, Alex Silva tem intimidade com a menina.
Mas está (não muito) longe de ser um zagueiro convocável à Seleção. Por enquanto.
Chutemos a hipocrisia para escanteio.
Breno é o melhor zagueiro do Brasil.
O fato de recém ter se tornado maior de idade, e de recém ter estreado no time profissional, não o impede de ser considerado o melhor na posição - se merecedor for.
E merecedor é.
Calma de veterano, vigor físico de adolescente, classe de Domingos.
É o segundo melhor zagueiro do Brasil.
Está atrás de Breno, e à frente de Thiago Silva.
Seguro, regular, sempre presente.
Não chega a ter a habilidade da jóia revelada pelo Tricolor, mas está a milhas de ser um zagueiro zagueiro.
E, se Alex Silva está na Seleção, Miranda merece uma chance.
Para registro, ao lado de Alex Silva e Breno, formou-se a melhor zaga nos 17 anos de Rogério Ceni no São Paulo (palavras do próprio).
O substituto de Josué.
Richarlyson é o mais polivalente dos jogadores do São Paulo, e substituiu Josué à altura.
Zaga, ala, cabeça de área, meia. Só não foi para baixo do pau (sem trocadilho).
Defende melhor que muito zagueiro, cria melhor que muito meia, finaliza melhor que muito atacante.
Ambidestro, meia de origem, volante por necessidade, é o substituto do insubstituível.
Hernanes fez a torcida não sentir saudades de Mineiro.
Ao lado de Richarlyson (primeiro volante), foi o melhor segundo homem de meio-campo do campeonato.
Habilidoso, com poder de drible e chute de longa distância, é uma das, se não a principal peça do time campeão.
Com todo respeito a Rogério Ceni, um grande time começa por um grande volante, e não um grande goleiro.
E Hernanes é este grande volante.
E se ele tinha interrogação sobre qual posição atuar, esta não existe mais.
Com a bola, vira um meia.
Sem a bola, vira um ala.
Deixou Júnior e Jadílson no banco.
Fundamental na campanha do São Paulo, Jorge Wagner é um dos jogadores que mais a trata com carinho.
Se não é um tremendo marcador, é um grande apoiador.
Desde a contusão de Reasco, fixou-se, como em outros carnavais, na ala-direita são-paulina.
Ora ou outra, como ele mesmo diz, teve "relâmpagos" de Zico, como no gol contra o Paraná.
Mas em regra, faz seu feijão-com-arroz - bem temperado.
Não é o camisa 10 dos sonhos do torcedor, mas cumpri bem seu papel.
Não é grosso, mas compensa a falta de refinada técnica com a força de vontade.
Leandro é a raça de meião e chuteiras.
Corre mais que as próprias pernas.
Nesta temporada, jogou mais recuado, como meia-atacante. E foi bem. Se não foi brilhante, assim como outros, atendeu o determinado pelo chefe.
Ainda não apresentou o futebol do Atlético-PR. Ainda.
Atacante de velocidade, hábil e ágil.
Cai pelas duas pontas, com uma leve tendência marxista de cair pela esquerda.
Suas entradas em diagonal, carregando a bola, visando soltar o petardo da entrada da área, são pra lá de contundentes.
Dagoberto é craque, mas seu potencial ainda não foi aflorado ao máximo.
E quando o craque sair da encubadora, ninguém vai segurá-lo. Nem o São Paulo.
Aloísio é grande jogador, e grande pessoa - nos dois sentidos -, dentro e fora do campo. Poucos são como ele.
Não há zagueiro que ganhe de camisa 14 na dividida.
Entretanto, o grandalhão não é brucutu. Pelo contrário. O tamanho esconde o fino trato com a bola.
Não é nenhum Careca, mas não chega a ser maldoso com a criança.
Sua presença na área intimida os adversários. E esperança de gol dá à torcida são-paulina.
Dados observados por PVC (para variar).
Muricy foi campeão pernambucano pelo Náutico em 2001 e 2002. Em 2003, campeão paulista pelo São Caetano. Em 2004, campeão gaúcho pelo Inter. Em 2005, novamente campeão gaúcho e vice-campeão brasileiro (ou quase campeão, como preferir). Em 2006 e 2007, campeão brasileiro pelo São Paulo.
Falar mais o quê?
Muricy é perfeccionista.
É vencedor.
É o craque do time.
É o melhor treinador do Brasil.
*Outros jogadores foram essenciais, pela ordem: Borges, André Dias, Júnior, Diego Tardelli, Jadílson...
quarta-feira, outubro 31, 2007
Resposta do Quiz do Carlão
É do Flamengo a honra de ser o primeiro clube do Brasil a ter uma torcida organizada - "A Charanga Rubro-Negra" criada por Jayme de Carvalho (Nascido em Salvador, Bahia, no dia 9/11/1911), onde ele reuniu um grupo de pessoas com alguns instrumentos, no jogo Flamengo 1x1 Fluminense em 11/10/1942 nas Laranjeiras e tocava animadamente. Porém, "um pouco" desafinado. Sendo assim, o locutor - Rubro-Negro fanático e também muito crítico - Ary Barroso, comenta: "isso não é uma torcida é uma charanga..." e assim o apelido pegou, nascendo assim a PRIMEIRA torcida organizada do Brasil.
Texto: Flaestatistica
Texto: Flaestatistica
34ª rodada
Fritz Walter Wetter
A Hungria era insuperável.
Invencível.
Hungria de Kocsis, de Puskas.
A maior seleção do mundo.
Impossível perder aquela Copa.
A única chance de perdê-la cairia do céu.
Chuva.
Se chovesse, a Alemanha Ocidental teria uma chance contra o escrete húngaro.
Era o tempo de Fritz Walter.
Fritz Walter Wetter.
Se chovesse, a Alemanha Ocidental teria uma chance.
Berna, 4 de julho de 1954.
Final da Copa do Mundo da Suiça.
Alemanha Ocidental versus Hungria.
Choveu.
E a Alemanha Ocidental conseguiu o impossível: bateu a Hungria. 3 a 2.
Fritz Walter, o capitão alemão, não marcou gol naquele dia.
Mas foi o grande herói daquele triunfo.
*Fritz Walter nasceu em 31 de outubro de 1920, há 87 anos. Morreu em 16 de junho de 2002.
Invencível.
Hungria de Kocsis, de Puskas.
A maior seleção do mundo.
Impossível perder aquela Copa.
A única chance de perdê-la cairia do céu.
Chuva.
Se chovesse, a Alemanha Ocidental teria uma chance contra o escrete húngaro.
Era o tempo de Fritz Walter.
Fritz Walter Wetter.
Se chovesse, a Alemanha Ocidental teria uma chance.
Berna, 4 de julho de 1954.
Final da Copa do Mundo da Suiça.
Alemanha Ocidental versus Hungria.
Choveu.
E a Alemanha Ocidental conseguiu o impossível: bateu a Hungria. 3 a 2.
Fritz Walter, o capitão alemão, não marcou gol naquele dia.
Mas foi o grande herói daquele triunfo.
*Fritz Walter nasceu em 31 de outubro de 1920, há 87 anos. Morreu em 16 de junho de 2002.
terça-feira, outubro 30, 2007
O primeiro grande negro
José Leandro Andrade foi o primeiro homem de pele preta a pisar nas gramas verdes da Europa.
E uma boa primeira impressão deixou.
À frente da Azul Celeste, comandou a equipe campeã dos Jogos Olimípicos de Paris, em 1924.
Foi o melhor jogador da competição.
E antes mesmo de Fausto, foi chamado de "Maravilha Negra" pela imprensa francesa.
E antes mesmo de Kérlon, como registra Eduardo Galeano, em uma das partidas, atravessou metade do campo com a bola dominada na cabeça (uma espécie de foca dos anos 20).
Andrade ainda foi campeão das Olimpíadas de Amsterdã, em 1928, e da Copa do Mundo de 1930, além da Copa Sul-Americana de 1926 e 1926.
No Uruguai, berço do futebol sul-americano, nasceu, a 30 de outubro de 1901, o negro Andrade, primeiro grande ídolo internacional futebolístico.
E no mesmo Uruguai, em Montevidéu, morreu, a 5 de outubro de 1957, tuberculoso, e miserável.
*Uma fonte traz 1º de outubro como sua data de nascimento. Outra, 30/10 (hoje). Uma terceira, 20 de novembro. Se for dia 1º, está prestada a homenagem com (um belo) atraso. Se for dia 20 de novembro, com (uma bela) antecedência. Se for hoje, (com uma bela) precisão.
E uma boa primeira impressão deixou.
À frente da Azul Celeste, comandou a equipe campeã dos Jogos Olimípicos de Paris, em 1924.
Foi o melhor jogador da competição.
E antes mesmo de Fausto, foi chamado de "Maravilha Negra" pela imprensa francesa.
E antes mesmo de Kérlon, como registra Eduardo Galeano, em uma das partidas, atravessou metade do campo com a bola dominada na cabeça (uma espécie de foca dos anos 20).
Andrade ainda foi campeão das Olimpíadas de Amsterdã, em 1928, e da Copa do Mundo de 1930, além da Copa Sul-Americana de 1926 e 1926.
No Uruguai, berço do futebol sul-americano, nasceu, a 30 de outubro de 1901, o negro Andrade, primeiro grande ídolo internacional futebolístico.
E no mesmo Uruguai, em Montevidéu, morreu, a 5 de outubro de 1957, tuberculoso, e miserável.
*Uma fonte traz 1º de outubro como sua data de nascimento. Outra, 30/10 (hoje). Uma terceira, 20 de novembro. Se for dia 1º, está prestada a homenagem com (um belo) atraso. Se for dia 20 de novembro, com (uma bela) antecedência. Se for hoje, (com uma bela) precisão.
Relaxa e goza
- Você é a favor ou contra a Copa do Mundo no Brasil?
- Não tenho opinião formada.
- Que novidade.
- Você tem?
- Sim. A favor.
- Na verdade, tenho sim. Sou contra!
- E por quê?
- Porque vão desviar dinheiro. Assim como no Pan. Dinheiro público! Dinheiro do leite das criancinhas.
- Como se fosse só em grandes eventos esportivos que se rouba.
- Já pensou quantos milhões serão desviados na construção de estádios?
- Já. O mesmo tanto que se rouba na construção de hospitais, escolas, viadutos, estradas...
- E você acha isso bonito?
- Não, só acho que acontece. E não é de hoje.
- Como assim?
- Na casa-grande, desviava-se escravos.
- O que o Casão tem a ver com isso!?
- Casão!?
- Não fale mal do Casão!
- Tô falando da contrução das casas-grandes, entende?
- É, acho que sim.
- Entende, sim, sei.
- Entendi sim! Casa Grande.
- Para falar a verdade, a culpa não é do patrício...
- Discordo, a culpa é sim dele. Êta lateral ruim.
- Posso retomar o raciocínio, por favor?
- Perdão.
- A culpa não é do patrício. Na construção de ocas e canoas, pré-lusitano, já se rapinava arcos, flechas e fumo público. Está no nosso sangue.
- E o que isso tem a ver com a Copa do Mundo?
- Se o estupro é inevitável, relaxa e goza, entende?
- Já ouvi esta frase, só não lembro a autoria.
- Não tenho opinião formada.
- Que novidade.
- Você tem?
- Sim. A favor.
- Na verdade, tenho sim. Sou contra!
- E por quê?
- Porque vão desviar dinheiro. Assim como no Pan. Dinheiro público! Dinheiro do leite das criancinhas.
- Como se fosse só em grandes eventos esportivos que se rouba.
- Já pensou quantos milhões serão desviados na construção de estádios?
- Já. O mesmo tanto que se rouba na construção de hospitais, escolas, viadutos, estradas...
- E você acha isso bonito?
- Não, só acho que acontece. E não é de hoje.
- Como assim?
- Na casa-grande, desviava-se escravos.
- O que o Casão tem a ver com isso!?
- Casão!?
- Não fale mal do Casão!
- Tô falando da contrução das casas-grandes, entende?
- É, acho que sim.
- Entende, sim, sei.
- Entendi sim! Casa Grande.
- Para falar a verdade, a culpa não é do patrício...
- Discordo, a culpa é sim dele. Êta lateral ruim.
- Posso retomar o raciocínio, por favor?
- Perdão.
- A culpa não é do patrício. Na construção de ocas e canoas, pré-lusitano, já se rapinava arcos, flechas e fumo público. Está no nosso sangue.
- E o que isso tem a ver com a Copa do Mundo?
- Se o estupro é inevitável, relaxa e goza, entende?
- Já ouvi esta frase, só não lembro a autoria.
segunda-feira, outubro 29, 2007
Previsões fatais
domingo, outubro 28, 2007
Simplesmente, Mané Garrincha
Deus escreve certo com linhas tortas.
Garrincha dribla certo com pernas tortas.
Foi assim desde sempre.
Sua primeira vítima foi a parteira.
Quando nasceu, logo driblou-a.
Quando moleque, sempre descalço, sempre, pé cascudo, driblava os bichos.
Rolinhas, juritis, caga-sebos, beijas-flor.
Coelhos, gambás, cotias, preás.
Nada escapava.
O pequeno Manuel não perdoava.
Não perdoava também os moleques da rua.
Aos 7 anos, era o melhor nas peladas.
Driblou as professoras.
Matava aula para fazer o que mais gostava: caçar, pescar, jogar bola.
Reprovado.
Driblava os patrões.
Na fábrica, aos 14, ou faltava ao trabalho, ou dormia nas caixas de algodão alojadas no porão.
Demitido.
Reademitido, para poder jogar pelo time da cidade.
Driblou o Exército. Sem fazer forças. O sargento o dispensou, pois considerou que o garoto era portador de "defeito físico".
Aos 19, o primeiro contrato.
O sujeito de Pau Grande, de pau grande, de novo driblou.
Desta vez, o alvo foi o maior lateral-esquerdo do mundo.
Nem a Enciclopédia escapou de Mané.
Daí para frente, driblou marcadores infinitos.
Joãos.
Inúmeros.
Joãos, Josés, Jordans.
Não só no gramado do Maracanã.
Não só nos gramados Brasil.
Sofreram também os gringos.
Driblou nos gramados suecos.
Johns, Josephs, Johanssons.
Galanteador nato, também driblou a mulher.
As mulheres.
Inúmeras.
Joanas, Marias, Elzas.
Voltou a driblar nos tapetes chilenos.
Botou todos no chinelo. Todos. Sozinho.
Garrincha era isso: um driblador.
Um brasileiro driblador.
Sozinho, driblava.
Driblava a todos.
E a tudo.
Só teve um marcador de verdade em toda vida.
O único que foi capaz de pará-lo.
Manuel Francisco dos Santos, o Garrincha, o Mané, o Anjo das Pernas Tortas, a Alegria do Povo, com toda sua genialidade, não conseguiu driblar seu perseguidor letal: o álcool.
*Garrincha nasceu há exatos 74 anos.
Garrincha dribla certo com pernas tortas.
Foi assim desde sempre.
Sua primeira vítima foi a parteira.
Quando nasceu, logo driblou-a.
Quando moleque, sempre descalço, sempre, pé cascudo, driblava os bichos.
Rolinhas, juritis, caga-sebos, beijas-flor.
Coelhos, gambás, cotias, preás.
Nada escapava.
O pequeno Manuel não perdoava.
Não perdoava também os moleques da rua.
Aos 7 anos, era o melhor nas peladas.
Driblou as professoras.
Matava aula para fazer o que mais gostava: caçar, pescar, jogar bola.
Reprovado.
Driblava os patrões.
Na fábrica, aos 14, ou faltava ao trabalho, ou dormia nas caixas de algodão alojadas no porão.
Demitido.
Reademitido, para poder jogar pelo time da cidade.
Driblou o Exército. Sem fazer forças. O sargento o dispensou, pois considerou que o garoto era portador de "defeito físico".
Aos 19, o primeiro contrato.
O sujeito de Pau Grande, de pau grande, de novo driblou.
Desta vez, o alvo foi o maior lateral-esquerdo do mundo.
Nem a Enciclopédia escapou de Mané.
Daí para frente, driblou marcadores infinitos.
Joãos.
Inúmeros.
Joãos, Josés, Jordans.
Não só no gramado do Maracanã.
Não só nos gramados Brasil.
Sofreram também os gringos.
Driblou nos gramados suecos.
Johns, Josephs, Johanssons.
Galanteador nato, também driblou a mulher.
As mulheres.
Inúmeras.
Joanas, Marias, Elzas.
Voltou a driblar nos tapetes chilenos.
Botou todos no chinelo. Todos. Sozinho.
Garrincha era isso: um driblador.
Um brasileiro driblador.
Sozinho, driblava.
Driblava a todos.
E a tudo.
Só teve um marcador de verdade em toda vida.
O único que foi capaz de pará-lo.
Manuel Francisco dos Santos, o Garrincha, o Mané, o Anjo das Pernas Tortas, a Alegria do Povo, com toda sua genialidade, não conseguiu driblar seu perseguidor letal: o álcool.
*Garrincha nasceu há exatos 74 anos.
sábado, outubro 27, 2007
Resposta do Quiz do Carlão
Sítios como o do Botafogo, da Gazeta Esportiva, entre outros vários, trazem o seguinte dado: 17 jogos, 17 gols.
Na página da RSSSF encontrei 18 partidas, e os mesmos 17 tentos anotados.
Seja qual for, 17 ou 18 cotejos, o jogador com a melhor média de gols pela Seleção Brasileira é Quarentinha.
Na página da RSSSF encontrei 18 partidas, e os mesmos 17 tentos anotados.
Seja qual for, 17 ou 18 cotejos, o jogador com a melhor média de gols pela Seleção Brasileira é Quarentinha.
sexta-feira, outubro 26, 2007
Tu crees?
Clique na imagem para ampliá-la.
Ou aqui, para ver a matéria no sítio do As.
Já na página do craque argentino, uma enquete chama-me atenção: "Crees que Riquelme deberá jugar en la selección Argentina a pesar de no jugar en el Villarreal?".
Copio e colo: Crees que Pato deberá jugar en la selección Brasileña a pesar de no jugar en el Milan?
Yo creo.
Ou aqui, para ver a matéria no sítio do As.
Já na página do craque argentino, uma enquete chama-me atenção: "Crees que Riquelme deberá jugar en la selección Argentina a pesar de no jugar en el Villarreal?".
Copio e colo: Crees que Pato deberá jugar en la selección Brasileña a pesar de no jugar en el Milan?
Yo creo.
quarta-feira, outubro 24, 2007
Bom e velho Robinho
A balada no Brasil valeu a pena.
Lavou a alma.
Rendeu multa e castigo.
Mas lavou a alma.
E o futebol.
Com a camisa branca do Real Madrid, Robinho fez na tarde desta quarta o mesmo que fazia com o manto branco do Santos. E com a amarelinha.
Contra o Olympiacos (com um a menos, registra-se), Robinho foi o bom e velho Robinho: pedalou, deu elástico, foi pra cima, deu passe, encantou. Deitou e rolou.
Lembrou os bons e velhos pontas. Esquerda.
Fez gol. Gols. Dois.
Pedalou, pedalou, pedalou, e, como Rogério em 2002, o marcador deu no meio da franzina - e maliciosa - canela do camisa 10.
Pênalti.
Àquela altura o time merengue empatava com a audaz equipe grega em pleno Santiago Bernabeu por 2 a 2.
Nistelrooy, como Baggio em 1994, mandou para fora.
Faltava pouco para o apito final.
Deixa comigo, disse ele.
E fez o que o bom e velho Robinho faria.
Marcou o terceiro (o segundo dele na partida), e no minuto final teve tempo para puxar um contra-ataque e deixar Balboa na cara do gol. Knock-out. 4 a 2 Madrid.
Robinho foi o homem do jogo.
Foi o bom velho Robinho.
Ousado.
Atrevido.
Abusado.
Como há tempos não se via nas gramas espanholas.
Lavou a alma.
Rendeu multa e castigo.
Mas lavou a alma.
E o futebol.
Com a camisa branca do Real Madrid, Robinho fez na tarde desta quarta o mesmo que fazia com o manto branco do Santos. E com a amarelinha.
Contra o Olympiacos (com um a menos, registra-se), Robinho foi o bom e velho Robinho: pedalou, deu elástico, foi pra cima, deu passe, encantou. Deitou e rolou.
Lembrou os bons e velhos pontas. Esquerda.
Fez gol. Gols. Dois.
Pedalou, pedalou, pedalou, e, como Rogério em 2002, o marcador deu no meio da franzina - e maliciosa - canela do camisa 10.
Pênalti.
Àquela altura o time merengue empatava com a audaz equipe grega em pleno Santiago Bernabeu por 2 a 2.
Nistelrooy, como Baggio em 1994, mandou para fora.
Faltava pouco para o apito final.
Deixa comigo, disse ele.
E fez o que o bom e velho Robinho faria.
Marcou o terceiro (o segundo dele na partida), e no minuto final teve tempo para puxar um contra-ataque e deixar Balboa na cara do gol. Knock-out. 4 a 2 Madrid.
Robinho foi o homem do jogo.
Foi o bom velho Robinho.
Ousado.
Atrevido.
Abusado.
Como há tempos não se via nas gramas espanholas.
terça-feira, outubro 23, 2007
Quiz do Carlão
O Blog do Carlão está com um novo "quadro".
Uma espécie de Desafio do PVC.
Mais humilde, é claro.
É o Quiz do Carlão (nome criativo e inovador, eu sei).
Se a internet não falhar (nem minha memória), a cada quatro dias, religiosamente, postarei uma nova enquete.
Passadas as 96 horas, abrirei uma postagem com a resposta e alguns detalhes sobre o fato em questão.
OBS.: Responda (chute) de cara. Utilizar a internet para pesquisar é falta de fair play.
Uma espécie de Desafio do PVC.
Mais humilde, é claro.
É o Quiz do Carlão (nome criativo e inovador, eu sei).
Se a internet não falhar (nem minha memória), a cada quatro dias, religiosamente, postarei uma nova enquete.
Passadas as 96 horas, abrirei uma postagem com a resposta e alguns detalhes sobre o fato em questão.
OBS.: Responda (chute) de cara. Utilizar a internet para pesquisar é falta de fair play.
67 anos de reinado
Gotemburgo, 19 de junho de 1958.
Brasil 1, País de Gales 0.
Gol do menino de 17 anos.
Estocolmo, 24 de junho de 1958.
Brasil 5, França 2.
Três gols do menino de 17 anos.
Estocolmo, 29 de junho de 1958.
Brasil 5, Suécia 2.
Dois gols do menino de 17 anos.
Brasil campeão do mundo. O mundo conhecia o rei do futebol.
Três Corações, 23 de outubro de 1940.
Há 67 anos, o rei do futebol vinha ao mundo.
Parabéns, vossa majestade.
Brasil 1, País de Gales 0.
Gol do menino de 17 anos.
Estocolmo, 24 de junho de 1958.
Brasil 5, França 2.
Três gols do menino de 17 anos.
Estocolmo, 29 de junho de 1958.
Brasil 5, Suécia 2.
Dois gols do menino de 17 anos.
Brasil campeão do mundo. O mundo conhecia o rei do futebol.
Três Corações, 23 de outubro de 1940.
Há 67 anos, o rei do futebol vinha ao mundo.
Parabéns, vossa majestade.
segunda-feira, outubro 22, 2007
Nascidos em 22 de outubro
Lev Yashin, o Aranha Negra, em Moscou, a 1929.
Yashin defendeu o Dínamo de Moscou por toda a sua carreira de 22 anos, onde ingressou em 1949. Conquistou cinco campeonatos soviéticos (1954, 1955, 1957, 1959 e 1963) e três copas da URSS (1953, 1967 e 1970).
Pela seleção soviética, jogou as Copas de 1958, 1962,1966 e 1970.
Augusto da Costa, em 1920, no Rio de Janeiro.
Zagueiro pela direita, era soldado da Polícia Federal e do Exército.
Defendeu o Vasco entre 1945 e 1953.
Jogou pela Seleção de 1948 a 1950, disputando inclusive a Copa América de 1949 e a Copa do Mundo de 1950.
Augusto morreu em 1º de março de 2004.
Francisco Gento, em 1933.
Ponta-esquerda espanhol, jogou no Real Madrid de Puskas, Kopa e Di Stéfano.
Atacou pelo time merengue de 1953 a 1971.
Campeão da Liga Espanhola em 1954, 1955, 1957, 1958, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969.
Campeão de Copa do Rei em 1962 e 1970.
Campeão da Copa da Europa (Liga dos Campeões) em 1956, 1957, 1958, 1959, 1960 e 1966.
Fez 43 jogos pela seleção espanhola, e participou das Copas de 1962 e 1966.
sábado, outubro 20, 2007
A lógica em xeque
Goiás, 41 pontos.
Corinthians, o primeiro dos últimos, 38 pontos.
Entre eles, três times: Internacional, Atlético-MG e Náutico.
O Colorado pega o Juventude, no Beira-rio.
Provável, muito provável, que o dono da casa vença e chegue aos 44 pontos.
No Mineirão cheio, o Galo vai fazer das chuteiras coração para ganhar do Vasco.
5, 3 ou 1 a 0 dá na mesma. O que importa para o alvinegro mineiro são os três pontos para chegar aos 43.
Nos Aflitos, o jogo da rodada: Timbu x Timão.
Alvirubro favorito.
Sem Acosta, mas favorito.
A lógica diz que Inter, Atlético-MG (numa escala um pouco menor) e Náutico consigam fazer a tarefa doméstica.
E se a lógica triunfar, a situação do Corinthians, que está russa por causa de um russo, pode ficar ainda mais russa.
Se a lógica prevalecer, o Corinthians ficará a 3 pontos do 16º colocado, possivelmente o Goiás.
Mas futebol não tem lógica.
É imprevisível.
É surpreendente.
Vive de impossíveis.
Assim como o Corinthians.
Corinthians, o primeiro dos últimos, 38 pontos.
Entre eles, três times: Internacional, Atlético-MG e Náutico.
O Colorado pega o Juventude, no Beira-rio.
Provável, muito provável, que o dono da casa vença e chegue aos 44 pontos.
No Mineirão cheio, o Galo vai fazer das chuteiras coração para ganhar do Vasco.
5, 3 ou 1 a 0 dá na mesma. O que importa para o alvinegro mineiro são os três pontos para chegar aos 43.
Nos Aflitos, o jogo da rodada: Timbu x Timão.
Alvirubro favorito.
Sem Acosta, mas favorito.
A lógica diz que Inter, Atlético-MG (numa escala um pouco menor) e Náutico consigam fazer a tarefa doméstica.
E se a lógica triunfar, a situação do Corinthians, que está russa por causa de um russo, pode ficar ainda mais russa.
Se a lógica prevalecer, o Corinthians ficará a 3 pontos do 16º colocado, possivelmente o Goiás.
Mas futebol não tem lógica.
É imprevisível.
É surpreendente.
Vive de impossíveis.
Assim como o Corinthians.
sexta-feira, outubro 19, 2007
Cotejos de sábado
PALMEIRAS x PARANÁ
Jogo para o consolidação.
Do Palmeiras, no G4 de cima.
E do Paraná, no G4 de baixo.
GOIÁS x FLUMINENSE
O time goiano está se esforçando para cair.
E o Fluminense, mesmo no Serra Dourada, vai dar uma força.
BOTAFOGO x SPORT
É vencer ou vencer. Eis a obrigação do alvinegro.
Mas o rubronegro não vai ao Rio de Janeiro a passeio.
Jogo para o consolidação.
Do Palmeiras, no G4 de cima.
E do Paraná, no G4 de baixo.
GOIÁS x FLUMINENSE
O time goiano está se esforçando para cair.
E o Fluminense, mesmo no Serra Dourada, vai dar uma força.
BOTAFOGO x SPORT
É vencer ou vencer. Eis a obrigação do alvinegro.
Mas o rubronegro não vai ao Rio de Janeiro a passeio.
quarta-feira, outubro 17, 2007
Brasil iludiu bem
7 anos depois, o placar se repete.
5 a 0 no Maracanã.
Mas, não me engana que eu gosto.
A vitória brasileira foi falaciosa.
O Brasil não jogou nada contra a Colômbia.
E contra o Equador, em pleno Maraca, só jogou nos últimos 15 minutos.
Este esquema que Dunga adotou (4-2-3-1) não funciona na Seleção. O problema do Brasil é tático.
Golaço de Kaká, linda jogada de Robinho, boa partida de Love, festa no Maraca.
Mas não se engane, o resultado foi mentiroso.
5 a 0 no Maracanã.
Mas, não me engana que eu gosto.
A vitória brasileira foi falaciosa.
O Brasil não jogou nada contra a Colômbia.
E contra o Equador, em pleno Maraca, só jogou nos últimos 15 minutos.
Este esquema que Dunga adotou (4-2-3-1) não funciona na Seleção. O problema do Brasil é tático.
Golaço de Kaká, linda jogada de Robinho, boa partida de Love, festa no Maraca.
Mas não se engane, o resultado foi mentiroso.
Maracanã
Maracá (chocalho).
Nã (semelhança).
Maracanã é uma espécie de pássaro, do gênero das araras, que emite ondas sonoras parecidas com o barulho de um chocalho indígena, o maracá.
Nã (semelhança).
Maracanã é uma espécie de pássaro, do gênero das araras, que emite ondas sonoras parecidas com o barulho de um chocalho indígena, o maracá.
terça-feira, outubro 16, 2007
O último jogo no Maracanã
03 de setembro de 2000.
Eliminatórias para a Copa de 2002.
Brasil 5, Bolívia 0.
Rogério Ceni; Cafu, Antônio Carlos, Émerson Carvalho e Júnior (Athirson); Flávio Conceição, Vampeta, Alex (Juninho Paulista) e Rivaldo; Ronaldinho Gaúcho (Marques) e Romário vestiram a amarelinha.
O técnico era Vanderlei Luxemburgo.
Os gols foram de Romário (que marcou três), Rivaldo, e Sandy (Não do Júnior. Quarto-zagueiro boliviano, contra).
Esta Seleção, que jogou no Mário Filho naquela noite, contou com oito atletas que atuavam no Brasil.
São eles: Rogério Ceni (São Paulo), Émerson Carvalho (Portuguesa), Júnior (Palmeiras), Athirson (Flamengo), Juninho Paulista (Vasco), Ronaldinho Gaúcho (Grêmio), Marques (Atlético-MG) e Romário (Vasco).
Sete anos depois, temos apenas dois jogadores brasileiros no selecionado nacional: Alex Silva e Kléber.
Eliminatórias para a Copa de 2002.
Brasil 5, Bolívia 0.
Rogério Ceni; Cafu, Antônio Carlos, Émerson Carvalho e Júnior (Athirson); Flávio Conceição, Vampeta, Alex (Juninho Paulista) e Rivaldo; Ronaldinho Gaúcho (Marques) e Romário vestiram a amarelinha.
O técnico era Vanderlei Luxemburgo.
Os gols foram de Romário (que marcou três), Rivaldo, e Sandy (Não do Júnior. Quarto-zagueiro boliviano, contra).
Esta Seleção, que jogou no Mário Filho naquela noite, contou com oito atletas que atuavam no Brasil.
São eles: Rogério Ceni (São Paulo), Émerson Carvalho (Portuguesa), Júnior (Palmeiras), Athirson (Flamengo), Juninho Paulista (Vasco), Ronaldinho Gaúcho (Grêmio), Marques (Atlético-MG) e Romário (Vasco).
Sete anos depois, temos apenas dois jogadores brasileiros no selecionado nacional: Alex Silva e Kléber.
segunda-feira, outubro 15, 2007
Brasil x Equador
A maior goleada: Brasil 9 a 1.
03 de abril de 1949.
Rio de Janeiro.
Estádio de São Januário.
Campeonato Sul-Americano.
Brasil: Barbosa; Augusto e Wilson; Ely (Bauer), Danilo Alvim (Rui) e Noronha; Tesourinha, Zizinho (Ademir Menezes), Octávio, Jair da Rosa Pinto e Simão.
Equador: Carrillo; Lovato (Sánchez) e Bermeo; L.Torres, Vásquez e Marín (J.Cantos); Arteaga, E.Cantos, Chuchuca (!), Vargas, G.Andrade.
Gols: Chuchuca (Equador), Simão (2), Jair da Rosa Pinto (2), Tesourinha (2), Ademir Menezes, Octávio, Zizinho.
A linha de frente: Tesourinha, Zizinho, Octávio, Jair da Rosa Pinto e Simão.
Quarta-feira, no mesmo Rio de Janeiro, no Maracanã, não precisa de tanto.
Nove é demais.
Só queremos que o nosso nove marque pelo menos um.
03 de abril de 1949.
Rio de Janeiro.
Estádio de São Januário.
Campeonato Sul-Americano.
Brasil: Barbosa; Augusto e Wilson; Ely (Bauer), Danilo Alvim (Rui) e Noronha; Tesourinha, Zizinho (Ademir Menezes), Octávio, Jair da Rosa Pinto e Simão.
Equador: Carrillo; Lovato (Sánchez) e Bermeo; L.Torres, Vásquez e Marín (J.Cantos); Arteaga, E.Cantos, Chuchuca (!), Vargas, G.Andrade.
Gols: Chuchuca (Equador), Simão (2), Jair da Rosa Pinto (2), Tesourinha (2), Ademir Menezes, Octávio, Zizinho.
A linha de frente: Tesourinha, Zizinho, Octávio, Jair da Rosa Pinto e Simão.
Quarta-feira, no mesmo Rio de Janeiro, no Maracanã, não precisa de tanto.
Nove é demais.
Só queremos que o nosso nove marque pelo menos um.
Quem é professor?
Jogador de futebol tem mania de chamar o treinador de professor.
Alguns realmente são.
Não necessariamente por formação acadêmica, mas por ensinar de verdade.
Professores do futebol.
Numa análise superficial, destes, qual merece ser chamado de professor? Ou, quais?
Muricy Ramalho? Dorival Júnior? Vanderlei Luxemburgo? Caio Júnior? Mano Menezes? Renato Gaúcho? Celso Roth? Geninho? Joel Santana? Nelsinho Batista? Leão? Abelão? Felipão?
Dunga?
Alguns realmente são.
Não necessariamente por formação acadêmica, mas por ensinar de verdade.
Professores do futebol.
Numa análise superficial, destes, qual merece ser chamado de professor? Ou, quais?
Muricy Ramalho? Dorival Júnior? Vanderlei Luxemburgo? Caio Júnior? Mano Menezes? Renato Gaúcho? Celso Roth? Geninho? Joel Santana? Nelsinho Batista? Leão? Abelão? Felipão?
Dunga?
domingo, outubro 14, 2007
Brasil e Colômbia
- Gostou do jogo?
- Não.
- Credo, filho. Por que não? Tá certo que a gente não ganhou, mas o Brasil jogou bem.
- Você acha?
- Claro. É verdade que eu estava cuidando da janta, mas toda hora que eu olhava para a tevê o Brasil estava atacando. Quase fez o gol. Aquele baixinho, camisa 8, eu acho, jogou muito bem.
- Mãe...
- Aquele negão, altão, também. Quase fez um gol de cabeça. Sem falar que o juiz não deu um pênalti nele!
- Mas mãe...
- Deixe de ser enjoado, filho. O outro time nem pegou na bola. Timinho ruim, hein!
- Mãe...
- Admita: o Brasil jogou bem. Com a amarelinha, ninguém pode.
- Mãe, o time de amarelo era a Colômbia!
- Não.
- Credo, filho. Por que não? Tá certo que a gente não ganhou, mas o Brasil jogou bem.
- Você acha?
- Claro. É verdade que eu estava cuidando da janta, mas toda hora que eu olhava para a tevê o Brasil estava atacando. Quase fez o gol. Aquele baixinho, camisa 8, eu acho, jogou muito bem.
- Mãe...
- Aquele negão, altão, também. Quase fez um gol de cabeça. Sem falar que o juiz não deu um pênalti nele!
- Mas mãe...
- Deixe de ser enjoado, filho. O outro time nem pegou na bola. Timinho ruim, hein!
- Mãe...
- Admita: o Brasil jogou bem. Com a amarelinha, ninguém pode.
- Mãe, o time de amarelo era a Colômbia!
Jules Rimet
Jules Rimet nasceu na França há exatos 134 anos, em 14 de outubro de 1873.
Ele foi o idealizador da primeira Copa do Mundo de Futebol, disputada no Uruguai, em 1930.
Rimet foi presidente da Federação Francesa de Futebol entre 1919 e 1945.
Foi também presidente da FIFA, 1921 a 1954.
O homem que deu o nome à cobiçada Taça dos Campeonatos Mundias de Seleções morreu em 16 de outubro de 1956.
Ele foi o idealizador da primeira Copa do Mundo de Futebol, disputada no Uruguai, em 1930.
Rimet foi presidente da Federação Francesa de Futebol entre 1919 e 1945.
Foi também presidente da FIFA, 1921 a 1954.
O homem que deu o nome à cobiçada Taça dos Campeonatos Mundias de Seleções morreu em 16 de outubro de 1956.
sábado, outubro 13, 2007
Sem direção
Edinho, Wellington Monteiro, Magrão e Guiñazu.
Falta criatividade a Abel Braga para escalar um meio-campo mais criativo.
Quatro volantes.
E o Inter continua sem direção.
Falta criatividade a Abel Braga para escalar um meio-campo mais criativo.
Quatro volantes.
E o Inter continua sem direção.
O filho Basílio
Hoje é aniversário do meu filho.
30 anos.
No dia em que ele nasceu eu não estava por perto.
A mãe dele reclama.
Eu tinha um compromisso naquela noite.
Mas existe compromisso maior do que o nascimento de um filho?
Existe. E aquele era imperdível. Inadiável.
Deixei minha mulher, com meu filho ainda no ventre, nas mãos de Deus. Na verdade, nas mãos do médico, no hospital, e tomei meu rumo.
O encontro que eu tinha naquela quinta-feira era religioso.
No Templo Sagrado, local onde aconteceria o tão aguardado ritual, milhares de devotos, ansiosos, se aglomeravam.
Todos vestindo o mesmo manto. Sagrado.
Eu não conseguia tirar o pensamento de Célia e de meu futuro filho. Ou filha. Ainda não sabíamos.
Também não conseguia tirar os olhos do que ia acontecendo, minuto a minuto, na seita religiosa que já havia começado.
Eu não estava de corpo presente, mas meu espírito estava junto à minha família.
E de corpo e alma, entreguei-me à minha segunda família, aquela que, assim como eu, fazia parte daquele culto naquela noite especial. Todos nós, irmãos, nos entregamos aos Deuses. Estávamos nas mãos deles.
Ou nos pés.
Será que está tudo bem com Célia?
Eu estava ficando angustiado no meio da multidão.
Não sabia se estava mais aflito com minha mulher e filho, ou se com os servos do rito.
Eu esperara por aquele momento havia muito tempo. Por aqueles momentos. Pelo nascimento do meu filho, e pelo ritual.
Meus irmãos e eu - sem exagero, eram milhares, dezenas de milhares de fiéis, verdadeiramente fiéis -, tivemos de jejuar para aquela noite sagrada. O jejum era um requisito para aquele encontro.
Sem exagero, jejuamos por 22 anos.
Será que ele nasceu? Ele. No fundo, eu sabia que era um menino.
Será que já nasceu?
O barulho celestialmente infernal anunciava que todos nós, beatos, fanáticos religiosos, protegidos pelo mesmo manto sagrado, a qualquer instante, entraríamos em transe.
No exato momento em que Deus nos presenteou com um lindo e sadio menino no hospital, todos nós recebemos a graça dos Deuses no gigante Templo que acolhia 80 mil fiéis.
Foi o ápice.
Entramos em transe absoluto.
Libertamos-nos.
Os Deuses eram nossos. Eles estavam do nosso lado.
Os Deuses, e os anjos.
E foi através do pé de um deles, do pé de um dos anjos, que chegamos ao êxtase coletivo.
Além dos Deuses, os anjos também eram nossos.
Os seres do além eram nossos.
Foi um instante único.
Mágico.
Esperamos uma vida toda por aquele momento divino.
E valeu a pena esperar.
Quem participou daquele encontro sagrado naquela inesquecível noite de quinta-feira, jamais se esquecerá.
Nossa religião nos proporcionou, ao longo da vida, inúmeros instantes de alegria, euforia e exaltação.
Mas nada se compara àquele 13 de outubro de 1977.
Ficou tudo bem com Célia. Ela entendeu minha posição. Entendeu meu fanatismo.
Meu filho também ficou bem.
E o nome dele, claro, não poderia ser outro: Basílio.
30 anos.
No dia em que ele nasceu eu não estava por perto.
A mãe dele reclama.
Eu tinha um compromisso naquela noite.
Mas existe compromisso maior do que o nascimento de um filho?
Existe. E aquele era imperdível. Inadiável.
Deixei minha mulher, com meu filho ainda no ventre, nas mãos de Deus. Na verdade, nas mãos do médico, no hospital, e tomei meu rumo.
O encontro que eu tinha naquela quinta-feira era religioso.
No Templo Sagrado, local onde aconteceria o tão aguardado ritual, milhares de devotos, ansiosos, se aglomeravam.
Todos vestindo o mesmo manto. Sagrado.
Eu não conseguia tirar o pensamento de Célia e de meu futuro filho. Ou filha. Ainda não sabíamos.
Também não conseguia tirar os olhos do que ia acontecendo, minuto a minuto, na seita religiosa que já havia começado.
Eu não estava de corpo presente, mas meu espírito estava junto à minha família.
E de corpo e alma, entreguei-me à minha segunda família, aquela que, assim como eu, fazia parte daquele culto naquela noite especial. Todos nós, irmãos, nos entregamos aos Deuses. Estávamos nas mãos deles.
Ou nos pés.
Será que está tudo bem com Célia?
Eu estava ficando angustiado no meio da multidão.
Não sabia se estava mais aflito com minha mulher e filho, ou se com os servos do rito.
Eu esperara por aquele momento havia muito tempo. Por aqueles momentos. Pelo nascimento do meu filho, e pelo ritual.
Meus irmãos e eu - sem exagero, eram milhares, dezenas de milhares de fiéis, verdadeiramente fiéis -, tivemos de jejuar para aquela noite sagrada. O jejum era um requisito para aquele encontro.
Sem exagero, jejuamos por 22 anos.
Será que ele nasceu? Ele. No fundo, eu sabia que era um menino.
Será que já nasceu?
O barulho celestialmente infernal anunciava que todos nós, beatos, fanáticos religiosos, protegidos pelo mesmo manto sagrado, a qualquer instante, entraríamos em transe.
No exato momento em que Deus nos presenteou com um lindo e sadio menino no hospital, todos nós recebemos a graça dos Deuses no gigante Templo que acolhia 80 mil fiéis.
Foi o ápice.
Entramos em transe absoluto.
Libertamos-nos.
Os Deuses eram nossos. Eles estavam do nosso lado.
Os Deuses, e os anjos.
E foi através do pé de um deles, do pé de um dos anjos, que chegamos ao êxtase coletivo.
Além dos Deuses, os anjos também eram nossos.
Os seres do além eram nossos.
Foi um instante único.
Mágico.
Esperamos uma vida toda por aquele momento divino.
E valeu a pena esperar.
Quem participou daquele encontro sagrado naquela inesquecível noite de quinta-feira, jamais se esquecerá.
Nossa religião nos proporcionou, ao longo da vida, inúmeros instantes de alegria, euforia e exaltação.
Mas nada se compara àquele 13 de outubro de 1977.
Ficou tudo bem com Célia. Ela entendeu minha posição. Entendeu meu fanatismo.
Meu filho também ficou bem.
E o nome dele, claro, não poderia ser outro: Basílio.
sexta-feira, outubro 12, 2007
Sempre ele
Cruzeiro, 64 gols.
Náutico, 53 gols.
Os dois melhores ataques do Brasileirão.
Promessa de muitos gols no Mineirão.
Promessa cumprida.
O Timbu foi a Belo Horizonte sem seis titulares. Na rodada anterior, os jogadores alvirubros foram orientados a provocarem o terceiro amarelo para ficarem de fora contra o Cruzeiro e não correrem o risco de desfalcarem a equipe no jogo que realmente interessa, contra o Corinthians, confronto direto pela 32ª rodada.
O Cruzeiro foi melhor no primeiro tempo.
Fez 2 gols.
No segundo, o Náutico foi melhor.
Fez 2 gols.
Sem seis titulares, mas com o principal deles: Acosta.
Sempre ele.
Marcou os dois gols da equipe do Recife.
E saiu chorando de campo.
Saiu chorando porque tomou o segundo amarelo no jogo, o vermelho, e foi expulso.
Sempre ele.
Saiu chorando porque vai desfalcar seu time numa das principais partidas do campeonato para o Timbu. O vice-artilheiro do Brasileirão, com 17 gols, não jogará contra o Corinthians, nos Aflitos, no próximo domingo.
Náutico, 53 gols.
Os dois melhores ataques do Brasileirão.
Promessa de muitos gols no Mineirão.
Promessa cumprida.
O Timbu foi a Belo Horizonte sem seis titulares. Na rodada anterior, os jogadores alvirubros foram orientados a provocarem o terceiro amarelo para ficarem de fora contra o Cruzeiro e não correrem o risco de desfalcarem a equipe no jogo que realmente interessa, contra o Corinthians, confronto direto pela 32ª rodada.
O Cruzeiro foi melhor no primeiro tempo.
Fez 2 gols.
No segundo, o Náutico foi melhor.
Fez 2 gols.
Sem seis titulares, mas com o principal deles: Acosta.
Sempre ele.
Marcou os dois gols da equipe do Recife.
E saiu chorando de campo.
Saiu chorando porque tomou o segundo amarelo no jogo, o vermelho, e foi expulso.
Sempre ele.
Saiu chorando porque vai desfalcar seu time numa das principais partidas do campeonato para o Timbu. O vice-artilheiro do Brasileirão, com 17 gols, não jogará contra o Corinthians, nos Aflitos, no próximo domingo.
quinta-feira, outubro 11, 2007
Questão de confiança
Pobre.
Tecnicamente, o time colombiano é pobre.
Paupérrimo.
O jogo do Morumbi foi feito de ataque contra defesa. Anfitrião atacando a visita. São Paulo atacando o Millonários.
Só deu São Paulo.
Foram inúmeras as chances de gol do Tricolor.
E inúmeras foram as chances desperdiçadas. Quatro, no mínimo, claríssimas.
Bem que o primeiro colocado do Campeonato Brasileiro tentou.
O décimo segundo colocado do Campeonato Colombiano também tentou. Uma vez. Teve uma mísera chance.
Zapata entrou no segundo tempo para revolucionar a partida. Teve uma chance. E ao contrário dos são-paulinos, aproveito-a.
São Paulo 0, Millonários 1.
Rico resultado para o time da Colômbia, que veio sonhando com um empate, e saiu com uma vitória.
Miserável resultado para o time brasileiro. Não pela Sul-Americana em si, mas pelo campeonato nacional.
Aclamado por toda (toda!) imprensa como Campeão Brasileiro de 2007, o São Paulo sofreu sua terceira derrota seguida.
E o efeito colateral destes consecutivos três insucessos - principalmente o da noite de ontem - é a queda da confiança.
É fato: a confiança dos jogadores do São Paulo não é a mesma.
E, como se sabe, jogador de futebol vive de confiança.
Ou alguém acha que a confiança do Tricolor continua intacta?
Olhando para o futuro, o próximo jogo do São Paulo, "virtual campeão brasileiro", é contra o Fluminense, no Maracanã.
E as chances do líder do Brasileirão conquistar sua quarta derrota seguida são grandes.
Ou alguém acha que o Tricolor das Laranjeiras é menos time que o pobre Millonários?
Tecnicamente, o time colombiano é pobre.
Paupérrimo.
O jogo do Morumbi foi feito de ataque contra defesa. Anfitrião atacando a visita. São Paulo atacando o Millonários.
Só deu São Paulo.
Foram inúmeras as chances de gol do Tricolor.
E inúmeras foram as chances desperdiçadas. Quatro, no mínimo, claríssimas.
Bem que o primeiro colocado do Campeonato Brasileiro tentou.
O décimo segundo colocado do Campeonato Colombiano também tentou. Uma vez. Teve uma mísera chance.
Zapata entrou no segundo tempo para revolucionar a partida. Teve uma chance. E ao contrário dos são-paulinos, aproveito-a.
São Paulo 0, Millonários 1.
Rico resultado para o time da Colômbia, que veio sonhando com um empate, e saiu com uma vitória.
Miserável resultado para o time brasileiro. Não pela Sul-Americana em si, mas pelo campeonato nacional.
Aclamado por toda (toda!) imprensa como Campeão Brasileiro de 2007, o São Paulo sofreu sua terceira derrota seguida.
E o efeito colateral destes consecutivos três insucessos - principalmente o da noite de ontem - é a queda da confiança.
É fato: a confiança dos jogadores do São Paulo não é a mesma.
E, como se sabe, jogador de futebol vive de confiança.
Ou alguém acha que a confiança do Tricolor continua intacta?
Olhando para o futuro, o próximo jogo do São Paulo, "virtual campeão brasileiro", é contra o Fluminense, no Maracanã.
E as chances do líder do Brasileirão conquistar sua quarta derrota seguida são grandes.
Ou alguém acha que o Tricolor das Laranjeiras é menos time que o pobre Millonários?
quarta-feira, outubro 10, 2007
Falta grave
Antecipei-me.
O aniversário de Bobby Charlton (duas postagens abaixo) é amanhã, dia 11 de outubro, e não hoje.
De qualquer maneira, a homenagem já está feita.
O aniversário de Bobby Charlton (duas postagens abaixo) é amanhã, dia 11 de outubro, e não hoje.
De qualquer maneira, a homenagem já está feita.
A Lista da FIFA
Como de praxe, navegando pelos Blogs amigos, li no Marcação Cerrada que a FIFA divulgou a lista dos candidatos a melhor jogador de futebol do mundo (ou seria da Europa?).
Eis a lista:
Buffon (Juventus)
Cannavaro (Real Madrid)
Cech (Chelsea)
Cristiano Ronaldo (Manchester United)
Deco (Barcelona)
Drogba (Chelsea)
Essien (Chelsea)
Eto'o (Barcelona)
Gattuso (Milan)
Gerrard (Liverpool)
Henry (Barcelona)
Juninho Pernambucano (Lyon)
Kaká (Milan)
Klose (Bayern de Munique)
Lahm (Bayern de Munique)
Lampard (Chelsea)
Márquez (Barcelona)
Messi (Barcelona)
Nesta (Milan)
Pirlo (Milan)
Ribéry (Bayern de Munique)
Riquelme (Villarreal)
Ronaldinho (Barcelona)
Rooney (Manchester United)
Terry (Chelsea)
Tevez (Manchester United)
Thuram (Barcelona)
Torres (Liverpool)
Van Nistelrooy (Real Madrid)
Vieira (Inter de Milão)
"Sem surpresas, a lista trás mais uma vez apenas jogadores que atuam no futebol europeu, com exceção novamente, de Riquelme, que brilhou no Boca Júniors mas aparece na lista como atleta do Villareal. Mais uma prova que a elite do futebol está no Velho Continente, e ainda mais, que a FIFA não tem olhos para os clubes do resto do mundo.", digitou Vinicius Grissi.
Diria mais a você, caro Vinicius: Não é só a FIFA. Não é só no futebol. A Europa como um todo não está nem aí para o Terceiro Mundo. Na verdade, os europeus não sabem onde fica o Terceiro Mundo. Não sabem nem o que é Terceiro Mundo! Só sabem, e olhe lá, que é daqui, do Terceiro Mundo, que sai o sustento do Primeiro, às costas e às custas de nossas riquezas naturais e da mão-de-obra a preço de banana. Como jogadores de futebol, por exemplo.
Momento revolta à parte, cá entre nozes: Este ano, Miranda não jogou muito mais que Thuram? Felipe não jogou muito mais que Kahn? Thiago Neves não jogou muito mais que Juninho Pernambucano? O próprio Alex, que joga na Turquia - para não ficarmos apenas na América Latida - não jogou mais que Lampard?
Eu respondo: jogou, jogou, jogou e jogou!
Eis a lista:
Buffon (Juventus)
Cannavaro (Real Madrid)
Cech (Chelsea)
Cristiano Ronaldo (Manchester United)
Deco (Barcelona)
Drogba (Chelsea)
Essien (Chelsea)
Eto'o (Barcelona)
Gattuso (Milan)
Gerrard (Liverpool)
Henry (Barcelona)
Juninho Pernambucano (Lyon)
Kaká (Milan)
Klose (Bayern de Munique)
Lahm (Bayern de Munique)
Lampard (Chelsea)
Márquez (Barcelona)
Messi (Barcelona)
Nesta (Milan)
Pirlo (Milan)
Ribéry (Bayern de Munique)
Riquelme (Villarreal)
Ronaldinho (Barcelona)
Rooney (Manchester United)
Terry (Chelsea)
Tevez (Manchester United)
Thuram (Barcelona)
Torres (Liverpool)
Van Nistelrooy (Real Madrid)
Vieira (Inter de Milão)
"Sem surpresas, a lista trás mais uma vez apenas jogadores que atuam no futebol europeu, com exceção novamente, de Riquelme, que brilhou no Boca Júniors mas aparece na lista como atleta do Villareal. Mais uma prova que a elite do futebol está no Velho Continente, e ainda mais, que a FIFA não tem olhos para os clubes do resto do mundo.", digitou Vinicius Grissi.
Diria mais a você, caro Vinicius: Não é só a FIFA. Não é só no futebol. A Europa como um todo não está nem aí para o Terceiro Mundo. Na verdade, os europeus não sabem onde fica o Terceiro Mundo. Não sabem nem o que é Terceiro Mundo! Só sabem, e olhe lá, que é daqui, do Terceiro Mundo, que sai o sustento do Primeiro, às costas e às custas de nossas riquezas naturais e da mão-de-obra a preço de banana. Como jogadores de futebol, por exemplo.
Momento revolta à parte, cá entre nozes: Este ano, Miranda não jogou muito mais que Thuram? Felipe não jogou muito mais que Kahn? Thiago Neves não jogou muito mais que Juninho Pernambucano? O próprio Alex, que joga na Turquia - para não ficarmos apenas na América Latida - não jogou mais que Lampard?
Eu respondo: jogou, jogou, jogou e jogou!
Sir Bobby Charlton, 70
Bobby Charlton marcou 249 gols, em 757 jogos, com a camisa do Manchester United, clube que atacou entre 1954 e 1973.
No English Team, foram 106 partidas (recorde) e 49 gols.
Foi Campeão Inglês (1957, 1965, 1967), da Copa da Inglaterra (1963) e da Copa dos Campeões (1968) pelos Diabos Vermelhos. Pela Inglaterra, foi Campeão do Mundo em 1966.
Abaixo, o golaço do eterno camisa 9 inglês, contra o México, na Copa de 1966:
E agora, 5 dos 249 gols pelo Man. United:
Hoje, Bobby Charlton - Sir desde 1974 - completa 70 anos.
No English Team, foram 106 partidas (recorde) e 49 gols.
Foi Campeão Inglês (1957, 1965, 1967), da Copa da Inglaterra (1963) e da Copa dos Campeões (1968) pelos Diabos Vermelhos. Pela Inglaterra, foi Campeão do Mundo em 1966.
Abaixo, o golaço do eterno camisa 9 inglês, contra o México, na Copa de 1966:
E agora, 5 dos 249 gols pelo Man. United:
Hoje, Bobby Charlton - Sir desde 1974 - completa 70 anos.
segunda-feira, outubro 08, 2007
O Maestro Mestre
Diziam que ele não corria em campo.
Ao apito final, nenhuma gota de seu glorioso suor molhava o manto sagrado que lhe cobria o corpo.
Quem tem de correr é a bola, não o jogador, dizia ele.
Gênio.
Não sabia qual era a cor da grama. Não conhecia a cor da cal. Só jogava de cabeça erguida.
O pescoço avantajado dava-lhe grande visão de jogo. Lançamentos de dez, quinze, quarenta metros saíam de seu pé com tamanha banalidade. De olhos fechados. Perfeitos.
Único.
Contrariou Newton, o da maçã, com sua cobrança de falta, a folha, sua invenção.
Contrariou os goleiros.
Gigante.
Fez o primeiro gol no maior do mundo. O primeiro e muitos outros.
No maior do mundo, e no mundo todo. E em todo mundo.
Dono do meio-de-campo.
Dono de todo o campo.
Maestro.
Jogava por música. Clássica. Regia o time todo. Fazia das chuteiras, batuta.
Brasileiro.
Do Rio para o mundo.
Campeão.
Do Rio e do mundo.
Inigualável.
Insuperável.
Incoparável.
No Fluminense, no Botafogo ou na Seleção, fez das chuteiras, coração.
Pelos campos das Américas ou da Europa, de lá ou daqui, serás sempre lembrado, eternamente, Mestre Didi.
* Waldir Pereira, Didi, nasceu em 8 de outubro de 1928, há 79 anos. Bicampeão do Mundo (1958-62) com a Seleção, o Príncipe Etíope (por Nelson Rodrigues) teve longa carreira no Fluminense e no Botafogo. Neste foram 313 jogos e 114 gols. Naquele, jogou 298 e marcou 91 vezes. Didi faleceu em 12 de maio de 2001.
Ao apito final, nenhuma gota de seu glorioso suor molhava o manto sagrado que lhe cobria o corpo.
Quem tem de correr é a bola, não o jogador, dizia ele.
Gênio.
Não sabia qual era a cor da grama. Não conhecia a cor da cal. Só jogava de cabeça erguida.
O pescoço avantajado dava-lhe grande visão de jogo. Lançamentos de dez, quinze, quarenta metros saíam de seu pé com tamanha banalidade. De olhos fechados. Perfeitos.
Único.
Contrariou Newton, o da maçã, com sua cobrança de falta, a folha, sua invenção.
Contrariou os goleiros.
Gigante.
Fez o primeiro gol no maior do mundo. O primeiro e muitos outros.
No maior do mundo, e no mundo todo. E em todo mundo.
Dono do meio-de-campo.
Dono de todo o campo.
Maestro.
Jogava por música. Clássica. Regia o time todo. Fazia das chuteiras, batuta.
Brasileiro.
Do Rio para o mundo.
Campeão.
Do Rio e do mundo.
Inigualável.
Insuperável.
Incoparável.
No Fluminense, no Botafogo ou na Seleção, fez das chuteiras, coração.
Pelos campos das Américas ou da Europa, de lá ou daqui, serás sempre lembrado, eternamente, Mestre Didi.
* Waldir Pereira, Didi, nasceu em 8 de outubro de 1928, há 79 anos. Bicampeão do Mundo (1958-62) com a Seleção, o Príncipe Etíope (por Nelson Rodrigues) teve longa carreira no Fluminense e no Botafogo. Neste foram 313 jogos e 114 gols. Naquele, jogou 298 e marcou 91 vezes. Didi faleceu em 12 de maio de 2001.
domingo, outubro 07, 2007
Betão, eterno
Emocionado, o zagueiro corintiano - tão criticado e questionado - comemorou seu gol.
Emocionado, o zagueiro corintiano deu à nação alvinegra o que ela esperava há quatro anos: o gol da vitória sobre o São Paulo.
Emocionante.
Foi o gol que fez o torcedor corintiano soltar o grito reprimido, entalado, sufocado na garganta. O grito de vitória sobre o São Paulo.
Treze jogos sem vencer o rival. Quatro anos sem triunfar sobre o time do Morumbi.
Tabu que incomodou. E muito.
Incomodou.
Não mais.
Betão, com todos os motivos, se emocionou.
E emocionou, com razão, todos os corintianos.
A escrita cai e o Corinthians sobe. E ganha confiança para subir a cada rodada na tabela, para se afastar da sombra, de vez por todas, da sombria zona do rebaixamento.
Emocionado, o zagueiro corintiano deu à nação alvinegra o que ela esperava há quatro anos: o gol da vitória sobre o São Paulo.
Emocionante.
Foi o gol que fez o torcedor corintiano soltar o grito reprimido, entalado, sufocado na garganta. O grito de vitória sobre o São Paulo.
Treze jogos sem vencer o rival. Quatro anos sem triunfar sobre o time do Morumbi.
Tabu que incomodou. E muito.
Incomodou.
Não mais.
Betão, com todos os motivos, se emocionou.
E emocionou, com razão, todos os corintianos.
A escrita cai e o Corinthians sobe. E ganha confiança para subir a cada rodada na tabela, para se afastar da sombra, de vez por todas, da sombria zona do rebaixamento.
quinta-feira, outubro 04, 2007
terça-feira, outubro 02, 2007
Senado Corintiano
Andrés Sanchez, homem que sempre apoiou a parceria entre Corinthians e MSI, e que combinou com Dualib o que dizer à Policial Federal, será candidato à presidência do Sport Club Corinthians Paulista.
Assim como os engravatados do Senado Federal, os conselheiros do Timão me enojam.
Assim como os engravatados do Senado Federal, os conselheiros do Timão me enojam.
segunda-feira, outubro 01, 2007
A campanha do líder fora de casa
Para poder ser campeão, além de fazer a tarefa de casa, o time tem de vencer fora.
Eis a campanha do São Paulo como visitante:
Uma derrota (Náutico 1 x 0 São Paulo);
Quatro empates (Figueirense 0 x 0 São Paulo; Corinthians 1 x 1 São Paulo; Goiás 0 x 0 São Paulo; Atlético-MG 0 x 0 São Paulo);
Nove vitórias (Paraná 0 X 1 São Paulo; Santos 0 x 2 São Paulo; Cruzeiro 1 x 2 São Paulo; América 0 x 1 São Paulo; Grêmio 0 x 2 São Paulo; Botafogo 0 x 2 São Paulo; Palmeiras 0 x 1 São Paulo; Vasco 0 x 2 São Paulo; Inter 1 x 2 São Paulo).
Mais que ganhar fora de casa, o São Paulo bateu seus concorrentes diretos.
Eis a campanha do São Paulo como visitante:
Uma derrota (Náutico 1 x 0 São Paulo);
Quatro empates (Figueirense 0 x 0 São Paulo; Corinthians 1 x 1 São Paulo; Goiás 0 x 0 São Paulo; Atlético-MG 0 x 0 São Paulo);
Nove vitórias (Paraná 0 X 1 São Paulo; Santos 0 x 2 São Paulo; Cruzeiro 1 x 2 São Paulo; América 0 x 1 São Paulo; Grêmio 0 x 2 São Paulo; Botafogo 0 x 2 São Paulo; Palmeiras 0 x 1 São Paulo; Vasco 0 x 2 São Paulo; Inter 1 x 2 São Paulo).
Mais que ganhar fora de casa, o São Paulo bateu seus concorrentes diretos.
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