Vejo Joel mais como atacante de beirada do que como centroavante. Mas posso estar errado (o que é mais provável). Pode ser que ele renda mais como nove mesmo. Se assim for, se Marcelo Oliveira enxergar no camaronês de 21 anos um camisa 9, a briga dele por uma vaga no XI do Cruzeiro 2015 será com Leandro Damião. Agora, caso Marcelo entenda que Joel vai bem pelas beiradas, sua briga torna-se um pouco mais ampla.
No 4-2-3-1 do bicampeão brasileiro, o canhoto Éverton Ribeiro joga à direita da linha de três, Ricardo Goulart atua pela faixa central, e a ponta esquerda nunca teve um dono absoluto. Passaram por ali vários jogadores (Dagoberto, Marquinhos, etc). Mas hoje pode-se dizer que Alisson e Willian disputam essa posição, com alguns outros nomes correndo por fora. Entre eles Joel, desde que Marcelo pense dessa maneira, e desde que Damião desencante no comando do ataque (eu acredito que irá desencantar).
Quem assumirá a ponta esquerda? Os treinos e os jogos, e acima de tudo, o treinador, irão dizer. Dito isso, todavia, eu apostaria em Joel. Porém entendo que ele está chegando agora, e há outros em sua frente na fila, em especial Alisson e Willian.
Em relação à dupla de volantes, parece-me que Lucas Silva e Henrique são mesmo as melhores alternativas. Até hoje, aliás, não entendi Nilton titular e Lucas Silva reserva, naquele jogo contra o Atlético-MG, na final da Copa do Brasil 2014. De qualquer forma, desde que Lucas Silva não saia nesta janela de transferências (acredito que não irá sair), me parece a melhor opção, ao lado de Henrique: dois volantes que sabem jogar com a bola no pé, volantes de bom passe e boa finalização de média e longa distância, fundamentos essenciais à posição.
No miolo do setor defensivo, Dedé e Manoel me parecem os melhores zagueiros do elenco. E até que se prove o contrário, não vejo motivos para não escalá-los juntos. Ficaria uma dupla lenta e pesada? Tenho lá minhas dúvidas. A única certeza de que tenho, na real, é a de que Manoel tem de ser titular. Para mim, trata-se do melhor zagueiro em atividade no Brasil, e isso já justifica minha posição sobre ele. Quanto à lateral direita, só digo uma coisa: o talento supera a experiência. Logo, Ceará no banco e Mayke no campo. De resto, Fábio no gol, claro, e Egídio na outra lateral.
Seja como for, com Joel centroavante, na ponta ou na reserva, com Damião voando ou não, com Manoel titular ou não, o fato é que o Cruzeiro entra na Libertadores 2015 como um dos favoritos ao título (no Brasileirão, então, nem se fala). Resta saber se esse favoritismo se confirma, já que no mata-mata tudo pode acontecer, e a questão emocional é determinante (sem excluir as questões técnica, tática e física, evidentemente).
quarta-feira, dezembro 31, 2014
domingo, dezembro 28, 2014
O craque da camisa 10
Rooney já foi centroavante, já foi winger, já foi meia. Hoje é volante. Isso mesmo. No 3-5-2 de van Gaal, Rooney é segundo volante. Atua ao lado de Carrick. E o pior de tudo (ou melhor, o melhor de tudo) é que ele joga bem e todas. Independente da posição e da função que lhe são dadas, o camisa 10 do United rende em alto nível. Em outras palavras, Rooney é craque. Muito craque.
Pois são poucos os jogadores no mundo que conseguem executar diferentes funções com excelência semelhante. São poucos os jogadores no mundo que apresentam tamanha eficiência e eficácia. E, acima de tudo, são poucos os jogadores no mundo que fazem isso que Rooney faz sem fazerem biquinho, sem ficarem irritadinhos por estarem escalados numa posição que não as suas "de origem". Ou seja, Rooney joga para o time e não para ele.
Claro. Rooney só faz isso porque tem técnica para isso. Tecnicamente é muito acima da média. Pertence à elite da elite. Não é qualquer perna de pau que consegue fazê-lo. Ainda assim, é digno de elogio esse espírito coletivo, essa capacidade mental em prol do coletivo, essa mentalidade que joga a favor da equipe e não apenas de si mesmo. Outros, dotados da mesma técnica, no lugar dele, não teriam o mesmo senso de coletividade, a mesma habilidade para o teamwork. Por essas e outras, Rooney é craque. Muito craque.
Pois são poucos os jogadores no mundo que conseguem executar diferentes funções com excelência semelhante. São poucos os jogadores no mundo que apresentam tamanha eficiência e eficácia. E, acima de tudo, são poucos os jogadores no mundo que fazem isso que Rooney faz sem fazerem biquinho, sem ficarem irritadinhos por estarem escalados numa posição que não as suas "de origem". Ou seja, Rooney joga para o time e não para ele.
Claro. Rooney só faz isso porque tem técnica para isso. Tecnicamente é muito acima da média. Pertence à elite da elite. Não é qualquer perna de pau que consegue fazê-lo. Ainda assim, é digno de elogio esse espírito coletivo, essa capacidade mental em prol do coletivo, essa mentalidade que joga a favor da equipe e não apenas de si mesmo. Outros, dotados da mesma técnica, no lugar dele, não teriam o mesmo senso de coletividade, a mesma habilidade para o teamwork. Por essas e outras, Rooney é craque. Muito craque.
terça-feira, dezembro 16, 2014
Thierry Henry encerra a carreira
Poucos jogadores na história têm direito a um Top 50 gols.
Thierry Henry é um deles.
Números do atacante francês:
Monaco (1994-99): 28 gols em 141 jogos.
Juventus (1999): 3 gols em 20 jogos.
Arsenal: (1999-07, 2012): 228 gols em 377 jogos.
Barcelona: (2007-10): 49 gols em 121 jogos.
New York Red Bulls (2010-14): 52 gols em 135 jogos.
Seleção (1997-2010): 51 gols em 123 jogos.
Total: 411 gols em 917 jogos.
Na Champions League, são 50 gols e 15 assistências em 112 partidas.
Thierry Henry é um deles.
Números do atacante francês:
Monaco (1994-99): 28 gols em 141 jogos.
Juventus (1999): 3 gols em 20 jogos.
Arsenal: (1999-07, 2012): 228 gols em 377 jogos.
Barcelona: (2007-10): 49 gols em 121 jogos.
New York Red Bulls (2010-14): 52 gols em 135 jogos.
Seleção (1997-2010): 51 gols em 123 jogos.
Total: 411 gols em 917 jogos.
Na Champions League, são 50 gols e 15 assistências em 112 partidas.
domingo, dezembro 14, 2014
United, de De Gea, derrota o Liverpool
Quando saiu o XI do Liverpool, gostei. Fora de casa, imaginei o time fechado lá atrás num compactado 4-1-4-1, em busca do contra ataque, com Coutinho e Lallana pelas beiradas, como pontas mesmo, além de Sterling no comando. O que se viu na prática, no entanto, foi uma equipe postada no 3-4-2-1, com três zagueiros (Johnson, Skrtel e Lovren), dois volantes (Gerrard e Allen), dois meias (Coutinho e Lallana) e o centroavante (Sterling), além dos alas (Henderson e Moreno), utilizando-se em alguns momentos da marcação adiantada, por pressão.
Essa opção pela linha de três na defesa, penso seu, foi feita por Brendan Rodgers para sobrar um homem na marcação à dupla de ataque do United, no caso composta por van Persie e Wilson. Mais próximo deles se encontrou Mata, uma espécie de enganche no time treinado por van Gaal, enquanto Fellaini e Rooney formaram a dupla de volantes. Isso mesmo: Fellaini e Rooney formaram a dupla de volantes, uma vez que Carrick se aprofundou entre os zagueiros Jones e Evans, configurando assim um 3-4-1-2. Ou seja, ambos atuaram com três zagueiros.
Dessa forma os duelos entre volantes e meias se tornaram inevitáveis. De um lado bem definidos, com Fellaini vs Lallana e Rooney vs Coutinho, e do outro nem tanto, com Gerrard e Allen vs Mata. Entre esses confrontos individuais, destaque para o disputado entre os camisas 10, pois logo aos 12 minutos do primeiro tempo Rooney abriu o placar, após grande jogada de Valencia pela direita, e após vacilo de Coutinho, que deixou de acompanhá-lo na subida. Isso, aliás, foi registrado nesta sequência de tweets (aqui, aqui, aqui e aqui).
Ainda na primeira etapa, Johnson sentiu e foi substituído por Kolo Touré, aos 26 minutos. E ainda na primeira etapa, apesar do equilíbrio da partida, Mata, em posição irregular, diga-se de passagem, ampliou para 2 a 0. Já na volta do intervalo, Lallana deu lugar a Balotelli, mas o esquema tático foi mantido, com Sterling na posição de Lallana e Balotelli na de Sterling, centralizado. Outra coisa que foi mantida na etapa final foi o equilíbrio, apesar do gol de van Persie, aos 71 minutos, que decretou o placar final: 3 a 0.
Ah, e merece destaque o goleiro De Gea, que foi bastante exigido e fechou o gol, como de costume. Sem dúvida, foi o melhor jogador do clássico. E, sem dúvida, no momento, no mundo, está atrás apenas de Courtois e Neuer.
Com o resultado deste domingo, passadas 16 rodadas na Premier League 2014/15, o Manchester United chega a 31 pontos, atrás apenas do City (36) e do líder Chelsea (39) na tabela. Já o Liverpool, com 21 pontos, encontra-se parcialmente na nona colocação (pode cair para a décima caso o Tottenham empate ou vença o Swansea ainda hoje).
Essa opção pela linha de três na defesa, penso seu, foi feita por Brendan Rodgers para sobrar um homem na marcação à dupla de ataque do United, no caso composta por van Persie e Wilson. Mais próximo deles se encontrou Mata, uma espécie de enganche no time treinado por van Gaal, enquanto Fellaini e Rooney formaram a dupla de volantes. Isso mesmo: Fellaini e Rooney formaram a dupla de volantes, uma vez que Carrick se aprofundou entre os zagueiros Jones e Evans, configurando assim um 3-4-1-2. Ou seja, ambos atuaram com três zagueiros.
Dessa forma os duelos entre volantes e meias se tornaram inevitáveis. De um lado bem definidos, com Fellaini vs Lallana e Rooney vs Coutinho, e do outro nem tanto, com Gerrard e Allen vs Mata. Entre esses confrontos individuais, destaque para o disputado entre os camisas 10, pois logo aos 12 minutos do primeiro tempo Rooney abriu o placar, após grande jogada de Valencia pela direita, e após vacilo de Coutinho, que deixou de acompanhá-lo na subida. Isso, aliás, foi registrado nesta sequência de tweets (aqui, aqui, aqui e aqui).
Ainda na primeira etapa, Johnson sentiu e foi substituído por Kolo Touré, aos 26 minutos. E ainda na primeira etapa, apesar do equilíbrio da partida, Mata, em posição irregular, diga-se de passagem, ampliou para 2 a 0. Já na volta do intervalo, Lallana deu lugar a Balotelli, mas o esquema tático foi mantido, com Sterling na posição de Lallana e Balotelli na de Sterling, centralizado. Outra coisa que foi mantida na etapa final foi o equilíbrio, apesar do gol de van Persie, aos 71 minutos, que decretou o placar final: 3 a 0.
Ah, e merece destaque o goleiro De Gea, que foi bastante exigido e fechou o gol, como de costume. Sem dúvida, foi o melhor jogador do clássico. E, sem dúvida, no momento, no mundo, está atrás apenas de Courtois e Neuer.
Com o resultado deste domingo, passadas 16 rodadas na Premier League 2014/15, o Manchester United chega a 31 pontos, atrás apenas do City (36) e do líder Chelsea (39) na tabela. Já o Liverpool, com 21 pontos, encontra-se parcialmente na nona colocação (pode cair para a décima caso o Tottenham empate ou vença o Swansea ainda hoje).
quinta-feira, dezembro 11, 2014
O craque incompreendido
"Se Ganso não é craque, redefinam o conceito."
"Se você acha que Ganso não é acima da média, só te digo uma coisa: refaça as contas."
"Só eu acho que Ganso está milhões de vezes mais para volante do que para winger?"
"Ganso é jogador de faixa central, que entra pouco na área. Ponto."
"A vida é muita curta para não testar Ganso como volante."
"Ganso funciona como volante num time bem treinado, de posse e passe. Num time de chutão e correria, ligação direta e etc, não."
"Uma coisa é Ganso ser volante num time espalhado, latifúndios entre os três setores. Outra é num time compactado, sincronizado, bem treinado."
"São Paulo classificado à Libertadores 2015. Agora chega de insistir com Ganso pela beirada, né, Muricy?"
Tem este aqui também. E este aqui.
São tweets recentes sobre o meio-campista do São Paulo. Há tantos outros mais para trás, mas não consegui encontrá-los. Em sua maioria, elogiando-o. Ou "cobrando" sua ida à Europa para ontem (tipo aqui e aqui). E por aí vai.
Você que me segue no Twitter, então, sabe da minha admiração pelo futebol de Paulo Henrique Ganso. E o vídeo abaixo ajuda a explicá-la.
PS: Este post aqui reforça minha tese sobre Ganso volante.
"Se você acha que Ganso não é acima da média, só te digo uma coisa: refaça as contas."
"Só eu acho que Ganso está milhões de vezes mais para volante do que para winger?"
"Ganso é jogador de faixa central, que entra pouco na área. Ponto."
"A vida é muita curta para não testar Ganso como volante."
"Ganso funciona como volante num time bem treinado, de posse e passe. Num time de chutão e correria, ligação direta e etc, não."
"Uma coisa é Ganso ser volante num time espalhado, latifúndios entre os três setores. Outra é num time compactado, sincronizado, bem treinado."
"São Paulo classificado à Libertadores 2015. Agora chega de insistir com Ganso pela beirada, né, Muricy?"
Tem este aqui também. E este aqui.
São tweets recentes sobre o meio-campista do São Paulo. Há tantos outros mais para trás, mas não consegui encontrá-los. Em sua maioria, elogiando-o. Ou "cobrando" sua ida à Europa para ontem (tipo aqui e aqui). E por aí vai.
Você que me segue no Twitter, então, sabe da minha admiração pelo futebol de Paulo Henrique Ganso. E o vídeo abaixo ajuda a explicá-la.
PS: Este post aqui reforça minha tese sobre Ganso volante.
domingo, dezembro 07, 2014
Apenas outra peça da engrenagem
Através da posse de bola e da troca de passes, um time com Aránguiz, Alex e D'Alessandro no meio campo poderia ditar o ritmo do jogo sempre. Ou quase sempre. Poderia colocar a redonda debaixo do braço e dizer "quem manda aqui sou eu". Tanto no Beira-Rio quanto fora dele. No Brasileirão 2014, no entanto, não foi o que se viu. Esse jogo pensado, de troca de passes curtos, pacientes, envolventes e eficientes aconteceu esporadicamente na equipe treinada por Abel Braga. E olhe lá.
Justiça seja feita, são raros os times do país que conseguem fazer esse jogo pensado, de troca de passes curtos, pacientes, envolventes e eficientes. Diria raríssimos. Para não dizer nenhum. Dito disso, ainda assim, a verdade é que o Internacional - em terra de cego quem tem olho é rei - é um dos poucos do Brasil com material humano para executar esse futebol de posse e passe. Na prática, no entanto, não foi o que se viu. Para variar.
Claro. Não há apenas uma maneira de se jogar futebol. Ninguém é obrigado a jogar valorizando a posse através do passe. Você pode priorizar a marcação por zona e o contra ataque. Be my guest. No fundo, no fundo, você precisa implantar um estilo que se adapte ao elenco, e não o contrário (por essas e outras o treinador precisa ficar no mínimo umas três temporadas no clube, para poder moldar o plantel de acordo com sua filosofia de jogo). E o elenco do Colorado, com Aránguiz, Alex e D’Alessandro, em especial, pedia esse jogo de posse e passe. (Outro time que pedia isso no campeonato era o Fluminense de Conca, Wagner e Cícero.) Na prática, no entanto, não foi o que se viu. E o maior responsável por isso é o treinador.
Para mim esse foi o grande erro de Abel no Inter 2014 (outro erro grave foi demorar a efetivar Sasha titular). Não conseguiu definir um padrão de jogo, padrão esse, devido aos seus principais meio-campistas, que valorizasse a posse da bola através da troca de passes curtos. Mas, lógico. Tem uma coisa. Para executar esse tipo de jogo elaborado, de troca de passes curtos, além da qualidade do jogador, evidentemente, é preciso ter aproximação. E para ter aproximação é preciso compactação. E para ter compactação é preciso alcançar uma visão coletiva do jogo, jogado na Europa e em tantas outras ligas mundo afora, que ainda não fomos/somos capazes de alcançar aqui no Brasil. E Abel é apenas outra peça dessa engrenagem capenga. (Lembre-se: aqui no Brasil futebol é raça mais individualidade. O coletivo é chutado para escanteio. Resultado: gol da Alemanha.)
Justiça seja feita, são raros os times do país que conseguem fazer esse jogo pensado, de troca de passes curtos, pacientes, envolventes e eficientes. Diria raríssimos. Para não dizer nenhum. Dito disso, ainda assim, a verdade é que o Internacional - em terra de cego quem tem olho é rei - é um dos poucos do Brasil com material humano para executar esse futebol de posse e passe. Na prática, no entanto, não foi o que se viu. Para variar.
Claro. Não há apenas uma maneira de se jogar futebol. Ninguém é obrigado a jogar valorizando a posse através do passe. Você pode priorizar a marcação por zona e o contra ataque. Be my guest. No fundo, no fundo, você precisa implantar um estilo que se adapte ao elenco, e não o contrário (por essas e outras o treinador precisa ficar no mínimo umas três temporadas no clube, para poder moldar o plantel de acordo com sua filosofia de jogo). E o elenco do Colorado, com Aránguiz, Alex e D’Alessandro, em especial, pedia esse jogo de posse e passe. (Outro time que pedia isso no campeonato era o Fluminense de Conca, Wagner e Cícero.) Na prática, no entanto, não foi o que se viu. E o maior responsável por isso é o treinador.
Para mim esse foi o grande erro de Abel no Inter 2014 (outro erro grave foi demorar a efetivar Sasha titular). Não conseguiu definir um padrão de jogo, padrão esse, devido aos seus principais meio-campistas, que valorizasse a posse da bola através da troca de passes curtos. Mas, lógico. Tem uma coisa. Para executar esse tipo de jogo elaborado, de troca de passes curtos, além da qualidade do jogador, evidentemente, é preciso ter aproximação. E para ter aproximação é preciso compactação. E para ter compactação é preciso alcançar uma visão coletiva do jogo, jogado na Europa e em tantas outras ligas mundo afora, que ainda não fomos/somos capazes de alcançar aqui no Brasil. E Abel é apenas outra peça dessa engrenagem capenga. (Lembre-se: aqui no Brasil futebol é raça mais individualidade. O coletivo é chutado para escanteio. Resultado: gol da Alemanha.)
sexta-feira, dezembro 05, 2014
Quando os números dizem algo
Emblemático este dado estatístico levantado pela Sky Sports News. Didático, eu diria. Passadas 14 rodadas na Premier League 2014/15, o time que mais utilizou titulares foi o Manchester United de Louis van Gaal: 31 jogadores. Na contra mão, a equipe que menos titulares usou foi o Southampton, treinado por Ronald Koeman: 14 jogadores. Talvez isso ajude a explicar a trajetória dos dois clubes nessa temporada.
Hoje os Saints ocupam a terceira colocação na classificação (26 pontos), atrás apenas de City e Chelsea, e seguidos justamente pelos Red Devils (25 pontos). Mas até outro dia, enquanto o United oscilava pela metade da tabela, o Southampton sempre se manteve no topo, firme e forte. A questão é: firme e forte até quando? Conseguirá o time que perdeu alguns jogadores chaves na última janela se manter na zona da Champions League 2015/16 até o fim do campeonato? Eu acredito que não. Por uma questão de elenco. Pois não adianta: pontos corridos é elenco.
Contudo é louvável e digno de nota que, enquanto van Gaal passou por todos os esquemas táticos possíveis no início do torneio (lembre-se que ele começou com três zagueiros), Koeman se manteve fiel à sua convicção, em especial no que diz respeito às peças em si, aos ditos titulares. É verdade que van Gaal contou com lesões e etc. Ainda assim, vide esse dado estatístico na imagem acima, parece-me evidente que Koeman sempre esteve mais convicto do que seu compatriota. E não adianta. Sem convicção não há continuidade. Sem continuidade não há entrosamento. E sem entrosamento não há vitórias. Ou ao menos elas se tornam mais difíceis, mais raras.
Portanto, pelo menos no momento, o Southampton está colhendo os frutos desta visão convicta de seu treinador. A questão é: lá pelas tantas o plantel dos Saints será mais exigido e terá ele qualidade para manter o nível? Seja como for, o fato é que esse número levantado pela Sky Sports News diz muito, ao contrário de tantos outros que vemos por aí.
PS: Nesta segunda-feira tem Southampton vs Manchester United, às 18h, no Fox Sports.
Hoje os Saints ocupam a terceira colocação na classificação (26 pontos), atrás apenas de City e Chelsea, e seguidos justamente pelos Red Devils (25 pontos). Mas até outro dia, enquanto o United oscilava pela metade da tabela, o Southampton sempre se manteve no topo, firme e forte. A questão é: firme e forte até quando? Conseguirá o time que perdeu alguns jogadores chaves na última janela se manter na zona da Champions League 2015/16 até o fim do campeonato? Eu acredito que não. Por uma questão de elenco. Pois não adianta: pontos corridos é elenco.
Contudo é louvável e digno de nota que, enquanto van Gaal passou por todos os esquemas táticos possíveis no início do torneio (lembre-se que ele começou com três zagueiros), Koeman se manteve fiel à sua convicção, em especial no que diz respeito às peças em si, aos ditos titulares. É verdade que van Gaal contou com lesões e etc. Ainda assim, vide esse dado estatístico na imagem acima, parece-me evidente que Koeman sempre esteve mais convicto do que seu compatriota. E não adianta. Sem convicção não há continuidade. Sem continuidade não há entrosamento. E sem entrosamento não há vitórias. Ou ao menos elas se tornam mais difíceis, mais raras.
Portanto, pelo menos no momento, o Southampton está colhendo os frutos desta visão convicta de seu treinador. A questão é: lá pelas tantas o plantel dos Saints será mais exigido e terá ele qualidade para manter o nível? Seja como for, o fato é que esse número levantado pela Sky Sports News diz muito, ao contrário de tantos outros que vemos por aí.
PS: Nesta segunda-feira tem Southampton vs Manchester United, às 18h, no Fox Sports.
quarta-feira, dezembro 03, 2014
Pato e mais um no ataque
Você que me acompanha pelo Twitter sabe o quanto admiro o futebol de Alexandre Pato. Desde sempre. Para se ter uma ideia, em 2007 cheguei a dizer num post que ele teria tudo para ser o sucessor de Ronaldo, ou algo nesse sentido (leia aqui). Não chegou a tanto, obviamente. Longe disso. Por uma série de motivos. Principalmente lesões na época de Milan. Ainda assim, na minha visão, inegavelmente trata-se de um craque. Isso mesmo. Craque.
Portanto, quando o atacante foi emprestado pelo Corinthians ao São Paulo, no começo de 2014, votei Sim na enquete que perguntava se ele daria certo no clube tricolor (81%). E agora, no fim de 2014, na enquete sobre a melhor dupla ofensiva possível do time, votei nele e Luis Fabiano. A segunda opção seria ele e Kardec. Em outras palavras, por mim é Pato e mais um no ataque da equipe que vai disputar a Libertadores 2015.
No vídeo abaixo, veja lances do jogador de 25 anos pelo time do Morumbi.
Passada uma temporada, apesar de ter ficado um tempo fora na reta final, não tenho receio de afirmar que Pato já deu certo no São Paulo.
PS: No Brasileirão 2014 (falta uma rodada), Luis Fabiano soma 9 gols em 23 jogos, Alan Kardec tem 9 gols em 27 partidas, e Alexandre Pato acumula 9 gols em 28 confrontos. A média dele é a pior, mas lembre-se: o futebol vai além dos números.
Portanto, quando o atacante foi emprestado pelo Corinthians ao São Paulo, no começo de 2014, votei Sim na enquete que perguntava se ele daria certo no clube tricolor (81%). E agora, no fim de 2014, na enquete sobre a melhor dupla ofensiva possível do time, votei nele e Luis Fabiano. A segunda opção seria ele e Kardec. Em outras palavras, por mim é Pato e mais um no ataque da equipe que vai disputar a Libertadores 2015.
No vídeo abaixo, veja lances do jogador de 25 anos pelo time do Morumbi.
Passada uma temporada, apesar de ter ficado um tempo fora na reta final, não tenho receio de afirmar que Pato já deu certo no São Paulo.
PS: No Brasileirão 2014 (falta uma rodada), Luis Fabiano soma 9 gols em 23 jogos, Alan Kardec tem 9 gols em 27 partidas, e Alexandre Pato acumula 9 gols em 28 confrontos. A média dele é a pior, mas lembre-se: o futebol vai além dos números.
A dupla do bicampeão brasileiro
O melhor jogador do Brasileirão 2013:
O melhor jogador do Brasileirão 2014:
O melhor jogador do Brasileirão 2014:
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