Não ficou claro qual foi o motivo que deu inicio a confusão no final do jogo entre Brasil e Chile, pelo Sul-Americano Sub-20, disputado no Paraguai. Na verdade, estava visível, no segundo tempo, que os ânimos estavam exaltados entre os jogadores. Percebia-se uma catimba mútua em campo. Depois do Brasil ter feito 1 a 0, num cruzamento de Amaral, finalizado pela cabeça de Pato, o jogo esquentou. Já vinha sendo cozinhado em banho-maria, mas, esquentou de vez quando Luis Adriano e um outro atleta do Chile foram expulsos. A partir da expulsão dos dois, a chapa ficou quente. O elenco chileno já havia perdido um jogador, expulso por ter levado o segundo cartão amarelo. Agora, o Chile estava com 9 em campo, e o Brasil com 10. Isso na casa dos 30 minutos do segundo tempo.
Faltando uns 10 minutos para o fim do jogo, pênalti para o Chile, que na verdade, não existiu. Vidal cobrou e fez. 1 x 1. No minuto seguinte, Tchô desempatou. 2 x 1, Brasil. Comemoração sob olhar atento ao céu, pois chovia garrafinhas plásticas de água sobre os jogadores verde-amarelos, arremessados pela torcida. De novo, a temperatura subiu.
No último minuto de jogo, pênalti, de novo. Este sim, na minha opinião, existiu, apesar de duvidoso. Estava armada a confusão. Vidal anotou mais um tento. 2 x 2. Aí começou, de verdade, a confusão. Os jogadores brasileiros partiram pra cima do árbitro, que expulsou algum jogador do Brasil (não sei qual foi, pois estava a maior confusão e a geração da tevê não mostrou quem tomou o vermelho). O juiz retrucou, dando um empurrão em Fernando. Tiago Heleno, na sequência, empurrou o árbitro, que foi imediatamente cercado pela polícia. Carlinhos enloqueceu. Queria partir pra dentro do juiz para dar umas porradas. A comissão técnica da Seleção apartou, ou tentou apartar, a quase-briga. Os atletas do Brasil ficaram muito nervosos.
Enquanto isso... os chilenos comemoravam o empate com sabor de vitória e provocavam os brasileiros a distância.
Na hora do intervalo, os jogadores não puderam ir ao vestiário por questão de segurança, além da falta de luz e água. Mas o fato é o seguinte: o Brasil não jogou coisa alguma! E desde o começo do Sul-Americano está sendo assim. O time só jogou bem o segundo tempo da partida de estréia, justamente contra o Chile. Agora situação está complexa no hexagonal final. Já são dois empates por 2 a 2, contra Argentina e Chile.