Ronaldinho pode dar tchau à Seleção. Daqui para frente a vaga de "veterano" será de Kaká. Não é informação. É apenas opinião.
No entanto o foco deste post não é discutir os jogadores de Real Madrid e Flamengo, mas sim projetar o time que vai enfrentar Gabão e Egito nos dias 10 e 14 de novembro.
Se Mano Menezes mantiver o 4-2-3-1, é bem provável que os pontas sejam Hulk e Willian. No Porto, o canhoto Hulk joga aberto na direita, e no Shakhtar o destro Willian atua na esquerda. Nada mais natural, portanto, que ambos sejam escalados pelas beiradas. Titulares.
No comando do ataque, Kléber deve assumir a 9. É o único centroavante centroavante da lista. Jonas também pode aparecer por ali, porém a lógica indica o avançado do clube português no onze inicial.
No miolo do meio-campo, o primeiro volante vai ser o homem de confiança do treinador: Lucas. Embora por vezes contestado, o atleta do Liverpool é titular indiscutível na cabeça de Mano. (Eu, por exemplo, para a posição, optaria por Sandro.) Quanto ao segundo volante, Fernandinho deve ser o nome. (Eu escolheria Hernanes.)
À frente dos camisas 5 e 8, obviamente, Kaká: a melhor notícia da convocação. Dispensa apresentação. Vai jogar na posição que jogava com Dunga e na que joga com Mourinho no Madrid - e no mesmo esquema tático, o que facilita sua vida. E vai, também, ser a referência técnica da equipe dentro e fora do gramado.
Como disse antes, o foco deste post não é discutir ou estabelecer uma comparação entre o rubronegro e o merengue. Mas Ronaldinho que se cuide.
quinta-feira, outubro 27, 2011
domingo, outubro 16, 2011
São Paulo ainda sonha com título
Continuidade é a palavra-chave do sucesso. As demissões de treinadores a granel Brasil a fora prejudicam o desenvolvimento das equipes e escancaram a falta de convicção dos dirigentes. Mas no caso de Adilson Batista, concordo com a decisão tomada.
Para mim o trabalho do técnico só pode ser avaliado ao final de uma temporada. No mínimo. No mundo ideal, nenhum técnico seria demitido no meio do caminho, o que diria no meio de um torneio. Na vida real, porém, não é o que acontece. Mas no caso de Adilson, concordo.
O futebol exibido pelo time do Morumbi não estava estava à altura de seu elenco. Estava bem aquém, na verdade. Não que o plantel são-paulino seja o melhor, o mais qualificado e equilibrado do país. No entanto, passadas 20 rodadas sob o comando de Adilson, a evolução apresentada dentro de campo foi pequena.
Se sonhava com o título, o São Paulo precisava de uma chacoalhada emocional. No ritmo que vinha, ia acabar ficando sem vaga na Copa Libertadores (como ainda pode). Juvenal Juvêncio ainda pensa no troféu, não em 2012. Por isso arriscou. Tenta renovar o gás na reta final do campeonato.
É preciso separar os fatos, entretanto. Engana-se quem acha que a culpa - se é que podemos usar essa palavra pesada - é exclusividade do treinador. Jogadores, uns mais, outros menos, também têm sua parcela. Assim como o presidente, que, entre outros exemplos, na semana passada mostrou falta de habilidade ao lidar com a renovação de Dagoberto, o principal atleta tricolor no ano.
Para mim o trabalho do técnico só pode ser avaliado ao final de uma temporada. No mínimo. No mundo ideal, nenhum técnico seria demitido no meio do caminho, o que diria no meio de um torneio. Na vida real, porém, não é o que acontece. Mas no caso de Adilson, concordo.
O futebol exibido pelo time do Morumbi não estava estava à altura de seu elenco. Estava bem aquém, na verdade. Não que o plantel são-paulino seja o melhor, o mais qualificado e equilibrado do país. No entanto, passadas 20 rodadas sob o comando de Adilson, a evolução apresentada dentro de campo foi pequena.
Se sonhava com o título, o São Paulo precisava de uma chacoalhada emocional. No ritmo que vinha, ia acabar ficando sem vaga na Copa Libertadores (como ainda pode). Juvenal Juvêncio ainda pensa no troféu, não em 2012. Por isso arriscou. Tenta renovar o gás na reta final do campeonato.
É preciso separar os fatos, entretanto. Engana-se quem acha que a culpa - se é que podemos usar essa palavra pesada - é exclusividade do treinador. Jogadores, uns mais, outros menos, também têm sua parcela. Assim como o presidente, que, entre outros exemplos, na semana passada mostrou falta de habilidade ao lidar com a renovação de Dagoberto, o principal atleta tricolor no ano.
sábado, outubro 15, 2011
Ceará tenta parar Ronaldinho com Heleno
Marcação individual é rara. Em regra a marcação é feita por zona. Às vezes, porém, pode-se mesclar os dois tipos, como aconteceu na partida entre Ceará e Flamengo, neste sábado, em Fortaleza.
Para tentar frear Ronaldinho e cia, Estevam Soares escalou o volante Heleno na zaga, pela direita, para bater de frente com o camisa 10 da Gávea. Foi o que acontenceu. Só que a marcação não foi individual por inteiro, pois quando o rubronegro se deslocava pelo campo, caía pelo centro ou pela direta, o 7 alvinegro não acompanhava.
Outro reflexo direto do posicionamento de Heleno foi a liberação dos laterais. Na primeira etapa Boiadeiro e, principalmente Vicente, foram bastante acionados, atuando quase como pontas.
Entre os volantes, João Marcos saiu mais para o jogo que Michel, e entre os atacantes, Osvaldo jogou por ele e Roger. Se por um lado o 9 foi a referência e criou apenas uma boa chance como pivô, por outro o 11 se destacou com sua mobilidade, habilidade e objetividade. Já o canhoto Leandro Chaves, ao contrário do que se esperava, não conseguiu cumprir o papel de articulador da equipe.
Para tentar frear Ronaldinho e cia, Estevam Soares escalou o volante Heleno na zaga, pela direita, para bater de frente com o camisa 10 da Gávea. Foi o que acontenceu. Só que a marcação não foi individual por inteiro, pois quando o rubronegro se deslocava pelo campo, caía pelo centro ou pela direta, o 7 alvinegro não acompanhava.
Outro reflexo direto do posicionamento de Heleno foi a liberação dos laterais. Na primeira etapa Boiadeiro e, principalmente Vicente, foram bastante acionados, atuando quase como pontas.
Entre os volantes, João Marcos saiu mais para o jogo que Michel, e entre os atacantes, Osvaldo jogou por ele e Roger. Se por um lado o 9 foi a referência e criou apenas uma boa chance como pivô, por outro o 11 se destacou com sua mobilidade, habilidade e objetividade. Já o canhoto Leandro Chaves, ao contrário do que se esperava, não conseguiu cumprir o papel de articulador da equipe.
quinta-feira, outubro 13, 2011
Flu vai criando identidade na reta final
Abel Braga se mantém fiel à estrutura tática do Fluminense. Desde que chegou ao clube das Laranjeiras, a cada partida tenta aperfeiçoar o 4-4-2 em losango tricolor. Contra o Coritiba, nesta quinta, no Engenhão, outra boa exibição. Em especial nos 45 minutos finais, quando o 3 a 1 foi cimentado.
No esquema do Flu, Edinho é o cabeça-de-área, Marquinho o apoiador pela esquerda e Deco o pé pensante. Nas laterais Mariano e Carlinhos avançam alternadamente, em regra visando o cruzamento da linha de fundo ou da intermediária. E no ataque, Fred faz o papel de atacante de referência e Rafael Sobis o de movimentação: cai pelos dois lados, encosta no centroavante, volta para ajudar o meio-campo, etc.
No segundo tempo Lanzini entrou na vaga de Diogo, para assumir a posição de Deco - recuado ao lado direito do losango. O argentino virou o ponta-de-lança e Edinho e Marquinho continuaram na deles, embora o camisa 7 estivesse ofensivamente mais solto que o 20. Na nova colocação no gramado, Deco seguiu armando, mas mais preso, próximo a Edinho.
Particular e honestamente, essa segunda opção me agrada mais, por motivos óbvios: Deco é mais jogador que Diogo (e Diguinho). Com o luso-brasileiro por ali a qualidade da saída de bola aumenta, e Lanzini não fica sobrecarregado na criação. O jogo flui melhor com essas peças. Basta aguardar as rodadas seguintes para ver se Abelão concorda ou não.
No esquema do Flu, Edinho é o cabeça-de-área, Marquinho o apoiador pela esquerda e Deco o pé pensante. Nas laterais Mariano e Carlinhos avançam alternadamente, em regra visando o cruzamento da linha de fundo ou da intermediária. E no ataque, Fred faz o papel de atacante de referência e Rafael Sobis o de movimentação: cai pelos dois lados, encosta no centroavante, volta para ajudar o meio-campo, etc.
No segundo tempo Lanzini entrou na vaga de Diogo, para assumir a posição de Deco - recuado ao lado direito do losango. O argentino virou o ponta-de-lança e Edinho e Marquinho continuaram na deles, embora o camisa 7 estivesse ofensivamente mais solto que o 20. Na nova colocação no gramado, Deco seguiu armando, mas mais preso, próximo a Edinho.
Particular e honestamente, essa segunda opção me agrada mais, por motivos óbvios: Deco é mais jogador que Diogo (e Diguinho). Com o luso-brasileiro por ali a qualidade da saída de bola aumenta, e Lanzini não fica sobrecarregado na criação. O jogo flui melhor com essas peças. Basta aguardar as rodadas seguintes para ver se Abelão concorda ou não.
quarta-feira, outubro 12, 2011
Pedala, Chicharito!
Bicicleta do atacante mexicano no aquecimento para o amistoso contra o Brasil, disputado nesta terça-feira.
Ronaldinho resolve na bola parada
Quando se tem um homem a menos em campo, geralmente adota-se o 4-4-1 em linha. É o que manda a cartilha do treinador. Distribuídos em duas linhas de quatro, oito jogadores marcam por zona e preenchem os espaços dos setores de defesa e meio-campo.
A estratégia também muda. A manutenção da posse de bola dá lugar aos contra-golpes. Defender com eficiência e ser rápido na transição ao ataque, em regra na velocidade dos extremos da segunda linha, em cima da adiantada linha de zaga adversária.
Embora não tenha abdicado da posse - até porque precisava correr atrás do placar -, acho que foi isso que Mano tentou fazer no segundo tempo diante do México. Após a expulsão de Daniel Alves, sacou Lucas Moura, colocou Adriano na lateral direita, abriu Hulk e Neymar nas pontas e deixou Ronaldinho na frente. Apostou na rapidez dos camisas 11 e 20 pelos flancos, e nos passes e lançamentos do 10.
Entendo que Ronaldinho seja o cara da bola parada, o mais experiente do elenco, a referência da equipe, porém eu teria feito diferente. Teria tirado o flamenguista, não o são-paulino. Pelo seguinte: R10 não tem as pernas e o pulmão do jovem Lucas. Neymar funcionaria como o ponta-de-lança, centralizado, também armando o jogo, e Hulk e Lucas trabalhariam pelos lados, marcando e atacando.
Porém os 45 minutos finais mostraram que Mano estava certo. Ronaldinho foi o dono do empate e Marcelo o responsável pela virada. No entanto, sem querer ser chato, ressalto que o segundo gol verde-amarelo nasceu do talento individual do lateral do Real Madrid. E o primeiro, de um tiro direto.
A vitória veio e é isso que importa. É verdade que a Seleção não jogou bem, mas nesse momento de relativa pressão, os "três pontos" eram o que interessavam. Só que, sem querer ser chato, muito menos pegar no pé, acredito que ser suportado apenas pela bola parada é muito pouco para Ronaldinho. Para seguir na lista e permanecer até 2014, é preciso mais. Muito mais.
PS.: A imagem é do SPORT TV.
A estratégia também muda. A manutenção da posse de bola dá lugar aos contra-golpes. Defender com eficiência e ser rápido na transição ao ataque, em regra na velocidade dos extremos da segunda linha, em cima da adiantada linha de zaga adversária.
Embora não tenha abdicado da posse - até porque precisava correr atrás do placar -, acho que foi isso que Mano tentou fazer no segundo tempo diante do México. Após a expulsão de Daniel Alves, sacou Lucas Moura, colocou Adriano na lateral direita, abriu Hulk e Neymar nas pontas e deixou Ronaldinho na frente. Apostou na rapidez dos camisas 11 e 20 pelos flancos, e nos passes e lançamentos do 10.
Entendo que Ronaldinho seja o cara da bola parada, o mais experiente do elenco, a referência da equipe, porém eu teria feito diferente. Teria tirado o flamenguista, não o são-paulino. Pelo seguinte: R10 não tem as pernas e o pulmão do jovem Lucas. Neymar funcionaria como o ponta-de-lança, centralizado, também armando o jogo, e Hulk e Lucas trabalhariam pelos lados, marcando e atacando.
Porém os 45 minutos finais mostraram que Mano estava certo. Ronaldinho foi o dono do empate e Marcelo o responsável pela virada. No entanto, sem querer ser chato, ressalto que o segundo gol verde-amarelo nasceu do talento individual do lateral do Real Madrid. E o primeiro, de um tiro direto.
A vitória veio e é isso que importa. É verdade que a Seleção não jogou bem, mas nesse momento de relativa pressão, os "três pontos" eram o que interessavam. Só que, sem querer ser chato, muito menos pegar no pé, acredito que ser suportado apenas pela bola parada é muito pouco para Ronaldinho. Para seguir na lista e permanecer até 2014, é preciso mais. Muito mais.
PS.: A imagem é do SPORT TV.
terça-feira, outubro 11, 2011
A raiz da solução
Que eu me lembre Muricy Ramalho foi o primeiro a levantar a bola publicamente, ainda quando era técnico do São Paulo. À época ele dizia que estavam matando a formação de laterais e meias devido à adoção em massa de esquemas com três zagueiros nas categorias de base.
Lembro-me também de uma reportagem, se não me engano feita por Tino Marcos, à TV Globo, sobre o Barcelona. Entre outras coisas, a matéria exibia a padronização tática da chamada "cantera". A exemplo do time profissional, os da base jogavam, e creio que ainda o fazem, no 4-3-3 tradicional, com um volante, dois meias, dois ponteiros e um centroavante. (O 3-4-3 de Guardiola é uma exceção sacada da cartola.)
A imposição de um padrão estrutural nas categorias inferiores é importante não só para o condicionamento e adaptação dos atletas, mas também para o planejamento a longo prazo do clube. E isso fica nítido no levantamento do SPORT, onde os garotos aparecem em suas respectivas posições. Num futuro próximo, devemos ver algum desses nomes vingar na equipe de cima.
Logo após a conquista da última Champions League, publiquei um post questionando até quando duraria a supremacia azulgrená. Baseado na idade do elenco, apontava as posições que em tese precisavam de substitutos a medio prazo. Duas delas eram as de meia e ponta, ocupadas pelos trintões Xavi e Villa. Eis que na janela de transferências trouxeram ninguém menos que o meio-campista Fábregas, 24 anos, e o atacante Alexis Sánchez, 22 - sem falar no surgimento e afirmação de Thiago, 20.
O sucesso recente do Barcelona dentro dos gramados vai além da genialidade de Messi, da qualidade dos demais jogadores ou do dedo de Guardiola. O sucesso do Barça passa também, indiscutivelmente, pelo planejamento e pela execução do mesmo. E entre seus itens está, sem dúvida, a padronização do estilo de jogo da "cantera".
Lembro-me também de uma reportagem, se não me engano feita por Tino Marcos, à TV Globo, sobre o Barcelona. Entre outras coisas, a matéria exibia a padronização tática da chamada "cantera". A exemplo do time profissional, os da base jogavam, e creio que ainda o fazem, no 4-3-3 tradicional, com um volante, dois meias, dois ponteiros e um centroavante. (O 3-4-3 de Guardiola é uma exceção sacada da cartola.)
A imposição de um padrão estrutural nas categorias inferiores é importante não só para o condicionamento e adaptação dos atletas, mas também para o planejamento a longo prazo do clube. E isso fica nítido no levantamento do SPORT, onde os garotos aparecem em suas respectivas posições. Num futuro próximo, devemos ver algum desses nomes vingar na equipe de cima.
Logo após a conquista da última Champions League, publiquei um post questionando até quando duraria a supremacia azulgrená. Baseado na idade do elenco, apontava as posições que em tese precisavam de substitutos a medio prazo. Duas delas eram as de meia e ponta, ocupadas pelos trintões Xavi e Villa. Eis que na janela de transferências trouxeram ninguém menos que o meio-campista Fábregas, 24 anos, e o atacante Alexis Sánchez, 22 - sem falar no surgimento e afirmação de Thiago, 20.
O sucesso recente do Barcelona dentro dos gramados vai além da genialidade de Messi, da qualidade dos demais jogadores ou do dedo de Guardiola. O sucesso do Barça passa também, indiscutivelmente, pelo planejamento e pela execução do mesmo. E entre seus itens está, sem dúvida, a padronização do estilo de jogo da "cantera".
segunda-feira, outubro 10, 2011
Quem são os favoritos ao título?
A dez rodadas do fim, nenhum dos sete primeiros colocados pode ser descartado da possibilidade de título. De Corinthians a Inter, pode dar qualquer um. Contudo, a meu ver, o que irá fazer a diferença nessa reta final é o elenco.
Outros fatores como treinador, ambiente e estádio/torcida também são decisivos. Cada um tem seu respectivo peso. No entanto creio que o plantel dos postulantes à taça fará a diferença. Por isso, entre os sete candidatos, para mim Corinthians, São Paulo e Fluminense têm mais chances. Têm mais elenco.
Quer dizer que o campeão será ou o time do Parque São Jorge, ou o do Morumbi, ou o das Laranjeiras? Não. Porém entendo que estes clubes têm quadros mais equilibrados. Suas opções para os setores de defesa, meio-campo e ataque são mais niveladas que a dos outros. Nivelada por cima, diga-se. E além da qualidade, há quantidade. Há banco de reservas para suportar suspensões, lesões a até eventuais convocações.
Mas insito: um campeão não se faz apenas de elenco. Não resta dúvida de que Vasco, Flamengo, Botafogo e Internacional também têm bola para serem campeões. Muita coisa vai acontecer. Qualquer um pode engatar uma sequência de vitórias e subir na tabela. Entretanto se for para eleger três principais candidatos a dez rodadas do fim, escolho Corinthians, São Paulo e Fluminense.
Outros fatores como treinador, ambiente e estádio/torcida também são decisivos. Cada um tem seu respectivo peso. No entanto creio que o plantel dos postulantes à taça fará a diferença. Por isso, entre os sete candidatos, para mim Corinthians, São Paulo e Fluminense têm mais chances. Têm mais elenco.
Quer dizer que o campeão será ou o time do Parque São Jorge, ou o do Morumbi, ou o das Laranjeiras? Não. Porém entendo que estes clubes têm quadros mais equilibrados. Suas opções para os setores de defesa, meio-campo e ataque são mais niveladas que a dos outros. Nivelada por cima, diga-se. E além da qualidade, há quantidade. Há banco de reservas para suportar suspensões, lesões a até eventuais convocações.
Mas insito: um campeão não se faz apenas de elenco. Não resta dúvida de que Vasco, Flamengo, Botafogo e Internacional também têm bola para serem campeões. Muita coisa vai acontecer. Qualquer um pode engatar uma sequência de vitórias e subir na tabela. Entretanto se for para eleger três principais candidatos a dez rodadas do fim, escolho Corinthians, São Paulo e Fluminense.
sexta-feira, outubro 07, 2011
O domínio dos campeões do mundo
Dois jogadores do Chelsea, um do City e o resto dividido entre Barcelona e Real Madrid. Essa foi a Espanha que visitou a República Tcheca, nesta sexta-feira, pelas Eliminatórias da Eurocopa 2012, e conquistou sua sétima vitória em sete jogos: 2 a 0 (Mata e Alonso).
Na teoria os canhotos Silva e Mata são os pontas. Na prática, porém, não atuam como tal. Os camisas 21 e 13 flutuam em demasia pelo corredor central, encostam nos meias, se aproximam um do outro e invertem de lado com relativa frequência. A mobilidade de ambos confunde o adversário e garante a manutenção da posse de bola.
O domínio da posse de bola, aliás, permite que Serio Ramos e Arbeloa avancem simultaneamente, o que não é muito comum no futebol contemporâneo. Isso é possível também graças à qualidade de Xavi e Alonso. Praticamente todas jogadas pelo meio passam pelos pés dos meias.
O domínio da posse de bola, todavia, não foi traduzido em finalizações no primeiro tempo. Apenas duas. Dois gols, é verdade. Mas apenas duas. No segundo, no entanto, esse número cresceu. Foram sete (duas no alvo, cinco fora). Os tchecos, na outra mão, em 90 minutos, arremataram somente duas vezes. As duas para fora.
Para registro, desde os 11 da etapa final, a Espanha jogou com um homem a mais. E no 4-2-3-1, com Puyol (na vaga de Ramos) ao lado de Piqué na zaga, Albiol na lateral direita, Arbeloa na esquerda, Javi Martínez (Alonso) e Busquets de volantes, Xavi por dentro, Mata na direita, Villa (Torres) na esquerda e Silva na frente, em função de sua movimentação, não como referência, mas como "falso 9".
Líderes do Grupo I, Del Bosque e seus comandados chegam a 21 pontos em 21 disputados - seguidos por República Tcheca (10 pontos), Escócia (8), Lituânia (5) e Liechtenstein (4).
Se a Eurocopa fosse amanhã, o favorito teria nome e apelido. E mais: se a Copa do Mundo do Brasil fosse amanhã, o favorito atenderia pelo mesmo nome: Espanha.
Na teoria os canhotos Silva e Mata são os pontas. Na prática, porém, não atuam como tal. Os camisas 21 e 13 flutuam em demasia pelo corredor central, encostam nos meias, se aproximam um do outro e invertem de lado com relativa frequência. A mobilidade de ambos confunde o adversário e garante a manutenção da posse de bola.
O domínio da posse de bola, aliás, permite que Serio Ramos e Arbeloa avancem simultaneamente, o que não é muito comum no futebol contemporâneo. Isso é possível também graças à qualidade de Xavi e Alonso. Praticamente todas jogadas pelo meio passam pelos pés dos meias.
O domínio da posse de bola, todavia, não foi traduzido em finalizações no primeiro tempo. Apenas duas. Dois gols, é verdade. Mas apenas duas. No segundo, no entanto, esse número cresceu. Foram sete (duas no alvo, cinco fora). Os tchecos, na outra mão, em 90 minutos, arremataram somente duas vezes. As duas para fora.
Para registro, desde os 11 da etapa final, a Espanha jogou com um homem a mais. E no 4-2-3-1, com Puyol (na vaga de Ramos) ao lado de Piqué na zaga, Albiol na lateral direita, Arbeloa na esquerda, Javi Martínez (Alonso) e Busquets de volantes, Xavi por dentro, Mata na direita, Villa (Torres) na esquerda e Silva na frente, em função de sua movimentação, não como referência, mas como "falso 9".
Líderes do Grupo I, Del Bosque e seus comandados chegam a 21 pontos em 21 disputados - seguidos por República Tcheca (10 pontos), Escócia (8), Lituânia (5) e Liechtenstein (4).
Se a Eurocopa fosse amanhã, o favorito teria nome e apelido. E mais: se a Copa do Mundo do Brasil fosse amanhã, o favorito atenderia pelo mesmo nome: Espanha.
quinta-feira, outubro 06, 2011
Tudo igual na Arena do Jacaré
Vágner Mancini e Adilson Batista mandaram Cruzeiro e São Paulo a campo no 4-4-2 em losango. Logo, os duelos da meia-cancha ficaram bem definidos: Marquinhos Paraná x Rivaldo, Charles x Carlinhos Paraíba, Roger x Cícero e Montillo x Denilson.
No setor ofensivo, pelo lado azul, Keirrison atuou aberto pela esquerda e Farías pela direita, com Montillo se projetando entre eles, como um legítimo ponta de lança (além de pintar por todos os cantos, se deslocar pelos flancos, buscar o jogo atrás, etc). Pelo lado tricolor, Luis Fabiano trabalhou como atacante de referência e Dagoberto de movimentação, desprendido da esquerda, caindo pelos dois lados.
Quanto aos laterias, pelo menos no primeiro tempo, destaque para os direitos: Vitor e Jean. Se não chegaram a ser brilhantes, ambos subiram e apoiaram com relativo sucesso (principalmente o são-paulino, com direito a bola na trave e tudo mais). Aos poucos, coberto por Roger, Everton também se soltou no desenrolar da partida.
No setor ofensivo, pelo lado azul, Keirrison atuou aberto pela esquerda e Farías pela direita, com Montillo se projetando entre eles, como um legítimo ponta de lança (além de pintar por todos os cantos, se deslocar pelos flancos, buscar o jogo atrás, etc). Pelo lado tricolor, Luis Fabiano trabalhou como atacante de referência e Dagoberto de movimentação, desprendido da esquerda, caindo pelos dois lados.
Quanto aos laterias, pelo menos no primeiro tempo, destaque para os direitos: Vitor e Jean. Se não chegaram a ser brilhantes, ambos subiram e apoiaram com relativo sucesso (principalmente o são-paulino, com direito a bola na trave e tudo mais). Aos poucos, coberto por Roger, Everton também se soltou no desenrolar da partida.
terça-feira, outubro 04, 2011
Possível Corinthians com Adriano
Emerson ou Danilo? Quem vai pagar o pato? Essa deve ser a dúvida na cabeça de Tite. Pelo menos na minha, essa é a interrogação.
Se o treinador do Corinthians mantiver o 4-2-3-1, Liedson vai ser deslocado para uma das pontas, o que, para mim, é completamente aceitável. Graças à sua velocidade e habilidade, o camisa 9 pode se sair muito bem como ponteiro. Por outro lado, pode-se argumentar que é um desperdício ter Liedson longe do gol. E mais: que ele pode não ter pulmão para acompanhar o lateral adversário quando o time está sem a bola.
Pela outra beirada, a vaga estaria entre Emerson, Jorge Henrique, Willian, e até Danilo. No entanto, na minha opinião, Emerson é quem melhor preenche os requisitos para a posição. Não sei qual é a ideia de Tite, mas esse seria o meu Corinthians.
A outra opção é mudar o esquema, trocar o 4-2-3-1 pelo 4-4-2 em losango. Nessa nova estrutura não haveria lugar para Emerson. No setor ofensivo, Adriano e Liedson formarian a dupla, e no meio-campo o quarteto com Ralf, Paulinho, Danilo e Alex.
Na cabeça-de-área, o marcador Ralf seria o responsável pela proteção aos zagueiros e pela cobertura dos laterais e apoiadores. À frente dele, pela direita, Paulinho, e pela esquerda, o canhoto Danilo. Com o 20 no gramado, a função da armação não sobrecarregaria o 12.
Confesso que a primeira alternativa me agrada mais. Gosto da ideia de atuar com dois pontas e um centroavante. Contudo reconheço que, pelo menos na teoria, o 4-4-2 em losango daria mais equilíbrio à equipe. Pelo menos na teoria.
Resta-nos esperar para ver como o Imperador vai estrear e o que o técnico do Timão tem em mente para as últimas onze rodadas do campeonato.
Se o treinador do Corinthians mantiver o 4-2-3-1, Liedson vai ser deslocado para uma das pontas, o que, para mim, é completamente aceitável. Graças à sua velocidade e habilidade, o camisa 9 pode se sair muito bem como ponteiro. Por outro lado, pode-se argumentar que é um desperdício ter Liedson longe do gol. E mais: que ele pode não ter pulmão para acompanhar o lateral adversário quando o time está sem a bola.
Pela outra beirada, a vaga estaria entre Emerson, Jorge Henrique, Willian, e até Danilo. No entanto, na minha opinião, Emerson é quem melhor preenche os requisitos para a posição. Não sei qual é a ideia de Tite, mas esse seria o meu Corinthians.
A outra opção é mudar o esquema, trocar o 4-2-3-1 pelo 4-4-2 em losango. Nessa nova estrutura não haveria lugar para Emerson. No setor ofensivo, Adriano e Liedson formarian a dupla, e no meio-campo o quarteto com Ralf, Paulinho, Danilo e Alex.
Na cabeça-de-área, o marcador Ralf seria o responsável pela proteção aos zagueiros e pela cobertura dos laterais e apoiadores. À frente dele, pela direita, Paulinho, e pela esquerda, o canhoto Danilo. Com o 20 no gramado, a função da armação não sobrecarregaria o 12.
Confesso que a primeira alternativa me agrada mais. Gosto da ideia de atuar com dois pontas e um centroavante. Contudo reconheço que, pelo menos na teoria, o 4-4-2 em losango daria mais equilíbrio à equipe. Pelo menos na teoria.
Resta-nos esperar para ver como o Imperador vai estrear e o que o técnico do Timão tem em mente para as últimas onze rodadas do campeonato.
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