sexta-feira, outubro 29, 2010

Ronaldinho no 4-2-3-1 e no 4-4-2

Se Mano julgar que Ronaldinho pode vestir a 10 da Seleção e ser o meia-armador do 4-2-3-1 verde-amarelo, este deve ser o time.

Particularmente, até que me provem o contrário, creio que ele tem sim totais condições técnicas (e físicas) para exercer essa função.



Agora, caso o treinador entenda que Ronaldinho tenha que jogar com três homens atrás dele, como ocorre no Milan de Allegri, o esquema tático deve ser alterado para o 4-4-2 em losango.

Desta maneira o desgaste seria menor, em contrapartida a equipe abriria mão de atuar com dois pontas e Neymar (ou Robinho) iria para o banco.



Entre as duas opções, prefiro a primeira. Posso estar teimando, mas só vou me convencer de que Ronaldinho não rende como armador num 4-2-3-1 quando ver ele ser escalado como tal, num jogo pra valer, e ir mal.

Contudo, embora torça pelo contrário, imagino que Mano opte pela segunda prancheta, para dar mais consistência ao meio-campo e soltar o camisa 10. E porque o adversário é a Argentina.

Lista de Mano desperta dúvidas

Confesso que fiquei um pouco confuso com a convocação. Pelo seguinte: Mano disse, em entrevista ao site da CBF, antes de anunciar a lista, que chamaria dois jogadores por posição.

Como o time joga no 4-2-3-1, linha de quatro à parte, seriam dois primeiros volantes, dois segundos volantes, dois meias, quatro pontas e dois centroavantes.

Se considerarmos que Lucas e Sandro são os 'primeiros volantes', penso que Mano vê em Jucilei um 'segundo volante', e não um primeiro, além, claro, de Ramires.

Douglas, é óbvio, chega para a vaga de Ganso. Mas quem é o outro camisa 10? Contra a Ucrânia, foi Elias. E se o papo de 'dois jogadores por posição' for real, deve ser Elias novamente, para minha tristeza.

Para minha tristeza porque queria e quero ver Ronaldinho nesta função. Contudo se o papo de 'dois jogadores por posição' for levado ao pé da letra, Pato e André são os centroavantes, e Robinho, Neymar, Coutinho e mais um são os pontas. No caso, Ronaldinho.

A não ser que o treinador cogite Elias na beirada do campo. Se porventura ele visualizar no camisa 7 do Corinthians um ponteiro, aí sim o 80 do Milan seria o tal meia centralizado. Entretanto, acho difícil.

De qualquer maneira, resta-nos aguardar o amistoso do dia 17 diante da Argentina para sanar essas dúvidas, ou quem sabe elas desapareçam nos próprios treinamentos.

quinta-feira, outubro 28, 2010

Bolão da convocação

Para enfrentar a Argentina no dia 17 de novembro, em Doha, no Catar, Mano deve chamar jogadores que atuam no Brasil e no exterior.

Aposto nesta lista:

Goleiros
Julio César, Victor e Jefferson.

Zagueiros
Thiago Silva, David Luiz, Réver e Alex.

Laterais
Daniel Alves, Rafael, André Santos e Marcelo.

Meio-campistas
Lucas, Ramires, Sandro, Wesley, Bruno César, Ronaldinho, Carlos Eduardo e Coutinho.

Atacantes
Robinho, Neymar, Nilmar e Pato.

A divulgação dos nomes ocorre nesta sexta-feira, a partir das 10h30, horário de Brasília.

quarta-feira, outubro 27, 2010

Ronaldinho e Neymar devem pintar

Ganso e Neymar são titulares absolutos até 2014, a não ser que ocorra o milagre de aparecer dois jogadores melhores que eles neste período.

Contra os EUA, ambos jogaram. Para os treinamentos em Barcelona, apenas 'estrangeiros' foram chamados. Diante do Irã e da Ucrânia, um não foi convocado por causa de contusão, o outro por confusão.

Baixada a poeira, Neymar deve pintar na lista para enfrentar a Argentina por dois motivos: primeiro porque é o dono da 11, e segundo, para ganhar experiência. Já Ganso, só em 2011.

Desde a perda de Ganso, aliás, Mano testou primeiro Carlos Eduardo na posição do camisa 10, contra o Irã, depois Elias, contra a Ucrânia.

Outros meias poderiam ser considerados, como Bruno César e Douglas. No entanto, para o amistoso do dia 17, e somente para o amistoso do dia 17, tô apostando em Ronaldinho.

Primeiro porque ele tem condições técnicas para exercer a função de articulador central no 4-2-3-1 verde-amarelo, e segundo porque ele impõe respeito em qualquer um, inclusive nos hermanos.

Quando voltar aos gramados, porém, acredito que Ganso reassume a 10 da Seleção, o barco segue sua rota normalmente, e Ronaldinho fica de fora dos planos de Mano.

segunda-feira, outubro 25, 2010

O que muda com Robinho ou Ronaldinho

Allegri tem escalado o Milan no 4-4-2 em losango, quando Ronaldinho está em campo. Nesta segunda-feira, porém, na vitória por 2 a 1 sobre o Napoli fora de casa, sem o camisa 80 e com o 70, o Rubro-Negro voltou ao seu 4-3-3 de outros carnavais.

No entanto neste esquema Robinho não fica preso à ponta esquerda. Flutua de uma beirada a outra, transita pela faixa central do gramado, volta para compor o meio-campo, inverte de lado com Pato, se movimenta por quase todos os cantos.



Na abertura do placar, por exemplo, posicionado no corredor direito, ele toca para Oddo na linha de fundo, entra em diagonal, recebe de volta do lateral e finaliza de esquerda no canto direito do goleiro.

Aparentemente Robinho dá mais mobilidade à equipe que Ronaldinho. Contudo há uma diferença entre os dois: enquanto um corre, o outro faz a bola correr.

Seja quando está jogando na ponta esquerda ou pelo centro, como tem sido ultimamente, Ronaldinho faz o time jogar, se sustenta, com seus passes precisos de média e longa distância. Já Robinho se desloca em demasia para dar opções aos seus companheiros.

Qual a melhor alternativa? Creio que com Ronaldinho. Na minha opinião mais vale ter um maestro do que um motorzinho. Se bem que, para mim, os dois poderiam jogar juntos (veja aqui). Na teoria fica bonito. Na prática não sabemos, pois Allegri nunca testou.

domingo, outubro 24, 2010

Meio-campo: o ponto forte do Timão

Baseado no histórico de Tite no Inter, projetei aqui no blog um Corinthians no 4-4-2 em losango. Não deu outra. Em sua estreia à frente do Timão, o treinador posicionou a mesmíssima equipe da prancheta publicada no dia 20, exceção feita a Iarley no lugar de Dentinho.



Na minha opinião este meio-campo com Ralf na cabeça-de-área, Elias e Jucilei no apoio e Bruno César na articulação central, é o mais completo do país. Nenhum outro time tem no setor jogadores com tais qualidades complementares.

Nem mesmo o Cruzeiro de Montillo e o Fluminense de Conca têm uma meia-cancha tão equilibrada. Não que eles sejam piores que Bruno César, não é isso. Mas quando se coloca na balança todos os atletas desta zona, para mim os corintianos se sobressaem.

Restando sete jogos para o fim do campeonato, entre eles o confronto direto com a Raposa no Pacaembu, neste domingo o "novo" Corinthians exibiu sua força no clássico diante do Palmeiras e mostrou que tem tudo para crescer nesta reta final.

quarta-feira, outubro 20, 2010

Possibilidade de losango no Timão

O treinador não pode chegar a um clube premeditado a impor seu esquema tático predileto. A não ser que haja no elenco peças para isso. Caso contrário, não deve.

Não sei se Tite tem uma estrutura tática preferida, se na época ele julgou que aquela era a melhor opção pelos jogadores que tinha em mãos, ou se apenas deu sequência ao trabalho, mas no Inter campeão da Sul-Americana em 2008 e vice-campeão da Copa do Brasil em 2009, ele adotou o 4-4-2 em losango.

O que absolutamente não quer dizer que, no Timão, ele fará a mesma coisa. Contudo, se fizer, me parece que esta é a alternativa mais plausível:



Nesta formação os laterais alternam no avanço. Quando um vai, o outro fica. Desta maneia o time tem, em tese, sempre quatro homens para se defender (dois zagueiros, um lateral e o cabeça-de-área) e raramente sofre contra-golpes escancarados.

No ataque, Ronaldo é o atacante de referência e Dentinho (Jorge Henrique, De Federico) o de movimentação, caindo pelos dois lados e buscando o jogo atrás.

Já no setor do meio-campo, Bruno César é o articulador principal, auxiliado pelos apoiadores Jucilei e Elias. Há também a possibilidade do camisa 8 atuar como primeiro volante, com Paulinho na linha do 7 e Ralf no banco.

Porém, insisto: não é porque implantou o 4-4-2 em losango em sua passagem mais recente pelo Brasil, que agora, no Parque São Jorge, Tite vai repetir a dose.

terça-feira, outubro 19, 2010

Madrid, de Marcelo, passa fácil pelo Milan

Não creio que Mano irá convocar ou deixar de convocar Ronaldinho para o amistoso contra a Argentina por causa do jogo contra o Real Madrid.

Minha aposta é que ele será chamado por uma questão de 'necessidade', como disse o próprio treinador. Com Ganso no estaleiro, Mano testou primeiro Carlos Eduardo na função, depois Elias, e agora, penso eu, Ronaldinho. Mas quando o 10 da Vila voltar de vez, acredito que o 80 do Milan ficará fora dos planos.



Dito isso, não tenho dúvida de que quem chamou a atenção do técnico da Seleção, presente no Santiago Bernabéu, nesta terça-feira, foi Marcelo. Ausente da última lista, o camisa 12 do Madrid foi perfeito tanto defensiva quanto ofensivamente. Apareceu muito bem na frente em várias oportunidades, e em tantas outras, freou o ímpeto dos adversários, entre eles nada menos que Pato. Foi, de longe, o melhor brasileiro em campo.

Sobre a partida em si, o Real sobrou. Mais compacto e completo, fez dois gols aos 13 e 14 minutos do primeiro tempo, e no restante do duelo esteve muito mais perto de chegar ao terceiro do que de sofrer o primeiro. Não se expôs, e ainda criou boas chances. Domínio supremo. 2 a 0 ficou barato.

Quem vai ficar com Rooney?

Vamos especular? Pelas declarações dadas por Alex Ferguson, parece que Wayne Rooney não vai mesmo ficar no Manchester United. Qual seu possível destino, então?



Além do Real Madrid, que é tarado por megacontratações, vejo apenas um clube com possibilidade de fechar com o atacante inglês: o Barcelona.

Por um simples motivo: a ausência de um centroavante. Segundo Galliani, inclusive, recentemente a entidade catalã demonstrou interesse em trocar Ibrahimovic, emprestado ao Milan, por Pato.

Como Villa é mais ponta-esquerda do que qualquer outra coisa no time de Guardiola, hoje a referência é Bojan, quando não é Messi quem joga centralizado. Ou seja, o Barcelona carece de um 9 de peso.

Portanto, se arrumar um comprador para Ibra, o Barça é sim forte candidato a trazer Rooney - para atuar como atuou no United na sua melhor temporada, a passada, como centroavante (tanto no 4-3-3 em triângulo invertido quanto no 4-2-3-1).

segunda-feira, outubro 18, 2010

Pré-jogo de Madrid x Milan

Sérgio Ramos e Thiago Silva são dúvidas. Caso não dê para eles, é provável que Arbeloa e Banega comecem. De resto, estes devem ser os times que se enfrentam pela terceira rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões.

Com Cristiano Ronaldo ou Di María na ponta esquerda, ofensivamente esse lado do Real Madrid é bastante forte, também em função das subidas de Marcelo. Caberá, portanto, a Gattuso auxiliar Zambrotta nesta árdua tarefa.



Com o possível deslocamento do camisa 8 rubro-negro para a direita, espaços poderão se abrir para a progressão de Alonso. Em contrapartida, se isso ocorrer, apenas Khedira ficará na marcação de Ronaldinho num eventual contra-ataque. Se Sérgio Ramos chegar na sobra, por exemplo, Pepe e Ricardo Carvalho podem ficar no mano a mano com Ibrahimovic e Pato.

Me parece, também pelo fato de jogar em casa, que o Real Madrid vai manter a posse, e consequentemente se expor aos contra-golpes do Milan. Para isso, a esquadra italiana terá basicamente sete homens para se defender, sendo dois laterais fixos, e três para atacar. Contudo não imagino que a equipe comandada por Allegri vá ao Santiago Bernabéu com a estratégia voltada exclusivamente ao contra-ataque.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática nesta terça-feira, às 16h45, horário de Brasília.

A diferença entre Montillo e Douglas

Nunca julgue um jogador por um jogo. Adoro essa frase, por isso não quero entrar em contradição. Porém na partida deste domingo, no Olímpico, ficou flagrante a distinção entre os camisas 10 do Cruzeiro e do Grêmio.



Para mim ambos são excelentes meias. Têm visão de jogo, passes de curta e média distância, toques de primeira, relativo drible e poder de finalização. No entanto Montillo é mais participativo, e isso faz toda a diferença.

É inegável que a arrancada da Raposa se deve em especial à inserção do argentino no time titular. Já a campanha do Tricolor tem seu alicerce em Jonas, e não em Douglas. Não que ele não esteja jogando bem, não é isso. Longe disso. Apenas entendo que ele oscila dentro do mesmo cotejo.

A comparação neste caso é pertinente porque as duas equipes atuam no 4-4-2 em losango. Em tese, a participação dos dois deveria ser semelhante. Contudo me parece que Montillo chama mais a bola pra si do que Douglas. Se fosse regular, se falasse mais 'Dá em mim! Dá em mim!', não seria absurdo, por exemplo, candidatá-lo à vaga que momentaneamente está em aberta na Seleção: a do Ganso.

A surpresa de Carpegiani

Quando os titulares foram anunciados, pensei que o 4-2-3-1 seria o esquema do Tricolor, com Lucas na articulação central, Fernandinho e Dagoberto nas beiradas e Ricardo Oliveira na referência.

No entanto Carpegiani surpreendeu, pelo menos a mim, e posicionou o São Paulo no 4-4-2 em linha, com os camisas 12 e 37 nas asas do meio-campo (wingers), o 18 e o 31 por dentro e Dagoberto como atacante de movimentação.



Apesar das belas atuações de Fernandinho e Dagoberto, esta estrutura tática não me agrada por um simples motivo: Lucas não é jogador de lado de campo. No elenco são-paulino, é dele o melhor passe vertical. Vejo nele um meia que deve aparecer pela faixa central, e não pelo flanco. Por isso visualizei um 4-2-3-1.

Contudo entendo a adoção deste 4-4-2 em linha bem compactado por parte do time da casa. É o sistema que melhor preenche os espaços do gramado, sem abdicar da ofensividade. Até porque do outro lado estavam Neymar e companhia.

Só para registro, quando Lucas foi substituído no intervalo, Renato Silva entrou na lateral direita e Jean foi adiantado à asa direita da meia-cancha, o que proporcionou ao número 2, autor do gol da vitória no útimo minuto, maior presença no ataque.

sábado, outubro 16, 2010

Qual a melhor posição para Messi?

Nos primeiros minutos da partida diante do Valencia, neste sábado, Guardiola escalou Messi na ponta direita, Iniesta na esquerda e Villa na referência do ataque.

Contudo tampouco a bola rolou e os três trocaram de posições: o camisa 7 abriu na esquerda, o 8 na direita, e o 10 centralizou, não como um centroavante de área, evidentemente.

Compuseram o triângulo do meio-campo Sergio Busquets na cabeça-de-área, Keita na meia esquerda e Xavi na meia direita.



Não é a primeira vez, nesta temporada, que Pep adota esta estrutura tática, com o gênio argentino de 'centroavante'. Particularmente esta postura não me agrada. Se for para atuar por dentro, prefiro Messi no topo de um triângulo, atrás dum 9, entre dois ponteiros.

Ou, é claro, na ponta direita, cortando pra dentro com sua canhotinha mortal, fazendo fila e finalizando ou assistindo. Desta forma Iniesta assume a meia esquerda, Villa a ponta esquerda e Bojan a referência do ataque (ou Villa na referência e Pedro/Bojan na esquerda).

quinta-feira, outubro 14, 2010

Camisa 5: Jucilei corre por fora

No Grêmio de 2007, treinado por Mano Menezes, Lucas era o volante de saída, enquanto Sandro Goiano era o de contenção.

Ao se transferir para o Liverpool, o sobrinho do Leivinha mostrou sua versatilidade e passou a atuar nas duas posições: como primeiro volante, quando Mascherano não estava no time, e como segundo, quando o argentino estava entre os onze.

Na Seleção de Mano, Lucas é o primeiro homem do meio-campo. Quem sai para o jogo, inegável dono da 8, é Ramires.



Não menos polivalente, também sob a batuta do atual técnico do Brasil, no Corinthians Jucilei atuou tanto de primeiro volante (com Elias de segundo) quanto de segundo (com Ralf de primeiro).

Na minha visão, porém, apesar da multivalência de ambos, os dois são primeiros volantes por essência (o que, rigorosamente, não quer dizer que eles não sabem nem devem aparecer na frente).

Na enquete que perguntava 'quem joga mais', deu Lucas. Dos 45 votos computados, 70% foram para o atleta do Liverpool e 30% para o do Timão.

Eu discordo. Para mim Jucilei joga mais que Lucas. Tem melhor passe, melhor domínio de bola, melhor drible, melhor visão de jogo, melhor presença física... enfim, melhor tudo. Só não tem a experiência, por uma questão natural.

O fato é que há três candidatos à camisa 5 da Seleção: Lucas, Sandro e Jucilei. Se dependesse de mim, ela seria do corintiano. Mas pelo visto, nesse momento, Lucas está em larga vantagem.

terça-feira, outubro 12, 2010

Nilmar no Real Madrid?

Segundo o Marca, Nilmar desperta forte interesse no clube merengue.

Quem acompanha o Blog do Carlão sabe que, para mim, o atacante do Villarreal tem bola para ser titular de qualquer time grande da Europa.

Na equipe de Mourinho, Nilmar chegaria para, em tese, ser reserva. Poderia substituir tanto os ponteiros Di María e Cristiano Ronaldo, quando estes estivessem suspensos ou machucados, quanto o centroavante Higuaín.

Aliás, seria contra Higuaín que ele travaria a disputa pela titularidade, já que Ronaldo e Di María são incontestavelmente os donos das beiradas. Com a provável saída de Benzema, a contratação do brasileiro parece encaminhada.

segunda-feira, outubro 11, 2010

Primeiro Carlos Eduardo, agora Elias

Em princípio imaginei que Mano iria, com Elias no lugar de Coutinho, adotar o 4-4-2 em losango, nesta segunda-feira.

No entanto ele manteve o 4-2-3-1, com o corintiano na meia central e pontas de pés opostos: canhoto (Carlos Eduardo) na ponta direita e destro (Robinho) na esquerda.



No Corinthians da Libertadores, aliás, Elias foi escalado na mesma posição, com Ralf e Jucilei de volantes, Dentinho e Danilo nas beiradas e Ronaldo na frente.

Sem Ganso, o treinador do Brasil testou primeiro Carlos Eduardo na função, contra o Irã, agora Elias, diante da Ucrânia.

O primeiro saldo que se pode tirar destes amistosos é que Mano ainda não encontrou um substituto para executar a função de Ganso.

E o segundo é que Pato é indiscutivelmente o dono da 9. Se Nilmar for brigar para ser titular, briga com Robinho, não com Pato. Sem falar que ainda tem o Neymar.

sexta-feira, outubro 08, 2010

Messi, Villa e Pato?

'Se um dia sair, gostaria de vestir a camisa do Barcelona'.

A frase de Alexandre Pato, relatada no catalão SPORT, dá um banho de água fria no bilionário Manchester City, clube que pretende, ou pretendia, contratar o atacante brasileiro.

Acredito que Pato não sairá tão cedo do Milan, contudo não custa nada imaginar um trio ofensivo formado por ele, Messi e Villa. O camisa 7 azul-grená, aliás, tem uma forte semelhança com o 7 rubro-negro: joga na ponta e na referência com a mesma eficiência.

No Milan, Pato é ponta-direita desde os tempos de Leonardo. Já na Seleção, é o indiscutível dono da 9. David Villa, por sua vez, é ponta-esquerda no Barcelona, mas também vai bem como centroavante, a exemplo da Fúria na Copa do Mundo.

Porém, caso essa transação épica porventura acontecesse (Ibrahimovic por Pato?), provavelmente Guardiola escalaria Pato centralizado, como faz Mano, com o craque espanhol numa beirada e o gênio argentino na outra.

Seria sensacional!

quinta-feira, outubro 07, 2010

Seleção está órfã de Ganso

Coutinho na ponta esquerda, Carlos Eduardo na articulação pela faixa central. Foi assim que a Seleção foi escalada no amistoso diante do Irã, nesta quinta, no habitual 4-2-3-1, com Robinho na outra ponta e Pato na referência.

Na época de Grêmio, em 2007, Cadu foi o ponta-esquerda daquele time, treinado por Mano, inclusive, que chegou à final da Libertadores. Em sua passagem pelo Hoffenheim, ele também atuou pela beirada.

Está claro que o técnico do Brasil busca um substituto para Ganso - o incontestável dono da 10 -, porém ainda não encontrou. No segundo tempo, postado no 4-4-2 em losango, quem tentou executar a função foi Giuliano, sem tanto brilho.

Como não há garantias de que Ganso estará apto para jogar de janeiro do ano que vem até julho de 2014, Mano precisará ter outras cartas na manga. Ele sabe disso mais do que ninguém, por isso está atrás de outro ás. Não de um curinga, mas de alguém da posição.

A nove é de Keirrison ou Zé Love?

Apesar dos três gols do camisa 9, para mim o melhor em campo nesta quarta-feira foi Arouca. Que, por sinal, deve ter sentido um gostinho especial e dado um tchauzinho para Muricy ao fim do jogo, por ter sido tão mal aproveitado pelo mesmo na época de São Paulo.

No entanto o foco deste post é outro: Zé Love. O atacante que completa 23 anos no final deste mês mostrou que tem bola para ser titular do Peixe, o que pode gerar uma dúvida na comissão técnica: e Keirrison?

No 3 a 0 sobre o líder Flu, Danilo e Neymar foram os pontas, Alan Patrick o articulador central, Arouca o volante de saída e Zé Eduardo o centroavante.



Quando K9 voltar, das duas uma: ou Marcelo Martelotte escala Zé na ponta direita e Keirrison na referência, ou mantém a equipe que obteve êxito no Engenhão e deixa a revelação do Coxa no banco.

Na minha opinião a melhor opção é a primeira. Embora ainda não tenha engrenado na Vila, K9 é um exímio finalizador, um matador nato, um artilheiro raro. A única coisa que pode pesar contra sua titularidade é sua velocidade. Neste quesito, e apenas neste quesito (vá lá, talvez no drible também), Zé Love o supera.

Contudo, justamente em função desta característica, a velocidade, não vejo problemas em Zé Eduardo atuar aberto pelo flanco. No meu time jogariam os dois. Ou melhor, os três: Neymar e Zé nas beiradas e Keirrison no centro.

quarta-feira, outubro 06, 2010

Treinadores rubro-negros

Salário dos outros é algo que não me interessa. Nunca me interessou. Não apenas no mundo do futebol, mas em geral. Contudo quando um clube contrata um treinador em flagrante decadência por mais de meio milhão de reais por mês, há alguma coisa de errado. Não é de hoje que, para mim, o custo/benefício de Luxemburgo não vale a pena nem aqui, nem na China.

Bem fez o outro rubro-negro, o de Curitiba, ao contratar o promissor Sérgio Soares. Quem o acusa de deixar o Santo André na briga contra o rebaixamento para a Série C, se esquece que a equipe vice-campeã paulista deste ano perdeu Cesinha e Nunes para o Vasco, Carlinhos e Rodriguinho para o Fluminense, Bruno César para o Corinthians, Branquinho para o próprio Atlético-PR, e por aí vai.

A obrigação de um é vaga na Sul-Americana, pois o elenco do Fla é superior ao de Avaí, Vitória, Ceará, Guarani. O sonho do outro é Libertadores, que se não for alcançado, não irá representar nada demais. Se terminar em quinto, sexto ou sétimo, por exemplo, a campanha do Furacão será exemplar. Ou melhor: já é.

domingo, outubro 03, 2010

Chelsea bate o Arsenal em casa

Em função dos esquemas táticos adotados por Ancelotti e Wenger, os confrontos individuais deste domingo ficaram bem definidos no miolo do meio-campo: Ramires x Song, Essien x Wilshere e Mikel x Diaby.

No 4-3-3 dos Blues, Ramires e Essien atuaram como meias, Malouda e Anelka como pontas e Drogba como centroavante. Já no 4-2-3-1 dos Gunners, o polivalente camisa 2 cumpriu o papel de articulador central.



Embora tenha feito uma grande partida, não vejo em Ramires um meia-esquerda, nem em Essien um meia-direta. Para mim ambos são excepcionais (segundos) volantes. Quando Lampard voltar, uma opção seria a inversão do triângulo da meia-cancha, com o 5 e o 7 lado a lado e Mikel no banco. Contudo, creio que o técnico do Chelsea vai manter a estrutura vencedora.

Só para traçar um paralelo, outro time que joga no mesmo sistema é o Barcelona. Porém ao invés de ter dois 'volantes' nas meias, como são os casos de Ramires e Essien, a equipe de Guardiola conta com Xavi e Iniesta para as respectivas posições, jogadores bem mais criativos.

Voltando ao clássico de Londres, do outro lado, entendo que Nasri rende mais pela faixa central do que pelo flanco. Sem Fábregas, o treinador do Arsenal poderia utilizar o próprio Diaby aberto na direita, com o 8 por dentro, trabalhando como armador, graças a sua boa qualidade no passe vertical. De qualquer forma, justiça seja feita, os visitantes foram superiores no 1º tempo, apesar do gol de Drogba no finzinho.