Lucas, Dagoberto e Luis Fabiano titulares é ponto pacífico. Impossível imaginar um time sem os três em campo. A questão é: Adilson vai manter o esquema tático habitual ou vai mudar?
No atual 4-4-2 em losango, a opção mais plausível é Luis Fabiano e Dagoberto no setor ofensivo, com Lucas na meia-cancha, centralizado, à frente de três "volantes" e atrás dos dois atacantes.
No entanto me parece claro que o camisa 7 é jogador de beirada, é segundo atacante, é atacante de movimentação, é ponta (como utilizado na Seleção, por exemplo). Devido à sua qualidade, pode sim dar certo como meia no 4-4-2. Porém, na minha visão, ele rende mais pelo flanco.
Portanto a estrutura tática mais aconselhável, mais lógica, seria Lucas aberto na direita, Dagoberto na esquerda e Luis Fabiano na referência. Um 4-2-3-1 é possível. Com todas as peças à disposição, todavia, para mim a melhor opção é esse 4-3-3 em triângulo invertido (base alta).
Pode-se discutir quem deve ocupar qual posição no meio-campo. Cícero é titular? Carlinhos Paraíba é titular? E Rivaldo? Na minha opinião, nenhum deles. Com Casemiro e Denilson o São Paulo teria poder de marcação sem perder qualidade no passe, na finalização, etc.
Contudo não é inteligente frear as subidas de Wellington. A fase do 5 é excelente, não só nos desarmes, mas principalmente na chegada à frente. Nesse 4-3-3 ele não poderia ser apenas cão-de-guarda. Teria, eventualmente, de sair para o jogo, fazendo o papel do chamado elemento surpresa.
Baseado no plantel tricolor, entendo que esse seja o esquema e os jogadores ideais. Mas, claro, sem lugar cativo. Resta-nos esperar para ver o que Adilson tem em mente. Seja o que for, uma coisa é certa: elenco para ser campeão o São Paulo tem.
quinta-feira, setembro 29, 2011
terça-feira, setembro 27, 2011
Mano tem três opções na manga
Afinal, qual é a do Lucas? Até a metade desse ano me fazia essa pergunta. Achava que era meia, mas hoje o vejo como atacante. É homem de beirada de campo, e é assim que será aproveitado na Seleção. A não ser que Mano Menezes tenha mudado de opinião.
Na quinta-feira passada o treinador do Brasil revelou que Lucas disputa vaga com Ronaldinho e Neymar. No entanto os titulares para o duelo contra a Argentina ficaram conhecidos hoje, e entre eles estão Ronaldinho, Neymar e... Lucas.
Quando li a escalação, a primeira opção que me veio à cabeça foi Lucas centralizado, devido ao ar de intocável que Ronaldinho possui quanto à ponta esquerda. Mas, via Twitter, Rafael Andrade me disse que ouviu que Ronaldinho está treinando centralizado, com Lucas à direita e Neymar à esquerda. O que resultaria nessa equipe:
Se Mano vê mesmo no são-paulino um homem de beirada de campo, faz sentido esse time. O santista voltaria ao seu habitat natural, e o flamenguista trabalharia a passes e lançamentos, servindo o trio de atacantes (sem deixar de encostar no centroavante), suportado pela forte dupla de volantes. Ralf e Romulo correriam pelo camisa 10.
Porém, além do 4-2-3-1 com Lucas por dentro e Ronaldinho por fora, e do 4-2-3-1 com Ronaldinho por dentro e Lucas por fora, há ainda uma terceira alternativa: ambos por fora, com Neymar por dentro. Soa estranho, mas pode acontecer.
Essa possibilidade não pode ser descartada porque no amistoso contra Gana, no dia 5, a Seleção terminou com Hulk e Ronaldinho pelas pontas, e Neymar pelo centro (veja aqui a prancheta). Portanto não será surpresa se Mano optar por Lucas aberto de um lado, Ronaldinho do outro, e Neymar no meio. Como não vimos o treino, resta-nos aguadar para ver qual vai ser o posicionamento dos jogadores. E se o esquema vai ser mesmo o 4-2-3-1.
Na quinta-feira passada o treinador do Brasil revelou que Lucas disputa vaga com Ronaldinho e Neymar. No entanto os titulares para o duelo contra a Argentina ficaram conhecidos hoje, e entre eles estão Ronaldinho, Neymar e... Lucas.
Quando li a escalação, a primeira opção que me veio à cabeça foi Lucas centralizado, devido ao ar de intocável que Ronaldinho possui quanto à ponta esquerda. Mas, via Twitter, Rafael Andrade me disse que ouviu que Ronaldinho está treinando centralizado, com Lucas à direita e Neymar à esquerda. O que resultaria nessa equipe:
Se Mano vê mesmo no são-paulino um homem de beirada de campo, faz sentido esse time. O santista voltaria ao seu habitat natural, e o flamenguista trabalharia a passes e lançamentos, servindo o trio de atacantes (sem deixar de encostar no centroavante), suportado pela forte dupla de volantes. Ralf e Romulo correriam pelo camisa 10.
Porém, além do 4-2-3-1 com Lucas por dentro e Ronaldinho por fora, e do 4-2-3-1 com Ronaldinho por dentro e Lucas por fora, há ainda uma terceira alternativa: ambos por fora, com Neymar por dentro. Soa estranho, mas pode acontecer.
Essa possibilidade não pode ser descartada porque no amistoso contra Gana, no dia 5, a Seleção terminou com Hulk e Ronaldinho pelas pontas, e Neymar pelo centro (veja aqui a prancheta). Portanto não será surpresa se Mano optar por Lucas aberto de um lado, Ronaldinho do outro, e Neymar no meio. Como não vimos o treino, resta-nos aguadar para ver qual vai ser o posicionamento dos jogadores. E se o esquema vai ser mesmo o 4-2-3-1.
Fortaleza bávara vence mais uma
Dois a zero sobre o Villarreal na Espanha, dois a zero sobre o Manchester City na Alemanha. Até aqui essa é a campanha do Bayern, que nesta terça-feira não tomou conhecimento e bateu a equipe treinada por Roberto Mancini com autoridade, dominando do começo ao fim.
As investidas dos laterais são alternadas. Quando Lahm sobe, Rafinha fica. Quando Lahm fica, Rafinha sobe. Dessa maneira há sempre quatro jogadores na retaguarda (os zagueiros, Gustavo e um lateral), mais o goleiro. Talvez por isso o time de Munique não sofre um gol desde a abertura da Bundesliga (via @lbertozzi). De lá para cá foram 8 jogos (6 pelo Alemão, 2 pela Champions).
Com Robben no banco, o lado direito deixou um pouco a desejar, no que diz respeito à parte ofensiva. Não sei se por orientação de Jupp Heynckes ou se por uma noite pouco inspirada, a exibição de Müller foi tímida, na minha visão. Do lado oposto, em contrapartida, o destro Ribéry, sempre forte na diagonal, promoveu boa dupla com Lahm.
Outro destaque foi Schweinsteiger. Escoltado por Luiz Gustavo, o camisa 31 se apresentou na frente com frequência, não só para arrematar de longa distância, mas também para se infiltrar na área e finalizar. Já Kroos, o outro meio-campista, não atuou, pelo menos diante do City, como o armador central, como pode se imaginar. A bola passa pelo pé dele, porém sem prioridade.
Líder do Campeonato Alemão e do Grupo A da Liga dos Campeões, a temporada 2011/2012 não poderia ter começado melhor para o clube bávaro. O próximo confronto, pelo nacional, é neste sábado, contra o Hoffenheim. E pelo continental, dia 18 de outubro, contra o Napoli.
As investidas dos laterais são alternadas. Quando Lahm sobe, Rafinha fica. Quando Lahm fica, Rafinha sobe. Dessa maneira há sempre quatro jogadores na retaguarda (os zagueiros, Gustavo e um lateral), mais o goleiro. Talvez por isso o time de Munique não sofre um gol desde a abertura da Bundesliga (via @lbertozzi). De lá para cá foram 8 jogos (6 pelo Alemão, 2 pela Champions).
Com Robben no banco, o lado direito deixou um pouco a desejar, no que diz respeito à parte ofensiva. Não sei se por orientação de Jupp Heynckes ou se por uma noite pouco inspirada, a exibição de Müller foi tímida, na minha visão. Do lado oposto, em contrapartida, o destro Ribéry, sempre forte na diagonal, promoveu boa dupla com Lahm.
Outro destaque foi Schweinsteiger. Escoltado por Luiz Gustavo, o camisa 31 se apresentou na frente com frequência, não só para arrematar de longa distância, mas também para se infiltrar na área e finalizar. Já Kroos, o outro meio-campista, não atuou, pelo menos diante do City, como o armador central, como pode se imaginar. A bola passa pelo pé dele, porém sem prioridade.
Líder do Campeonato Alemão e do Grupo A da Liga dos Campeões, a temporada 2011/2012 não poderia ter começado melhor para o clube bávaro. O próximo confronto, pelo nacional, é neste sábado, contra o Hoffenheim. E pelo continental, dia 18 de outubro, contra o Napoli.
sábado, setembro 24, 2011
Barça de Messi beira a perfeição
Lembro que certa vez Leonardo Bertozzi levantou a bola no Twitter: "Estamos diante do melhor time da história?" A pergunta se referia ao Barcelona de Messi. Lembro que na hora torci o nariz, imaginando como teria sido o Santos de Pelé, o Botafogo de Guarrincha ou o Flamengo de Zico. Hoje, porém, reconsidero minha visão e considero a colocação do jornalista da ESPN Brasil para lá de pertinente.
Não pretendo traçar um paralelo com esquadrões de outras eras, tampouco polarizar o debate. Esse não é o foco do post. A indagação merece reflexão, contudo quero aqui enaltecer a polivalência e a eficiência das peças e das estruturas táticas que Pep Guardiola tem em mãos atualmente.
No 5 a 0 deste sábado, sobre o forte Atlético de Madri, no Camp Nou, confesso que não me antenei ao primeiro tempo, mas fiquei com a sensação, sem convicção, de um 3-4-3 com Daniel, Mascherano e Abidal atrás, Busquets centralizado, Xavi à direita, Thiago à esquerda e Fábregas no topo do losango do meio-campo. Na frente, Pedro na ponta direita, Villa na esquerda e Messi na dele, "falso 9".
Na segunda etapa, já com o placar de 3 a 0 construído na primeira, o treinador azulgrená recuou Busquets, para formar a dupla de zaga com Mascherano, voltando assim ao habitual 4-3-3. E na meia-cancha, o triângulo invertido (base alta) foi composto por Thiago, Xavi e Fábregas. Isso mesmo: o primeiro homem do meio-campo, o único "volante" da equipe, era o leve e levado Thiago.
É aí que mora a intriga. O deslumbrante é que, tanto de um jeito quanto de outro, o Barça mantém o alto nível e faz o que sempre faz: domina com posse de bola, passes pacientes, infiltrações pelo corredor central e marcação por pressão. Isso que impressiona. Independente de jogar no 3-4-3 ou no 4-3-3, o padrão de jogo é o mesmo. Independente de quais sejam as peças preenchendo as posições, o padrão de jogo é o mesmo.
Graças à qualidade e à polivalência do plantel, Guardiola pode escalar o mesmo atleta em três, quatro lugares diferentes. Busquets, por exemplo, pode jogar como zagueiro, volante, meia. Thiago pode atuar como volante, meia, ponta. O mesmo se aplica a Xavi, Iniesta, Fábregas. Quiçá até a Keita. Só para adicionar outro exemplo, na partida anterior, contra o Valencia, quem terminou como ponteiro pela direita foi o canhoto Adriano. Isso mesmo! Adriano. Cá entre nós, que outro time no mundo é capaz disso?
Voltando ao primeiro parágrafo, à pergunta do Bertozzi, me atrevo a arriscar que sim. Sem desmerecer o passado, talvez estejamos sim diante do melhor time da história. E não se trata apenas dos infinitos títulos ou da genialidade infinita de Lionel Messi. Trata-se de uma equipe que é equipe na essência da palavra. Que, coletivamente, beira a perfeição.
Não pretendo traçar um paralelo com esquadrões de outras eras, tampouco polarizar o debate. Esse não é o foco do post. A indagação merece reflexão, contudo quero aqui enaltecer a polivalência e a eficiência das peças e das estruturas táticas que Pep Guardiola tem em mãos atualmente.
No 5 a 0 deste sábado, sobre o forte Atlético de Madri, no Camp Nou, confesso que não me antenei ao primeiro tempo, mas fiquei com a sensação, sem convicção, de um 3-4-3 com Daniel, Mascherano e Abidal atrás, Busquets centralizado, Xavi à direita, Thiago à esquerda e Fábregas no topo do losango do meio-campo. Na frente, Pedro na ponta direita, Villa na esquerda e Messi na dele, "falso 9".
Na segunda etapa, já com o placar de 3 a 0 construído na primeira, o treinador azulgrená recuou Busquets, para formar a dupla de zaga com Mascherano, voltando assim ao habitual 4-3-3. E na meia-cancha, o triângulo invertido (base alta) foi composto por Thiago, Xavi e Fábregas. Isso mesmo: o primeiro homem do meio-campo, o único "volante" da equipe, era o leve e levado Thiago.
É aí que mora a intriga. O deslumbrante é que, tanto de um jeito quanto de outro, o Barça mantém o alto nível e faz o que sempre faz: domina com posse de bola, passes pacientes, infiltrações pelo corredor central e marcação por pressão. Isso que impressiona. Independente de jogar no 3-4-3 ou no 4-3-3, o padrão de jogo é o mesmo. Independente de quais sejam as peças preenchendo as posições, o padrão de jogo é o mesmo.
Graças à qualidade e à polivalência do plantel, Guardiola pode escalar o mesmo atleta em três, quatro lugares diferentes. Busquets, por exemplo, pode jogar como zagueiro, volante, meia. Thiago pode atuar como volante, meia, ponta. O mesmo se aplica a Xavi, Iniesta, Fábregas. Quiçá até a Keita. Só para adicionar outro exemplo, na partida anterior, contra o Valencia, quem terminou como ponteiro pela direita foi o canhoto Adriano. Isso mesmo! Adriano. Cá entre nós, que outro time no mundo é capaz disso?
Voltando ao primeiro parágrafo, à pergunta do Bertozzi, me atrevo a arriscar que sim. Sem desmerecer o passado, talvez estejamos sim diante do melhor time da história. E não se trata apenas dos infinitos títulos ou da genialidade infinita de Lionel Messi. Trata-se de uma equipe que é equipe na essência da palavra. Que, coletivamente, beira a perfeição.
sexta-feira, setembro 23, 2011
Tudo igual no clássico português
Jorge Jesus respeitou o Porto fora de casa. Abriu mão do habitual 4-2-3-1 para se fechar com duas linhas de quatro e explorar o contra-ataque. No clássico desta sexta-feira, Nolito e Gaitán preencheram os lados do campo mais do que de costume.
Ainda assim, em função das estruturas táticas das equipes, os duelos individuais ficaram bem definidos: Hulk x Emerson, Varela x Maxi Pereira, Guarín x Javi Garcia, Moutinho x Witsel, Fucile x Nolito, Alvaro Pereira x Gaitán, Kléber x Luisão/Garay, Rolando/Otamendi x Cardozo, e Fernando x Aimar, quando o argentino voltava para buscar a bola, armar o jogo e configurar o 4-4-1-1.
A primeira etapa foi dominada pelos Dragões, que concentraram as tramas ofensivas pelos flancos, em especial o direito, com Fucile, Guarín e Hulk (sempre forte na diagonal). Pelo lado oposto, Alvaro, Moutinho e Varela fizeram o mesmo, mas com menos intensidade. Na referência do ataque, Kléber foi pouco acionado, embora tenha aberto o placar aos 37, em cobrança de falta de Guarín (cabeceio certeiro na primeira trave).
Parecia que a etapa derradeira seria diferente, já que logo aos 2 minutos Cardozo recebeu belo passe de Nolito e empatou. No entanto os anfitriões responderam em seguida. Após jogada de bola parada, Varela recebeu na linha de fundo e cruzou rasteiro para Otamendi ampliar: 2 a 1. Apesar de algumas chances criadas pelo Benfica nos contra-golpes, a superioridade do Porto continuou, porém não foi traduzida no resultado final.
Aos 25 Bruno César entrou no lugar de Nolito e Saviola no de Aimar. Com o ex-corintiano aberto na direta, Gaitán na esquerda e Saviola por dentro, o time de Lisboa melhorou com relativo sucesso e arrancou o 2 a 2 aos 37 minutos, na finalização de esquerda do número 20.
Ainda assim, em função das estruturas táticas das equipes, os duelos individuais ficaram bem definidos: Hulk x Emerson, Varela x Maxi Pereira, Guarín x Javi Garcia, Moutinho x Witsel, Fucile x Nolito, Alvaro Pereira x Gaitán, Kléber x Luisão/Garay, Rolando/Otamendi x Cardozo, e Fernando x Aimar, quando o argentino voltava para buscar a bola, armar o jogo e configurar o 4-4-1-1.
A primeira etapa foi dominada pelos Dragões, que concentraram as tramas ofensivas pelos flancos, em especial o direito, com Fucile, Guarín e Hulk (sempre forte na diagonal). Pelo lado oposto, Alvaro, Moutinho e Varela fizeram o mesmo, mas com menos intensidade. Na referência do ataque, Kléber foi pouco acionado, embora tenha aberto o placar aos 37, em cobrança de falta de Guarín (cabeceio certeiro na primeira trave).
Parecia que a etapa derradeira seria diferente, já que logo aos 2 minutos Cardozo recebeu belo passe de Nolito e empatou. No entanto os anfitriões responderam em seguida. Após jogada de bola parada, Varela recebeu na linha de fundo e cruzou rasteiro para Otamendi ampliar: 2 a 1. Apesar de algumas chances criadas pelo Benfica nos contra-golpes, a superioridade do Porto continuou, porém não foi traduzida no resultado final.
Aos 25 Bruno César entrou no lugar de Nolito e Saviola no de Aimar. Com o ex-corintiano aberto na direta, Gaitán na esquerda e Saviola por dentro, o time de Lisboa melhorou com relativo sucesso e arrancou o 2 a 2 aos 37 minutos, na finalização de esquerda do número 20.
quinta-feira, setembro 15, 2011
Por que Mano mudou de opinião?
Mano levou Lúcio, Elano, Fred e outros à Copa América por causa da experiência. Na preparação do Corinthians para a Libertadores, trouxe Danilo, Tcheco, Iarley. Experiência. Para mim, o treinador da Seleção acredita demais nesse quesito. E é por causa da experiência que Ronaldinho está de volta.
Mano tem lá seus motivos para convocar o camisa 10 do Flamengo, e eu tenho os meus para discordar. E meus argumentos são muito semelhantes ao do próprio Mano, revelados em março de 2009, no Arena SporTV. Entre eles, é mais fácil tocar de lado do que partir pra cima. Confira aqui.
Por que o técnico mudou de opinião? Está contando com a bendita experiência do Gaúcho, ou será que o futebol/vontade de Ronaldinho hoje é melhor do que ele apresentava no Milan? Na minha visão, na melhor das hipóteses, é igual.
Sim, nado contra a corrente e não entendo por que Ronaldinho está de volta à Seleção. Também creio que não tem bola para figurar na lista de 2014. Além do que, para acomodá-lo entre os onze, Mano tira Neymar de seu habitat natural, a ponta esquerda. Vale a pena?
Mano tem lá seus motivos para convocar o camisa 10 do Flamengo, e eu tenho os meus para discordar. E meus argumentos são muito semelhantes ao do próprio Mano, revelados em março de 2009, no Arena SporTV. Entre eles, é mais fácil tocar de lado do que partir pra cima. Confira aqui.
Por que o técnico mudou de opinião? Está contando com a bendita experiência do Gaúcho, ou será que o futebol/vontade de Ronaldinho hoje é melhor do que ele apresentava no Milan? Na minha visão, na melhor das hipóteses, é igual.
Sim, nado contra a corrente e não entendo por que Ronaldinho está de volta à Seleção. Também creio que não tem bola para figurar na lista de 2014. Além do que, para acomodá-lo entre os onze, Mano tira Neymar de seu habitat natural, a ponta esquerda. Vale a pena?
segunda-feira, setembro 12, 2011
Pré-jogo: Barcelona x Milan
Independente de quem esteja do outro lado do campo, no Camp Nou o Barcelona joga adiantado, domina a posse de bola no gramado ofensivo, envolve o adversário a toques curtos, pacientes e objetivos até criar as oportunidades de gol. Quando perde a bola, marca por pressão. Contra o Milan, nesta terça-feira, não deve ser diferente.
Sem Robinho e Ibrahimovic, Allegri deve escalar Cassano e Pato na frente, o que não deixa de ser boa opção para o contra-ataque, artifício que deve ser o mais utilizado pelo time italiano para aprontar pra cima da avançada linha de defesa azulgrená, provavelmente composta por Mascherano e Puyol, atletas não tão rápidos.
Pelo lado dos donos da casa, o desenrolar não deve fugir do script descrito no primeiro parágrafo: posse, pressão e chances. Não creio, porém, que Van Bommel marcará Messi individulamente. A marcação deve ser por zona, mas com o holandês na nuca do argentino.
E se a disposição tática e as peças forem essas mesmo, quem pode ter espaço para brilhar é Iniesta, já que o três quatrão Ambrosini não prima pelo desarme, tampouco pela velocidade. Xavi, em contrapartida, deve ter mais trabalho com Aquilani.
Tentativa de previsão à parte, a bola rola pra valer às 15h45, horário de Brasília, na estreia da fase de grupos da Champions League.
Sem Robinho e Ibrahimovic, Allegri deve escalar Cassano e Pato na frente, o que não deixa de ser boa opção para o contra-ataque, artifício que deve ser o mais utilizado pelo time italiano para aprontar pra cima da avançada linha de defesa azulgrená, provavelmente composta por Mascherano e Puyol, atletas não tão rápidos.
Pelo lado dos donos da casa, o desenrolar não deve fugir do script descrito no primeiro parágrafo: posse, pressão e chances. Não creio, porém, que Van Bommel marcará Messi individulamente. A marcação deve ser por zona, mas com o holandês na nuca do argentino.
E se a disposição tática e as peças forem essas mesmo, quem pode ter espaço para brilhar é Iniesta, já que o três quatrão Ambrosini não prima pelo desarme, tampouco pela velocidade. Xavi, em contrapartida, deve ter mais trabalho com Aquilani.
Tentativa de previsão à parte, a bola rola pra valer às 15h45, horário de Brasília, na estreia da fase de grupos da Champions League.
quinta-feira, setembro 08, 2011
Como joga o líder do Brasileirão
Há quase três semanas escrevi aqui no blog por que achava que Alex tinha de ser titular. Quando foi contratado, inclusive, publiquei uma prancheta com ele e mais dez. Apesar de ainda despertar certa desconfiança em alguns torcedores, mantenho minha opinião de olhos fechados: é o camisa 12 mais dez.
Contra o Flamengo, nesta quinta, não foi determinante e decisivo, mas foi bastante participativo. Organizou a equipe com relativo sucesso, sem falar nos inúmeros arremates de fora da área. Contudo o foco aqui não é o jogador em si, até porque não fez uma partida genial, mas sim o time, que joga no 4-2-3-1.
Na estrutura tática de Tite, pelo menos no confronto contra o Mengão, co-responsável por Ronaldinho, Alessandro pouco apoiou, ao contrário de Ramon, que chegou à frente diversas vezes. A exemplo do que fez Paulinho, provavelmente o segundo melhor em campo, atrás apenas do autor dos dois gols alvinegros.
Liedson, aliás, em alguns momentos do primeiro tempo inverteu de posição com Emerson, passando a jogar aberto na esquerda e buscando a diagonal. Do outro lado, Jorge Henrique, quando não estava marcando o lateral-esquerdo adversário, visava a linha de fundo.
Na segunda etapa, com Willian no lugar do 23 (e mais tarde Danilo no de Alex), o Timão ganhou fôlego, foi pra cima e chegou à virada merecidamente.
Para mim, o esquema e as peças estão bem definidos. A única disputa, me parece, é entre Jorge Henrique e Willian. E resta saber se com Adriano o treinador vai manter o sistema e deslocar Liedson para uma das beiradas.
Contra o Flamengo, nesta quinta, não foi determinante e decisivo, mas foi bastante participativo. Organizou a equipe com relativo sucesso, sem falar nos inúmeros arremates de fora da área. Contudo o foco aqui não é o jogador em si, até porque não fez uma partida genial, mas sim o time, que joga no 4-2-3-1.
Na estrutura tática de Tite, pelo menos no confronto contra o Mengão, co-responsável por Ronaldinho, Alessandro pouco apoiou, ao contrário de Ramon, que chegou à frente diversas vezes. A exemplo do que fez Paulinho, provavelmente o segundo melhor em campo, atrás apenas do autor dos dois gols alvinegros.
Liedson, aliás, em alguns momentos do primeiro tempo inverteu de posição com Emerson, passando a jogar aberto na esquerda e buscando a diagonal. Do outro lado, Jorge Henrique, quando não estava marcando o lateral-esquerdo adversário, visava a linha de fundo.
Na segunda etapa, com Willian no lugar do 23 (e mais tarde Danilo no de Alex), o Timão ganhou fôlego, foi pra cima e chegou à virada merecidamente.
Para mim, o esquema e as peças estão bem definidos. A única disputa, me parece, é entre Jorge Henrique e Willian. E resta saber se com Adriano o treinador vai manter o sistema e deslocar Liedson para uma das beiradas.
O que falta ao Cruzeiro
Vou ficar devendo uma análise mais esmiuçada porque só consegui ver o jogo até os 10 minutos do 2º tempo. Porém o que ocorreu na 1ª etapa foi suficiente para detectar alguns vários defeitos e algumas poucas virtudes do time.
O Cruzeiro foi a campo no 4-4-2 em losango, com o volante Marquinhos Paraná na lateral direita, o garoto Gabriel Araújo na esquerda e Anselmo Ramon no ataque, ao lado de Keirrison. E foi exatamente nestas posições/funções que a Raposa pecou diante do Fluminense.
Ficou nítido o quanto o Cruzeiro depende de seu camisa 10. Não fosse a individualidade de Montillo e os apoios de Charles, nada de produtivo ofensivamente teria acontecido. Em compensação as laterais e a dupla de frente não funcionaram.
Ficou clara também a falta que Vitor e Diego Renan fazem. Não são os melhores do mundo, mas dão a dinâmica e a objetividade aos corredores que seus substitutos não dão. Tanto é que, no intervalo, Gabriel Araújo foi sacado. Ou seja: não conseguiu cumprir o que lhe foi passado.
A outra grande falha, na minha opinião, passa pela composição do elenco. Dos, sei lá, cinco, seis atacantes do plantel, apenas um tem característica de segundo atacante: Wallyson. Com o jogador no estaleiro, acaba sobrando para os "atacantes de referência" fazerem o papel de "atacante de movimentação". Contra o Flu, foi a vez de Anselmo Ramon, que, claro, não é do ramo e não foi capaz de cair pelos lados, de voltar para se aproximar do meio-campo, nem de alimentar o 9. Resultado: também foi substituído no intervalo.
Até aqui, Montillo tem levado o Cruzeiro nas costas. Não fosse ele, a situação poderia ser pior. Se continuar dependendo exclusivamente dele, no entanto, a situação não tende a melhorar.
O Cruzeiro foi a campo no 4-4-2 em losango, com o volante Marquinhos Paraná na lateral direita, o garoto Gabriel Araújo na esquerda e Anselmo Ramon no ataque, ao lado de Keirrison. E foi exatamente nestas posições/funções que a Raposa pecou diante do Fluminense.
Ficou nítido o quanto o Cruzeiro depende de seu camisa 10. Não fosse a individualidade de Montillo e os apoios de Charles, nada de produtivo ofensivamente teria acontecido. Em compensação as laterais e a dupla de frente não funcionaram.
Ficou clara também a falta que Vitor e Diego Renan fazem. Não são os melhores do mundo, mas dão a dinâmica e a objetividade aos corredores que seus substitutos não dão. Tanto é que, no intervalo, Gabriel Araújo foi sacado. Ou seja: não conseguiu cumprir o que lhe foi passado.
A outra grande falha, na minha opinião, passa pela composição do elenco. Dos, sei lá, cinco, seis atacantes do plantel, apenas um tem característica de segundo atacante: Wallyson. Com o jogador no estaleiro, acaba sobrando para os "atacantes de referência" fazerem o papel de "atacante de movimentação". Contra o Flu, foi a vez de Anselmo Ramon, que, claro, não é do ramo e não foi capaz de cair pelos lados, de voltar para se aproximar do meio-campo, nem de alimentar o 9. Resultado: também foi substituído no intervalo.
Até aqui, Montillo tem levado o Cruzeiro nas costas. Não fosse ele, a situação poderia ser pior. Se continuar dependendo exclusivamente dele, no entanto, a situação não tende a melhorar.
quarta-feira, setembro 07, 2011
Botafogo de palha?
Um goleiro de seleção, um zagueiro artilheiro, dois laterais ofensivos, uma senhora dupla de volantes, dois meias talentosos, dois atacantes raçudos e um treinador competente. Além do comprometimento, essa é a receita da campanha alvinegra.
Até onde vai o Botafogo? Vai brigar pelo título do Brasileirão até a última rodada ou vai disputar "apenas" uma vaga na Libertadores? Tem gás e banco de reservas para erguer a taça ou vai se contentar com a presença no torneio continental?
É claro que um time vencedor não se faz somente de elenco, mas não há dúvida de que um plantel com boas peças de reposição é essencial para se alcançar o objetivo. É aí que pode ser o Calcanhar de Aquiles. Pode.
Não há dúvida também que a equipe titular está redondinha. No 4-2-3-1 implantado por Caio Júnior, Lucas e Bruno Cortês são os laterais, Marcelo Mattos e Renato os volantes, Elkeson o meia por dentro, Maicosuel e Herrera os homens das beiradas e Loco Abreu o da referência. (Vale destacar a flexibilidade de Elkeson, que também pode atuar na ponta quando preciso, com Felipe Menezes na articulação central, como no 1 a 0 sobre o Galo.)
Que o time titular está redondinho, está. Talvez o melhor e mais entrosado do campeonato até o momento. No entanto, há elenco suficiente para manter o ritmo até o fim? Será que as suspensões e lesões, processos naturais do caminho, serão capazes de apagar a chama do Fogão? Ou será que o Bota vai superar os obstáculos e prognósticos pessimistas e se tornar campeão?
A diretoria, o treinador, os atletas e a torcida estão de parabéns. Todos parecem estar focados na mesma meta. Entretanto, confesso, não compartilho da empolgação atual e ainda me considero cético quanto à possibilidade de título.
Até onde vai o Botafogo? Vai brigar pelo título do Brasileirão até a última rodada ou vai disputar "apenas" uma vaga na Libertadores? Tem gás e banco de reservas para erguer a taça ou vai se contentar com a presença no torneio continental?
É claro que um time vencedor não se faz somente de elenco, mas não há dúvida de que um plantel com boas peças de reposição é essencial para se alcançar o objetivo. É aí que pode ser o Calcanhar de Aquiles. Pode.
Não há dúvida também que a equipe titular está redondinha. No 4-2-3-1 implantado por Caio Júnior, Lucas e Bruno Cortês são os laterais, Marcelo Mattos e Renato os volantes, Elkeson o meia por dentro, Maicosuel e Herrera os homens das beiradas e Loco Abreu o da referência. (Vale destacar a flexibilidade de Elkeson, que também pode atuar na ponta quando preciso, com Felipe Menezes na articulação central, como no 1 a 0 sobre o Galo.)
Que o time titular está redondinho, está. Talvez o melhor e mais entrosado do campeonato até o momento. No entanto, há elenco suficiente para manter o ritmo até o fim? Será que as suspensões e lesões, processos naturais do caminho, serão capazes de apagar a chama do Fogão? Ou será que o Bota vai superar os obstáculos e prognósticos pessimistas e se tornar campeão?
A diretoria, o treinador, os atletas e a torcida estão de parabéns. Todos parecem estar focados na mesma meta. Entretanto, confesso, não compartilho da empolgação atual e ainda me considero cético quanto à possibilidade de título.
segunda-feira, setembro 05, 2011
Ronaldinho faz Neymar mudar de posição
Assim que perdeu Ganso aos 9 minutos da primeira etapa, Mano Menezes trocou o 4-2-3-1 (previsto aqui) pelo 4-3-3 (um volante e dois meias), com a entrada de Elias.
O esquema não é novidade. Quando não pôde contar com o camisa 10 santista, o treinador optou pela mesma estrutura tática, vide os amistosos contra Romênia e Holanda e outros não registrados no blog. Se não me engano, ocorreu o mesmo contra a França.
Quando Ganso não está apto, a alternativa é pertinente. Porém as peças poderiam ser diferentes. Como por exemplo, Hernanes, que preenche todos os requisitos para a posição: poder de marcação, visão, qualidade no passe, no cruzamento e arremate de fora da área. Não tem a velocidade de Elias ou Fernandinho, mas tem bola para cumprir o papel, além de poder fazer o segundo volante no 4-2-3-1.
No intervalo, com um a mais em campo e no placar, Mano sacou Fernandinho, autor da assistência no gol de Leandro Damião, e colocou o canhoto Hulk. O número 20 entrou bem na partida e criou boas oportunidades de ataque. Não foi genial, mas mostrou por que deve continuar sendo chamado. Sem dúvida pode render mais pela ponta direita do que Robinho.
Com o jogador do Porto no gramado, o técnico do Brasil voltou ao 4-2-3-1, só que desta vez, para minha surpresa, com Neymar por dentro. Ou seja: para acomodar Ronaldinho, tanto no primeiro quanto no segundo tempo, Mano mudou o posicionamento do craque da Vila. Será que vale a pena?
Falando em Ronaldinho, aliás, não vi toda essa bola que muita gente viu diante de Gana. Para mim foi comum, suportado pelas cobranças de falta, escanteios e lançamentos. Na minha opinião, pouco para retornar a vester a amarelinha. Os argumentos "experiência" e "referência" para trazê-lo de volta soam estranhos aos meus ouvidos.
A nota boa fica por parte de Leandro Damião, que aproveitou a chance com unhas e dentes e mostrou ao comandante por qual motivo deveria ter ido à Copa América. Pato vai ter que comer muita grama para reconquistar a 9. Condições ele tem.
O esquema não é novidade. Quando não pôde contar com o camisa 10 santista, o treinador optou pela mesma estrutura tática, vide os amistosos contra Romênia e Holanda e outros não registrados no blog. Se não me engano, ocorreu o mesmo contra a França.
Quando Ganso não está apto, a alternativa é pertinente. Porém as peças poderiam ser diferentes. Como por exemplo, Hernanes, que preenche todos os requisitos para a posição: poder de marcação, visão, qualidade no passe, no cruzamento e arremate de fora da área. Não tem a velocidade de Elias ou Fernandinho, mas tem bola para cumprir o papel, além de poder fazer o segundo volante no 4-2-3-1.
No intervalo, com um a mais em campo e no placar, Mano sacou Fernandinho, autor da assistência no gol de Leandro Damião, e colocou o canhoto Hulk. O número 20 entrou bem na partida e criou boas oportunidades de ataque. Não foi genial, mas mostrou por que deve continuar sendo chamado. Sem dúvida pode render mais pela ponta direita do que Robinho.
Com o jogador do Porto no gramado, o técnico do Brasil voltou ao 4-2-3-1, só que desta vez, para minha surpresa, com Neymar por dentro. Ou seja: para acomodar Ronaldinho, tanto no primeiro quanto no segundo tempo, Mano mudou o posicionamento do craque da Vila. Será que vale a pena?
Falando em Ronaldinho, aliás, não vi toda essa bola que muita gente viu diante de Gana. Para mim foi comum, suportado pelas cobranças de falta, escanteios e lançamentos. Na minha opinião, pouco para retornar a vester a amarelinha. Os argumentos "experiência" e "referência" para trazê-lo de volta soam estranhos aos meus ouvidos.
A nota boa fica por parte de Leandro Damião, que aproveitou a chance com unhas e dentes e mostrou ao comandante por qual motivo deveria ter ido à Copa América. Pato vai ter que comer muita grama para reconquistar a 9. Condições ele tem.
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