terça-feira, junho 30, 2009

Ataque vs. contra-ataque no Beira-Rio

Eis o cobertor curto do Internacional: conseguir fazer gols num time bem trancado, e não permitir que o mesmo desfrute dos espaços deixados em seu campo de defesa. Em outras palavras, avançar sem se desguarnecer.

A decisão desta quarta-feira começa com 2 a 0 para o Corinthians, por isso a estratégia de Mano Menezes será se fechar para contra-atacar, penso eu. Pois se apenas um dos contra-ataques for bem sucedido, o Timão põe a mão na Taça.

Imagino que Jorge Henrique e Dentinho vão compor a segunda linha de quatro com Elias e Cristian, um sistema bastante seguro e sólido, para minimizar as alternativas dos donos da casa. E quando a bola for roubada serão acionados pelo corredor, buscando a linha de fundo, ou em diagonal, buscando Ronaldo.



O Colorado, por sua vez, não terá espaços para contra-atacar, para usar e abusar da sua maior arma, que é a velocidade de Taison e Nilmar. Portanto as triangulações, as tabelinhas e as jogadas individuais - noves fora a bola parada - são as principais opções para se furar o bloqueio corintiano, na minha opinião.

Pela esquerda o trio Kleber, Guiñazu e Taison, e pela direita Bolívar, Magrão e Nilmar podem triangular para que algum deles saia na cara do gol. E, claro, soma-se a eles o grande articulador D'Alessandro, responsável também pelas inversões de lado pelo alto.

Outra maneira de ultrapassar as prováveis duas linhas de quatro alvi-negras pode ser o drible, principalmente os efetuados pelos camisas 7 e 9.

O fato é que a tarefa do Inter é duplamente complicada: fazer mais de um gol num time que dificilmente sofre mais de um gol, e não levar nenhum de um time que raramente passa em branco. Duplamente complicada, porém perfeitamente possível.

Sequelas do Brasileiro de 2005

Se tivesse dado 1 a 0 Inter no Pacaembu será que o tal vídeo seria criado? Creio que não.

Interpreto a atitude de Fernando Carvalho como um sinal de desespero. Em função do placar do jogo de ida, tudo o que pudesse ser feito para tentar reverter a situação seria feito, inclusive fora de campo. Este é um lado.

O outro vem de 2005. O que aconteceu naquele Brasileirão foi o principal combustível para o lançamento deste dossiê, imagino eu.

segunda-feira, junho 29, 2009

Possível dupla de Seleção no Milan

Para quem tinha o dinossauro Maldini e o limitado Sendero até outro na zaga, a dupla que pode pintar na próxima temporada é extraordinária: Thiago Silva (que finalmente vai poder estrear) e Miranda (que recebeu proposta do Milan).



Dupla de Seleção, na minha opinião. Dois lordes da defesa que primam pela técnica, sem abdicarem do vigor físico (e que vira-e-mexe marcam seus golzinhos). É bonito ver zagueiros deste naipe em campo. E soma-se a isto o fato de Thiago habitualmente jogar pela direita e Miranda pela esquerda.

O agora treinador Leonardo deve ter escolhido o são-paulino a dedo, pois sabe que um sistema defensivo seguro é fundamental para o desenvolvimento de um time. E para mantê-lo no cargo.

Quem não vai à Copa do Mundo?

Fazer esta projeção é inútil, porém inevitável.



Dos vinte e três atletas que participaram da penúltima Copa das Confederações, oito não foram para a Alemanha no ano seguinte. São eles: Gomes, Maicon, Léo, Roque Júnior, Renato, Júlio Baptista, Edu e Ricardo Oliveira. Mas vale lembrar que à época três titularíssimos ganharam folga (Roberto Carlos, Cafu e Ronaldo). Portanto Maicon, Léo e Ricardo Oliveira eram café-com-leite. Ou seja, cinco jogadores de 2005 não estiveram em 2006.

E em 2010? Quantos e quais jogadores que ganharam esta Copa das Confederações não voltarão à África do Sul no ano que vem?

Eu aposto em quatro: Gomes, Kleber, André Santos e Kléberson. E imagino que para seus lugares Doni, Marcelo, Fábio Aurélio e Hernanes serão chamados.

domingo, junho 28, 2009

O dono da nove decide

Tô com a maioria: Fernando Torres joga mais que Luís Fabiano. Dos 87 votos anotados na enquete, 61% foram para o espanhol e 39% para o brasileiro.

No entanto nesta Copa das Confederações quem decidiu foi o atacante do Sevilla, principalmente na final contra os Estados Unidos, na virada por 3 a 2.



Artilheiro da competição com cinco gols (média de um por jogo), se não teve um temporada brilhante à frente de seu clube, na Seleção Luís Fabiano passa por seu melhor momento. No alto de seus 28 anos, o goleador do Brasil se diferencia pela regularidade, pela força física e pelo poder de finalização.

A julgar pelo retrospecto na África do Sul e nas Eliminatórias, a camisa 9 amarela tem dono até julho de 2010.

Embora, veja você, há quem fale em Ronaldo.

quinta-feira, junho 25, 2009

Daniel Alves pede passagem

Bola parada. Este é outro argumento para ter Daniel Alves entre os onze. Ele e Elano são os únicos cobradores de falta no elenco, no entanto com a ascenção de Ramires e o retorno de Maicon, hoje em dia ambos são reservas.

Talvez até esta quinta-feira. Afinal o camisa 13 saiu do banco para pôr o Brasil na final.



Escalar Daniel Alves na esquerda não é nenhuma heresia e Dunga parece saber disto, vide a partida diante da África do Sul. Já o resultado da enquete feita há alguns dias aqui no blog não aponta para isso:

Maicon e Daniel Alves no mesmo time seria uma boa?

Não, 47%; Sim, com Maicon na lateral direita e Daniel no lugar de Elano/Ramires, 23%; Sim, com Maicon na lateral direita e Daniel na lateral esquerda, 30%.

Discordo da maioria. Votei nesta última opção, pois entendo que o Brasil ganha e muito com os jogadores da Inter e do Barça em campo. Resta saber se Dunga também votaria ou se Daniel no lugar de André Santos foi algo eventual. De qualquer forma, a ideia de escalá-lo na esquerda não é utópica e deve ser pensada com carinho.

Souza garante volta emocionante

Foi o gol do título, disse Carlinhos Bala ao final de Corinthians 3, Sport 1, na final da Copa do Brasil do ano passado, no jogo de ida no Pacaembu. Lembra-se disto? Mano com certeza se lembra.

A situação de Cruzeiro e Grêmio é semelhante. O gol de Souza pode ser o da classificação.



Todavia, esta Raposa é escaldada. A eliminação para o Boca na Libertadores anterior calejou os jogadores, a comissão, os cartolas, e hoje o time é mais sólido, experiente e eficiente.

Condições de fazer 2 a 0 no Olímpico o Grêmio tem (apesar de ser pra lá de significativa a vantagem conquistada pelo Cruzeiro). O gol de Souza enche os gremistas de esperança. E a partida da volta de emoção (afinal se terminasse 3 a 0 a régua poderia ser passada e a conta fechada).

quarta-feira, junho 24, 2009

Quem diria: EUA eliminam Espanha

Na terra da zebra não poderia ser diferente. Cedo ou tarde ela teria de pintar. E foi logo contra a melhor seleção do mundo que ela deu as cores.

Bem fechados com duas linhas de quatro, os americanos ousada e surpreendentemente adotaram a estratégia de adiantar a marcação para roubar a bola na intermediária espanhola e tentar chegar à rede. Deu certo.



Do gol do camisa 17 em diante os Estados Unidos provaram do próprio veneno: foram bombardeados sem piedade. Pela esquerda, pelo centro, pela direita. No entanto as blindadas barreiras se mantiveram intransponíveis. Méritos da comissão técnica e dos aplicados jogadores, que souberam minimizar o poder de fogo da Fúria.

O futebol horizontal, paciente, pensante, de posse e de toque de bola nem sempre vence. Mesmo sem grandes talentos, baseados na aplicação tática defensiva e na verticalização ofensiva, os Estados Unidos triunfaram.

Grêmio estreia hoje na Libertadores

O Tricolor só bateu em bêbado. Sorte de quem caiu num grupo fraco e teve pela frente um caminho fácil. Até a semifinal.

Bola por bola o Cruzeiro está jogando mais. O que não quer dizer muita coisa pois se trata de um clássico entre copeiros. No entanto se há um favorito neste confronto, é o time mineiro.

Vencer a Raposa em pleno Mineirão é difícil, e nesta hora o regulamento entra em campo. Se perder sem fazer gol o Grêmio complicará sua classificação (a exemplo do Inter na final da Copa do Brasil). Mas se marcar ao menos um, mesmo que o Cruzeiro ganhe o jogo, a partida do Olímpico toma outras dimensões.

segunda-feira, junho 22, 2009

O elenco do Inter em xeque

Depois da goleada sofrida no Maracanã, a fábula foi por terra: o elenco do Internacional não é excepcional.

Muita gente levantou esta bola de ontem para hoje.

Minha opinião: claro que não são vinte e três craques, mas o grupo mais qualificado do Brasil é o do Colorado.

É que uma coisa é trocar um ou dois jogadores em partidas pontuais ao longo dos pontos corridos, e outra é atuar sem seis titulares, como contra o Flamengo. E há um agravante neste episódio, que é o envolvimento do Inter com a Recopa e, principalmente, com a final da Copa do Brasil.

Mesmo após a derrota na 7ª rodada, a equipe de Tite se mantém na segunda colocação em função dos nove pontos conquistados em cima de Palmeiras, Goiás e Avaí. Com o time misto.

domingo, junho 21, 2009

Itália sofre mal de campeã do mundo

Uma vitória e duas derrotas. Esta foi a campanha da Itália nesta Copa das Confederações. Venceu os Estados Unidos por 2 a 1, e perdeu para Egito e Brasil por 1 e 3 a 0.

Na verdade os italianos não estão nem aí para o resultado deste torneiro. O que preocupa a imprensa e a torcida é a renovação da equipe para a Copa de 2010. Quer dizer: a falta dela.



Os atuais campeões do mundo estão pagando o preço por serem os atuais campeões do mundo. Assim como em 2006 o Brasil tinha alguns jogadores de 2002 sentados nas cadeiras cativas, hoje Lippi não sabe como "barrar" alguns atletas que foram campeões da Copa da Alemanha.

Compreendo que a Itália não tenha uma nascente que jorra rios de craques em seu território. O processo de reformulação por lá não é fácil. No entanto entendo que certas mudanças deveriam ser efetuadas, caso contrário a participação no ano que vem corre o risco de ser vergonhosa.

sábado, junho 20, 2009

Esperança até o último minuto

Dos seis jogos deste sábado pelo Brasileiro, cinco foram decididos no finzinho.

Vitória e Botafogo iam ficar no 3 a 3, no Barradão, até Apodi marcar o quarto do rubro-negro aos 45 do segundo tempo: 4 a 3.

Em Floripa, Avaí e Fluminense também caminhavam para o empate, não fosse o golaço de Léo Gago aos 47 da segunda etapa: 3 a 2.

Em Santo André o Ramalhão e o Leão igualmente iriam somar um pontinho cada, mas Marcel tratou de dar a vitória aos anfitriões aos 48 minutos: 2 a 1.

E as partidas de Curitiba e Porto Alegre terminaram em 2 a 2 graças a Keirrison e a Maxi López, que, nos acréscimos, evitaram as derrotas do Palmeiras diante do Atlético-PR, e do Grêmio perante o Goiás.

Prova de que o jogo só acaba quando o juiz apita.

sexta-feira, junho 19, 2009

Três opções táticas para o São Paulo

É chover no molhado falar que o São Paulo só ataca no chuveirinho. Neste ano Muricy Ramalho assumiu o risco de priorizar a bola aérea cravando Borges e Washington na frente, e pagou caro por isto. Agora, depois de novamente ser eliminado da Libertadores, quem sabe aconteçam algumas mudanças de ordem tática e técnica no time.

Tenho em mente três opções que variam entre dois 4-5-1 (o 4-2-3-1 e o 4-3-2-1), e o 4-4-2 em losango (se alguém tiver outras, diz aí).

Primeiramente abriria mão dos três zagueiros para jogar com uma linha de quatro com laterais que avançam alternadamente; e segundamente, como diria o outro, colocaria Jorge Wagner e Washington no banco, já que a jogada aérea não está com esta bola toda.

Nas duas variações do 4-5-1 Marlos e Dagoberto atuariam abertos, com o canhoto na direita e o destro na esquerda. O que muda é a composição do miolo da meia-cancha. No 4-2-3-1 Jean e Arouca formariam a dupla de volantes e o meia seria Hernanes:



A Seleção, o Corinthians, o Santos, o Shakhtar e o Arsenal, por exemplo, também jogam neste esquema.

Já no 4-3-2-1 (planificação tática adotada pela Itália, muito semelhante ao 4-3-3 do Barça e ao da Portuguesa), o São Paulo teria um meio-campo com muito poder de marcação (Jean, Arouca e Hernanes) sem perder a qualidade na saída de bola. O camisa 15 jogaria como cabeça-de-área de ofício, centralizado, e o 10 e o 11 dividiriam igualmente as responsabilidades defensivas e ofensivas.

É importante que se diga que neste caso os caras das beiradas, Marlos e Dagoberto, eventualmente apareceriam por dentro para tramar jogadas e arrastar a marcação adversária (além de voltarem para compor uma linha de quatro no meio-de-campo, conforme a necessidade da partida):



Por fim o terceiro e último esquema que imagino que faria o Tricolor jogar um futebol mais agradável de se ver seria o 4-4-2 em losango, como trabalha o Internacional e ocasionalmente a própria Seleção.

Desta maneira Dagoberto atuaria como um legítimo atacante de movimentação, que cai pelos dois lados, enquanto Marlos seria o principal articulador (apesar de ser um jogador mais carregador e arisco do que cerebral, cadenciador, pensante, que é o mais indicado para esta posição).



Não se sabe se estas alternativas dariam certo na prática. Mas na teoria, na minha opinião, são bastante pertinentes. Para mim estes são claros atalhos para o São Paulo abandonar o futebol burocrático no meio do caminho. Ou melhor: no meio da temporada.

O roteiro está manjado*

Colo aqui um trecho de uma entrevista publicada no Blog do PVC:

PVC - Quando as pessoas dizem que o time ficou manjado, que joga do mesmo jeito...

MURICY - Isso é falta de assunto. Há três anos, acontece a mesma coisa. Às vezes, somos criticados e seguimos jogando do mesmo jeito. E seguimos com o melhor ataque, a melhor defesa, a conquista do título brasileiro.



É verdade. Há três anos acontece a mesma coisa. O São Paulo vai muito mal no primeiro semestre, mas no segundo engrena e obtém sucesso nos pontos corridos do Brasileirão. Foi assim em 2007 e 2008 (2006 nem tanto). E quando digo São Paulo, refiro-me ao futebol exibido dentro de campo, e não à camisa ou a este ou aquele jogador.

No fundo, no fundo, a pedra na chuteira de Muricy Ramalho é o calendário. Pois a competição maior, a Libertadores, é disputada no primeiro semestre.

Se fosse no segundo...

* Texto publicado no dia 18 de maio.

Cruzeiro põe São Paulo na roda

Às vezes acontece do time que joga menos bola ganhar do que joga mais, mas são exceções que só o esporte mais popular do mundo permite. Em regra não tem mistério: quem tem o futebol mais vistoso tem mais chances de triunfar.



O que se viu nos 180 minutos de Cruzeiro e São Paulo foi o domínio de uma equipe que sabe jogar com a bola no chão, que tem qualidade técnica e inteligência tática para jogar com a bola no pé, sobre outra que tem como único recurso ofensivo o chuveirinho.

Em outras palavras, o time de Adílson Batista possui um vasto repertório para chegar ao gol, enquanto o de Muricy Ramalho depende exclusivamente da manjada jogada área.

Além de justa e merecida, a classificação da Raposa é a vitória do futebol bem tratado sobre o futebol bitolado.

quinta-feira, junho 18, 2009

Até onde vai Mano Menezes?

Mano Menezes está a caminho de ser o melhor técnico do Brasil, diz Paulo Vinicius Coelho. O comandante do Corinthians está ali com Muricy Ramalho e Vanderlei Luxemburgo, com tudo para se consolidar no topo, segundo o jornalista da ESPN Brasil.

Para mim Mano está entre os três melhores desde 2007, e é o melhor treinador do país desde o ano passado.

E vou além: Mano Menezes será o técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014.

Que tal?

A força do elenco canarinho

Maicon ou Daniel Alves? Elano ou Ramires? Kleber ou André Santos? Estes devem ser os pontos de interrogação que pairam sobre a cabeça da comissão técnica, se é que Dunga e Jorginho têm dúvidas sobre estas posições.



No 3 a 0 desta quinta-feira André Santos não foi o do Corinthians mas foi bem, cumpriu seu papel; Ramires participou diretamente de dois gols; e Maicon deu passe para um, marcou outro e foi eleito pela FIFA o melhor em campo.

Sinal de que o elenco é bom. É ótimo.

No entanto é preciso ponderar que perto do Egito os EUA são um time de múmias (com todo respeito às múmias). E não bastasse ser fraco tecnicamente, tiveram um atleta expulso aos 12 da segunda etapa. A partir daí os norte-americanos abdicaram de atacar e só pensavam em não levar o quarto.

2 a 0: melhor impossível para o Timão

Felipe fez justiça com as próprias mãos. Se no ano passado ele fora crucificado por supostamente ter falhado nas finais da Copa do Brasil contra o Sport, neste ano caso o Coringão chegue ao título muito se deverá ao goleirão, principalmente pelo que fez nesta quarta-feira no Pacaembu.

Se Felipe não tivesse fechado o gol e o Inter tivesse balançado a rede ao menos uma vez o Colorado, para mim, passaria a ser o favorito para erguer o caneco. No entanto o placar de 2 a 0 faz do Corinthians o grande candidato, disparado. Mandante que não sofre gol tem meio caminho percorrido.



Não que o Internacional com Nilmar, D'Alessandro, Taison e cia não possa fazer 3 a 0 no Corinthians em Porto Alegre. Só é difícil primeiro porque o Timão raramente toma tantos gols, segundo porque se levar um o Inter tem de fazer quatro, e terceiro porque a equipe de Mano Menezes sabe jogar fora de casa.

Aliás, se fosse para apontar o favorito do confronto antes do jogo de ontem, eu apontaria o time paulista por este mínimo detalhe: o Corinthians como visitante joga melhor que o Inter como visitante (embora o Colorado tenha feito ontem uma bela partida).

Favoritismos à parte o fato é que os primeiros 90 minutos da final da Copa do Brasil matam a Copa Libertadores da América de inveja. Enquanto Palmeiras (eliminado) e Grêmio (classificado) fizeram joguinhos de meia-tigela, Corinthians e Inter proporcionaram um espetáculo esplêndido.

quarta-feira, junho 17, 2009

Nilmar, o valor e o desperdício

Se Cristiano Ronaldo vale 94 milhões de euros, quanto vale Nilmar?

Dependeria. Se estivesse matando a pau na Europa o preço seria um, mas como ele está fazendo chover num país de terceiro mundo, o valor é outro.

Fala-se que os italianos o querem por 16 milhões. Para nós que vivemos de migalhas é uma bela grana.

Agora imaginemos que Nilmar vá e faça uma ótima temporada no Napoli. Quanto o brasileiro passaria a valer? 25? 30? 40? Pode ser.

Só acho um baita desperdício um jogador do calibre dele jogar no Napoli. Nada contra o clube napolitano. É que Nilmar, na minha opinião, tem bola fácil, fácil para trabalhar num Manchester United, num Milan ou num Real Madrid da vida.

Aliás, se Florentino Pérez não fosse tão megalomaníaco, seria muito mais interessante levar o craque colorado por uns 18 milhões de euros do que gastar o triplo disto com Ribéry, Villa ou sabe-se lá mais quem.

terça-feira, junho 16, 2009

Coringão x Colorado: o xadrez pré-jogo

Por uma questão numérica o meio-campo do Internacional leva uma leve vantagem sobre o do Corinthians.



Como Dentinho e Jorge Henrique (Boquita) atuam pelas beiradas, o miolo da meia-cancha alvi-negra tem os volantes Cristian e Elias e o meia Douglas, enquanto o Colorado conta com o cabeça-de-área Sandro, os volantes Guiñazu e Magrão e o meia D'Alessandro (Andrezinho). São três contra quatro.

Na minha cabeça há duas alternativas para o Corinthians minimizar esta vantagem teórica do Inter. Mano pode manter o 4-2-3-1 e adotar a marcação por zona, ou pode espelhar taticamente o duelo.

No primeiro caso, quando o time está sem a bola, os homens dos cantos do campo voltam para formar uma linha com Cristian e Elias. E no segundo Cristian faria marcação individual em Andrezinho, Elias e Boquita bateriam de frente com Guinãzu e Magrão, e Douglas teria Sandro à sua sombra.

O que Mano vai fazer?

Meu palpite é que ele escolherá a primeira opção. Pois, como costuma dizer o próprio, desde Riquelme naquela final da Libertadores de 2007, Mano Menezes não adere à marcação individual.

Se bem que neste episódio Cristian teria grandes chances de anular Andrezinho.

segunda-feira, junho 15, 2009

Um volante à altura da Seleção

Criticar o futebol de Gilberto Silva é lugar comum. Falar que ele é lento na cobertura e não acerta um passe é chover no molhado.

Imagino que o atleta do Panathinaikos continua no time porque Dunga gosta de volantes altos - por isso ele (1,84m) e Felipe Melo (1,83m).

No entanto, partindo do princípio de que o volante tem de ser alto, existe no Brasil uma bela opção para substituir o contestado camisa 8: Sandro, do Inter.



A comparação chega a ser cruel.

Além de ser três centímetros mais alto, Sandro tem mais fôlego, mais agilidade, mais velocidade e muito mais técnica. Em resumo, Sandro é muito mais bola que Gilberto Silva.

O único argumento contra a possível convocação do colorado seria a inexperiência. Argumento que para mim é inválido, pois se o cara tem personalidade, segurança e qualidade para jogar, tem que jogar independentemente da idade. É o caso de Sandro e seus 20 anos.

Se um dia Dunga se convencer de que o futebol de Gilberto não atende às necessidades da Seleção, seja amanhã ou no ano que vem, Sandro seria uma ótima alternativa para assumir a 8 e atuar ao lado de Felipe Melo. Desta forma a dupla de volantes continuaria alta, só que com mais poder de marcação e qualidade técnica.

Os erros da defesa contra o Egito

Júlio César é humano, não vai salvar o Brasil sempre.

O elogiado sistema defensivo brasileiro só é elogiado por causa dos números obtidos nas Eliminatórias (apenas 6 gols sofridos), e quem garante dentro de campo estes dados estatísticos é o camisa 1.

Não que o sistema defensivo da Seleção seja um lixo. Mas ele desliza. O primeiro e o segundo gol do Egito, por exemplo, são muito mais falhas brasileiras que méritos egípcios.



No primeiro, aos 8 da primeira etapa, quando a bola é lançada às costas do adiantado Kleber, quem deveria chegar na cobertura era Felipe Melo ou Juan. Porém ninguém chega no 22. Lúcio tenta reparar o equívoco e sai de seu lugar para combater Aboutrika, entretanto deixa espaço para Zidan entrar e cabecear livre à queima-roupa.

No segundo o Egito chega ao fundo para cruzar (coisa que o Brasil não faz) e os defensores brasileiros acompanham em linha, recuam demais, ficam de olho apenas no atleta que está com a bola, e deixam a entrada da área livre. Resultado: o toque vem para trás para a chegada de alguém, no caso Shawky, que fuzilou de direita.

Já o terceiro gol foi consequência do segundo. Com o Brasil ainda meio grogue, nocauteado em pé, a dupla Aboutrika-Zidan foi pra cima e se aproveitou da sonolência da Seleção.

sexta-feira, junho 12, 2009

Hernanes é capa de site italiano

O meio-campista são-paulino é destaque na página da Gazzetta dello Sport, com direito à entrevista exclusiva e tudo mais.



Será que a má fase do jogador está atrelada à alguma negociação bem adiantada, praticamente fechada?

Acho que não.

A matéria é meio que um perfil do atleta. Ela não traz nenhuma informação relevante, apenas dá margem às especulações.

Quem seria banco: Robinho ou Henry?

Apesar dos internautas não fazerem questão de ver Robinho no Barcelona, Daniel Alves comentou que o atacante brasileiro se encaixaria perfeitamente à equipe azul-grená.

Hoje ele disputaria uma vaga com Henry.

Seria uma boa briga.

A camisa 2 é de Daniel Alves

Há seis meses Maicon era o dono da dois e Daniel Alves o reserva. Um se machucou e o outro aproveitou. Depois das partidas que fez contra Uruguai e Paraguai (e contra o Peru no Beira-Rio), dificilmente Daniel sairá do time. Seleção é concorrência. Se der brecha pode perder a vaga.

A preferência por Daniel se mostrou visível na enquete: 73% dos 22 votos foram a favor dele, enquanto Maicon ficou com 27%.

O fato é que o Brasil conta com dois dos melhores laterais-direito do mundo, porém só há lugar para um.

Se bem que há quem defenda a presença de ambos em campo.

Eles já atuaram juntos, inclusive. Na final da Copa América Daniel Alves fez a função de Elano, com Maicon de lateral-direito. Esta seria uma opção. No entanto outra alternativa, que aparentemente é absurda mas não é, me agrada mais: colocar um deles, no caso Daniel, na lateral esquerda.

Veja bem, não estou levantando esta bandeira. Apenas não acho a ideia uma heresia.

Primeiro porque nenhum lateral-esquerdo é unanimidade; e segundo porque Daniel Alves tende a se infiltrar por dentro, raramente avança pelo corredor. Se atuasse na esquerda ele entraria em diagonal e Robinho faria as vezes de ponta. E tem mais: por se tratar de um destro que viria da esquerda para o meio, Daniel teria bons ângulos para desferir seus passes e arremates.

Professores Pardal à parte, a realidade é que a Seleção está muito bem servida de camisa 2.

quinta-feira, junho 11, 2009

A reedição dos galáticos

159 milhões de euros. Este foi o preço pago pelo Real Madrid para ter Kaká e Cristiano Ronaldo. 65 pelo brasileiro, 94 pelo português - o recorde da história (quanto valeria Pelé hoje em dia?).



Quando os Blancos foram eliminados pelo Liverpool nesta última Liga dos Campeões, escrevi aqui no blog que os merengues precisavam obrigatoriamente de craques. Florentino Pérez chegou e trouxe com ele dois dos raros.

Quem não ficaria feliz com estas contratações? No entanto o Real Madrid precisa de uma reformulação no elenco. Não basta contratar dois jogadoraços a peso de diamente se há um flagrante desequilíbrio técnico no grupo. De nada adianta ter Cristiano Ronaldo e Kaká na frente quando se tem Pepe, Henzie e Michel Salgado na defesa, Guti no meio-campo, e por aí vai.

A reedição das torres gêmeas

Na Copa de 2006 Parreira escalou dois postes no ataque.

Dunga escala na frente da zaga.



Quer queira ou não, tudo indica que Felipe Melo e Gilberto Silva formarão a dupla de volantes em 2010.

O amadurecimento verde-amarelo

A Seleção mostrou maturidade tática no 2 a 1 sobre o Paraguai nesta quarta-feira, no Mundão do Arruda.



Um dos sintomas desta virtude é a variação do plano tático em pleno jogo, sem recorrer à substituição.

De início a equipe de Dunga e Jorginho se postou no 4-4-2 com o meio-de-campo em losango (Gilberto na cabeça-de-área, Felipe na esquerda, Elano na direta, Kaká na articulação), mas ainda no primeiro tempo, em função da necessidade da partida, mudou para o 4-2-3-1. No caso do Brasil a diferença é sutil, mas existe.

Não se trata de nenhuma revolução, de nenhuma Holanda de 74, obviamente. Mas o fato é que depois de praticamente três anos de trabalho, é nítido o amadurecimento tático apresentado pelo time.

quarta-feira, junho 10, 2009

C. Ronaldo jogará no Madrid, diz Marca

De acordo com o site espanhol, a edição desta quinta-feita do jornal traz informações sobre a ida de Cristiano Ronaldo ao Real Madrid.

Fala-se em 96 milhões de euros.



Lembre-se que Kaká custou 65.

De onde vem tanto dinheiro? Não sei. Mas é pertinente comentar que Florentino Pérez é dono da ACS, a segunda maior construtora do mundo.

Reflexos da crise no futebol italiano

A maior estrela do Milan foi vendida porque o clube de Berlusconi estava mal do bolso e não podia deixar de receber 65 milhões de euros.

Talvez o futebol italiano seja quem mais sofre com a crise. Agora é a vez do presidente da Internazionale admitir a possível venda de algum craque para tudo ficar no azul.

Ibrahimovic é o mais cotado, embora o SPORT fale também em Maicon.

Cabañas: "Zaga central do Brasil é lenta"

Algoz recente de times brasileiros e da própria Seleção, o paraguaio Salvador Cabañas disse que a zaga central do Brasil é lenta e tem problemas para cobrir as jogadas.

É verdade.

Quando a equipe de Dunga é contra-atacada em profundidade nas costas de Daniel Alves, por exemplo, o zagueiro-central Lúcio é quem sai no combate e Gilberto Silva é quem cobre. Cá entre nós, nenhum dos dois prima pela velocidade.

O sistema defensivo da Seleção é bom. Mas é importante compreender que o Brasil só tem a defesa menos vazada das Eliminatórias (5 gols sofridos) porque Júlio César vem fechando o gol. Pois oportunidades os adversários cansam de criar, no entanto pelo melhor goleiro do mundo não conseguem passar.

Impopularidade no Velho Mundo

Você gostaria que o Barcelona fechasse com Robinho? Segundo o SPORT o jogador não veria com maus olhos a possibilidade de acertar com o Barça.

No entanto de acordo com a enquete realizada no site, o brasileiro não é bem visto pelos catalães/espanhóis:



É. O filme de Robinho não está nada bom na Europa - não só na Espanha, diga-se. Os próprios ingleses fazem vista grossa à sua passagem pelo City.

terça-feira, junho 09, 2009

Lusa bate Ipatinga à Barcelona

A planificação tática apresentada pela Portuguesa diante do Ipatinga nesta terça é muito similar à do Barça: dois laterais ofensivos, um cabeça-de-área, dois volantes/meias e três atacantes.

Em tese Fellype Gabriel e Messi são pontas-direita no 4-3-3 de seus times, no entanto ambos constantemente se projetam pelo centro, atrás dos outros dois atacantes, para articular as jogadas.



A quase todo instante o camisa 10 ou se deslocava da direita para o meio, ou invertia a posição com o 9 e permanecia na faixa central (foi assim na maior parte do tempo). Neste caso Fellype não atuava como um centroavante de área mas sim como um 10 legítimo, que vinha buscar o jogo mais atrás e que também caia pelos dois lados, do modo que Kempes ficava aberto na esquerda e Dinei na direita - exatamente como fez o Barcelona na final da Liga dos Campeões.

A diferença, além da qualidade técnica, é que os campeões europeus mantém a posse da bola, enquanto a Lusa tinha como estratégia o contra-ataque.

Este equilibrado e eficiente 4-3-3 (ou 4-4-2 em losango, quando Fellype Gabriel pintava como meia centralizado) implantado por Paulo Bonamigo deu resultado. Mesmo sem Edno e outros a Portuguesa mostrou um belo futebol, dominou o então vice-líder em Minas e fez 3 a 0 com facilidade, pela 6ª rodada da Série B.

Primeiro mundo é outra história

Vi na lista dos jogadores mais caros da história no Blog do PVC que Rio Ferdinand, o bom zagueiro do Manchester United, custou 47 milhões de dólares, cerca de 30 milhões de euros.

Nada como uma transação entre clubes europeus.

E a gente aqui, na América Latina, com as veias abertas.

segunda-feira, junho 08, 2009

Nilmar ou Pato? Nilmar e Pato!

A enquete do Blog do Carlão não chega a receber dezenas de votos mas o resultado é semelhante (pelo menos agora) ao da do Globoesporte com seus milhares.



Na verdade é preciso destrinchar a questão em duas: quem você colocaria e quem Dunga vai colocar. O povo claramente quer que Nilmar jogue. Mas como diz o próprio treinador, as características da partida e do atleta é que vão decidir a favor de um ou outro.

Para minha surpresa, concordo com ele. E não tenho dúvida de que, caracteristicamente falando, neste caso específico, o jogador do Milan leva vantagem.

No entanto outra enquete chama a atenção, no Blog do Birner: Nilmar, Pato, ou ambos em campo e Robinho no banco? Neste momento esta última está ganhando com 53%. Aliás, no 4-4-2, Pato e Nilmar são meus titulares. E creio que este coro irá aumentar a cada dia.

Bela dúvida: Pato ou Nilmar?

Quem é mais centroavante: Nilmar ou Pato? Não me refiro à quem joga mais ou à quem é mais ou menos craque, mas sim às características de cada um. Quem é mais camisa 9: Nilmar ou Pato?

Tinha a impressão de que Pato fosse mais forte que Nilmar, porém li que o atacante do Internacional mede 1,80 e tem 73 quilos, enquanto o do Milan tem 1,79 e 71 quilos. Praticamente a mesma coisa.

Dunga diz que quem melhor se adaptar ao time e ao adversário será o escolhido para enfrentar o Paraguai no Recife, nesta quarta-feira. Eu achava que seria Alexandre Pato por jurar que ele fosse mais forte fisicamente que Nilmar (logo mais próximo de Luís Fabiano). No entanto este argumento é inválido, como mostra a ficha dos jogadores.



Apesar de ser fã xiita do futebol do Nilmar, eu iria de Alexandre Pato - e acredito que Dunga irá - porque, na minha opinião, ele tem mais cacoete de centroavante. Embora o atacante do Inter tenha feito muitos gols de uns tempos para cá, entendo que Pato é mais goleador, mais artilheiro, mais matador. E outra: o Paraguai não vai ser abrir e deixar espaços para o Brasil explorar o contra-ataque (com a velocidade de Nilmar) como deixou por exemplo o Uruguai.

Por isso, no 4-2-3-1 verde-amarelo, imagino que o '1' do esquema será Alexandre Pato.

domingo, junho 07, 2009

Furacão perde e Geninho sai

Jogador derruba técnico?



Não tenho a informação e longe de mim querer acusar alguém de alguma coisa. No entanto os resultados recentes são muito estranhos. Neste domingo o Atlético-PR perdeu a terceira partida que fez na Arena da Baixada. Desta vez para o Galo, por 4 a 0. De quebra ainda assumiu a lanterna isolada do Brasileirão, e o treinador pediu demissão.

Cá entre a gente, o time paranaense não é ruim ao ponto de estar nesta posição. Uma equipe que tem Marcinho no meio, Raul e Márcio Azevedo nas alas, Wallyson e Rafael Moura na frente, Antônio Carlos e Rodolpho na zaga, se não vai brigar pelo título, lutar para fugir do rebaixamento é que não vai.

Repito: não estou afirmando que os atletas derrubaram Geninho, pois não tenho base para isso. Mas se o Furacão retomar o bom futebol e as vitórias, principalmente em casa, vou ficar com esta pulga atrás da orelha.

sábado, junho 06, 2009

Brasil joga bem e faz história

A Seleção nunca tinha ganhado do Uruguai em Montevidéu em competições oficiais. Nunca. Mas neste sábado os comandados de Dunga trataram de quebrar este tabu com categoria. O 4 a 0 foi nada menos que a maior derrota da Celeste no Centenário.



História à parte, dentro de campo o Brasil jogou bem porque contra adversários que vão para cima e deixam espaços o Brasil sempre vai bem (e olha que se o gramado fosse bom a goleada seria maior).

Quem se destacou e merece um parágrafo exclusivo é Daniel Alves. Não só nesta vitória, mas também contra o Peru no Beira-Rio, o jogador do Barcelona foi decisivo. Se o técnico tiver sensibilidade irá transformá-lo em titular, pois sem dúvida alguma com ele o time se torna mais técnico, ofensivo e ousado.

Ramires de volante, Dunga!

É uma pena que o treinador do Brasil enxergue Ramires apenas como meia. Ele tem um dos melhores volantes do planeta à disposição, porém não pensa em utilizá-lo como tal, para a tristeza da nação.

A Seleção joga com uma dupla à frente da defesa: Gilberto Silva pela direita e Felipe Melo pela esquerda, sendo que este sai muito mais para o jogo que aquele.

No meu entender Felipe Melo é sim um belo meio-campista. No entanto, na minha opinião, Ramires é mais bola que o jogador da Fiorentina. Na minha e na da maioria dos leitores e blogueiros que participaram da enquete, que afirmava e perguntava o seguinte: Gilberto Silva tem cadeira cativa. Qual a melhor opção para formar uma dupla com ele?

Dos 32 votos computados, simplesmente 13 foram para o cruzeirense. O segundo colocado foi, veja você, Júlio Baptista com 6 votos. Depois vieram Felipe Melo com 5, Elano com 4, Kléberson com 3 e Josué com 1.

quinta-feira, junho 04, 2009

Ibra no Barça, Eto'o na Inter?

O presidente da Inter de Milão se encontrou com o do Barcelona na Catalunha para tratar, entre outros assuntos, sobre a possível ida de Ibrahimovic para o Barça - segundo o Mundo Deportivo.



O lateral brasileiro Maxwell, da Inter, e Samuel Eto'o também fazem parte dos planos da negociação. Mas parece que o camaronês não estaria disposto a trocar de clube.

Se tem pé e cabeça ou não a informação, eu não sei. O fato é que os cartolas Massimo Moratti e Joan Laporta bateram um papo pessoalmente, e desta conversa vai sair alguma coisa, provavelmente.

Como jogam os finalistas

A estrutura tática base do Corinthians é o 4-2-3-1. Este esquema, aliás, é adotado por Mano Menezes desde os gloriosos tempos de Grêmio, onde o treinador foi peça fundamental para levar o clube gaúcho da Série B ao vice-campeonato da Libertadores em menos de três anos.

Vez ou outra Mano escala três zagueiros ou o meio-campo em quadrado, mas por necessidades eventuais. São exceções. Em regra o Timão joga neste 4-2-3-1:



Jorge Henrique e Dentinho são bastante aplicados taticamente. Quando a equipe está com a bola eles se movimentam com velocidade em diagonal ou rumo à linha de fundo, buscando sempre os companheiros, o drible ou o gol. Quando se perde a bola eles são obrigados a acompanhar o laretal adversário, e consequentemente a voltar para formar uma linha de quatro no meio composta por Elias e Cristian por dentro.

Vale lembrar que sem André Santos a saída ofensiva pela esquerda do Corinthians, principalmente a diagonal que o 27 faz tão bem, fica menos forte.

Já o Internacional atua no 4-4-2 com o meio-campo em losango desde os tempos de Abel. Tite chegou e manteve. Mudaram algumas peças, mas o plano tático é o mesmo. Do time do segundo semestre do ano passado, o que venceu a Sul-Americana, saíram Marcão, Edinho e Alex, e entraram Kleber, Sandro e Taison. Reposições à altura? Para mim foram mais que isso.

Conta-se em uma mão o número de vezes que Tite escalou o time em outro esquema. Praticamente sempre o Inter joga neste 4-4-2 em losango:



Sem dúvida o diferencial do Colorado é o trio da frente, que prima pela velocidade, pela habilidade e pela técnica. D'Alessandro é o arco, Nilmar e Taison são as flechas. Com os três em campo o contra-ataque é fatal. O 10, que flutua por uma extensa faixa do gramado para criar, é o pé pensante, enquanto o 7 e o 9, que são mortais nas diagonais, são os pés velozes.

No entanto sem Nilmar esta arma é menos letal, já que Alecsandro não tem a mesma velocidade (nem a habilidade) do craque que está servindo a Seleção.

Em tese, na minha opinião, o Internacional leva uma leve vantagem tática na meia-cancha sobre o Corinthians.

Favoritos passam sem empolgar

Mano e Tite estão há muito mais tempo à frente de Corinthians e Inter do que Júnior e René à frente de Vasco e Coritiba. Portanto não foi à toa que o largo favoritismo foi atribuído às equipes paulista e gaúcha, e não foi por acaso que ambas eliminaram seus adversários na semifinal da Copa do Brasil.

No entanto os favoritos não passaram com folga. Pelo contrário.

O Timão não fez o que dele se espera no Pacaembu. Durante 90 minutos não conseguiu se impor e correu o risco de ficar de fora, pois bastava ao Vasco um mísero 1 a 0 para a classificação.

Risco que também correu o Internacional, durante os 15 minutos finais. A partir do gol do argentino Ariel aos 30 do segundo tempo, faltava apenas outro para o Coxa surpreender e chegar à decisão suprema.

Quem precisava correr atrás do resultado, correu. Como era de se imaginar, no Couto o Coxa-Branca manteve a posse da bola e foi superior, enquanto o Inter tentava encaixar um contra-ataque para matar de vez o duelo, mas não conseguia. O mesmo ocorreu no Pacaembu, onde o Vasco foi ligeiramente melhor, enquanto o Corinthians buscava o gol a contra-golpes, também sem obter sucesso.

De fato Corinthians e Internacional ficaram devendo. Contudo eles poderão pagar esta conta na finalíssima. Finalíssima que, diga-se, desperta inveja em qualquer Libertadores.

quarta-feira, junho 03, 2009

Coringão e Colorado são amplos favoritos

Claro que no mata-mata qualquer um pode morrer. Mas quando se diz que Corinthians e Internacional são os grandes candidatos à vaga na final da Copa do Brasil, não se diz por acaso.



A tendência natural de quem joga em casa é ir para cima do adversário, principalmente nos primeiros dez, quinze minutos. No Couto Pereira o Coritiba vai pressionar e inevitavelmente deixará espaços para o Inter jogar. Da mesma forma o Corinthians no Pacaembu, diante do Vasco.

Insisto na tese de que gol fora de casa é meio caminho andado para a classificação.

A condição do Colorado é favorável, pelo 3 a 1 no Beira-Rio. Mas se não fizer gol no Paraná o Internacional pode sim correr o risco de ser eliminado. Porém, com D'Alessandro e Taison, o arco e a flecha, fica difícil imaginar que o time gaúcho passe em branco.

Já o Coringão em São Paulo tem uma condição tão ou mais favorável. Assim como o Colorado raramente passa em branco, os titulares do Corinthians, quando atuam em casa, quase sempre fazem, e quase nunca sofrem gol. Por estas e outras tudo indica que teremos uma final entre dois dos três ou quatro melhores times do país.

Final de dar inveja a qualquer Libertadores.

Kaká + Robinho = Neymar?

Certa vez falei pro PVC que, para mim, Neymar é uma combinação de Kaká com Robinho.

Amparado pela declaração de quem conhece o garoto há muito tempo (e de quem conhece um pouquinho de futebol), desde então enxergo Neymar como um meia-atacante clássico, um camisa 10 legítimo.

É verdade que hoje em dia ele joga na beirada do campo, como Robinho no City e na Seleção. Mas entendo que futuramente, quando encorpar, ele atuará como meia centralizado (papel hoje que Ganso exerce no Santos e Kaká no time de Dunga).

Pelo fato de ser cria do Peixe, de ser franzino, mulato e habilidoso, é impossível vê-lo e não lembrar de Robinho. Do mesmo modo que, para mim, pelo fato dele ser mais alto e de ser um meia-atacante que arma as jogadas, como disse Zito, e principalmente por possuir uma bela estrutura familiar, Neymar também me lembra Kaká.

É por essas e outras vejo poucas e boas semelhanças entre os três.

Não bastasse tudo isso, eis que vejo no PELÉ.NET que Neymar segue a mesma religião que o ex-jogador do Milan.



Já pensou: Kaká + Robinho = Neymar? É óbvio que ainda é cedo para cravar esta equação. Mas confesso que levo fé neste resultado.

A missão do Coxa é cabeluda

Empurrado pela torcida o Coritiba vai buscar o gol logo no início.

Vai pelo lado esquerdo com os avanços de Carlinhos Paraíba, auxiliados por Marcelinho Paraíba, pelo atacante de movimentação Marcos Aurélio e por Vicente.

E pela direita com as investidas feitas pelo arisco ala-direito, para tramar jogadas juntamente com o camisa 9 e também com o 20, que cai pelos dois lados. E o próprio Rodrigo Mancha eventualmente apoia pelo flanco.



Para evitar esta blitz, Magrão baterá de frente com Carlinhos, e Sandro com Marcelinho (fala-se, inclusive, em marcação individual por parte do 8 colorado). E do outro lado Guiñazu será encarregado de desarmar quem chegar perto: ou Márcio Gabriel, ou Marcelinho, ou Marcos Aurélio.

No entanto obviamente a equipe de Tite não irá apenas se defender. Sem Nilmar a característica muda um pouco, pois Alecsandro é mais pesado, lento e atua mais centralizado que o atacante titular. Mas a presença de Taison permite ao time gaúcho explorar o sempre perigoso contra-ataque.

Agora, caso o Coxa não chegue ao gol no começo e o Inter consiga amenizar os ânimos dos anfitriões, o Internacional poderá adiantar a marcação, trabalhar com a bola no pé, e consequentemente minar a paciência dos coxas-branca.

Cá entre nós, a missão do clube paranaense não é nada fácil: vencer o melhor time do Brasil por 2 a 0 ou por três gols de diferença.

terça-feira, junho 02, 2009

Kaká anunciará acerto nesta quarta

Segundo o LANCENET! Kaká fechou com o Real Madrid. E o anúncio será feito pelo próprio nesta quarta-feira, na Granja Comary.

Bom para os patrocinadores da Seleção.



E claro, melhor ainda para o clube espanhol, que depois de viver uma época de vacas magras, contrata um craque de peso.

Kaká: Real Madrid ou Chelsea?

O Marca dá como fechado o negócio entre Milan e Real Madrid. Outros espanhóis, no entanto, como o As e o Sport, falam sobre a intervenção do Chelsea. De qualquer forma, o que parece certo é que na Itália Kaká não fica.

Cifrões à parte, entre um ou outro, acredito que a melhor opção é o clube inglês. Primeiro porque o elenco do Chelsea é infinitamente mais qualificado que o do Real Madrid; e segundo porque atualmente a Premier League está alguns degraus acima da Liga Espanhola.

Agora, caso Florentino Pérez prometa e cumpra mundos e fundos e contrate reforços significativos, a história muda um pouco. Pois, convenhamos, o time que terminou esta temporada é uma piada.

Ramires joga mais que Hernanes

A eficácia de ambos é semelhante. A eficiência não. Segundo os votantes da enquete, com 64% dos 48 votos assinalados, Ramires joga mais que Hernanes.



Quando digo que a eficácia é parecida, refiro-me à posição de (segundo) volante. Quando atuam como tal, tanto um quanto outro, para mim, são craques. Têm vaga em qualquer time do mundo. No entanto, quando atuam como meia, Ramires é mais eficiente que Hernanes (pelo menos tem se mostrado ser). O cruzeirense, no meu entender, é mais polivalente, mais versátil que o são-paulino.

Por isso estou de acordo com o resultado da enquete. Novamente.

segunda-feira, junho 01, 2009

A escolha das cidades-sede de 2014

Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus e Cuiabá. Estas são as capitais que abrigarão jogos da Copa do Mundo de 2014.

O Brasil é um país enorme, e quanto mais espalhada a competição estiver, melhor. Por isso a ideia conceitual de adotar cidades que representem a Amazônia e o Pantanal é bacana. Nesta briga Manaus e Cuiabá superaram os concorrentes diretos Belém e Campo Grande, como era de se esperar.

Só lamento a ausência de Florianópolis. No entanto, como a ilha fica exatamente entre Curitiba e Porto Alegre, acredito num grande fluxo de turistas na capital catarinense, apesar do inverno (até lá o trecho da BR-101 que liga as capitais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, acredite se quiser, estará duplicada).

A Copa do Mundo vai muito além de ser apenas um evento esportivo. Ela aquece a economia da nação-sede como nenhum outro acontecimento, e no Brasil não será diferente. Só queremos que os investimentos oriundos do dinheiro público sejam feitos às claras e sem superfaturamento (o que não aconteceu no Pan do Rio, por exemplo).

Ganso voa e dá vitória ao Peixe

Justiça seja feita, o time todo do Santos foi bem no 3 a 1 sobre a equipe reserva do Corinthians, ontem, na Vila Belmiro. Porém, também por causa dos dois gols que anotou, Ganso foi o grande destaque do clássico.



Certa vez, no Bem Amigos!, Alberto Helena Jr. perguntou ao técnico Vágner Mancini se Neymar era tudo isso o que se falava, se Neymar era mesmo um jogador extra-classe. O treinador do Peixe respondeu que sim. E o Paulo Henrique Ganso, perguntou o jornalista, também é um atleta extra-classe? Mancini não titubeou: é.

Comparar Neymar a Ganso e vice-versa é besteira. Mas inevitável, pelo fato de ambos estarem sendo lançados no profissional nesta temporada. Se por um lado Neymar tem o drible mais refinado, a visão de jogo do canhoto camisa 11 é gigantesca, proporcional à sua habilidade. Ele é, já há algum tempo, o pé pensante do Santos.