quarta-feira, maio 29, 2013

Sucesso cegou o Fluminense

Quando um produto ou serviço detém com folga a maior fatia do mercado, e a empresa responsável por esse produto ou serviço entende que ele é tão bom que não precisa de aprimoramentos, não precisa de ações para torná-lo ainda mais dominante, diagnostica-se a miopia em marketing. "Somos líderes e em time que está ganhando não se mexe." Ledo engano, pois evoluir é sempre inteligente.

Guardadas devidas proporções, foi o que aconteceu com o Fluminense nessa temporada. Entorpecidos pela conquista do Brasileirão, penso eu que os dirigentes e a comissão técnica do clube de Laranjeiras sentaram no sucesso dos pontos corridos do ano passado, não foram ao mercado com o devido apetite, não contrataram ninguém e acabaram caindo da cadeira no mata-mata da Copa Libertadores.

Ninguém é exagero, claro, já que Rhayner é titular do time treinado por Abel Braga. Ainda assim, foi pouco. É verdade que contratações de peso não teriam garantido nada. Grêmio e Corinthians, por exemplo, trouxeram vários reforços dos bons (André Santos, Barcos, Vargas, Gil, Renato Augusto, Pato) e da mesma forma caíram por terra na competição mais importante do continente. Contudo, a meu ver, o esforço feito por eles foi louvável, enquanto a relativa acomodação do Fluminense é questionável - para não dizer condenável.

Dentro do alcance, por que a equipe patrocinada pela Unimed não contratou um ou outro jogador do alto escalão? Faltou dinheiro? Faltou criatividade? Faltou ambição? Ou será que sobrou confiança em cima do elenco campeão brasileiro? Honestamente, acredito na última opção. "Se ganhamos o Brasileiro com esse plantel, podemos ganhar a Libertadores." Talvez. Poderiam ter ganhado. Como poderiam ter sido eliminados mesmo se grandes reforços tivessem chegado. Sob meu ponto de vista, porém, a miopia em marketing, o sucesso do ano passado, cegou o tricolor carioca.

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terça-feira, maio 28, 2013

E Neymar 2013-2018?

Romário (1993-1995): 53 gols em 82 jogos. Média: 0.64.



Ronaldo (1996/97): 47 gols em 51 jogos. Média: 0.92.



Rivaldo (1997-2002): 130 gols em 235 jogos. Média: 0.55.





Ronaldinho (2003-2008): 110 gols em 250 jogos. Média: 0.44.



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E o garçom da rodada é...

Passe de Messi, gol de Neymar. Pode se acostumar. Na próxima temporada você vai ler e ouvir essa frase com frequência. Entre outros motivos, porque o gênio argentino, canhoto, quando atua pela faixa central, costuma rolar na bandeja para o ponta-esquerda do time. E em 2013/14, até que se prove o contrário, o ponta-esquerda culé será Neymar.



20%. Praticamente 20% das assistências computadas por Messi em 2012 foram arrematadas pelo ponta-esquerda da vez. Das 21 assistências dele no ano passado, 4 foram para o ponta-esquerda (Pedro duas vezes, Tello e Iniesta). Convenhamos que com Neymar por ali esse número tende a aumentar, pois a finalização do craque brasileiro (com a perna ruim) é melhor que a dos três citados.

Passe de Messi, gol de Neymar. Pode se acostumar. Vai acontecer aos montes - de modo que a recíproca será verdadeira, já que, assim como o falso nove azulgrená, o ex-alvinegro praiano também tem no último passe um de seus pontos fortes. Ou seja: rodada após rodada, de garçom o Barça vai estar bem servido.

PS: Veja aqui a prancheta dum possível Barcelona 2013/14.

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segunda-feira, maio 27, 2013

Possível Barcelona 2013/14

O lugar de Neymar no Barcelona é a ponta esquerda. Desde 2010. Logo, nada mais natural que em 2013/14 o trio ofensivo seja formado por ele, Messi e outro ponteiro, no 4-3-3 de sempre. O outro ponteiro pode ser Pedro, embora hoje eu aposte em Alexis Sánchez (claro, desde que Alexis permaneça). Não all-in, mas aposto minhas fichas que o chileno vai deslanchar em sua terceira temporada pelo clube azulgrená. As outras alternativas para a posição são Villa e Tello, contudo ao que tudo indica, eles podem sair (o primeiro praticamente certamente).

Confirmada a transferência do craque brasileiro da Vila Belmiro ao Camp Nou, a dúvida que surge paira sobre a zaga e a trave. Em relação ao substituto de Valdés, fala-se em Reina e/ou Ter Stegen (ou Guaita). Quanto ao futuro parceiro de Piqué (sem querer aposentar Puyol), cogita-se Thiago Silva, Marquinhos, ou Kompany. Talvez mais por uma questão de torcida do que de viabilidade, optei por Thiago Silva nessa prancheta.



Escrevi esses tempos, aliás, que sem um zagueiro top o Barcelona não retorna ao topo (leia aqui). Escrevi que a prioridade não deveria ser Neymar, por exemplo, mas sim Thiago Silva. No entanto, de concreto até o momento, apenas a transação envolvendo o santista. Que, sem dúvida, é um reforço fantástico, perfeito, porém que não vai adiantar muito se o miolo de zaga continuar sendo improvisado com Mascherano, Song e afins.

Portanto a meia cancha deve seguir a mesma, com Busquets, Xavi e Iniesta, e Fàbregas correndo por fora (lembrando que Thiago Alcântara - atual dono da camisa 11 - pode sair). As laterais idem, com Daniel Alves e Alba. E o ataque, como disse antes, tem tudo para ser composto por Alexis, Messi e Neymar. E tem tudo para da certo, inclusive. Só penso que, caso Thiago Alcântara, Villa e Tello sejam negociados nessa janela de verão europeu, como se especula, o Barcelona deveria pensar com mais carinho na composição do elenco, na contratação de um ou dois caras para serem reservas (a não ser que haja alguém das famosas canteras a caminho). Esse time da prancheta, esse onze inical, em tese é espetacular. Entretanto ninguém está imune a suspensões e lesões.

quarta-feira, maio 22, 2013

Os gols do melhor jogador da EPL

Gareth Bale, 21 gols em 33 jogos na Premier League 2012/13.

Se Dodô é o artilheiro dos gols bonitos, Bale é, sei lá, Deus.





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Golaços verde-amarelos

Com gols de Fernandinho, Alex Teixeira e Taison, o Shakhtar bateu o Odessa, nesta quarta-feira, por 3 a 0, e faturou a Copa da Ucrânia. O primeiro e o terceiro, golaços.





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terça-feira, maio 21, 2013

Cavani citizen?

Pode se acostumar. Durante os próximos dois meses o futebol europeu vai viver de especulação. Muita notícia mentirosa, porém muita informação fundamentada. A que mais me chamou a atenção hoje - não sei se no campo da especulação ou da informação - envolve Manchester City, Napoli, Cavani e Dzeko. Segundo The Sun, essa troca pode ocorrer.

O uruguaio Edinson Cavani, em três temporadas, de acordo com o site oficial do clube italiano, somou 104 gols em 136 jogos (em 2012/2013, 38 gols em 43 partidas). Uma marca, convenhamos, extraordinária.



Outro nome que ganha força no City, através do treinador Manuel Pellegrini, é Isco, do Málaga. Em contrapartida, Agüero poderia sair para o Real Madrid (veja aqui no Mail Online). Isco e Cavani, sem dúvida, seriam duas contratações monstruosas. A possível saída de Agüero, no entanto, seria uma baixa imensurável. O argentino é nada menos que o melhor atleta de um dos melhores elencos do planeta.

No melhor dos mundos para os citizens, contudo, Isco e Cavani chegariam, e Agüero permaneceria (o que, penso eu, não seria difícil de acontecer). E a equipe poderia alinhar Silva, Touré, Barry e Isco na meia cancha, além de ter na dupla de frente Agüero e Cavani. Só isso. Há pouco mais de uma semana, por sinal, publiquei uma prancheta baseado nessas especulações/informações. Confira aqui.

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Top 10 gols do Bayern em 2012/13



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sexta-feira, maio 17, 2013

Luxa assume alto risco e paga caro

Aos 37 minutos do segundo tempo. Foi somente aos 37 minutos do segundo tempo que ocorreu a primeira substituição do Grêmio, logo depois (ou por causa) do gol do Santa Fé. Isso na altitude de Bogotá, onde um novo par de pulmões não faz mal a ninguém. Se o time treinado por Luxemburgo estivesse fazendo uma boa partida, vá lá, poderia se compreender essa demora por uma alteração. Mas não foi o caso. Pelo contrário.



A estratégia da comissão técnica para esse jogo foi equivocada, a meu ver. Nos 2600 metros de altitude da capital colombiana, o Grêmio se compactou com as duas linhas de quatro habituais e buscou o contra golpe com a dupla de ataque. No entanto nem meias, nem volantes, nem laterais se aproximaram com frequência dos isolados Barcos e Vargas. Barcos e Vargas que, por suas vezes, sem a posse da bola, recuavam demais, e quando a retomavam, tinham quilômetros e quilômetros de grama pela frente até a área adversária (correria individual em demasia, que resultou em muito cansaço e pouca produtividade).

Posso estar enganado, contudo fiquei com a impressão de que o Grêmio entrou em campo com o resultado do jogo de ida embaixo do braço, pensando no empate, talvez no zero a zero. Queria achar um gol, jogar por uma bola, queria vencer, claro. Porém sem discriminar a possibilidade de classificação com um zero a zero. O problema é que, no mata-mata, o gol fora de casa é meio caminho andado. E o gol sofrido na Arena não permitiria que a postura tricolor em Bogotá fosse do jeito que foi. Ou seja: o Grêmio entrou com o resultado da partida de ida (vitória) embaixo do braço, mas não deu tanta importância ao placar dela (2 a 1). Luxemburgo sabia disso, assumiu o risco desde o início, e pagou caro por isso.

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quinta-feira, maio 16, 2013

Alexandre paga o pato

Por que Pato tem ficado no banco? Não tão pura e simplesmente assim, porque Renato Augusto está fora. Tese de Paulo Calçade, pela qual eu confesso minha simpatia. Resumindo a grosso modo, porque Renato Augusto é dois em um, preenche o flanco direito e a faixa central com a mesma volúpia, cumpre diversas funções - virtude que facilita o encaixe entre Pato e Guerrero na frente. Não foi bem com essas palavras, mas foi assim que interpretei a colocação de Calçade.



Quando Pato foi anunciado pelo Corinthians (e Renato), a primeira coisa que me veio à cabeça foi: saem Emerson e Jorge Henrique, e o 4-2-3-1 dá lugar ao 4-4-2 em linha, com Pato e Guerrero formando a dupla de ataque de ofício (veja aqui). Lá pelas tantas, para minha expectativa, foi o que aconteceu. Na partida contra o Millonarios, no final de fevereiro, por exemplo, a formação teve Renato, Paulinho, Ralf e Danilo alinhados na meia cancha (confira aqui). O time estava jogado bem dessa maneira, sendo o ex-Leverkusen o principal destaque alvinegro. Até ele se machucar no fim de março.

Sem seu extremo-direito titular, Tite passou a jogar com Romarinho por ali. Que, diga-se, entrou muito bem. Ainda que com características diferentes das de Renato Augusto (o que acabou sobrecarregando Danilo na armação), tomou conta do corredor destro da equipe. Paralelamente a isso, contudo, Pato (que também ficou no estaleiro um tempinho) foi perdendo espaço para Emerson, e o 4-4-2 saindo de cena para o 4-2-3-1 velho de guerra voltar, com Romarinho, Danilo e Emerson na linha de três. Exemplos? A quarta de final do Paulistão contra a Ponte Preta, e a ida e a volta das oitavas contra o Boca.

A tese é pertinente. Talvez coletivamente a engrenagem não funcione sem sua peça-chave, chamada Renato Augusto. E quem paga o pato, no fim das contas, é Alexandre. Mas às vezes me pergunto se com justiça. Apesar de seu eventual ar blasé em campo, me pergunto se é justo que Alexandre pague o pato. Me pergunto se seu talento não pode, ou poderia, compensar a carência tática e técnica provocada pela ausência de Renato Augusto. Me pergunto se, mesmo sem Renato Augusto, ele não poderia ter sido titular na Bombonera e no Pacaembu, nos duelos com o Boca Juniors. Me pergunto se Tite não poderia ter aberto mão dum esquema seguro, solidificado, em prol da qualidade, do ponto de desequilíbrio chamado Pato...

Me pergunto, penso, e me respondo: sim, poderia.

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terça-feira, maio 14, 2013

Ponto para o treinador do Brasil

Felipão faz bem. Tanto pensando na Copa das Confederações quanto na Copa do Mundo, Felipão faz bem. Por uma série de motivos. Quer dizer, por um motivo: Oscar.



Se é que o treinador vai adotar o 4-2-3-1 como esquema base, o nome mais indicado para assumir a faixa central da linha de três chama-se Oscar. É por onde Ronaldinho joga no Atlético, eu sei. Porém, sem a bola, Oscar é muito mais participativo (Felipão, inclusive, falou em "boa vontade" dos jovens da lista). Hoje o meia do Chelsea corre com as próprias pernas, não precisa de gente correndo por ele, como, querendo ou não, acontece no Galo. Já com a bola, se não produz lances plásticos como Ronaldinho, é tão ou mais eficiente quanto. No quesito funções, o ex-São Paulo e Inter tem totais condições de cumprir todas (distribuição de jogo, aproximação dos pontas, aproximação do centroavante, infiltração na área, finalização...).

Outro ponto pró-decisão do Felipão é que, quando Ronaldinho está em campo, a equipe sofre um efeito colateral tático. Para acomodá-lo pelo corredor central, Oscar é deslocado à beirada direita. Quando jogaram juntos, por exemplo, a linha de três foi Oscar, Ronaldinho e Neymar (com Kaká também). Ou seja: com R10 no gramado, além de sair da sua praia, por dentro, Oscar ocupa a vaga de dois pontas de ofício (Lucas e Hulk). Logo, no fim das contas, vejo esse remanejo como deficitário.

Outro motivo, que na real não tem tanto a ver com Oscar, é a endeusada experiência. Muito se fala que Ronaldinho poderia servir como experiência dentro das quatro linhas. Poderia. Se não houvesse outras alternativas, como Julio César (no gol, é verdade), Thiago Silva, David Luiz, Hernanes e Fred. Na prática, quatro jogadores de linha com vivência de Europa (Fred um pouco menos), com horas e horas de voo em batalhas contra atletas que enfrentarão o Brasil na Copa das Confederações e do Mundo. Lembro, aliás, que no Bola da Vez, da ESPN Brasil, Paul Breitner disse que é preciso um líder para cada seis jogadores. Okay, Breitner não é o Mestre dos Magos, eu sei. Mas confesso que gostei desse pensamento e fiquei com ele na cabeça.

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segunda-feira, maio 13, 2013

Possível Manchester City 2013/14

Esses dias, baseado em rumores e nada além de rumores, montei na prancheta um possível Manchester United 2013/14. Baines e Fellaini estão no onze titular. Cristiano Ronaldo também (mas poderia ser Di María ou James). Confira aqui.

Agora, baseado em novas informações, ainda que no campo da especulação, resolvi fazer o mesmo com o primo rico da cidade. Isso porque está praticamente certo que Manuel Pellegrini assumirá o cargo de Roberto Mancini no Manchester City. E poderá trazer com ele, do Málaga, Isco (€ 30 milhões), além do goleador do Napoli, Cavani (€ 60 milhões). Leia aqui, no Mirror Football.



No papel, convenhamos, um senhor time. Com um novo extremo-esquerdo e um novo centroavante, posições carentes do elenco citizen. Na verdade não sei se posso falar em carência num plantel desses. Muricy me mataria se lesse isso. Okay, "carentes", entre aspas, pois Isco e Cavani chegariam para jogar nas vagas de nada menos que Nasri (Milner) e Tevez (Dzeko).

Outro ponto positivo, se esse mega pacote desembarcasse no Etihad Stadium, seria a presença de jogadores de linha que falam a mesma língua, literalmente. Zabaleta à parte, o quarteto ofensivo inteiro falaria o mesmo idioma (Silva-ESP, Isco-ESP, Agüero-ARG e Cavani-URU). A exemplo do treinador, que é chileno. Pode ser. Talvez seja um detalhe pequeno. Porém, a meu ver, digno de citação.

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Jô na lista dos 23: por que não?

Se futebol é momento, a nove é do Jô. Ele está técnica, física e emocionalmente, no momento, à frente de Fred e Pato - seus supostos concorrentes. Enquanto o atacante do Fluminense volta aos poucos de lesão e o do Corinthians amarga a reserva, Jô tem deitado e rolado vestido de preto e branco. A questão é: pode render o mesmo de verde e amarelo?

Não sei. Se fosse uma rodada dupla de amistosos ao vento, como tem acontecido, por causa da ausência nas Eliminatórias, até pensaria que não. O treinador não teria tempo para treinar o time e provavelmente o jogador do Galo se sentiria um peixe fora d’água, por nunca ter sido convocado. Mas como há dois amistosos, mais uma competição por vir, se não de sobra, haverá tempo para treinar. Logo, o papo "não tem tempo para treinar" não cola. Dito isso, ainda assim, por uma questão de entrosamento, de condicionamento e de repetição, entendo que o rendimento de Jô (e da maioria dos jogadores) tenda a ser maior no clube do que na seleção.



Em relação aos supostos concorrentes, Fred e Pato, Jô está hoje à frente. Tecnicamente tem jogado mais, tem tido mais sequência, tem feito mais gols. Emocionalmente está um degrau acima, transpirando confiança (além de momento, futebol é, assim como na vida, acima de tudo, confiança). Fisicamente tem voado, ganhando todas divididas e se movimentado, participado, sem a bola, com mais intensidade (defensiva e ofensivamente). Taticamente, na fase ofensiva, tem oferecido um amplo leque de alta qualidade aos companheiros - inclusive com jogadas pelo alto, em especial quando tem atuado de costas e desviado de cabeça os lançamentos (leia mais aqui).

Jô é Van Persie? É Cavani? É Falcao? Não. É o centroavante do Brasil na Copa do Mundo? Não sei. 2014 são outros quinhentos. Só sei que, por ora, pensando na Copa das Confederações, ele deveria pintar na lista dos 23, pelos motivos descritos no parágrafo anterior. Se não para ser titular, pelo menos para compor o elenco. Na vaga de quem Jô poderia entrar? De Fred? De Pato? Não. Nenhum dos dois. Na vaga do "reserva do Neymar", que hoje, imagino eu, chama-se Osvaldo.

Honestamente? Na real, no fundo, não creio que Felipão irá levá-lo. E, honestamente, compreendo a decisão de deixá-lo de fora (se é que essa decisão será tomada). Jô não foi convocado nenhuma vez por ele, e não deve ser aos 45 do segundo tempo que será. Guardadas devidas proporções, é semelhante a Ganso e Neymar com Dunga em 2010. "Nunca jogou comigo, como posso levar?" Confesso que não gosto tampouco aprovo esse argumento, mas, convenhamos, ele é compreensível e aceitável (se é que Jô deixará de ser chamado por Scolari sob esse argumento).

PS: Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, sob o comando de Dunga, Jô era banco de Pato (e Sobis). Na partida que decidiu o bronze, citada na legenda da foto, ele foi titular e marcou dois gols. Relembre aqui e aqui.

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domingo, maio 12, 2013

Linha de três no Top 10

Bem bolado esse Top 50 do Caught Offside. Confira aqui. Os 50 melhores jogadores jovens do momento, com idade até 22 anos. Muitos deles, por sinal, estão na Seleção Mundial Sub-23 que rabisquei aqui no blog esses dias, como Courtois, Nastasic, Alaba, Pogba, Verratti, El Shaarawy, Götze, Oscar, e por aí vai.

Entre os 50, apenas cinco brasileiros (apenas entre aspas, né, porque se trata de uma proporção boa). Em contrapartida, três deles estão no Top 10. Além de Marquinhos da Roma (37º) e Coutinho do Liverpool (19º), a 9ª posição pertence a Lucas, a 8ª a Oscar, e a 1ª a Neymar. Curiosa e justamente, não à toa, é a linha de três que eu defendo na Seleção há cerca de dois meses (veja).



Embora esse time não tenha saído do papel ainda - e provavelmente nem chegue a sair -, imagino que a estrutura tática mais indicada seja o 4-2-3-1, com dois volantes (Ramires e David Luiz, ou Fernando, ou Hernanes), o centroavante (Fred, Pato ou Jô), mais a linha de três composta por Lucas à direita, Oscar pela faixa central e Neymar à esquerda (na linha de quatro, Daniel ou Rafael, Thiago Silva, Dante e Marcelo). Na teoria, me parece a opção mais apropriada para a competição que vem aí.

Quem pintará na lista dos 23 de Felipão, só saberemos na terça-feira. Mas uma coisa eu sei: até em função da Copa do Mundo, o trio verde e amarelo do Top 10 do Caught Offside tem de ser titular na Copa das Confederações, de preferência com o jogador do PSG pela direita, o do Santos pela esquerda e o do Chelsea por dentro.

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sábado, maio 11, 2013

David volante: por que não?

Eles se completam. Um se destaca pelo passe e pela finalização de média e longa distância. O outro, pela condução de bola em alta velocidade. Quando um vai, o outro fica, em regra dependendo do posicionamento dos laterais. Quem marca? Ambos, ué. Futebol é ocupação de espaço, não pontapé no tornozelo.

Me refiro a Hernanes e Ramires, mas acredito que Felipão não irá escalá-los juntos (pelo menos não como dupla de volantes). Através de entrevistas, o treinador da seleção brasileira deixou claro sua predileção por um primeiro homem de meio campo com alto poder de marcação. Portanto a dupla (se é que ele vai jogar com uma dupla) deve ser formada pelo segundo volante (Hernanes ou Ramires, creio eu), mais o primeiro, que tem tudo para ser Fernando. Ou David Luiz.



Até penso que Sandro seria o nome de Felipão para esse papel. Mas como o meio-campista do Tottenham está no estaleiro há meses, sobrou para Fernando. Que jogou e joga muito, diga-se de passagem. Tem bola para assumir a cinco do Brasil com autoridade. Entretanto, considerando as declarações do técnico, considerando que David Luiz tem jogado com frequência como volante no Chelsea, e que no Palmeiras Scolari escalava Henrique por ali, a cada dia fica mais claro para mim que o camisa 4 dos Blues vai acabar atuando na meia cancha do escrete nacional. Posso estar viajando, porém vejo essa hipótese - que me agrada bastante, por sinal - como real. Por alguns motivos.

David Luiz é experiente. Em comparação com Fernando, é um veterano. Não em relação à diferença de idade (26 contra 21), mas sim em relação à vivência de Europa. São quatro anos de Benfica no currículo, sem contar os dois anos e meio de Chelsea. Querendo ou não, isso pesa. E além da experiência, sem abdicar do poder de marcação, David é excelente com a bola no pé. Passes, lançamentos, finalizações... Não que Fernando não seja, mas David é superior nesses quesitos. Ah, sem falar na estatura.

Outro argumento a favor de David volante é o entrosamento com os parceiros de Chelsea. O miolo do meio campo, por exemplo, pode ser composto por David e Ramires, com Oscar à frente deles, entre os pontas (Lucas/Hulk e Neymar). Isso num 4-2-3-1. Não tenho dúvida de que seria deveras produtivo à Seleção contar com três atletas do mesmo clube no mesmo setor. O problema é que gostamos de encarar essa possibilidade como improviso, quando sabemos que David Luiz está pra lá de adaptado à função. Quanto ao companheiro de zaga de Thiago Silva, Dante.

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sexta-feira, maio 10, 2013

Novo Götze. Só que não

Falou-se no início em € 20 milhões. Agora no Bild cogita-se € 12 milhões. É muita diferença, convenhamos. O que mais me chama a atenção em relação a essa possível transação, porém, pensando com a cabeça do clube alemão, não é o valor em si, mas sim esse papo de "novo Götze" (se é que esse papo passa pela cabeça do clube alemão, ou se é coisa somente do Bild).



Questões técnicas à parte, Mario Götze é bastante polivalente. Joga em qualquer posição da linha de três, à direita, por dentro... Só não joga à esquerda porque Reus é o dono da posição. Noves fora que faz o falso nove de vez em quando. Registrada essa versatilidade, quase sempre em 2012/13 ele tem atuado por dentro. Buscando o jogo pelos flancos durante boa parte da partida, é verdade, até para fugir da marcação dos volantes adversários, mas ocupando a faixa central, entre os pontas Kuba e Reus, atrás de Lewandowski.

Tecnicamente Bernard está à altura de Götze? Talvez não. Ainda não foi tão testado quanto o camisa 10 do Borussia Dortmund. Contudo seu potencial é notório. Tem bola para figurar na elite do futebol europeu. A comparação com o futuro jogador do Bayern, no entanto, deve ser feita - se é que deve ser feita - com parcimônia e relatividade. Apesar da "bagunça organizada" do time de Cuca na fase ofensiva, Bernard hoje é "apenas" um ponta-esquerda. Hoje, por exemplo, não consigo visualizá-lo rendendo o que dele se espera entre Kuba e Reus, atrás de Lewandowski. De bate-pronto, imagino que a solução seria uma linha de três com Kuba à direita, Bernard à esquerda e Reus por dentro, por onde já jogou nessa temporada (veja aqui).

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quinta-feira, maio 09, 2013

Possível Manchester United 2013/14

Pode ser falta de pauta, mas o exercício é legal. Por isso, baseado em rumores e apenas rumores, resolvi alinhar na prancheta um rascunho dum possível Manchester United comandado por David Moyes na temporada 2013/14.



No campo da especulação, Rooney, Nani e Anderson podem sair (fala-se em Chelsea, Bayern, PSG e Porto). Em contrapartida, também no campo da especulação, podem chegar Baines para a lateral, Fellaini para a meia cancha (vide essa lista do Metro UK) e para a extrema (esquerda), Cristiano Ronaldo (ou Di María, ou James Rodríguez).

Se as transferências citadas acontecessem (o que, convenhamos, não seria tão simples e fácil), imagino que o time titular seria mais ou menos por aí, né?

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Jô verde e amarelo?

Fred, Leandro Damião, Alexandre Pato, Diego Costa, Luis Fabiano, Luiz Adriano... Quem mais? Me ajuda aí. Mesmo que com uma bela dose de bondade e tolerância, quem são os possíveis imagináveis candidatos à camisa 9 da Seleção?

Minha impressão é de que não dá para fugir disso (na falta de tu, vai tu mesmo). E para mim, entre eles, os atacantes do Fluminense e do Corinthians estão no topo da lista de Felipão, para os amistosos contra Inglaterra e França e para a Copa das Confederações (é a mesma lista).



Confesso, no entanto, que outra alternativa tem feito minha cabeça de uns dias para cá - em especial depois de sua exibição de gala nesta quarta-feira. Entendo, porém, que ele será derrotado pelo gongo, pois nunca foi convocado pelo treinador do Brasil, e dificilmente será aos 45 do segundo tempo (guardadas proporções, tipo Ganso e Neymar com Dunga em 2010). Refiro-me ao artilheiro da Libertadores, com 6 gols: Jô. Ou como diriam alguns: Jowandowski.

Jô é Careca? É Ronaldo? É Lewandowski? Não. Mas, no momento, é (ou melhor: seria, já que os relacionados à Copa das Confederações serão divulgados na próxima terça-feira) a opção mais pertinente para ser testada. Talvez não jogasse de verde e amarelo o que tem jogado de branco e preto, naturalmente. Provavelmente. Ainda assim, seria uma boa ideia para quebrar o galho da Seleção. Afinal, ele está com a macaca.

Em tempo: A jogada manjada do Galo de Cuca (veja aqui) poderia ser fatal na equipe de Felipão, com os lançamentos dos zagueiros Thiago Silva e David Luiz, e as entradas dos pontas Neymar (Bernard?) e Lucas (Hulk).

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quarta-feira, maio 08, 2013

Noite togolesa no Stamford Bridge

Aí Adebayor foi lá e fez isso.



E fez isso também, no Sigurdsson gol do Tottenham.



PS: Aqui a prancheta da partida.

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Briga londrina pelas vagas

A situação é a seguinte: faltam duas rodadas para terminar a Premier League, e três clubes seguem na luta por duas vagas na fase de grupos da próxima Champions League (Tottenham, Arsenal e Chelsea). A dupla de Manchester já está garantida.



Com o empate por 2 a 2, nesta quarta-feira, em casa, diante dos Spurs (veja aqui a prancheta), o Chelsea chega a 69 pontos, de modo que o Arsenal soma 67 e o Tottenham acumula 66. Ou seja: a disputa entre os três grandes londrinos está mais do que aberta.

Na 37ª rodada o time treinado por Benítez visita o Aston Villa, enquanto a equipe de Wenger recebe o Wigan e a de Villas Boas visita o Stoke. Já na 38ª – a derradeira – o Chelsea recebe o Everton, o Arsenal visita o Newcastle e o Tottenham recebe o Sunderland. Palpite? Classificam-se à fase de grupos da Liga dos Campeões 2013/14, Chelsea e Tottenham.

CORREÇÃO: O 4º colocado da Premier League entra na fase pré-grupos. Direto na fase de grupos, apenas os três primeiros. Falta grave minha. Sorry.

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Possível primeiro grande passo

Três contratações. É o que quer Tito Vilanova, segundo o SPORT. Contando com a permanência de Valdés por mais uma temporada, as quatro alternativas que pintam na rota azulgrená jogam na linha, e são, de acordo com o diário catalão, Neymar, Isco, Gündogan e Thiago Silva.

Tenho batido bastante nessa tecla: se o Barcelona não trouxer um zagueiro top, não volta ao topo. Portanto, se tivesse de escolher três de quatro opções, Thiago Silva deveria ser a prioridade. Enquanto o (virtual) campeão espanhol continuar improvisando Mascheranos, Songs e Adrianos no miolo de zaga, jamais voltará a reinar na Europa (leia mais aqui).

Pelo zagueiro do PSG, fala-se em € 45 milhões.



Sobrariam, então, duas vagas para três candidatos, caso tenha fundamento a informação do SPORT. E, por mim, uma delas deveria ser preenchida por Neymar. Neymar, aliás, por mim preencheria a ponta esquerda do Barcelona desde 2010 (ou pelo menos desde 2010 o vejo com a camisa do Barça, vide esse post intitulado "Pep e o ponta ideal").

Pelo atacante do Santos, fala-se nos mesmos € 45 milhões.

Caso Sandro Rosell abra o cofre e invista € 90 milhões na dupla brasileira (baseado no atual mercado, um preço digno, diga-se de passagem), restará espaço para apenas mais um nesse pacote de verão. E entre o espanhol do Málaga e o alemão do Dortmund, confesso que fico com Isco. Pelo seguinte: além de já ser adaptado ao país, óbvia e naturalmente, o Golden Boy 2012 é mais polivalente (e talentoso) que Gündogan, pode jogar tanto na meia como na ponta - qualidade bem-vinda e bem vista pelos culés.

Por Isco (ou por Gündogan), fala-se em € 25 milhões.

Tem fundamento a informação do SPORT? Acredito que sim. A pergunta pertinente no momento, no entanto, é se há interesse por parte dos jogadores e dos respectivos clubes para que o negócio seja efetuado. Se sim, se todas as partes concordarem e as transações forem de fato concretizadas, o Barcelona terá gasto € 115 milhões, e terá dado o primeiro passo para a reconstrução do melhor time do mundo.

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terça-feira, maio 07, 2013

As grandes contratações de 2012/13

Primeiro critério para a escalação do time: transferências efetuadas na janela de verão. Logo, os jogadores que se mudaram em janeiro ficaram de fora. Segundo critério: preço. E terceiro: desempenho individual e coletivo na temporada.

Confira aqui a equipe na prancheta.



Handanovic: € 11 milhões (Udinese). Azpilicueta: € 9 milhões (Marseille). Marquinhos: € 5 milhões (Corinthians). Dante: € 4.7 milhões (Mönchengladbach). Vertonghen: € 11 milhões (Ajax). Pogba: grátis (Manchester United). Javi Martínez: € 40 milhões (Athletic Bilbao). Cazorla: € 20 milhões (Málaga). Reus: € 17.1 milhões (Mönchengladbach). Jackson Martínez: € 8.8 milhões (Jaguares). Burak Yilmaz: € 5 milhões (Trabzonspor).

Van Persie (€ 30 milhões) e Ibrahimovic (€ 20 milhões) também eram opções pertinentes para o ataque. Para o meio campo, Verratti (€ 12 milhões), Oscar (€ 32 milhões) e Hazard (€ 40 milhões) pintaram na pré-lista. Assim como, para a defesa, Alba (€ 14 milhões) e Thiago Silva (€ 42 milhões).

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segunda-feira, maio 06, 2013

Qual o melhor ponta-esquerda?

Ronaldinho Gaúcho ou Cristiano Ronaldo? Ou melhor: o Ronaldinho Gaúcho do Barcelona ou o Cristiano Ronaldo do Real Madrid? Para traçar um paralelo, eis alguns dados e alguns lances da grande temporada dos dois pelos respectivos clubes.

Ronaldinho no Barcelona em 2005/2006: 24 gols em 41 jogos (média 0.58), mais 18 assistências. Títulos: Supercopa da Espanha, Campeonato Espanhol e Champions League.



CR7 no Real Madrid em 2011/2012: 64 gols em 55 jogos (média 1.16), mais 15 assistências. Títulos: Supercopa da Espanha e Campeonato Espanhol.



De fato, Cristiano Ronaldo é e foi mais goleador na temporada citada. No entanto Ronaldinho foi mais mágico e espetacular, além de ter faturado a cobiçada Champions League. Portanto, se fosse para escolher apenas um para jogar na ponta esquerda do meu time, entre o Ronaldinho de 2005/2006 e o Ronaldo de 2011/2012, optaria pelo brasileiro.

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Trecho da palestra de Pep

Coisas que mais me chamaram a atenção: a maneira como Guardiola se expressa, a compactação de ambos times (mais que visível nesse plano aberto de câmera), e a ênfase que ele dá à superioridade numérica no setor do meio de campo.



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domingo, maio 05, 2013

Hat-trick de Hulk

Zenit 4-0 Alania, neste sábado, pela 27ª rodada.



O CSKA lidera o Campeonato Russo com 60 pontos, seguido pelo time de Hulk e seus 57 pontos, e pelo Anji, a equipe de Jucilei, com 50. Faltam 3 rodadas para o término do torneio.

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Os 23 sub-23

Pensando numa possível lista dos 23 jogadores brasileiros convocados para a Copa da Confederações, tive a brilhante ideia de nomear os melhores 23 sub-23 do planeta, nascidos a partir de 1990.

Distribuídos no 4-2-3-1, eis os eleitos, em ordem de teórica titularidade (clique aqui para ver a imagem ampliada).



Goleiros

David de Gea, Espanha, Manchester United, 22 anos. Vídeo.
Thibaut Courtois, Bélgica, Atlético de Madrid (emprestado pelo Chelsea), 20 anos. Vídeo.
Maksym Koval, Ucrânia, Dínamo de Kiev, 20 anos. Vídeo.

Zagueiros

Raphael Varane, França, Real Madrid, 20 anos. Vídeo.
Mamadou Sakho, França, Paris Saint-Germain, 23 anos. Vídeo.
Matija Nastasic, Sérvia, Manchester City, 20 anos. Vídeo.
Phil Jones, Inglaterra, Manchester United, 21 anos. Vídeo.

Laterais

Rafael da Silva, Brasil, Manchester United, 22 anos. Vídeo.
David Alaba, Áustria, Bayern, 20 anos. Vídeo.
Mattia De Sciglio, Itália, Milan, 20 anos. Vídeo.

Meio-campistas

Marco Verratti, Itália, Paris Saint-Germain, 20 anos. Vídeo.
Paul Pogba, França, Juventus, 20 anos. Vídeo.
Jack Wilshere, Inglaterra, Arsenal, 21 anos. Vídeo.
Ilkay Gündogan, Alemanha, Borussia Dortmund, 22 anos. Vídeo.
Mario Götze, Alemanha, Dortmund/Bayern, 20 anos. Vídeo.
Oscar Emboaba, Brasil, Chelsea, 21 anos. Vídeo.

Atacantes

Eden Hazard, Bélgica, Chelsea, 22 anos. Vídeo.
Lucas Moura, Brasil, Paris Saint-Germain, 20 anos. Vídeo.
Neymar Júnior, Brasil, Santos, 21 anos. Vídeo.
Francisco "Isco" Alarcón, Espanha, Málaga, 21 anos. Vídeo.
Stephan El Shaarawy, Itália, Milan, 20 anos. Vídeo.
Mario Balotelli, Itália, Milan, 22 anos. Vídeo.
Danny Welbeck, Inglaterra, Manchester United, 22 anos. Vídeo.

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quinta-feira, maio 02, 2013

É bom olhar para trás

Iniesta na ponta esquerda foi uma invenção de Guardiola, mas era exceção, acontecia uma vez aqui, outra ali. Já com Vilanova, Iniesta na ponta esquerda virou regra, para que Fàbregas entrasse no onze inicial.

Essa, para mim, foi uma das razões pelas quais o Barcelona passou por dificuldades entre as quatro linhas nessa temporada. Por sorte ou conselho, em tempo a comissão técnica se deu conta do erro. Voltou a deixar Fàbregas no banco, retornou Iniesta ao meio campo e armou a linha de ataque com três atacantes de ofício. Oficialmente, isso veio a ocorrer somente no jogo de volta das oitavas de final, contra o Milan, no Camp Nou.

O desastroso desfecho da campanha na Champions League, porém, nos mostra que os problemas vão muito além. Não resume-se apenas ao posicionamento de um ou outro jogador. Porque mesmo com Iniesta na sua praia, a meia esquerda, contra o PSG e contra o Bayern, o time catalão não conseguiu imprimir seu peculiar futebol.

Há anos, me parece, os dirigentes do FC Barcelona sentam no sucesso da turma do meio pra frente. De uns tempos pra cá parece que o pensamento foi "Ah, os caras da frente resolvem!" Leia-se por "caras da frente", Lionel Messi. Ou "Craque o Barcelona faz em casa." Pode ser. Do meio pra frente. Mas e lá atrás?

Piqué é um baita zagueiro, mas não joga sozinho. Seu parceiro Puyol e seus 35 anos tiveram na irregularidade seu destaque, nos anos recentes. Vive e vivia fora de combate. Começou-se a apostar então em Mascherano. Deu certo, diga-se de passagem. Cumpriu e cumpre com eficiência a função. Mas é baixo, e querendo ou não, trata-se de um improviso, algo que supostamente deveria ser provisório, e não permanente. O mesmo pode ser aplicado a Song, que também atuou por ali. Sem Puyol e Mascherano diante do todo-poderoso campeão alemão, sobrou para quem? Bartra e seus 22 aninhos.

"Os caras da frente resolvem!" Talvez não mais. Porque sem um miolo de zaga confiável, torna-se inviável a ideia duma prolongada hegemonia azulgrená no Velho Mundo. Cedo ou tarde a corda iria estourar, a máscara iria cair e as feridas ficariam expostas. Se quiser retornar ao topo, portanto, o Barça precisa trazer peças para serem titulares (um zagueiro e um goleiro, já que Valdés deve sair), e peças de reposição - senão do mesmo nível, pelo menos da mesma posição, para que haja um basta nas improvisações.

Tite assou Pato na Bombonera

O ponto ideal para ele comer a bola era desde o início. Começar desde o primeiro minuto, para ir engrossando o caldo no andar da carruagem. A equilibrada primeira etapa da peleja era um prato cheio para Pato nadar de braçada. Primeira etapa bastante brigada, é verdade. Mas com muitos espaços para os contra golpes.

Pato, no entanto, entrou em campo com 74 minutos de atraso, somente aos 29 do segundo tempo, quando o placar marcava 1 a 0 para os donos da casa. Ou seja: entrou quando o adversário estava inflamado por sua torcida, quando o jogo estava fervendo, pegando fogo. Resultado: não tocou na bola, e no frigir dos ovos, foi engolido pelo Boca.



Por que Pato ficou na reserva? Também gostaria de saber. Será que está sendo poupado? Mas por quê? Para quê? Pois é. Não entendo. A conclusão que acabo chegando é que Tite está apoiado em seus conceitos, seus "mandamentos", que privilegiam os caras com mais cancha no clube - e que estão, justiça seja feita, em ótima fase. No caso, Emerson (e Romarinho).

Concordo. Difícil abrir mão da experiência e da raça de Sheik num jogo dessa magnitude. Mas se tivesse de ser Emerson e mais dez na Bombonera, que Romarinho pagasse o pato, então (apesar de sua bela atuação). Talvez a melhor alternativa fosse tê-lo guardado para a etapa final, deslocado o camisa 11 para a beirada, e colocado Pato na movimentação do ataque, com Guerrero na referência.

Claro. Falar depois da derrota consumada é mais fácil. No entanto ainda não encontrei um argumento convincente para o ex-Milan, revelado pelo Internacional, ficar na reserva do Corinthians, na Copa Libertadores 2013.

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quarta-feira, maio 01, 2013

Um asterisco chamado Messi

Não gosto de falar em Messidependência porque todo e qualquer time que tiver ele, vai depender dele. Seja o XV de Piracicaba, o Bayern de Munique 2013 ou a Seleção de 70. Logo, é meio que óbvio afirmar que o Barcelona depende de seu camisa 10.



É claro que são vários os fatores para explicar o sapeca iaiá dessa semifinal da Champions League. A superioridade física (estatura e condicionamento) e a organização tática, aliadas ao talento individual dos jogadores do Bayern, são alguns desses fatores. Outros, pelo lado do Barça, são a fragilidade do miolo de zaga e a previsibilidade do modelo de jogo.

Tudo isso é verdade. Não se nega. Contudo não se nega também que o placar agregado, o emblemático 7 a 0, é reflexo, se não exclusivo, direto da ausência do gênio argentino. No 4 a 0 da Allianz Arena, Messi jogou à meia-bomba, e no 3 a 0 do Camp Nou, nem entrou em campo.

O resultado final teria sido diferente se ele estivesse 100%? Até penso que não. Mesmo com Messi 110%, acredito que o Bayern acabaria passando de qualquer jeito (em função dos motivos escritos no segundo parágrafo). Mas quanto ao placar em si, à "humilhação" por 7 a 0, tenho certeza de que não aconteceria, porque o gol é seu carro-chefe. Quando lembrarmos do massacre bávaro no futuro, portanto, não podemos esquecer de citar esse asterisco chamado Lionel Messi, que praticamente não participou do espetáculo.

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