A Liga acabou. Justa, merecida e incontestavelmente, o Real Madrid papou o nacional e quebrou a série de três troféus seguidos erguidos pelo Barcelona. Agora é a vez da Champions League.
O panorama da partida de volta, nesta terça-feira, no Campo Nou, é bastante previsível: Chelsea super fechado, ocupando os espaços com uma linha de quatro e outra de cinco, à espera do contra-ataque. Na verdade, nada diferente do ocorrido no Stamford Bridge.
No clássico de sábado, foi o que os blancos fizeram - contudo não tão escancarado quanto os blues. No clássico de sábado, o Madrid jogou muito mais que o Chelsea e fez por merecer a vitória 2 a 1. Vitória por 2 a 1, por sinal, não serve ao Barcelona diante do time londrino.
Que saldo Guardiola pode tirar da derrota para o rival espanhol, visando o confronto com o Chelsea? Para mim, alguns. Como, por exemplo, a titularidade de Piqué. Não sei qual o clima entre ele e Pep, as notícias que pipocam sugerem que a relação entre eles não é das melhores. No entanto, Piqué é alto e pode ajudar na bola aérea (defensiva e ofensiva), além de ser relativamente rápido, para correr atrás de Ramires e companhia limitada.
Outro ponto, penso eu, é a utilização do 4-3-3. Não é culpa do sistema tático, claro, mas no 3-4-3, com Daniel Alves na ponta direita, frente ao Madrid, o Barça poucas chances criou. Frente ao Chelsea, creio que a melhor opção seja Daniel Alves na lateral, com Alexis de ponta-direita, revezando com o falso 9 Messi. Quanto à ponta esquerda, imagino que seja mais interessante um atacante de ofício a Iniesta (Pedro, Cuenca ou Tello). Em relação à meia-cancha, Busquets, Xavi e Iniesta (Fàbregas no banco).
A dificuldade dos donos da casa será imensa. Não é novidade. E depois do que vimos no Stamford Bridge, não será novidade também se o todo-poderoso Barça for eliminado (nunca pensei que fosse escrever isso). Resta-nos aguardar para ver.
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segunda-feira, abril 23, 2012
sábado, abril 21, 2012
Iniesta: meia, ponta ou banco?
É tudo ou nada para o Barcelona. O próprio Guardiola admitiu - e não poderia ser diferente - que "La Liga está en manos del Madrid". Logo, penso que ele mandará a campo uma formação mais atrevida - se é que podemos usar esse adjetivo, já que a equipe é praticamente sempre a mesma (não necessariamente nos nomes e na estrutura tática, mas sim na essência).
Faz tempo que Pep vem escalando Iniesta na ponta esquerda, com Busquets, Xavi e Fàbregas no meio campo do tradicional 4-3-3 azulgrená (confira aqui). Com essas peças distribuídas nesse esquema, a tendência é a posse de bola crescer em qualidade e longevidade. Em contrapartida, na minha opinião, diminui, mesmo quase que insignificantemente, a capacidade goleadora do time.
Iniesta, salvo engano, tem 7 ou 8 gols na temporada 2011/2012. Convenhamos, é pouco. Tudo bem que Messi compensa com seus caminhões de gols. Mas para Iniesta, o ponta-esquerda, é pouco. Não que o camisa 8 seja ruim ou tenha o pé descalibrado. Não é nada disso. Apenas entendo que com Cuenca, Pedro ou Tello por ali, a chance da rede ser balançada é maior. É uma questão de característica.
Visto que Alexis é dúvida e dificilmente será relacionado para a partida, e que ao Barça só interessa o resultado positivo, estou apostando em Cuenca e Pedro pelas pontas e Messi na dele, de falso 9. Claro que Guardiola pode seguir com Iniesta na ponta e afundar minha hipótese. Ou quem sabe escalar Fàbregas aberto, recuando Iniesta à meia esquerda (Cesc, aliás, tem o faro de gol bem mais apurado que Andrés). São várias as possibilidades.
Entretanto teimo em tentar prever que os donos da casa irão com dois atacantes de ofício pelas pontas, Messi por dentro (sempre caindo para a direita e voltando à meia-cancha), Busquets na cabeça de área e, nas meias... Bem, nas meias, se minha hipótese for concretizada, são duas vagas para três (ou quatro) jogadores (Xavi, Iniesta e Fàbregas. E Thiago).
Quanto aos visitantes, a previsão é menos difícil. Pelo seguinte: o contra-ataque será fundamental, e a melhor maneira para isso é com Cristiano Ronaldo, Özil, Di María e Benzema no gramado. Ah, e claro, com Marcelo. Depois do ocorrido na terça-feira passada na Allianz Arena, imagino que Coentrão irá amargar o banco em banho-maria.
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Faz tempo que Pep vem escalando Iniesta na ponta esquerda, com Busquets, Xavi e Fàbregas no meio campo do tradicional 4-3-3 azulgrená (confira aqui). Com essas peças distribuídas nesse esquema, a tendência é a posse de bola crescer em qualidade e longevidade. Em contrapartida, na minha opinião, diminui, mesmo quase que insignificantemente, a capacidade goleadora do time.
Iniesta, salvo engano, tem 7 ou 8 gols na temporada 2011/2012. Convenhamos, é pouco. Tudo bem que Messi compensa com seus caminhões de gols. Mas para Iniesta, o ponta-esquerda, é pouco. Não que o camisa 8 seja ruim ou tenha o pé descalibrado. Não é nada disso. Apenas entendo que com Cuenca, Pedro ou Tello por ali, a chance da rede ser balançada é maior. É uma questão de característica.
Visto que Alexis é dúvida e dificilmente será relacionado para a partida, e que ao Barça só interessa o resultado positivo, estou apostando em Cuenca e Pedro pelas pontas e Messi na dele, de falso 9. Claro que Guardiola pode seguir com Iniesta na ponta e afundar minha hipótese. Ou quem sabe escalar Fàbregas aberto, recuando Iniesta à meia esquerda (Cesc, aliás, tem o faro de gol bem mais apurado que Andrés). São várias as possibilidades.
Entretanto teimo em tentar prever que os donos da casa irão com dois atacantes de ofício pelas pontas, Messi por dentro (sempre caindo para a direita e voltando à meia-cancha), Busquets na cabeça de área e, nas meias... Bem, nas meias, se minha hipótese for concretizada, são duas vagas para três (ou quatro) jogadores (Xavi, Iniesta e Fàbregas. E Thiago).
Quanto aos visitantes, a previsão é menos difícil. Pelo seguinte: o contra-ataque será fundamental, e a melhor maneira para isso é com Cristiano Ronaldo, Özil, Di María e Benzema no gramado. Ah, e claro, com Marcelo. Depois do ocorrido na terça-feira passada na Allianz Arena, imagino que Coentrão irá amargar o banco em banho-maria.
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sexta-feira, abril 20, 2012
Dez pranchetas da Libertadores
Não tenho a pretensão de dizer como os times vão jogar nas oitavas de final, tampouco precisar qual o onze inicial de cada equipe. Além da mudança de atletas, a variação dos esquemas táticos também pode e deve ocorrer. Baseado nas anotações feitas por aqui, no entanto, tento reproduzir o que vi na fase de grupos.
Seguindo a ordem da classificação geral, eis 10 dos 16 oitavo-finalistas da Libertadores 2012, todos devidamente "empranchetados". (Peço "desculpas" a Libertad, Cruz Azul, Emelec, Bolivar, Deportivo Quito e Unión Española por não tê-los registrados no blog. E insisto: a intenção aqui não é dar o veredicto sobre os times, e sim dar uma ideia de como eles jogam ou podem jogar.)
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Seguindo a ordem da classificação geral, eis 10 dos 16 oitavo-finalistas da Libertadores 2012, todos devidamente "empranchetados". (Peço "desculpas" a Libertad, Cruz Azul, Emelec, Bolivar, Deportivo Quito e Unión Española por não tê-los registrados no blog. E insisto: a intenção aqui não é dar o veredicto sobre os times, e sim dar uma ideia de como eles jogam ou podem jogar.)
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Golaço de Neymar
Golaço de Pabón
quinta-feira, abril 19, 2012
Muricy é premiado pela ousadia
O lema é famoso por Neymar. Tem "ousadia" costurado até na chuteira. Mas além do craque, que foi ousado e abusado dentro de campo, como de praxe, Muricy Ramalho ousou e foi coroado com a vitória por 2 a 0 sobre o Strongest, na Vila Belmiro. Graças ao atrevimento do treinador, e ao empenho e ao talento dos jogadores, o Peixe conquistou três pontos e terminou a fase de grupos com 13.
Na primeira etapa, com o freio de mão meio que puxado, o alvinegro praiano, que trajou o uniforme número três, postou-se no 4-2-3-1, com Elano mais contido que Neymar, naturalmente. De um lado, o camisa 11 iniciou as jogadas em regra bastante aberto, próximo à linha lateral - posicionamento que fez Juan em diversos momentos progredir por dentro. Do outro, o 8 buscou mais a faixa central, embora também tenha feito o corredor direito e coberto a subida do lateral - no caso desta quinta-feira, Henrique.
Com essa formação o Santos chegou a construir algumas chances, a maioria delas com Neymar em lances com a bola rolando e até com a bola parada, num tiro direto. Borges também levou perigo. Contudo foi somente após as substituições efetuadas pelo técnico que o Peixe caiu na rede (e após a reestruturação tática da equipe).
Aos 22 do segundo tempo, o primeiro sinal: Henrique saiu para a entrada de Alan Kardec. Adriano passou à lateral direita, Elano foi recuado a volante, em parceria com Arouca, e Alan passou a ser o ponta-direita. Aos 30 minutos, Arouca deu lugar a Ibson. O dito seis por meia dúzia. Fôlego novo, função semelhante. Dois minutos depois, por fim, Felipe Anderson substituiu Elano.
Era um 4-2-4. Adriano e Juan nas laterais, Durval e Dracena na zaga, Ibson de "primeiro volante" e Ganso de "segundo volante", Felipe Anderson na ponta direita, Neymar na ponta esquerda, e Borges e Kardec batendo de frente com os beques adversários. O resultado? Gols de Alan Kardec aos 40, de cabeça, e de Neymar aos 42, tabelando com Borges e arrematando com a categoria que lhe caracteriza na saída do goleiro.
Neymar, aliás, justa e merecidamente foi eleito o jogador da partida pelo Fox Sports. Confira aqui alguns lances e o gol do craque santista.
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Na primeira etapa, com o freio de mão meio que puxado, o alvinegro praiano, que trajou o uniforme número três, postou-se no 4-2-3-1, com Elano mais contido que Neymar, naturalmente. De um lado, o camisa 11 iniciou as jogadas em regra bastante aberto, próximo à linha lateral - posicionamento que fez Juan em diversos momentos progredir por dentro. Do outro, o 8 buscou mais a faixa central, embora também tenha feito o corredor direito e coberto a subida do lateral - no caso desta quinta-feira, Henrique.
Com essa formação o Santos chegou a construir algumas chances, a maioria delas com Neymar em lances com a bola rolando e até com a bola parada, num tiro direto. Borges também levou perigo. Contudo foi somente após as substituições efetuadas pelo técnico que o Peixe caiu na rede (e após a reestruturação tática da equipe).
Aos 22 do segundo tempo, o primeiro sinal: Henrique saiu para a entrada de Alan Kardec. Adriano passou à lateral direita, Elano foi recuado a volante, em parceria com Arouca, e Alan passou a ser o ponta-direita. Aos 30 minutos, Arouca deu lugar a Ibson. O dito seis por meia dúzia. Fôlego novo, função semelhante. Dois minutos depois, por fim, Felipe Anderson substituiu Elano.
Era um 4-2-4. Adriano e Juan nas laterais, Durval e Dracena na zaga, Ibson de "primeiro volante" e Ganso de "segundo volante", Felipe Anderson na ponta direita, Neymar na ponta esquerda, e Borges e Kardec batendo de frente com os beques adversários. O resultado? Gols de Alan Kardec aos 40, de cabeça, e de Neymar aos 42, tabelando com Borges e arrematando com a categoria que lhe caracteriza na saída do goleiro.
Neymar, aliás, justa e merecidamente foi eleito o jogador da partida pelo Fox Sports. Confira aqui alguns lances e o gol do craque santista.
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Douglas pede passagem no Timão
Danilo deixou o dele de cabeça, para variar. Paulinho fez linda tabela com Liedson e marcou um golaço. Jorge Henrique também guardou um, num belo arremate cruzado. Emerson igualmente, num baita bate-pronto. O camisa 9 reduziu o jejum, aproveitando o rebote da própria penalidade máxima. Mas entre eles, individualmente quem mais me chamou a atenção foi Douglas, o 10 que veste a 15.
O Deportivo Táchira é fraco, entrou em campo eliminado, teve um jogador expulso ainda na primeira etapa, tudo isso é verdade. Esses fatos, no entanto, não diminuem a apresentação impecável do time treinado por Tite, muito menos a atuação de Douglas, o maestro do elenco. Em cerca de 30 minutos (entrou aos 15 do 2º tempo no lugar de Danilo), o meia executou três ou quatro passes verticais cirúrgicos, pela faixa central, daqueles que deixa o colega cara a cara com o goleiro.
Acho clichê falar que Douglas está fora de forma. Se está fininho ou não, não sei precisar. Só sei que sua canhotinha continua afiada e afinada. Mais uma vez, mostrou que tem bola de sobra para figurar entre os onze. A questão é: no lugar de quem? Impossível tirar Danilo, que atravessa grande fase e é essencial na jogada aéra. A exemplo de Emerson, o melhor atacante do plantel. Jorge Henrique? Complicado. É muito aplicado taticamente e tem fôlego de 300 espartanos. Sacar Liedson e adiantar Sheik? Creio que não. E Alex? À disposição, hoje é titular ou reserva?
A conclusão que chego é a seguinte: para minha tristeza, Douglas segue no banco. Contudo, para minha alegria, deve entrar com mais frequência a cada dia que passa, já que o Brasileirão começa no mês que vem, paralelo à Libertadores. Digo para minha alegria porque sou fã de seu futebol e aprecio como poucos meias dessa classe.
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O Deportivo Táchira é fraco, entrou em campo eliminado, teve um jogador expulso ainda na primeira etapa, tudo isso é verdade. Esses fatos, no entanto, não diminuem a apresentação impecável do time treinado por Tite, muito menos a atuação de Douglas, o maestro do elenco. Em cerca de 30 minutos (entrou aos 15 do 2º tempo no lugar de Danilo), o meia executou três ou quatro passes verticais cirúrgicos, pela faixa central, daqueles que deixa o colega cara a cara com o goleiro.
Acho clichê falar que Douglas está fora de forma. Se está fininho ou não, não sei precisar. Só sei que sua canhotinha continua afiada e afinada. Mais uma vez, mostrou que tem bola de sobra para figurar entre os onze. A questão é: no lugar de quem? Impossível tirar Danilo, que atravessa grande fase e é essencial na jogada aéra. A exemplo de Emerson, o melhor atacante do plantel. Jorge Henrique? Complicado. É muito aplicado taticamente e tem fôlego de 300 espartanos. Sacar Liedson e adiantar Sheik? Creio que não. E Alex? À disposição, hoje é titular ou reserva?
A conclusão que chego é a seguinte: para minha tristeza, Douglas segue no banco. Contudo, para minha alegria, deve entrar com mais frequência a cada dia que passa, já que o Brasileirão começa no mês que vem, paralelo à Libertadores. Digo para minha alegria porque sou fã de seu futebol e aprecio como poucos meias dessa classe.
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quarta-feira, abril 18, 2012
Jogo perfeito põe Chelsea na frente
Goleiro em noite inspirada, contra-golpe perfeito, e sorte. Essa é a receita para bater o todo-poderoso Barcelona. Por isso a vitória por 1 a 0 adquirida pelo Chelsea, no Stamford Bridge, nesta quarta-feira, pode entrar para o manual "Como derrotar o Barça de Guardiola e Messi".
A estratégia ideal para enfrentar a equipe catalã - senão a única - é jogar no contra-ataque. Por um simples motivo: futebol se joga com apenas uma bola, e ela é do Barça, em média durante 70% do tempo. Não importa se você é o Real Madrid ou o Bragantino, se a disputa é dentro ou fora da casa, a posse sempre pertence ao time culé.
Portanto, como os culés majoritariamente mantêm a posse e atuam com a última linha adiantada, quando a bola é retomada a orientação é a ligação direta para os atletas mais velozes sairem no contra-ataque. Foi o que ocorreu com Ramires, quando foi lançado às costas de Daniel Alves, ganhou dos marcadores na corrida e cruzou para Drogba balançar a rede.
Ramires, aliás, era pedra cantada. Estava na cara que a jogada seria o contra-golpe puxado por ele, como previsto aqui do blog (só não tinha imaginado o 7 na esquerda, grande sacada do técnico suíço-italiano). Vale ressaltar que várias vezes os contra-ataques chegam a até ser criados diante do Barcelona, mas poucas vezes são aproveitados. No caso dos Blues, eles aproveitaram - com participação crucial do ex-cruzeirense.
Porém um triunfo sobre esse Barcelona não se constrói apenas de contra-golpe. É preciso marcar, e muito. É preciso se fechar, povoar o campo defensivo e diminuir os espaços dos azulgrenás. Palmas para Di Matteo e seus comandados, que conseguiram essa proeza, ora com duas linhas de quatro, ora com uma de quatro e outra de cinco. Evidente, defensivamente o coletivo do Chelsea brilhou. No entanto peço licença para destacar a função exercida por Meireles, que não deixou Messi jogar na região que o argentino mais se sente à votande: entre o meio e a direita.
Mas não para por aí, não. Para superar esse Barcelona, além de contra-ataque e marcação perfeitos, é preciso ter sorte. Muita sorte. Por mais eficiente que seja o sistema defensivo, cedo ou tarde o Barça cria as chances. Não tem jeito. E é aí que entra a sorte, algo que sobrou para Di Matteo e seus comandados. Não só pelas três na trave (Alexis no primeiro tempo, Puyol e Pedro no segundo), mas por aquele gol perdido por Fàbregas, que na verdade foi perdido porque a bola quicou com bastante efeito antes da finalização do camisa 4. Ah, e claro, Cech fez excelentes intervenções. Noite inspirada.
Antes do confronto de ida, o treinador do clube londrino disse que seria necessário fazer duas partidas perfeitas para passar de fase. Uma já foi feita. Legítima, inteligente e letalmente, o Chelsea fez o que precisava ser feito para derrubar o Barcelona e terminou com a vitória sem discussão. Agora é esperar o duelo da volta, que tem tudo para ser idêntico (pelo menos nas estratégias) a esse, na semana que vem, terça-feira, no mesmo horário.
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A estratégia ideal para enfrentar a equipe catalã - senão a única - é jogar no contra-ataque. Por um simples motivo: futebol se joga com apenas uma bola, e ela é do Barça, em média durante 70% do tempo. Não importa se você é o Real Madrid ou o Bragantino, se a disputa é dentro ou fora da casa, a posse sempre pertence ao time culé.
Portanto, como os culés majoritariamente mantêm a posse e atuam com a última linha adiantada, quando a bola é retomada a orientação é a ligação direta para os atletas mais velozes sairem no contra-ataque. Foi o que ocorreu com Ramires, quando foi lançado às costas de Daniel Alves, ganhou dos marcadores na corrida e cruzou para Drogba balançar a rede.
Ramires, aliás, era pedra cantada. Estava na cara que a jogada seria o contra-golpe puxado por ele, como previsto aqui do blog (só não tinha imaginado o 7 na esquerda, grande sacada do técnico suíço-italiano). Vale ressaltar que várias vezes os contra-ataques chegam a até ser criados diante do Barcelona, mas poucas vezes são aproveitados. No caso dos Blues, eles aproveitaram - com participação crucial do ex-cruzeirense.
Porém um triunfo sobre esse Barcelona não se constrói apenas de contra-golpe. É preciso marcar, e muito. É preciso se fechar, povoar o campo defensivo e diminuir os espaços dos azulgrenás. Palmas para Di Matteo e seus comandados, que conseguiram essa proeza, ora com duas linhas de quatro, ora com uma de quatro e outra de cinco. Evidente, defensivamente o coletivo do Chelsea brilhou. No entanto peço licença para destacar a função exercida por Meireles, que não deixou Messi jogar na região que o argentino mais se sente à votande: entre o meio e a direita.
Mas não para por aí, não. Para superar esse Barcelona, além de contra-ataque e marcação perfeitos, é preciso ter sorte. Muita sorte. Por mais eficiente que seja o sistema defensivo, cedo ou tarde o Barça cria as chances. Não tem jeito. E é aí que entra a sorte, algo que sobrou para Di Matteo e seus comandados. Não só pelas três na trave (Alexis no primeiro tempo, Puyol e Pedro no segundo), mas por aquele gol perdido por Fàbregas, que na verdade foi perdido porque a bola quicou com bastante efeito antes da finalização do camisa 4. Ah, e claro, Cech fez excelentes intervenções. Noite inspirada.
Antes do confronto de ida, o treinador do clube londrino disse que seria necessário fazer duas partidas perfeitas para passar de fase. Uma já foi feita. Legítima, inteligente e letalmente, o Chelsea fez o que precisava ser feito para derrubar o Barcelona e terminou com a vitória sem discussão. Agora é esperar o duelo da volta, que tem tudo para ser idêntico (pelo menos nas estratégias) a esse, na semana que vem, terça-feira, no mesmo horário.
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A 100 dias, o possível 11 do Brasil
A galera está atenta e antenada. Após 60 mil votos computados, esse foi o resultado da enquete feita pelo Blog Pop Up: Rafael; Daniel Alves, Thiago Silva, Bruno Uvini e Marcelo; Sandro, Casemiro, PH Ganso e Lucas; Neymar e Damião. Na verdade o time joga no 4-2-3-1, e não no 4-4-2 em quadrado, mas isso é detalhe.
O onze que penso ser o ideal e que imagino que Mano tem em mente é bastante parecido. Apenas duas trocas: Daniel Alves e Bruno Uvini por Rafael, do United, e David Luiz. Ainda está longe, estamos a exatos 100 dias da estreia das Olimpíadas, mas se os Jogos começassem hoje, creio que essa abaixo seria a equipe titular.
Vamos por partes, como fazia Hildebrando e a sua serra. Primeiro, os três acima dos 23. Antes de qualquer coisa é preciso saber se os clubes irão liberar seus atletas. Antes de julgar as escolhas do treinador, é preciso apurar se a liberação foi concedida ou não. Se essa barreira for superada e se Mano puder contar com quem ele quiser, aí sim aposto em três nomes: Thiago Silva, David Luiz e Marcelo. E explico por quê.
Thiago Silva é hour concours, o melhor do mundo na posição e não precisa de explicações. Quanto a David, apesar de ser contestado pelo público brasileiro de uma forma geral, é um senhor zagueiro. É forte, veloz, preciso na cobertura, tem bom tempo de bola, passa e se apresenta à frente como poucos. (Sou o único a achar isso?) Outro argumento a favor do Sideshow Bob tupiniquim é que os beques sub-23 (Bruno Uvini, Juan, etc) não são nenhum Domingos da Guia.
Se a dupla for mesmo Thiago e David, sobra uma vaga de "veterano". Em tese disputada por Marcelo e Daniel Alves. E nessa briga acredito que o merengue leva vantagem pelo seguinte: "salvou" Mano em várias oportunidades, marcando gols em diversos amistosos pela seleção principal. Trata-se de um "homem de confiança" do técnico. Outro ponto a favor da presença de Marcelo e da ausência de Daniel na lista é que a lateral direita está bem servida. Rafael é seguro, agressivo e titular do Manchester United, feitos que o credenciam a ser o dono da camisa 2 (além do polivalente Danilo, ex-Santos e atualmente no Porto, que joga nas duas laterais).
A polivalência, por sinal, será essencial ao grupo, já que há apenas 18 assentos no avião para Londres. Portanto é necessário contar com jogadores que atuam em mais de uma posição, como Danilo, por exemplo, que trabalha pelas duas laterais. Também é o caso de Oscar e de Giuliano, que jogam nas três posições da linha de três. E de Rômulo, que pode ser tanto o primeiro quanto o segundo volante. Minha aposta para os 7 reservas, aliás, são o goleiro Neto, a dupla do Mundial Sub-20 do ano passado (Bruno Uvini e Juan), e o quarteto citado (Danilo, Rômulo, Oscar e Giuliano). Giuliano, Carlão? É. Em função das lesões de Pato, Giuliano pode ser beneficiado. Entenda minha opinião aqui e diga se concorda ou não.
Quanto aos titulares, do meio para frente, talvez não exista dúvida: Sandro, Casemiro; Lucas, Ganso e Neymar; na referência, Leandro Damião. Quem sabe o segundo volante não esteja assim tão certo. Mas de resto, é isso. Sandro é alto, forte e experiente (campeão da Libertadores pelo Inter - assim como Rafael pelo Santos - e está há 2 temporadas no Tottenham). Em relação a Ganso, Neymar, Lucas e Damião, não é preciso apresentação. Unanimidade. O único pecado é deixar Oscar no banco. Contudo é bem possível que ele ganhe uma vaga ao longo da competição - se é que Mano já não o enxerga entre os onze.
Ainda está longe e tudo pode acontencer. Entretanto, a 100 dias da estreia dos Jogos Olímpicos, a previsão é pra lá de otimista. Pelo menos é assim que encaro a situação. Por dois motivos: primeiro porque o material humano que Mano dispõe é excelente; e segundo porque confio de olhos fechados na comissão técnica.
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O onze que penso ser o ideal e que imagino que Mano tem em mente é bastante parecido. Apenas duas trocas: Daniel Alves e Bruno Uvini por Rafael, do United, e David Luiz. Ainda está longe, estamos a exatos 100 dias da estreia das Olimpíadas, mas se os Jogos começassem hoje, creio que essa abaixo seria a equipe titular.
Vamos por partes, como fazia Hildebrando e a sua serra. Primeiro, os três acima dos 23. Antes de qualquer coisa é preciso saber se os clubes irão liberar seus atletas. Antes de julgar as escolhas do treinador, é preciso apurar se a liberação foi concedida ou não. Se essa barreira for superada e se Mano puder contar com quem ele quiser, aí sim aposto em três nomes: Thiago Silva, David Luiz e Marcelo. E explico por quê.
Thiago Silva é hour concours, o melhor do mundo na posição e não precisa de explicações. Quanto a David, apesar de ser contestado pelo público brasileiro de uma forma geral, é um senhor zagueiro. É forte, veloz, preciso na cobertura, tem bom tempo de bola, passa e se apresenta à frente como poucos. (Sou o único a achar isso?) Outro argumento a favor do Sideshow Bob tupiniquim é que os beques sub-23 (Bruno Uvini, Juan, etc) não são nenhum Domingos da Guia.
Se a dupla for mesmo Thiago e David, sobra uma vaga de "veterano". Em tese disputada por Marcelo e Daniel Alves. E nessa briga acredito que o merengue leva vantagem pelo seguinte: "salvou" Mano em várias oportunidades, marcando gols em diversos amistosos pela seleção principal. Trata-se de um "homem de confiança" do técnico. Outro ponto a favor da presença de Marcelo e da ausência de Daniel na lista é que a lateral direita está bem servida. Rafael é seguro, agressivo e titular do Manchester United, feitos que o credenciam a ser o dono da camisa 2 (além do polivalente Danilo, ex-Santos e atualmente no Porto, que joga nas duas laterais).
A polivalência, por sinal, será essencial ao grupo, já que há apenas 18 assentos no avião para Londres. Portanto é necessário contar com jogadores que atuam em mais de uma posição, como Danilo, por exemplo, que trabalha pelas duas laterais. Também é o caso de Oscar e de Giuliano, que jogam nas três posições da linha de três. E de Rômulo, que pode ser tanto o primeiro quanto o segundo volante. Minha aposta para os 7 reservas, aliás, são o goleiro Neto, a dupla do Mundial Sub-20 do ano passado (Bruno Uvini e Juan), e o quarteto citado (Danilo, Rômulo, Oscar e Giuliano). Giuliano, Carlão? É. Em função das lesões de Pato, Giuliano pode ser beneficiado. Entenda minha opinião aqui e diga se concorda ou não.
Quanto aos titulares, do meio para frente, talvez não exista dúvida: Sandro, Casemiro; Lucas, Ganso e Neymar; na referência, Leandro Damião. Quem sabe o segundo volante não esteja assim tão certo. Mas de resto, é isso. Sandro é alto, forte e experiente (campeão da Libertadores pelo Inter - assim como Rafael pelo Santos - e está há 2 temporadas no Tottenham). Em relação a Ganso, Neymar, Lucas e Damião, não é preciso apresentação. Unanimidade. O único pecado é deixar Oscar no banco. Contudo é bem possível que ele ganhe uma vaga ao longo da competição - se é que Mano já não o enxerga entre os onze.
Ainda está longe e tudo pode acontencer. Entretanto, a 100 dias da estreia dos Jogos Olímpicos, a previsão é pra lá de otimista. Pelo menos é assim que encaro a situação. Por dois motivos: primeiro porque o material humano que Mano dispõe é excelente; e segundo porque confio de olhos fechados na comissão técnica.
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terça-feira, abril 17, 2012
Prévia de Chelsea vs Barcelona
Acho que Ramires. Nem Frank Lampard, nem Didier Drogba ou Fernando Torres. O jogador-chave do mandante na partida diante do Barcelona, para mim, é o brasileiro Ramires. Habituado à ponta direita, o camisa 7 é quem tem mais condições, entre os membros do elenco, de puxar os contra-ataques. Rápido e rasteiro na transição entre meio e frente, perito na condução de bola em alta velocidade, o ex-Benfica e Cruzeiro tem tudo para ser fundamental nas tramas ofensivas.
Como a posse do Barcelona atinge em média 70%, independende do adversário e do estádio, é provável que o contra-golpe seja a estratégia adotada por Di Matteo, mesmo em pleno Stamford Bridge. Para isso, além de Ramires, Mata será crucial. E por causa disso, creio que Malouda (ou Sturridge) ganhará a vaga de Kalou na ponta esquerda do 4-2-3-1 londrino.
Se Guardiola não surpreender com seu 3-4-3 e mantiver o 4-3-3, os duelos individuais deverão ser bem definidos, graças às estruturas táticas das duas equipes: pelas beiradas, Ivanovic (ou Bosingwa) com Iniesta, Ashley Cole com Alexis Sánchez, Daniel Alves com Malouda e Puyol com Ramires. Já pela meia-cancha, Mikel com Fàbregas, Lampard com Xavi e Mata com Busquets. Nunca é demais lembrar, porém, que Iniesta e, principalmente Messi, adoram se juntar ao meio-campo para conquistar a superioridade numérica no setor e manter a posse da pelota.
No confronto contra o Milan no San Siro, por exemplo, pelas quartas de final, Guardiola optou por Keita. Agora, nem se quisesse poderia, pois Keita está machucado e sequer viajou a Londres. Portanto a escalação deve ser essa mesmo, com Fàbregas, Iniesta e mais nove - o que sem dúvida qualifica os passes e os arremates à meta (em especial por causa do 4, que aliás se sente em casa na Terra da Rainha), embora o Barça dependa bastante de Messi e Alexis no quesito finalização.
Teorias e tentativas de previsão à parte, o apito inicial será dado às 15h45 (horário de Brasília), nesta quarta-feira, pela primeira perna da semifinal da Champions League. Palpite? Creio em vitória do Barça, mesmo longe do Camp Nou (o que não significa muita coisa, já que acreditava que o Real Madrid fosse bater o Bayern de Munique na Allianz Arena, e deu no que deu).
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Como a posse do Barcelona atinge em média 70%, independende do adversário e do estádio, é provável que o contra-golpe seja a estratégia adotada por Di Matteo, mesmo em pleno Stamford Bridge. Para isso, além de Ramires, Mata será crucial. E por causa disso, creio que Malouda (ou Sturridge) ganhará a vaga de Kalou na ponta esquerda do 4-2-3-1 londrino.
Se Guardiola não surpreender com seu 3-4-3 e mantiver o 4-3-3, os duelos individuais deverão ser bem definidos, graças às estruturas táticas das duas equipes: pelas beiradas, Ivanovic (ou Bosingwa) com Iniesta, Ashley Cole com Alexis Sánchez, Daniel Alves com Malouda e Puyol com Ramires. Já pela meia-cancha, Mikel com Fàbregas, Lampard com Xavi e Mata com Busquets. Nunca é demais lembrar, porém, que Iniesta e, principalmente Messi, adoram se juntar ao meio-campo para conquistar a superioridade numérica no setor e manter a posse da pelota.
No confronto contra o Milan no San Siro, por exemplo, pelas quartas de final, Guardiola optou por Keita. Agora, nem se quisesse poderia, pois Keita está machucado e sequer viajou a Londres. Portanto a escalação deve ser essa mesmo, com Fàbregas, Iniesta e mais nove - o que sem dúvida qualifica os passes e os arremates à meta (em especial por causa do 4, que aliás se sente em casa na Terra da Rainha), embora o Barça dependa bastante de Messi e Alexis no quesito finalização.
Teorias e tentativas de previsão à parte, o apito inicial será dado às 15h45 (horário de Brasília), nesta quarta-feira, pela primeira perna da semifinal da Champions League. Palpite? Creio em vitória do Barça, mesmo longe do Camp Nou (o que não significa muita coisa, já que acreditava que o Real Madrid fosse bater o Bayern de Munique na Allianz Arena, e deu no que deu).
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Bayern vence pela insistência
Coentrão virou vilão. Foi eleito titular por José Mourinho por ser em tese mais marcador que Marcelo, mas foi colocado no bolso por Lahm no mano a mano nos minutos finais da partida, quando Mario Gomez mandou pra rede o cruzamento do camisa 6 e definiu a vitória por 2 a 1. Ribéry, aos 17, e Özil, aos 53, foram os autores dos outros tentos.
Mourinho errou? Deveria ter iniciado com Marcelo na lateral? Não tenho ideia. Nunca saberemos o que teria acontecido se assim tivesse sido. De qualquer forma, não condeno o treinador português. Espero, no entanto, que ele tenha chegado à conclusão que, independente do adversário, do estádio e da altura do campeonato, no frigir dos ovos Marcelo rende mais para o time que Coentrão.
Isso posto, os donos da casa construíram o merecido placar na raça e na insistência. Quando estava 1 a 1 a impressão que dava era que os visitantes estavam, justificavelmente, satisteifos com o resultado. As alterações de Mourinho mostraram isso, aliás, quando Marcelo entrou para atuar como ponteiro, ou até mesmo a presença de Granero pela faixa central. Os mandantes, que nada tinham a ver com isso, não desistiram e foram premiados pela perseverança.
Taticamente, apesar do equilíbrio na posse de bola, o Bayern não conseguiu prender a redonda nem cadenciar o jogo pelo centro. Por conseguinte, as tramas foram feitas pelos flancos do campo, como de praxe, em especial com os laterais e os ponteiros. Já os madridistas conseguiram atuar mais por dentro, com Di María por ali e Özil aberto na direita, sem nunca abrir de mão, claro, das investidas de Cristiano Ronaldo pela ponta esquerda.
No fim das contas a derrota por 2 a 1 não chega a ser um pesadelo para o Real Madrid graças ao gol anotado fora de casa. O 1 a 0 no Santiago Bernabéu classifica os blancos. Contudo é difícil imaginar um placar tão magro num cofronto entre equipes tão qualificadas onfensivamente. Difícil também é imaginar o Bayern de Munique passando em branco, já que no duelo de volta os espaços para o contra-ataque bávaro serão, na teoria, mais generosos.
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Mourinho errou? Deveria ter iniciado com Marcelo na lateral? Não tenho ideia. Nunca saberemos o que teria acontecido se assim tivesse sido. De qualquer forma, não condeno o treinador português. Espero, no entanto, que ele tenha chegado à conclusão que, independente do adversário, do estádio e da altura do campeonato, no frigir dos ovos Marcelo rende mais para o time que Coentrão.
Isso posto, os donos da casa construíram o merecido placar na raça e na insistência. Quando estava 1 a 1 a impressão que dava era que os visitantes estavam, justificavelmente, satisteifos com o resultado. As alterações de Mourinho mostraram isso, aliás, quando Marcelo entrou para atuar como ponteiro, ou até mesmo a presença de Granero pela faixa central. Os mandantes, que nada tinham a ver com isso, não desistiram e foram premiados pela perseverança.
Taticamente, apesar do equilíbrio na posse de bola, o Bayern não conseguiu prender a redonda nem cadenciar o jogo pelo centro. Por conseguinte, as tramas foram feitas pelos flancos do campo, como de praxe, em especial com os laterais e os ponteiros. Já os madridistas conseguiram atuar mais por dentro, com Di María por ali e Özil aberto na direita, sem nunca abrir de mão, claro, das investidas de Cristiano Ronaldo pela ponta esquerda.
No fim das contas a derrota por 2 a 1 não chega a ser um pesadelo para o Real Madrid graças ao gol anotado fora de casa. O 1 a 0 no Santiago Bernabéu classifica os blancos. Contudo é difícil imaginar um placar tão magro num cofronto entre equipes tão qualificadas onfensivamente. Difícil também é imaginar o Bayern de Munique passando em branco, já que no duelo de volta os espaços para o contra-ataque bávaro serão, na teoria, mais generosos.
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segunda-feira, abril 16, 2012
Pré-jogo: Bayern vs Madrid
Sorte do dia: você não é Marcelo. Ou seria Coentrão? Tenho minhas dúvidas. Qual deles Mourinho vai escalar para duelar com Robben? Sem muita convicção, acredito que essa moleza será incumbida ao português, por ser, se é mesmo que é, mais forte na marcação.
Vida dura também terá Lahm, que travará uma nada suave batalha com Cristiano Ronado. A exemplo do camisa 10 bávaro, o 7 merengue tem na entrada em diagonal e no arremate a gol seus pontos fortes. E é justamente por causa da qualidade dos ponteiros citados que a responsabilidade não será apenas dos laterais.
O primeiro combate em Robben é de Coentrão (Marcelo), mas na cobertura estarão Sergio Ramos e Alonso. Do modo de que em Cristiano Ronaldo, além de Lahm, Boateng e Luiz Gustavo deverão estar de olho. No outro lado do campo, acontece o mesmo: Ribéry vigiado pelo triângulo Arbeloa-Pepe-Khedira, e Alaba, Badstuber e Kroos atentos a Di María.
A titularidade de Di María, aliás, deve ser confirmada, apesar do time render bem com Benzema na ponta direita e Higuaín na referência. Confesso que ficarei surpreso se Kaká começar entre os onze (com Özil na direita), ou até mesmo Higuaín (com Benzema na direita), mais pelo fato do jogo ser fora de casa do que qualquer outra coisa.
Esse deslocamento para cobrir os laterais, porém, tem de estar bem afinado, pois nessa dança de cobertor curto, os volantes podem deixar espaços por dentro para Müller e Özil. Nesse confronto de 4-2-3-1's, as duplas Gustavo/Kroos e Alonso/Khedira serão cruciais na questão defensiva. Kroos e Khedira, por sinal, devem bater de frente na maior parte do tempo.
Outro ponto que merece ser levantando é referente aos centroavantes. Se por um lado Gomez, vice-artilheiro da competição com 11 gols, atravessa por uma fase iluminada, por outro Benzema oferece muito mais mobilidade. Enquanto o alemão trabalha como referência típica, enfiado entre os zagueiros, à espera dos passes e cruzamentos, o francês costuma cair pelos lados para fugir da marcação e servir de opção aos compaheiros.
Em relação às estratégias, será legítimo se Mourinho adotar o contra-ataque, mesmo com a partida estando zero a zero. Um dos mais velozes e letais do mundo, o contra-golpe blanco pode ser o caminho mais indicado. Mas veja bem: entendo que seja legítimo, não necessariamente que seja necessário. Dependendo do andar da carruagem, a estratégia dos visitantes pode variar.
Quanto ao Bayern, nos primeiros 10, 15 minutos, deve manter a posse da bola e marcar por pressão quando perdê-la. Deve ir para o abafa para tentar abrir o placar logo no início. Se obter sucesso, aí quem passa a ter no contra-ataque sua principal arma são os mandantes. Caso contrário, é possível que o Madrid controle o jogo.
Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática nesta terça-feira, às 15h45 (horário de Brasília), em Munique, na Allianz Arena, pelo embate de ida da semifinal da Champions League.
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Vida dura também terá Lahm, que travará uma nada suave batalha com Cristiano Ronado. A exemplo do camisa 10 bávaro, o 7 merengue tem na entrada em diagonal e no arremate a gol seus pontos fortes. E é justamente por causa da qualidade dos ponteiros citados que a responsabilidade não será apenas dos laterais.
O primeiro combate em Robben é de Coentrão (Marcelo), mas na cobertura estarão Sergio Ramos e Alonso. Do modo de que em Cristiano Ronaldo, além de Lahm, Boateng e Luiz Gustavo deverão estar de olho. No outro lado do campo, acontece o mesmo: Ribéry vigiado pelo triângulo Arbeloa-Pepe-Khedira, e Alaba, Badstuber e Kroos atentos a Di María.
A titularidade de Di María, aliás, deve ser confirmada, apesar do time render bem com Benzema na ponta direita e Higuaín na referência. Confesso que ficarei surpreso se Kaká começar entre os onze (com Özil na direita), ou até mesmo Higuaín (com Benzema na direita), mais pelo fato do jogo ser fora de casa do que qualquer outra coisa.
Esse deslocamento para cobrir os laterais, porém, tem de estar bem afinado, pois nessa dança de cobertor curto, os volantes podem deixar espaços por dentro para Müller e Özil. Nesse confronto de 4-2-3-1's, as duplas Gustavo/Kroos e Alonso/Khedira serão cruciais na questão defensiva. Kroos e Khedira, por sinal, devem bater de frente na maior parte do tempo.
Outro ponto que merece ser levantando é referente aos centroavantes. Se por um lado Gomez, vice-artilheiro da competição com 11 gols, atravessa por uma fase iluminada, por outro Benzema oferece muito mais mobilidade. Enquanto o alemão trabalha como referência típica, enfiado entre os zagueiros, à espera dos passes e cruzamentos, o francês costuma cair pelos lados para fugir da marcação e servir de opção aos compaheiros.
Em relação às estratégias, será legítimo se Mourinho adotar o contra-ataque, mesmo com a partida estando zero a zero. Um dos mais velozes e letais do mundo, o contra-golpe blanco pode ser o caminho mais indicado. Mas veja bem: entendo que seja legítimo, não necessariamente que seja necessário. Dependendo do andar da carruagem, a estratégia dos visitantes pode variar.
Quanto ao Bayern, nos primeiros 10, 15 minutos, deve manter a posse da bola e marcar por pressão quando perdê-la. Deve ir para o abafa para tentar abrir o placar logo no início. Se obter sucesso, aí quem passa a ter no contra-ataque sua principal arma são os mandantes. Caso contrário, é possível que o Madrid controle o jogo.
Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática nesta terça-feira, às 15h45 (horário de Brasília), em Munique, na Allianz Arena, pelo embate de ida da semifinal da Champions League.
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domingo, abril 15, 2012
Ganso, o Messi dos três pontos
Em abril de 2010, o goleiro do Guarani evitou a cesta.
Um mês antes, o do Monte Azul não conseguiu. Chuá!
Agora foi a vez do arqueiro do Catanduvense.
Se Messi nos mal acostumou aos gols de cobertura dentro da área, Ganso pode fazer o mesmo com seus arremessos de três pontos.
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Um mês antes, o do Monte Azul não conseguiu. Chuá!
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Se Messi nos mal acostumou aos gols de cobertura dentro da área, Ganso pode fazer o mesmo com seus arremessos de três pontos.
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Blues passam pelos Spurs
Redknapp mudou o time na primeira etapa. Começou a semifinal da Copa da Inglaterra postado no 4-4-1-1, com Van der Vaart combatendo o primeiro volante adversário. Lá pelos 25, 30 minutos, porém, o treinador dos Spurs recuou o holandês, creio eu para dar menos liberdade a Frank Lampard. Dessa maneira, com a transição para o 4-1-4-1, a marcação no meio-campo encaixou perfeitamente.
Pelas beiradas os duelos ficaram entre Walker e Kalou, Assou-Ekotto e Ramires, Lennon e Cole, e Bale e Bosingwa. Já pelo miolo da meia-cancha, Parker vs Mata, VDV vs Lampard e Modric vs Mikel. Na frente, Adebayor contra Terry e David Luiz de um lado, Drogba contra King e Gallas do outro.
Destacou-se mais uma vez, não só pelo gol anotado, o volante Ramires. Que na verdade não joga mais como volante há tempos. No esquema de Di Matteo, o ex-Cruzeiro e Benfica é o dono indiscutível da ponta direita. Tanto pelo corredor quanto pela diagonal, o 7 é a válvula de escape em velocidade da equipe londrina. Pode não ser dos mais habilidosos, mas que está sobrando eficiência a Ramires, está.
Em relação à mudança feita por Redknapp, entendo que foi positiva. Apesar do resultado, tentou reduzir os espaços do oponente. Embora tenha recuado o time, se fechou para tentar contra-atacar com seus velozes wingers. Na teoria a intenção foi das melhores. Na prática, no entanto, não deu certo, vide o placar final: 5 a 1 Chelsea.
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Destacou-se mais uma vez, não só pelo gol anotado, o volante Ramires. Que na verdade não joga mais como volante há tempos. No esquema de Di Matteo, o ex-Cruzeiro e Benfica é o dono indiscutível da ponta direita. Tanto pelo corredor quanto pela diagonal, o 7 é a válvula de escape em velocidade da equipe londrina. Pode não ser dos mais habilidosos, mas que está sobrando eficiência a Ramires, está.
Em relação à mudança feita por Redknapp, entendo que foi positiva. Apesar do resultado, tentou reduzir os espaços do oponente. Embora tenha recuado o time, se fechou para tentar contra-atacar com seus velozes wingers. Na teoria a intenção foi das melhores. Na prática, no entanto, não deu certo, vide o placar final: 5 a 1 Chelsea.
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quinta-feira, abril 12, 2012
Boca cala Flu no Engenhão
Taticamente, confronto espelhado no Rio. Tanto Fluminense quanto Boca Juniors atuaram no 4-4-2 em losango. Portanto os duelos individuais do meio-campo ficaram bem definidos: Edinho vs Chavez, Deco vs Erviti, Diguinho vs Ledesma e Thiago Neves vs Erbes.
Semelhança também no setor ofensivo. De um lado Santiago Silva e do outro Fred, na referência. Já na movimentação, Wellington Nem pelo lado tricolor, Cvitanich pelo lado azul e ouro. A mobilidade de Nem foi maior, porém Cvitanich levou vantagem na eficiência. Foi dele o primeiro gol xeneize.
Quanto aos laterais, nem tanta semelhança assim. Pelo contrário. Se Bruno e Carlinhos, alternadamente, avançaram com alta frequência, Clemente Rodríguez e Roncaglia foram mais contidos.
Para fugir da marcação de Erbes, imagino, Thiago Neves em regra tentou desafogar pela esquerda. Entretanto, no frigir dos ovos, foi apagada a partida do camisa 7. Chavez, o outro enganche do embate, em contrapartida, também não se descatou tanto.
Edinho, o cabeça de área do Flu, fez péssimo primeiro tempo e foi para o chuveiro no intervalo. Na vaga dele entrou Jean, que passou a ocupar o lado direito do losango, com Deco à esquerda e Diguinho recuado, centralizado, no posição do 5.
A substituição que aparentemente iria surtir efeito, não surtiu. Nesse novo posicionamento, Jean e Deco eram, na teoria, os apoiadores do time. Na prática, porém, pouco apoiaram, pouco chegaram à frente, pouco encostaram em Thiago Neves, em Wellington Nem, em Fred (Rafael Moura), nos laterais. Salvo engano, não chegaram a penetrar na área adversária na etapa final.
Mais aplicado, dedicado e concentrado, no fim das contas o Boca foi superior nos 90 minutos, construiu o 2 a 0 por merecimento e voltou a Buenos Aires com presença garantida nas oitavas de final.
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Semelhança também no setor ofensivo. De um lado Santiago Silva e do outro Fred, na referência. Já na movimentação, Wellington Nem pelo lado tricolor, Cvitanich pelo lado azul e ouro. A mobilidade de Nem foi maior, porém Cvitanich levou vantagem na eficiência. Foi dele o primeiro gol xeneize.
Quanto aos laterais, nem tanta semelhança assim. Pelo contrário. Se Bruno e Carlinhos, alternadamente, avançaram com alta frequência, Clemente Rodríguez e Roncaglia foram mais contidos.
Para fugir da marcação de Erbes, imagino, Thiago Neves em regra tentou desafogar pela esquerda. Entretanto, no frigir dos ovos, foi apagada a partida do camisa 7. Chavez, o outro enganche do embate, em contrapartida, também não se descatou tanto.
Edinho, o cabeça de área do Flu, fez péssimo primeiro tempo e foi para o chuveiro no intervalo. Na vaga dele entrou Jean, que passou a ocupar o lado direito do losango, com Deco à esquerda e Diguinho recuado, centralizado, no posição do 5.
A substituição que aparentemente iria surtir efeito, não surtiu. Nesse novo posicionamento, Jean e Deco eram, na teoria, os apoiadores do time. Na prática, porém, pouco apoiaram, pouco chegaram à frente, pouco encostaram em Thiago Neves, em Wellington Nem, em Fred (Rafael Moura), nos laterais. Salvo engano, não chegaram a penetrar na área adversária na etapa final.
Mais aplicado, dedicado e concentrado, no fim das contas o Boca foi superior nos 90 minutos, construiu o 2 a 0 por merecimento e voltou a Buenos Aires com presença garantida nas oitavas de final.
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quarta-feira, abril 11, 2012
Atlético sucumbe ao Madrid
A vitória foi do Real Madrid. Quatro a um, com direito a hat-trick e golaço de Cristiano Ronaldo. Eu sei. Mas como estamos careca de saber como joga o time treinado por José Mourinho, resolvi publicar um post sobre o "primo pobre" da cidade.
No dérbi desta quarta-feira, no Vicente Calderón, a equipe de Diego Simeone tentou vender caro a derrota. E conseguiu, pelo menos até a página dois. Verdade que los blancos, no frigir dos ovos, foram muito superiores e mereceram os três pontos. Entretanto, dentro de suas limitações e da qualidade do rival, los colchoneros fizeram uma boa partida. Pelo menos até a metade do segundo tempo.
No 4-4-2 atleticano, sem a posse da bola, o brasileiro Diego fecha o lado direito do campo, alinhando-se a Gabi, Tiago e Arda. Com a bola, porém, o camisa 22 busca sempre a faixa central do gramado, para articular as jogadas. Ou seja: em nada lembra o chamado winger (ao contrário de Arda, que em vários momentos progrediu pelo corredor).
Em relação à dulpa de frente, Falcao trabalha na referência e Adrián na movimentação. O 7 busca o jogo atrás, cai pelos lados e encosta no centroavante, como manda a cartilha. Foi dele, aliás, o cruzamento para o gol de cabeça de Falcao. Já os laterais, responsáveis por Di María e Cristiano Ronaldo, foram acionados quando podiam ser.
Com a derrota para o Madrid, o Atlético se manteve na modesta 9ª colocação da Liga Espanhola, enquanto o líder merengue voltou a abrir 4 pontos de vantagem sobre o Barcelona.
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No 4-4-2 atleticano, sem a posse da bola, o brasileiro Diego fecha o lado direito do campo, alinhando-se a Gabi, Tiago e Arda. Com a bola, porém, o camisa 22 busca sempre a faixa central do gramado, para articular as jogadas. Ou seja: em nada lembra o chamado winger (ao contrário de Arda, que em vários momentos progrediu pelo corredor).
Em relação à dulpa de frente, Falcao trabalha na referência e Adrián na movimentação. O 7 busca o jogo atrás, cai pelos lados e encosta no centroavante, como manda a cartilha. Foi dele, aliás, o cruzamento para o gol de cabeça de Falcao. Já os laterais, responsáveis por Di María e Cristiano Ronaldo, foram acionados quando podiam ser.
Com a derrota para o Madrid, o Atlético se manteve na modesta 9ª colocação da Liga Espanhola, enquanto o líder merengue voltou a abrir 4 pontos de vantagem sobre o Barcelona.
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Dortmund abre bela vantagem
Alaba. Talvez foi por causa da presença dele, do inexperiente lateral-esquerdo do Bayern, que o Dortmund explorou as tramas ofensivas pelo flanco direito com mais frequência do que pelo esquerdo. Pela direita, em regra com Piszczek e Kuba (Gündogan ou Kagawa), os donos da casa construíram boas jogadas, em especial no primeiro tempo.
Pela esquerda, Schmelzer mais guardou posição do que apoiou, e Grosskreutz não buscou a linha de fundo, nem a diagonal. Cá entre nós, não foi empolgante a partida do camisa 19 nesta quarta-feira, pela 30ª rodada da Bundesliga.
Embora muitos interpretem o esquema tático adotado por Jürgen Klopp como 4-2-3-1, para mim trata-se de um 4-4-2 em linha, que pode variar para o 4-4-1-1, de acordo com o posicionamento de Kagawa. Entendo que o japonês cumpre a função do segundo atacante, que cai pelos lados, alimenta o centroavante e ajuda o meio-campo, geralmente cercando o primeiro volante, quando o oponente mantém a posse da bola na intermediária do Borussia Dortmund.
Nessa estrutura tática, enxergo no 23 um atacante de movimentação, e não um meia-armador ou meia-atacante. Ele mais flutua entre as costas dos volantes adversários e a linha de zagueiros, próximo ao centroavante, do que bate de frente com os volantes adversários.
Quanto aos wingers, foram aplicados sem a bola, em vários momentos, inclusive, dando o primeiro combate em Robben e Ribéry. Quanto a Lewandowski, trabalha como referência típica. E em relação aos "volantes", foram bastante contidos. Gündogan e Kehl pouco apareceram no apoio. Talvez por isso o jogo da equipe de amarelo se concentrou mais pelos flancos do que pela faixa central.
No fim das contas, a vitória por 1 a 0 (gol de Lewandowski) deixou o líder numa condição confortável na tabela. A oito rodadas do término, o Dortmund conta com 69 pontos, seguido pelo Bayern, o segundo colocado, com 63.
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Embora muitos interpretem o esquema tático adotado por Jürgen Klopp como 4-2-3-1, para mim trata-se de um 4-4-2 em linha, que pode variar para o 4-4-1-1, de acordo com o posicionamento de Kagawa. Entendo que o japonês cumpre a função do segundo atacante, que cai pelos lados, alimenta o centroavante e ajuda o meio-campo, geralmente cercando o primeiro volante, quando o oponente mantém a posse da bola na intermediária do Borussia Dortmund.
Nessa estrutura tática, enxergo no 23 um atacante de movimentação, e não um meia-armador ou meia-atacante. Ele mais flutua entre as costas dos volantes adversários e a linha de zagueiros, próximo ao centroavante, do que bate de frente com os volantes adversários.
Quanto aos wingers, foram aplicados sem a bola, em vários momentos, inclusive, dando o primeiro combate em Robben e Ribéry. Quanto a Lewandowski, trabalha como referência típica. E em relação aos "volantes", foram bastante contidos. Gündogan e Kehl pouco apareceram no apoio. Talvez por isso o jogo da equipe de amarelo se concentrou mais pelos flancos do que pela faixa central.
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terça-feira, abril 10, 2012
Outra cartada de Pep Guardiola
Tirar Messi da ponta direita para transformá-lo em falso 9, após a saída de Ibrahimovic rumo ao Milan, foi a maior sacada de Guardiola no comando do Barcelona. A segunda maior, para mim, foi o 3-4-3.
Pode-se pensar que a chegada de Fàbregas foi essencial para o surgimento desse "plano B". E até certo ponto, foi. Graças ao retorno do camisa 4, o técnico se viu forçado a encontrar uma estrutura diferente do tradicional 4-3-3 para encaixar o ex-capitão do Arsenal (embora Fàbregas também jogue no 4-3-3, com Iniesta na beirada).
Contudo, em regra o jogador-chave que faz o time mudar ou não de esquema é Daniel Alves. Sem ele à disposição, as chances de Guardiola escalar a equipe no 3-4-3 são sempre grandes. Com ele disponível, a probabilidade maior é o 4-3-3. Daniel Alves também joga no 3-4-3, é verdade. Mas como ponta-direita, e não fechando o lado na linha de três.
Na vitória por 4 a 0 sobre o Getafe, nesta terça-feira, no Camp Nou, sem Fàbregas e Daniel, o "plano B" entrou em vigor novamente. Dessa vez com Mascherano na sobra, Cuenca e Pedro nas pontas, Alexis centralizado e Messi na ponta superior do losango da meia-cancha.
Entre o trio de "zagueiros", Adriano e Puyol foram relativamente ativos no apoio. E quando apoiavam, alternadamente, Busquets guardava a posição. Ou seja: sempre havia três jogadores culés para dois atacantes do Getafe - quandos estes não estavam recuados.
No setor ofensivo, como de praxe no 3-4-3 de Guardiola, os ponteiros (Cuenca e Pedro) atuaram bem abertos, próximos às linhas laterais do gramado, buscando a diagonal e a linha de fundo. Essa estratégia, como gosta de ressaltar Paulo Calçade nas transmissões dos canais ESPN, distancia os membros da linha defensiva do adversário e, por conseguinte, abre espaços para o centroavante e para quem vem de trás, para quem vem do meio-campo.
E é justamente no meio-campo que está o coração do jogo azulgrená. E o cérebro. Nesta terça-feira, por exemplo, o setor foi ocupado por Busquets, Xavi, Iniesta e Messi, atletas de muita qualidade no passe - fundamento crucial para a manutenção da posse de bola. São quatro jogadores para pensar pacientemente a partida pela faixa central. E às vezes são cinco, quando Fàbregas é titular e Messi o falso 9.
A maior sacada no comando do Barcelona, para mim, foi centralizar Messi. Entretanto reconheço que esse 3-4-3 retirado da cartola de Guardiola merece menção honrosa. Por originar, insistir e desenvolver a ideia, mais uma vez Pep merece palmas.
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Pode-se pensar que a chegada de Fàbregas foi essencial para o surgimento desse "plano B". E até certo ponto, foi. Graças ao retorno do camisa 4, o técnico se viu forçado a encontrar uma estrutura diferente do tradicional 4-3-3 para encaixar o ex-capitão do Arsenal (embora Fàbregas também jogue no 4-3-3, com Iniesta na beirada).
Contudo, em regra o jogador-chave que faz o time mudar ou não de esquema é Daniel Alves. Sem ele à disposição, as chances de Guardiola escalar a equipe no 3-4-3 são sempre grandes. Com ele disponível, a probabilidade maior é o 4-3-3. Daniel Alves também joga no 3-4-3, é verdade. Mas como ponta-direita, e não fechando o lado na linha de três.
Na vitória por 4 a 0 sobre o Getafe, nesta terça-feira, no Camp Nou, sem Fàbregas e Daniel, o "plano B" entrou em vigor novamente. Dessa vez com Mascherano na sobra, Cuenca e Pedro nas pontas, Alexis centralizado e Messi na ponta superior do losango da meia-cancha.
Entre o trio de "zagueiros", Adriano e Puyol foram relativamente ativos no apoio. E quando apoiavam, alternadamente, Busquets guardava a posição. Ou seja: sempre havia três jogadores culés para dois atacantes do Getafe - quandos estes não estavam recuados.
No setor ofensivo, como de praxe no 3-4-3 de Guardiola, os ponteiros (Cuenca e Pedro) atuaram bem abertos, próximos às linhas laterais do gramado, buscando a diagonal e a linha de fundo. Essa estratégia, como gosta de ressaltar Paulo Calçade nas transmissões dos canais ESPN, distancia os membros da linha defensiva do adversário e, por conseguinte, abre espaços para o centroavante e para quem vem de trás, para quem vem do meio-campo.
E é justamente no meio-campo que está o coração do jogo azulgrená. E o cérebro. Nesta terça-feira, por exemplo, o setor foi ocupado por Busquets, Xavi, Iniesta e Messi, atletas de muita qualidade no passe - fundamento crucial para a manutenção da posse de bola. São quatro jogadores para pensar pacientemente a partida pela faixa central. E às vezes são cinco, quando Fàbregas é titular e Messi o falso 9.
A maior sacada no comando do Barcelona, para mim, foi centralizar Messi. Entretanto reconheço que esse 3-4-3 retirado da cartola de Guardiola merece menção honrosa. Por originar, insistir e desenvolver a ideia, mais uma vez Pep merece palmas.
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quinta-feira, abril 05, 2012
Pato pode "ajudar" Giuliano
Problema à vista para Mano. O site do Fox Sports reproduziu a notícia publicada na Gazzetta dello Sport, revelando o seguinte: Pato não joga mais nesta temporada. Logo, o camisa 7 do Milan está praticamente fora dos Jogos Olímpicos. E por conseguinte, abre-se uma vaga na lista dos 18 atletas que vão para Londres.
Na lista dos 52, divulgada há três semanas, existem apenas dois centroavantes de ofício, além de Pato e Damião: André e Willian José. Portanto se o treinador optar por levar dois noves, o reserva imediato de Damião deve ser ou o jogador do Atlético-MG, ou o do São Paulo.
Contudo, há outra possibilidade: deixar Damião sem reserva. Em entrevista ao Arena SporTV esses dias, aliás, Mano chegou a cogitar essa alternativa, justamente quando o assunto na roda era Alexandre Pato e suas lesões. Lembro-me que o técnico disse que a seleção olímpica poderia jogar sem o homem de referência, no 4-4-2, com dois atacantes de movimentação.
Ou seja: caso Damião se machuque no torneio, ou até mesmo por opção do treinador em função das características de um ou outro adversário, o Brasil poderia atuar com Neymar e Lucas na frente, meio abertos, com um losango no meio-campo. Para isso, porém, como explicou Mano no Arena, seria preciso um enganche - o cara da ponta de cima do losango - que chegue bem à frente, que encoste bem nos atacantes, que entre na área e finalize.
Convenhamos, Ganso não é esse jogador. Ganso é mais Gerson do que Zico. É mais lançador do que condutor. Por essas e outras, por causa da situação do Pato, do número limitado de jogadores inscritos (dezoito), e por causa do estilo de jogo do Ganso, imagino que um nome que anda meio sumido dos noticiários vai acabar ganhando força: Giuliano. Pelo seguinte: além de poder jogar nas três posições da chamada "linha de três" do 4-2-3-1 (polivalência é essencial nessas circunstâncias), o ex-Colorado pode ser o cara ideal para atuar como enganche no 4-4-2 em losango. Porque, pelo menos na minha visão, Giuliano é mais agudo que Ganso, que Oscar, que Coutinho... E que Ronaldinho, evidentemente.
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Na lista dos 52, divulgada há três semanas, existem apenas dois centroavantes de ofício, além de Pato e Damião: André e Willian José. Portanto se o treinador optar por levar dois noves, o reserva imediato de Damião deve ser ou o jogador do Atlético-MG, ou o do São Paulo.
Contudo, há outra possibilidade: deixar Damião sem reserva. Em entrevista ao Arena SporTV esses dias, aliás, Mano chegou a cogitar essa alternativa, justamente quando o assunto na roda era Alexandre Pato e suas lesões. Lembro-me que o técnico disse que a seleção olímpica poderia jogar sem o homem de referência, no 4-4-2, com dois atacantes de movimentação.
Ou seja: caso Damião se machuque no torneio, ou até mesmo por opção do treinador em função das características de um ou outro adversário, o Brasil poderia atuar com Neymar e Lucas na frente, meio abertos, com um losango no meio-campo. Para isso, porém, como explicou Mano no Arena, seria preciso um enganche - o cara da ponta de cima do losango - que chegue bem à frente, que encoste bem nos atacantes, que entre na área e finalize.
Convenhamos, Ganso não é esse jogador. Ganso é mais Gerson do que Zico. É mais lançador do que condutor. Por essas e outras, por causa da situação do Pato, do número limitado de jogadores inscritos (dezoito), e por causa do estilo de jogo do Ganso, imagino que um nome que anda meio sumido dos noticiários vai acabar ganhando força: Giuliano. Pelo seguinte: além de poder jogar nas três posições da chamada "linha de três" do 4-2-3-1 (polivalência é essencial nessas circunstâncias), o ex-Colorado pode ser o cara ideal para atuar como enganche no 4-4-2 em losango. Porque, pelo menos na minha visão, Giuliano é mais agudo que Ganso, que Oscar, que Coutinho... E que Ronaldinho, evidentemente.
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Jogaço e justiça no Beira-Rio
Merece destaque o elenco colorado. Mesmo sem D'Alessandro, Oscar e Guiñazu - a espinha dorsal do time treinado por Dorival - os donos da casa complicaram a vida do atual campeão do torneio. Sandro Silva, Tinga e Dátolo entraram nas vagas dos ditos titulares, e deram conta do recado. Mais que isso. Sandro Silva e Tinga, em especial, jogaram o fino. Claro que Guiñazu, Oscar e D'Alessandro fizeram falta. Mas seus substitutos foram exemplares, o que mostra a força do plantel.
O primeiro tempo do Internacional foi memorável. Anulou o Peixe completamente (exceção feita a um contra-ataque que culminou na finalização de Ibson e na defesaça de Muriel), e ainda criou boas chances de gol - além do tento anotado por Nei em cobrança de falta. Em função da distribuição tática das equipes e do posicionamento do craque da Vila, o trio Sandro Silva, Nei e Rodrigo Moledo foram os responsáveis por parar Neymar. E até certo ponto, até a página dois ou três, eles conseguiram. Não por acaso os três cartões amarelos do Inter no jogo foram para Sandro Silva, Nei e Moledo.
No segundo tempo, porém, naturalmente o Colorado cansou, devido à ferrenha marcação exercida na primeira etapa. Proporcionalmente, aos poucos os visitantes foram crescendo nos 45 minutos finais, enquanto os mandantes foram perdendo o fôlego. E aos poucos, o Santos foi construindo oportunidades de gol. Uma. Duas. Três. Mas foi parando em Muriel. Nem Neymar, nem Borges, nem Ibson conseguiram. Até a entrada de Alan Kardec (na vaga de Fucile!), que em seu primeiro lance testou para o fundo da rede. "Você é o cara!", pensou Muricy consigo mesmo assim que saiu o empate.
No frigir dos ovos, o Beira-Rio foi palco de um belo espetáculo. Se não foi o maior show da Terra, foi rico em emoção e proporcionou grandes jogadas, coletivas e individuais. Agora, com o justo 1 a 1 no placar, o Santos se mantém na liderança do Grupo 1 com 10 pontos, seguido pelo Inter, com 8. The Strongest tem 7, e um jogo a menos (enfrenta o café com leite do Juan Aurich fora de casa nessa quinta-feira). Na última rodada, no dia 19 de abril, o Peixe recebe o time boliviano e o Colorado visita o peruano.
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O primeiro tempo do Internacional foi memorável. Anulou o Peixe completamente (exceção feita a um contra-ataque que culminou na finalização de Ibson e na defesaça de Muriel), e ainda criou boas chances de gol - além do tento anotado por Nei em cobrança de falta. Em função da distribuição tática das equipes e do posicionamento do craque da Vila, o trio Sandro Silva, Nei e Rodrigo Moledo foram os responsáveis por parar Neymar. E até certo ponto, até a página dois ou três, eles conseguiram. Não por acaso os três cartões amarelos do Inter no jogo foram para Sandro Silva, Nei e Moledo.
No segundo tempo, porém, naturalmente o Colorado cansou, devido à ferrenha marcação exercida na primeira etapa. Proporcionalmente, aos poucos os visitantes foram crescendo nos 45 minutos finais, enquanto os mandantes foram perdendo o fôlego. E aos poucos, o Santos foi construindo oportunidades de gol. Uma. Duas. Três. Mas foi parando em Muriel. Nem Neymar, nem Borges, nem Ibson conseguiram. Até a entrada de Alan Kardec (na vaga de Fucile!), que em seu primeiro lance testou para o fundo da rede. "Você é o cara!", pensou Muricy consigo mesmo assim que saiu o empate.
No frigir dos ovos, o Beira-Rio foi palco de um belo espetáculo. Se não foi o maior show da Terra, foi rico em emoção e proporcionou grandes jogadas, coletivas e individuais. Agora, com o justo 1 a 1 no placar, o Santos se mantém na liderança do Grupo 1 com 10 pontos, seguido pelo Inter, com 8. The Strongest tem 7, e um jogo a menos (enfrenta o café com leite do Juan Aurich fora de casa nessa quinta-feira). Na última rodada, no dia 19 de abril, o Peixe recebe o time boliviano e o Colorado visita o peruano.
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quarta-feira, abril 04, 2012
Luxa cauteloso no Ipatingão
Luxemburgo resgatou o 3-5-2 na partida diante do Ipatinga, nesta quarta-feira, em Minas Gerais, pela 2ª fase da Copa do Brasil. Bastante difundido pelo país em meados dos anos 2000, esse esquema caiu em desuso por aqui, para nossa alegria.
O tempo real do globoesporte.com, antes da bola rolar, reproduziu a explicação do treinador pela opção: "Ficamos muito desfalcados, o Werley vem para jogar, mas não está 100%. Vamos proteger mais. Não é o que eu gosto de fazer. Mas Copa do Brasil não permite erros. Vou jogar de acordo com as circunstâncias".
Portanto está claro que Luxemburgo escolheu essa formação por necessidade. Só entendo, porém, que as peças poderiam ter sido diferentes. No miolo da meia-cancha, por exemplo, a criação ficou sob responsabilidade de Souza e Léo Gago - ótimos jogadores, contudo não para exercerem essa função.
O resultado foi a exploração das jogadas pelos flancos, com Gabriel e Julio Cesar, e o retorno de Bertoglio (e até André Lima) ao meio-campo para buscar a redonda. Só para registro, Marcelo Moreno sentiu aos vinte e poucos do primeiro tempo e foi substituído pelo camisa 99.
Como disse o técnico tricolor, a Copa do Brasil não permite erros. Entretanto penso que Luxa foi cauteloso demais. Apesar da fase, poderia ter iniciado com Marquinhos entre os onze, na vaga de Souza, Léo Gago, ou até mesmo Fernando. Apesar da fase, Marquinhos tem mais qualidade no passe e no cadenciamento - noves fora a experiência.
Ou poderia ter atuado no 4-4-2 mesmo, com Bertoglio de enganche, na ponta de um losango, somado a Fernando, Souza e Léo Gago. E na frente, Marcelo Moreno e André Lima. Ou Marcelo Moreno e Leandro.
No fim das contas, poucas chances foram criadas, para os dois lados (embora, justiça seja feita, os visitantes pressionaram nos minutos finais e quase chegaram ao segundo gol com direito a bola na trave e tudo mais). Somente graças ao arremate de Léo Gago de fora da área, aos 27 da segunda etapa, o Grêmio voltou para Porto Alegre com a vitória por 1 a 0, não evitando assim o confronto de volta, no dia 11, quarta-feira que vem.
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O tempo real do globoesporte.com, antes da bola rolar, reproduziu a explicação do treinador pela opção: "Ficamos muito desfalcados, o Werley vem para jogar, mas não está 100%. Vamos proteger mais. Não é o que eu gosto de fazer. Mas Copa do Brasil não permite erros. Vou jogar de acordo com as circunstâncias".
Portanto está claro que Luxemburgo escolheu essa formação por necessidade. Só entendo, porém, que as peças poderiam ter sido diferentes. No miolo da meia-cancha, por exemplo, a criação ficou sob responsabilidade de Souza e Léo Gago - ótimos jogadores, contudo não para exercerem essa função.
O resultado foi a exploração das jogadas pelos flancos, com Gabriel e Julio Cesar, e o retorno de Bertoglio (e até André Lima) ao meio-campo para buscar a redonda. Só para registro, Marcelo Moreno sentiu aos vinte e poucos do primeiro tempo e foi substituído pelo camisa 99.
Como disse o técnico tricolor, a Copa do Brasil não permite erros. Entretanto penso que Luxa foi cauteloso demais. Apesar da fase, poderia ter iniciado com Marquinhos entre os onze, na vaga de Souza, Léo Gago, ou até mesmo Fernando. Apesar da fase, Marquinhos tem mais qualidade no passe e no cadenciamento - noves fora a experiência.
Ou poderia ter atuado no 4-4-2 mesmo, com Bertoglio de enganche, na ponta de um losango, somado a Fernando, Souza e Léo Gago. E na frente, Marcelo Moreno e André Lima. Ou Marcelo Moreno e Leandro.
No fim das contas, poucas chances foram criadas, para os dois lados (embora, justiça seja feita, os visitantes pressionaram nos minutos finais e quase chegaram ao segundo gol com direito a bola na trave e tudo mais). Somente graças ao arremate de Léo Gago de fora da área, aos 27 da segunda etapa, o Grêmio voltou para Porto Alegre com a vitória por 1 a 0, não evitando assim o confronto de volta, no dia 11, quarta-feira que vem.
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terça-feira, abril 03, 2012
Lanús cresce com inversão
Na partida diante do Olimpia, nesta terça-feira, o técnico Gabriel Schurrer escalou o Lanús no 4-2-3-1, com o canhoto Regueiro e o destro Valeri pelas beiradas, o veterano Camoranesi por dentro, e Pavone na referência do ataque.
Entre os volantes, Fritzler fez o papel de primeiro e Pizarro o de segundo, chegando mais à frente e qualificando a saída de bola com passes até de longa distância. Já entre os laterais, Balbi foi mais ofensivo que Araujo, embora ainda contido. Foi do camisa 3, aliás, o cruzamento para o segundo gol dos donos da casa, marcado por Camoranesi - que, por sinal, até o momento do gol, estava sumido. Até então as ações ofensivas foram tramadas por Pizarro, Regueiro, Valeri e Pavone.
Em vários momentos Regueiro e Valeri inverteram os lados, mas em regra, no primeiro tempo, o posicionamento foi esse: canhoto na esquerda, destro na direita, como na prancheta acima. A diferença é que o 10 buscou mais a diagonal, a faixa central, e se aproximou mais do centroavante do que o 23.
Na etapa final, no entanto, Regueiro atuou de vez aberto na direita, com Valeri na esquerda. Por ali, na ponta direita, o 10 deitou e rolou. Inclusive deixou o dele, o quarto, num belo tapa de canhota no canto oposto do goleiro. Com essa formação (Regueiro na direita) os anfitriões aumentaram o volume de jogo e mataram o oponente nas oportunidades que foram criadas. E não foram poucas.
Com a vitória por 6 a 0 (Valeri e Romero também marcaram), o clube hermano se manteve na liderança do Grupo 2, com 10 pontos. E na última rodada, no dia 12, quinta-feira que vem, o líder visita o Flamengo no Engenhão.
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Em vários momentos Regueiro e Valeri inverteram os lados, mas em regra, no primeiro tempo, o posicionamento foi esse: canhoto na esquerda, destro na direita, como na prancheta acima. A diferença é que o 10 buscou mais a diagonal, a faixa central, e se aproximou mais do centroavante do que o 23.
Na etapa final, no entanto, Regueiro atuou de vez aberto na direita, com Valeri na esquerda. Por ali, na ponta direita, o 10 deitou e rolou. Inclusive deixou o dele, o quarto, num belo tapa de canhota no canto oposto do goleiro. Com essa formação (Regueiro na direita) os anfitriões aumentaram o volume de jogo e mataram o oponente nas oportunidades que foram criadas. E não foram poucas.
Com a vitória por 6 a 0 (Valeri e Romero também marcaram), o clube hermano se manteve na liderança do Grupo 2, com 10 pontos. E na última rodada, no dia 12, quinta-feira que vem, o líder visita o Flamengo no Engenhão.
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Barça vs Milan, sem surpresas
Não acho nenhum absurdo a marcação do segundo pênalti - que, para mim, não existiu. Contudo a classificação do Barcelona vai além da discussão envolvendo a arbitragem do jogo desta terça-feira, no Camp Nou. No frigir dos ovos, nos 180 minutos, a equipe de Guardiola foi superior à de Allegri, e avançou à semifinal justa e merecidamente. Aliás, é a primeira vez que um clube chega à semifinal da Champions League em cinco temporadas seguidas.
Postado no 3-4-3, com Fàbregas na vaga de Keita, e Daniel Alves e Cuenca nas pontas, o Barça manteve a posse da bola, como era de se imaginar, e dominou do começo ao fim. Só não foi tanto "ataque contra defesa" quanto eu esperava. De certa forma, os milanistas me surpreenderam, criaram chances e chegaram a balançar a rede culé. Mas as duas penalidades convertidas por Messi na primeira etapa encaminharam o triunfo azulgrená.
Após anotar o segundo tento, Guardiola voltou ao 4-3-3, com Daniel Alves e Puyol nas laterais, Cuenca e Iniesta nas beiradas e Messi na dele, de falso 9. Já o Milan foi fiel ao seu 4-4-2 em losango, que eventualmente variava para o 4-4-2 em linha em função do controle exercido pelos donos da casa próximo à área rossoneri.
Não houve surpresa. Passou o melhor elenco, o melhor time, o melhor treinador. Os rubronegros poderiam sim ter passado, pois trata-se de futebol em sua fase mata-mata. Porém, como vem acontecendo de uns tempos para cá, esse Barcelona chuta para escanteio a máxima que diz que futebol é uma caixinha de surpresas. Com esse Barcelona em campo, esse ditado perde seu sentido.
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Postado no 3-4-3, com Fàbregas na vaga de Keita, e Daniel Alves e Cuenca nas pontas, o Barça manteve a posse da bola, como era de se imaginar, e dominou do começo ao fim. Só não foi tanto "ataque contra defesa" quanto eu esperava. De certa forma, os milanistas me surpreenderam, criaram chances e chegaram a balançar a rede culé. Mas as duas penalidades convertidas por Messi na primeira etapa encaminharam o triunfo azulgrená.
Após anotar o segundo tento, Guardiola voltou ao 4-3-3, com Daniel Alves e Puyol nas laterais, Cuenca e Iniesta nas beiradas e Messi na dele, de falso 9. Já o Milan foi fiel ao seu 4-4-2 em losango, que eventualmente variava para o 4-4-2 em linha em função do controle exercido pelos donos da casa próximo à área rossoneri.
Não houve surpresa. Passou o melhor elenco, o melhor time, o melhor treinador. Os rubronegros poderiam sim ter passado, pois trata-se de futebol em sua fase mata-mata. Porém, como vem acontecendo de uns tempos para cá, esse Barcelona chuta para escanteio a máxima que diz que futebol é uma caixinha de surpresas. Com esse Barcelona em campo, esse ditado perde seu sentido.
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segunda-feira, abril 02, 2012
Jogo do ano: ataque contra defesa?
A estratégia foi a mesma no confronto de ida: fechar-se com duas linhas de quatro, bem próximas uma da outra, e sair no contra-ataque puxado pela dupla de atacantes e Boateng. A diferença é que na semana passada, no San Siro, nos 10, 15 minutos iniciais, o Milan adiantou a equipe e marcou por pressão - coisa que não deve ocorrer no Camp Nou. Pode acontecer, mas acho difícil.
Portanto o panorama não foge disso: Barcelona dominando a posse de bola, trocando passes curtos, pacientes, à espera da hora certa para o passe vertical, aquele que deixa o companheiro na cara do gol. Devido à aplicação tática e à força física dos rubronegros, porém, esse passe não deve ser completado com tanta frenquência.
Os milanistas, em contrapartida, devem ter na ligação direta para Robinho e Ibrahimovic sua principal arma (Pato, bem provável, fica no banco). A retomada da bola e o lançamento aos atacantes, ou para quem melhor estiver posicionado no momento, devem ser as orientações de Allegri.
Lembre-se: o 0 a 0 leva à prorrogação. O empate com gols classifica o Milan. E ao Barcelona só interessa a vitória nos 90 minutos. Ou seja: podemos esperar um jogo de ataque contra defesa, pelo menos até sair o primeiro gol azulgrená - se ele sair. Caso os rossoneri balancem a rede primeiro, a estratégia deve ser matida: fechar-se com duas linhas de quatro, marcar por zona e sair no contra-ataque.
Teorias à parte, a pelota rola na prática nesta terça-feira, às 15h45, horário de Brasília, pela segunda perna das quartas de final da Champions League. E não é exagero nenhum afirmar que trata-se do jogo mais importante do ano. Pelo contrário.
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Portanto o panorama não foge disso: Barcelona dominando a posse de bola, trocando passes curtos, pacientes, à espera da hora certa para o passe vertical, aquele que deixa o companheiro na cara do gol. Devido à aplicação tática e à força física dos rubronegros, porém, esse passe não deve ser completado com tanta frenquência.
Os milanistas, em contrapartida, devem ter na ligação direta para Robinho e Ibrahimovic sua principal arma (Pato, bem provável, fica no banco). A retomada da bola e o lançamento aos atacantes, ou para quem melhor estiver posicionado no momento, devem ser as orientações de Allegri.
Lembre-se: o 0 a 0 leva à prorrogação. O empate com gols classifica o Milan. E ao Barcelona só interessa a vitória nos 90 minutos. Ou seja: podemos esperar um jogo de ataque contra defesa, pelo menos até sair o primeiro gol azulgrená - se ele sair. Caso os rossoneri balancem a rede primeiro, a estratégia deve ser matida: fechar-se com duas linhas de quatro, marcar por zona e sair no contra-ataque.
Teorias à parte, a pelota rola na prática nesta terça-feira, às 15h45, horário de Brasília, pela segunda perna das quartas de final da Champions League. E não é exagero nenhum afirmar que trata-se do jogo mais importante do ano. Pelo contrário.
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domingo, abril 01, 2012
Ofensividade máxima no Madrid
Cristiano Ronaldo, Benzema e Higuaín somam 99 gols na temporada 2011/2012, até o momento. Só o português possui 47 deles (37 feitos na Liga BBVA, onde o argentino tem 20 gols, e o francês 17).
Até pouco tempo atrás eles raramente jogavam juntos. Benzema e Higuaín disputavam a mesma posição, a de referência do ataque do 4-2-3-1 de José Mourinho. Era assim desde a temporada passada, e desde lá Karim levava vantagem.
Já o camisa 7 desde sempre foi, e é, o dono da ponta esquerda. A faixa central era, e acho que ainda é, de Özil. E a beirada direita era, até se machucar, de Di María. Quanto a Kaká, era, e acho que ainda é, banco.
O argentino sempre foi o dono da ponta direita - embora já tenha sido escalado por dentro nessa temporada. Também jogou por ali Callejón. Depois da lesão de Di María, todavia, Özil naturalmente pintou como nome forte para assumir a beirada destra do campo, com Kaká centralizado. Mas ultimamente quem tem atuado como ponteiro é Benzema. Foi assim no jogo contra a Real Sociedad, dia 24 de março, e foi assim na goleada sobre o Osasuna, neste sábado.
Di María está voltando, deve ser titular contra o APOEL na quarta-feira, porque o confronto está decidido. Contudo as partidas mais recentes mostraram que Cristiano Ronaldo, Benzema e Higuaín podem, e talvez devem, jogar juntos, seja com Kaká ou Özil por dentro. Para isso, porém, alguém irá sobrar (o que é normal devido à qualidade do elenco merengue). De qualquer forma, se Di María não renovar com o Real Madrid, Mourinho tem adaptado à posição Benzema (além de Özil, Callejón, e até mesmo Higuaín, que envetualmente inverte com o 9).
Quanto a Kaká, creio que seguirá reserva, pois parece que Mourinho aprovou jogar com três atacantes de ofício no seu 4-2-3-1. A briga do brasileiro ainda segue sendo, portanto, com Özil. E o alemão ainda segue com alguns pontos à frente no conceito do técnico.
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Já o camisa 7 desde sempre foi, e é, o dono da ponta esquerda. A faixa central era, e acho que ainda é, de Özil. E a beirada direita era, até se machucar, de Di María. Quanto a Kaká, era, e acho que ainda é, banco.
O argentino sempre foi o dono da ponta direita - embora já tenha sido escalado por dentro nessa temporada. Também jogou por ali Callejón. Depois da lesão de Di María, todavia, Özil naturalmente pintou como nome forte para assumir a beirada destra do campo, com Kaká centralizado. Mas ultimamente quem tem atuado como ponteiro é Benzema. Foi assim no jogo contra a Real Sociedad, dia 24 de março, e foi assim na goleada sobre o Osasuna, neste sábado.
Di María está voltando, deve ser titular contra o APOEL na quarta-feira, porque o confronto está decidido. Contudo as partidas mais recentes mostraram que Cristiano Ronaldo, Benzema e Higuaín podem, e talvez devem, jogar juntos, seja com Kaká ou Özil por dentro. Para isso, porém, alguém irá sobrar (o que é normal devido à qualidade do elenco merengue). De qualquer forma, se Di María não renovar com o Real Madrid, Mourinho tem adaptado à posição Benzema (além de Özil, Callejón, e até mesmo Higuaín, que envetualmente inverte com o 9).
Quanto a Kaká, creio que seguirá reserva, pois parece que Mourinho aprovou jogar com três atacantes de ofício no seu 4-2-3-1. A briga do brasileiro ainda segue sendo, portanto, com Özil. E o alemão ainda segue com alguns pontos à frente no conceito do técnico.
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