sábado, março 25, 2017

Top 5 elencos do mundo

Três jogadores por posição. Embora a lista da Copa seja composta de 23 jogadores, optei por três por posição para ampliar o leque. Ainda assim, certamente alguns nomes ficaram de fora.

Os 33 atletas de cada seleção a seguir não necessariamente refletem as escolhas de seus treinadores, tampouco o esquema tático, a distribuição das peças e a ordem de titularidade. De qualquer forma, as cinco pranchetas abaixo servem como referência para comparar os principais elencos do futebol mundial no momento. Na minha visão, eis a ordem:

1. França



2. Brasil



3. Espanha



4. Alemanha



5. Argentina



PS: Entre parênteses, a idade do jogador.

quinta-feira, março 02, 2017

A variação tática de Luis Enrique

No último domingo, dia 26 de fevereiro, o Barcelona visitou o Atlético de Madrid pela 24ª rodada da Liga, e nele Luis Enrique adotou uma variação entre o 4-4-2 em linha (sem a bola, como mostra a imagem logo abaixo) e o 3-4-3 com um losango no meio campo (com a bola).



Diante do time de Simeone, Sergi Roberto, o então lateral-direito na fase defensiva, se incorporava ao meio campo na fase ofensiva, como interior-direito, deixando a zaga para o trio Piqué, Umtiti e Mathieu, enquanto o canhoto Rafinha pela direita e o destro Neymar pela esquerda geravam amplitude (e Suárez profundidade, na referência).



Dessa maneira Messi atua como o típico enganche daqueles times argentinos que jogavam no 4-4-2 em losango, com liberdade total para buscar a bola na altura do pivote e ver o jogo de frente se assim interpretar necessário. Dessa maneira, no entanto, o camisa 10 cai pouco pelo flanco direito, lugar de onde costumava partir em diagonal driblando os adversários e finalizando com curva por fora no canto oposto do goleiro, "à la Robben".

Três dias depois, nesta quarta-feira, o Barcelona recebeu o Sporting pela 25ª rodada da Liga, e Luis Enrique repetiu a variação 4-4-2/3-4-3. Só que dessa vez quem se incorporou ao meio campo na fase ofensiva não foi o lateral-direito, e sim um dos zagueiros: no caso, Busquets, que formou a dupla do miolo com Umtiti na fase defensiva (imagem abaixo).



Com a bola, a defesa ficava a cargo de Mascherano, Umtiti e Alba, ao passo que Busquets se deslocava uns metros à frente para preencher a posição que é seu habitat natural, de pivote, compondo assim o quarteto do meio, com Rakitic e Denis interiores e Messi enganche (Rafinha e Neymar na amplitude e Suárez na referência).



Em matéria de resultado, não dá para falar que não deu certo. Vitória por 2 a 1 sobre o Atlético no Calderón e goleada por 6 a 1 sobre o Sporting no Camp Nou. Essa variação, todavia, não me parece a mais adequada ao Barcelona, pois a transição entre as duas fases do jogo se torna lenta, sem falar que algumas peças não são as mais indicadas para executar determinadas tarefas (Rafinha não é winger, doble pivote com Denis e Rakitic - ou André Gomes, Iniesta -  perde força na marcação, etc). Em outras palavras, essa variação, no fim das contas, prejudica os aspectos individual e coletivo da equipe, por mais que a intenção do treinador obviamente não seja essa.

De qualquer forma, o fato é que ontem Luis Enrique informou ao público que seu contrato com o Barcelona não será renovado, e o gigante catalão terá outro técnico na próxima temporada. Minha aposta? Jorge Sampaoli, claro. Pois, noves fora seu excelente currículo, além de futebolisticamente ser a cara do Barça (pressão, posse, passe, domínio, superioridade numérica, ocasiões de gol), Sampaoli é argentino, assim como o gênio e dono do time.