sexta-feira, dezembro 28, 2012

O que é melhor: ficar ou partir?

Li no espn.com.br: "Pai diz que Neymar sai do Brasil após a Copa e vê futebol do filho parecido com o do Barça." Portanto as pessoas que queriam vê-lo no Velho Mundo o quanto antes - eu entre elas - ficaram a ver navios, porque se o Neymar pai falou, tá falado.

Quais os prós e os contras da permanência do craque no Brasil até a Copa? Vários. Mas primeiro é preciso separar os pontos de vista do atleta, do clube e da seleção, para entender o que é bom e ruim para o jogador, para o Santos e para a Seleção.

Financeiramente para Neymar é ótimo ficar. Por mais que o salário em si na Europa seja maior, como levantou o Diário de S. Paulo esses dias, "entre salários, patrocínios, ações pontuais, aparições em eventos corporativos, licenciamentos...", o camisa 11 do Peixe faturou aproximadamente R$ 60 milhões em 2012 - número esse que deve crescer em 2013 e 2014. Logo, dinheiro não é problema por aqui.



Outro fator que deve pesar em sua permanência é a convivência com a família, com o filho, os amigos, as namoradas... Quem o acompanha pelas redes sociais da vida sabe o quanto ele tem curtido a vida ao lado dessa turma. Mudando-se amanhã para Barcelona, por exemplo, metade dessa felicidade pessoal ficaria pelo caminho.

Tática e tecnicamente, no entanto, creio em unanimidade: Neymar iria evoluir rios na Europa. Iria ganhar experiência internacional, iria se acostumar a enfrentar os adversários que irá enfrentar na Copa do Mundo (o que é uma faca de dois gumes, na real), iria ser mais exigido e crescer profissionalmente em todos os sentidos. O único ponto positivo ficando no Brasil, nesse quesito, seria o calendário, já que a temporada europeia chega a seu fim no final de maio, e os atletas que por lá atuam estariam, na teoria, mais "cansados" do que os que atuam por aqui lá por junho e julho.

Quanto à Seleção, o parágrafo acima ilustra bem os prós e os contras. Honestamente, eu gostaria de vê-lo na Europa ontem. Acho que o time treinado por Mano, quer dizer, por Felipão, ganharia muito com o Neymar europeu. Contudo, como o pai dele disse que ele só sai depois da Copa, resta-me a conformação.

E em relação ao clube, ou melhor, aos clubes, não há dúvida: para o Santos - ah, vá! - é excelente que ele fique, por motivos mais do que óbvios. Já para o Barcelona, seu provável destino, a coisa não é tão simples. Prestes a perder Villa para o Chelsea na próxima janela, a equipe catalã ficaria enfraquecida no setor ofensivo na temporada 2013/2014. Claro que há por lá um tal de Messi. Mas além dele, Tito teria "apenas" Alexis, Pedro e Tello como opções (noves fora Iniesta e Fàbregas, que vira-e-mexe são improvisados no ataque). No entanto evidente que o Barça "sobreviveria" sem Neymar até metade de 2014.

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quarta-feira, dezembro 26, 2012

Alexander, the Great

Aos 19 anos, na temporada 2008/2009, Pato marcou 15 gols em 36 jogos pelo Milan no Campeonato Italiano - 27 como titular, 9 como reserva - além de 5 assistências.

E na Liga Europa foram 3 gols em 3 partidas.



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sábado, dezembro 22, 2012

Ousadia e alegria. Só que não

Sou fã de pés opostos. Destro na ponta esquerda, canhoto na ponta direita. Facilita a diagonal, o passe final, o arremate, além de abrir o corredor pra subida do lateral. No 4-2-3-1 do Manchester City funciona assim, com Silva e Agüero pelas beiradas. Pelo menos neste sábado foi assim, diante do Reading, em casa.

Contudo, com as peças à disposição de Roberto Mancini para essa partida, entendo que outra opção seria mais pertinente. Não por causa de Silva e Agüero, mas sim por causa de Yaya Touré. Polivalente, o camisa 42 joga como centroavante ou até no gol se for preciso. Para trabalhar pela faixa central do 4-2-3-1, todavia, acredito que ele não seja a melhor alternativa.



No banco o City contou com Wright, Kompany, Lescott, Milner, Sinclair, Razak e Dzeko. Logo, sem Nasri. Portanto, já que o francês não estava nem na reserva (não sei se suspenso ou machucado), Mancini bem que poderia ter trazido Silva para a faixa central, deixado Touré na dele (segundo volante), e escalado, sei lá, Sinclair numa das beiradas. Dessa forma o 21 seria o centro da criação, Agüero e Sinclair os homens dos flancos, e Tevez a referência.

E se quisesse algo mais ofensivo, poderia ter optado por Agüero e Tevez pelas pontas, Silva por dentro, e Dzeko na frente. No entanto, conhecedor do conservadorismo do treinador italiano, não me surpreendi com Touré na meia. Ele já jogou várias vezes por ali, inclusive. Porém ter ousado um pouco não custaria nada. E, claro, a presença de Silva pela faixa central, com um time em tese mais agressivo, não garantiria um desempenho mais efetivo.

OBS: Texto publicado aos 15 do segundo tempo.

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terça-feira, dezembro 18, 2012

Cássio é Seleção

Não sou eu quem diz. É o povo. Através da enquete aqui do blog. 80% a favor da convocação contra 20% contra. E dos 80%, 1/3 votaram em Cássio titular, 1/3 em reserva imediato, e 1/3 em terceiro goleiro.



Concordo com o resultado. Só não sei se reserva imediato ou terceiro goleiro. Meu titular, hoje, seria Diego Alves. No dia 15 de agosto, aliás, escrevi no Facebook: "Só eu acho que Cássio merece ser 'testado' na Seleção?". Oito dias depois ele foi chamado por Mano Menezes, e muita, mas muita gente torceu o nariz.

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segunda-feira, dezembro 17, 2012

Possível Timão com Pato

A temporada 2013 vai ser longa e desgastante para o Corinthians. Paulista, Libertadores, Brasileiro, Recopa, Copa do Brasil, e quiçá o Mundial novamente. Vai saber. Portanto, mais do que nunca, o elenco terá de ser rico em quantidade e qualidade, já que Tite deverá girá-lo como bem entender.

Cedo ou tarde, no entanto, o onze ideal terá de ser eleito - sem jamais abdicar de planos B, C, D... Quanto ao A, creio em Renato Augusto titular. E, se confirmada a notícia da Sky Sports desta segunda-feira, Alexandre Pato também.

Eu sei. Pato se machuca com frequência. (E é justamente por causa das lesões e das suspensões que o plantel tem de ser forte a ponto de resistir o desunamo calendário nacional.) Contudo, caso o jogador do Milan consiga emplacar uma sequência satisfatória de jogos (por que não?), não tenho dúvida de que estará entre os onze, pois trata-se de um craque extraclasse.

Tite é adepto do 4-2-3-1, todos sabemos. Mas sabemos também que existem variações: por exemplo, quando Emerson vem atuar na faixa central e Danilo fecha um dos corredores, caracterizando assim uma espécie de 4-4-2 em linha (ou 4-4-1-1, se preferir). E é no 4-4-2 em linha, com eventuais variações, que o Corinthians pode vingar no ano que vem.



Partindo do princípio que Ralf, Paulinho, Renato Augusto, Pato e Guerrero seriam titulares, restaria apenas uma vaga do meio pra frente. Entre os candidatos estariam Emerson, Danilo, Jorge Henrique, Romarinho e Martínez, todos aptos a preencher o flanco esquerdo do campo. Lembre-se que, no Bayer Leverkusen, Renato em regra atuava aberto à direita - o que não quer dizer que não possa jogar em outra posição no Timão.

Em relação à dupla de ataque, Guerrero e Pato poderiam se completar com rara felicidade. Jogadores de mobilidade e qualidade com a bola no pé longe da área, Pato e Guerrero poderiam se revezar entre primeiro e segundo atacante. Ambos têm totais condições de exercer as duas funções. E se fosse desejo do treinador, Pato poderia, sem a bola, encostar no primeiro volante adversário pela faixa central - algo que Emerson faz de vez em quando.

Na minha hipotética prancheta, aliás, deixei Emerson e seus 34 anos como segunda opção, atrás de Martínez. 2013 pode ser, de fato, a temporada para o argentino se firmar na equipe. Agora, caso ele peça para sair (disse isso no começo de novembro), as alternativas seriam Danilo, Jorge Henrique, Romarinho... Além, claro, de Emerson. Qual seria a melhor pedida? Só os treinamentos e os jogos iriam dizer. E sabemos que, com Tite, ganha-se a posição na bola.

Douglas? Bem. Acho que seria reserva. Todavia, como o calendário é extenso e nenhum clube está livre de lesões e suspensões, o camisa 10 poderia ser bastante utilizado, até pela possibilidade de adoção do 4-2-3-1, com ele na meia central.

Existem outras possibilidades táticas e técnicas? Sim. Claro que sim. Mas inspirado pela informação sobre Alexandre Pato (que pode não se concretizar), resolvi de bate-pronto rascunhar o Corinthians 2013, e o que de melhor veio à minha cabeça foi esse time. Mas se você tiver outra ideia, por favor, compartilhe-a.

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Novo recorde à vista

Messi vai superar os 82 gols da temporada passada? Fiz essa enquete aqui no blog antes da bola rolar na Europa, e o resultado foi 43% para sim, e 57% para não. Convenhamos, placar equilibrado. Fã xiita assumido do futebol de Messi, lembro-me que votei em sim. E lembro também que 82 é o recorde numa temporada, mais um na galeria desse cara.



Hoje, 17 de dezembro, por clube e seleção, o gênio argentino já soma 39 gols em 31 partidas (via @messi10stats), enquanto na temporada passada, nessa mesma altura do campeonato, com os mesmos 31 jogos, o camisa 10 havia marcado "apenas" 29. Logo, se mantiver a média, vai ultrapassar os 82 gols de 2011/2012 sem sustos. E ai de quem se atrever a questionar a manutenção dessa média! Porque, entre as infinitas virtudes que Messi possui, a regularidade é uma das especiais.

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domingo, dezembro 16, 2012

Corinthians, campeão incontestável

Na teoria a opção por Moses faz sentido. É legítimo escalar um (ou dois) atacante pela beirada do 4-2-3-1. Necessário, eu diria. Por isso entendo a alternativa de Rafa Benítez. Na prática, no entanto, Oscar é infinitamente mais produtivo à equipe – seja escalado na ponta ou na faixa central. Destaque com Di Matteo, em sete jogos sob o comando do treinador espanhol, Oscar foi titular em apenas três (contra City, Liverpool e Monterrey). Logo me parece que Benítez está bitolado em sua convicção - de escalar um atacante na ponta do 4-2-3-1 – e com ela irá morrer abraçado, até porque Moses não é nenhum Messi. (Ah, obviamente que Oscar titular não seria garantia de nada.)



Outro pecado do técnico do Chelsea foi o desconhecimento do adversário. Enquanto Tite sabia o número das chuteiras e a cor preferida de todo elenco azul, Benítez aparentemente mal e mal sabia quem era quem no plantel alvinegro. Esse não foi o principal fator a decidir a partida, mas sem dúvida ajudou bastante na hora de traçar a estratégia e executar a preleção corinthiana. Enquanto Tite sabia todas as possibilidades do time de Benítez, Benítez nem sonhava, por exemplo, com a escalação do aplicado, incansável e inesgotável Jorge Henrique. (Não li nem ouvi ele admitir isso, porém presumo que seja verdade.)

A vitória do Corinthians, aliás, foi uma soma de fatores. E além do know your enemy e da superioridade tática, a determinação do Timão também foi relevante. Futebol se ganha com a bola no pé, mas a tal da faca nos dentes faz a diferença. Como definiu Mauro Cezar a seu estilo no Twitter, era o "jogo da vida" x "mais um jogo". Quando a pelota rola todos querem vencer. Óbvio. Ninguém entra para perder. Contudo que os atletas do Corinthians transbordaram mais força de vontade e concentração, transbordaram.

No fim das contas o placar final e o desfecho foram justíssimos. Título mais que devido e merecido. Os brasileiros não se intimidaram um segundo sequer, jogaram de igual para igual, como gente grande, e construíram o triunfo tijolo por tilojo. Igualmente digna de nota também, com certeza absoluta, foi a participação decisiva do paredão Cássio.

Agora, consumado o sonho, é preciso comemorar, descansar e curtir as férias, para voltar com tudo em 2013, com o apetite renovado para brigar pela Libertadores, pelo Brasileirão, pela Recopa, pela Copa do Brasil, e pelo eventual Mundial de Clubes novamente. Quanto ao estadual, pequeno demais para os donos do planeta.

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sexta-feira, dezembro 14, 2012

O time e o Top 10 de 2012

Messi foi eleito o melhor jogador do ano pela World Soccer. E também será pela France Football, pela FIFA, e por qualquer outra instituição que queira fazer uma eleição a respeito. Messi, aliás, levou a Bola de Ouro da FIFA em 2009, 2010 e 2011, e vai levar em 2012, 2013, 2014...

Mas já que falar do gênio argentino é chover no molhado, para não cair na mesmice aproveito o gancho da revista inglesa para citar minha seleção e meu Top 10 de 2012. Contudo, acalme-se e lembre-se: essas listas e selecionados nunca são unânimes, e a discordância é mais do que natural.

O time da World Soccer é formado por Casillas; Lahm, Sergio Ramos, Kompany e Alba; Pirlo, Xavi e Iniesta; Messi, Falcao e Cristiano Ronaldo. E o meu, publicado no Facebook há 11 dias, baseado nos 40 indicados pela UEFA, é igual do meio pra frente: Pirlo, Xavi e Iniesta; Messi, Falcao e Cristiano Ronaldo. Lahm também. No gol, porém, optei por Neuer; na lateral esquerda, Ashley Cole (porque Marcelo não estava na lista dos 40 da UEFA); e na zaga, Pepe e Hummels.

Em relação ao Top 10 do ano, o buraco é mais embaixo. Mais difícil listar. Mas como quem não arrisca não petisca, vamos lá.

Os escolhidos pela World Soccer, pela ordem, são Messi, Cristiano Ronaldo, Iniesta, Pirlo, Falcao, Neymar, Casillas, Xavi, Drogba e Hazard. Já o meu Top 10, também pela ordem, é composto por Messi, Cristiano Ronaldo, Iniesta, Falcao, Pirlo, Ibrahimovic, Götze, Van Persie, Neymar e Xavi.

Que tal?

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Timão vs Blues: nome a nome

Futebol é um esporte coletivo feito de duelos individuais. Duelos estes definidos em função do posicionamento dos jogadores dos dois times em campo. Por isso torço o nariz, por exemplo, quando o Barcelona enfrenta o Real Madrid, e as pessoas logo pensam no duelo Messi vs Cristiano Ronaldo, sendo que, na prática, no gramado, eles raramente se encontram.

No caso de Corinthians vs Chelsea, os duelos da meia cancha devem ser estabelecidos entre Ralf vs Oscar, Paulinho vs Ramires, e Douglas vs Mikel. Claro, desde que os citados sejam escalados. No entanto, pelo fato de ambos se estruturarem no 4-2-3-1, a comparação homem a homem, posição por posição, pode ser pertinente, lembrando que, na prática, só deve ocorrer o duelos entre os segundos volantes. Ainda assim, vamos a eles.

Cássio vs Cech. Sou fã do futebol do Cássio. Quando foi chamado por Mano, remei contra a maré e fui a favor de sua convocação. Contudo, na comparação com Cech, o goleiro do Chelsea leva vantagem, não só pela experiência, mas também pela qualidade técnica.

Alessandro vs Ivanovic. Na lateral direita, optaria pelo empate técnico. Ivanovic, sem dúvida, é mais forte na marcação. Alessandro, em contrapartida, apesar de não ser nenhum Marcelo, pode ser mais eficiente no apoio. Engana-se, porém, quem imagina que o camsisa 2 dos Blues não avança. Avança sim, e é perigoso - sem falar na bola aérea.

Fábio Santos vs Ashley Cole. Na lateral esquerda, não vejo Cole muito acima de Fábio Santos. É verdade que foi dele o passe para o gol de Mata após tabelinha com Oscar, diante do Monterrey. Mas acho que se fosse substituir Fábios Santos por Cole, seria seis por meia dúzia. Portanto, para mim, outro empate.

Chicão vs Cahill e Paulo André vs David Luiz. No miolo da zaga, creio em unanimidade. Cahill e David Luiz são superiores a Chicão e Paulo André em todos fundamentos. Física e tecnicamente, além da experiência europeia, a dupla do time londrino está em outro patamar - sem falar na bola aérea defensiva e ofensiva. Ah, e nas cobranças diretas de falta, David está mais em dia que Chicão. Muito mais.

Ralf vs Mikel. Quanto aos primeiros volantes, ligeira vantagem para Ralf. Enquanto Mikel faz o feijão com arroz, o feijão com arroz de Ralf é mais temperado. A diferença entre eles, todavia, na minha visão, é pequena. Não que Ralf seja Toninho Cerezo, mas a vantagem do corinthiano está na qualidade com a bola no pé e no fator surpresa.

Paulinho vs Ramires. Quanto aos segundos volantes, talvez a briga mais equilibrada. Muitos vão optar por Paulinho, muitos por Ramires. Eu fico com a segunda turma. Tecnicamente talvez Paulinho seja mais dotado. Ramires, porém, é mais letal na retomada de bola e na transição ofensiva rápida, graças a seu potencial na condução em velocidade. Contudo, repito, a briga é equilibradíssima, até porque, na finalização, Paulinho sai na frente.

Emerson vs Mata. Na ponta direita (se é que serão escalados por ali na final), Emerson é mais agudo. Dá mais profundidade à equipe. Mas Mata, tática e ecnicamente, é melhor. Pensando no jogo coletivo, o espanhol é muito mais produtivo que o brasileiro. O 10 do Chelsea não apenas marca gols, mas também dá assistências, trabalha melhor o passe, etc, etc. Resumindo, é mais completo.

Douglas vs Oscar. Na faixa central (se é que serão escalados na final), nítida superioridade de Oscar. A visão de jogo talvez seja o único ponto em que se aproximam, porque de resto, o meia do Chelsea coloca o do Corinthians no bolso. Sem falar que Oscar é infinitamente mais participativo do que Douglas, com e sem a bola.

Danilo vs Hazard. Na ponta esquerda (se é que serão escalados por ali na final), vantagem do belga. O jovem de 21 anos é superior em praticamente todos fundamentos - exeção feita à bola aérea, onde Danilo é perito. E, com boa vontade, no arremate a gol. Mas tirando isso, vantagem de Hazard. Mais pulmão, mais velocidade, mais drible, mais participação, mais presença ofensiva, e por aí vai.

Guerrero vs Torres. Para fechar, na referência do ataque, apesar de Edmundo achar Guerrero "tecnicamente muito superior", fico com Torres. Desde que Benítez chegou, aliás, El Niño cresceu de produção, recuperou a confiança, e a "fase ruim de Torres" aparentemente não serve mais como argumento para favorecer Guerrero.

No placar final, na minha avaliação, noves fora os dois empates nas laterais, 8 a 1 para os campeões da Champions League. O que não quer dizer muita coisa, porque, como disse no começo, futebol é um esporte coletivo. O favoritismo, evidentemente, é do clube europeu. Mas, evidentemente, os campeões da Copa Libertadores têm totais condições de saírem do Japão com o troféu - até porque se trata apenas de uma partida, e nela qualquer um pode vencer.

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quinta-feira, dezembro 13, 2012

Futebol de ponta no São Paulo

Pontas. O segredo do sucesso são-paulino está nas pontas. Claro que todos jogadores têm sua parcela: Paulo Miranda e Cortez nas laterais, Toloi e Rhodolfo na zaga, Denilson e Wellington à frente dela, Jadson na articulação, Luis Fabiano na referência do ataque, Rogério Ceni no gol e na liderança... Todos têm mérito. Contudo o sucesso do quarto colocado do Brasileirão, e campeão da Sul-Americana, deve-se muito a Lucas e Osvaldo.



Méritos também de Ney Franco, que soube achar e encaixar o time no 4-2-3-1 com dois ponteiros velozes e habilidosos, dribladores, capazes de desmontar e infernizar as marcações adversárias. Reserva sob o comando de Leão, que optava por Fernandinho, Osvaldo virou titular com Ney, se firmou e foi essencial na arrancada do São Paulo nessa reta final de 2012. Já Lucas cresceu muito de produção quando voltou das Olimpíadas, e foi, como disse com uma certa dose de exagero Rogério Ceni, 40% da equipe. Para mim, o camisa 7 foi o melhor jogador em atividade no país nesse segundo semestre.

Agora a hora é de comemorar o título internacional e celebrar o belo futebol apresentado dentro das quatro linhas nesses últimos quatro meses. Mas é hora também de planejar 2013 (se é que já não foi planejado) com Libertadores e sem Lucas. Caso nenhum atacante com calibre e características semelhantes seja contratado, o treinador tricolor já pode pensar num estilo um pouco diferente, com Jadson, Ganso, Osvaldo e Luis Fabiano entre os onze. Talvez no mesmo 4-2-3-1, com o 10 deslocado à beirada direita. Ou quem sabe no quase extinto 4-4-2 em quadrado.

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quarta-feira, dezembro 12, 2012

Mudança é bem-vinda no Timão

Consistência defensiva. Esse foi o ponto positivo do Corinthians na estreia do Mundial de Clubes, contra o Al-Ahly, nesta quarta-feira. A consciência e a eficiência coletiva do time treinado por Tite, sem a bola, ficou evidente. A contundência ofensiva, no entanto, ficou em cheque. Foram poucas finalizações e raras as chances claras de gol. No segundo tempo, para agravar a situação, a equipe egípcia, também pela posição no placar, dominou a partida.



A ansiedade da estreia e o efeito Mazembe podem ter pesado e servir de desculpa? Talvez. Mas acredito que na final, contra Monterrey ou Chelsea, a vida alvinegra será "menos difícil", por mais contraditória que essa frase possa parecer. Tecnicamente os times mexicano e inglês são superiores ao do Egito. Contudo é provável que joguem de igual para igual, saiam mais para o jogo e deixem o Corinthians jogar (embora, justiça seja feita, o Al-Ahly foi para cima nos, sei lá, 30 minutos finais, liberando espaços para o contra ataque brasileiro, que por sua vez foi inexistente).

Caso o Chelsea confirme o favoritismo e chegue à grande decisão, é bem possível que a posse de bola seja londrina na maior parte do tempo. Com Hazard e Mata no meio campo (Oscar tem sido banco com Benítez), a probabilidade da manutenção da redonda por parte dos Blues aumenta. Logo, se assim for, a utilização do contra golpe se fará necessária. E para isso, a meu ver, Tite deverá escalar atletas de velocidade e habilidade pelas beiradas. Depender apenas de Paulinho e Emerson para contra atacar é perigoso. Penso, portanto, que começar com Romarinho ou Jorge Henrique seja a alternativa mais indicada. E como Danilo é essencial, em especial na jogada aérea (defensiva e ofensiva), cogitaria com carinho começar com Douglas na reserva no domingo.

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terça-feira, dezembro 11, 2012

Messi, e os demais

Quando o assunto é Messi, me sinto à vontade para falar. Porque desde 2009, quando muitos diziam que ele era "craque", eu já o classificava como "gênio" - vide esse post publicado em dezembro daquele ano, quando o argentino ganhou sua primeira Bola de Ouro (a primeira de muitas).



Hoje em dia, independente dos recordes que ele quebra a cada temporada, todos o reconhecem como tal: gênio. O único em atividade no planeta. O único que merece ser assim chamado. Messi é gênio. Os demais são craques. Indiscutivelmente. E como diria Fernando Calazans em relação a Zico, se Messi não ganhar a Copa, azar da Copa.

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sábado, dezembro 08, 2012

A prévia do clássico de Manchester

Silva é dúvida. Mas se for para o jogo, deve fazer o que mais faz: entrar em diagonal para se somar aos jogadores do meio campo, e para abrir o corredor para as investidas de Maicon. Canhoto, o camisa 21, quando cai pela faixa central, tem no passe vertical um de seus pontos fortes.

O mesmo acontece com Nasri. Originalmente aberto à esquerda, o francês, destro, busca flutuar pela meia cancha para qualificar a troca de passes. E é por causa dessa movimentação dos wingers do City que acredito na manutenção do 4-4-2 em losango pelo lado do United, para evitar a inferioridade numérica no setor.



Anderson está fora e Cleverley é dúvida. Por isso, na prévia, optei por Scholes, Fletcher e Carrick atrás de Rooney. Rooney, aliás, deve ser marcado de perto por Barry, enquanto Touré deve duelar com Fletcher. Se assim for, espaços podem aparecer para a progressão de Scholes pela meia direita. E se Kolarov se deslocar para marcá-lo, espaços podem surgir para as subidas de Rafael, que por sua vez deve ser acompanhado por Nasri.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática às 11h30, horário de Brasília, no Etihad Stadium, pela 16ª rodada da Premier League. Na tabela, os Red Devils estão em primeiro, com 36 pontos. E em segundo, os Citizens, com 33. Ou seja: sobram ingredientes para apimentar esse esperadíssimo dérbi.

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quarta-feira, dezembro 05, 2012

A sedução está em Manchester

Se Abramovich não respeita os treinadores do Chelsea, por que os jogadores respeitariam? A frase é do jornalista inglês Martin Samuel, com a qual, convenhamos, temos de concordar. Por essas e outras que, entre City e Chelsea, o clube de Manchester pode largar na frente para fechar com Guardiola.



Outro ponto a favor dos citizens é o elenco, superior em quantidade e qualidade. Com praticamente dois grandes atletas por posição, o plantel do City é um dos mais fortes e equilibrados do mundo, o que, cá entre nós, é um prato cheio para um treinador do calibre de Pep.

Fala-se que o Milan também tem interesse no espanhol, porém por mais que Berlusconi possa lhe oferecer Deus e o mundo, não creio que o melhor técnico do planeta irá embarcar nessa furada - não pela tradição, evidentemente, mas pela fragilidade do elenco rubronegro. Para desenvolver um trabalho que possa chegar perto ao desenvolvido no Barcelona, peças qualificadas são fundamentais. E nenhum outro clube da Europa - nem mesmo o PSG - conta com tantos craques quanto o City.

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segunda-feira, dezembro 03, 2012

Seleção da Europa

Eis os 40 indicados ao onze de 2012 da UEFA:

Goleiros: Buffon, Casillas, Cech e Neuer.

Defensores: Barzagli, Cole, Hummels, Ivanovic, Jordi Alba, Kompany, Lahm, Mascherano, Pepe, Piqué, Sergio Ramos e Thiago Silva.

Meio-campistas: Alonso, Blaszczykowski, Hazard, Iniesta, Juan Mata, Marchisio, Özil, Pirlo, Reus, Silva, Touré e Xavi.

Atacantes: Agüero, Burak Yilmaz, Cavani, Drogba, Falcao, Mario Gómez, Huntelaar, Ibrahimovic, Lewandowski, Messi, Ronaldo e Van Persie.

Meus votos, no 4-3-3: Neuer; Lahm, Pepe, Hummels e Cole; Pirlo, Xavi e Iniesta; Messi, Falcao e Cristiano Ronaldo.

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