sábado, fevereiro 27, 2010

Pré-jogo do clássico paulista

Se Mano mantiver o time do jogo diante do Racing, e se Júnior escalar Marquinhos na vaga de Robinho, é provável que o clássico fique espelhado taticamente: 4-4-2 em quadrado x 4-4-2 em quadrado.

A diferença é que Jorge Henrique e Tcheco costumam fechar os lados do campo quando a equipe está sem a bola, ao contrário de Ganso e Marquinhos. Sem a bola, o Corinthians se posiciona com duas linhas de quatro.

Apesar disso, os enfrentamentos individuas do meio-campo serão, possivelmente, formados por Wesley e Jorge Henrique, Arouca e Tcheco, Ganso e Elias, e Marquinhos e Ralf.



Penso que os laterais Léo e Alessandro pouco apoiarão o ataque, porque é plausível que os atacantes de movimentação adversários, De Federico (Dentinho) e Neymar, caiam em demasia por ali.

Já no setor do meio, vejo o Timão com maior poder de marcação. Imagino que os camisas 8 e 23 vão espreitar Arouca e Wesley com mais eficiência que Ganso e Marquinhos farão junto a Elias e Ralf.

Tentativa de presságio à parte, a bola rola a partir das 17h, horário de Brasília, na Vila Belmiro, pela 11ª rodada do Paulistão.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Wolfsburg segue na Liga Europa

Com gols de Dzeko, Ángel López (contra), Gentner e Grafite, o Wolfsburg bateu o Villarreal por 4 a 1 nesta quinta-feira, em casa, e se classificou às oitavas de final da Liga Europa. No jogo de ida as equipes empataram por 2 a 2.

O time alemão joga no 4-4-2 em losango, com Josué na cabeça-de-área e Misimovic de ponta-de-lança, o grande articulador da esquadra. Todavia os vértices laterais, constituídos por Gentner e Riether, ocasionalmente aparecem mais abertos e adiantados. São eles os encarregados em progerdir pelos lados do campo - além dos laterais.



Na frente não há um centroavante, um atacante que jogue centralizado. No ataque o bósnio Dzeko e o brasileiro Grafite dividem os espaços meio a meio. Quando um cai pelo canto, o outro está na área. E vice-versa. E lá atrás, o capitão Josué é o responsável em cobrir as duas bandas.

As partidas das oitavas serão realizadas nos dias 11 e 18 de março, e os Lobos terão pela frente o russo Rubin Kazan.

Nike lança uniformes para a Copa

Em pé: Estados Unidos, Holanda, Brasil, Coreia do Sul e Nova Zelândia.



Agachados: Portugal, Austrália, Eslovênia e Sérvia.

Arma não tão secreta

O homem-surpresa do Corinthians não será mais tão surpresa assim para o resto da América. Afinal, não é todo dia que um meio-campista defensivo marca dois gols.

Quando Elias vem de trás é complicado segurar, já que, em regra, os meias não marcam os volantes como os volantes marcam os meias. Com Tcheco guardando a posição, o camisa 7 tem liberdade para se apresentar no ataque, a tabelas à frente da área. Embora manjada, é difícil parar esta jogada.



Além de Tcheco e Elias, o curinga Jucilei, meio-campista de origem, entrou na lateral direita e foi muito bem. Poucos elencos têm jogadores com a polivalência e a eficiência do jovem de 21 anos.

E Ronaldo, apesar de não ter deixado o dele, promoveu lances do bom e velho Ronaldo. O que foram as canetas aplicadas no meio-campo? E os dribles na entrada da área no finzinho da partida? (Vídeo.) Não adianta: craque é craque, não importa a idade. Nem o peso.

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Gol de Ronaldo na Libertadores

Golaço, por sinal. Em cima do Boca, no Mineirão, em 1994:

Xerifão nota 10

Nunca tinha visto um zagueiro ganhar todas. Mas no 2 a 1 da Inter sobre o Chelsea, Lúcio não perdeu uma divididazinha sequer.

Sem exageros, no jogo desta quarta, Lúcio foi perfeito, tanto nos desarmes quanto na cobertura.



Demichelis e Van Buyten juntos não dão a perna esquerda do capitão da Seleção. Não é mesmo, Van Gaal?

Provável Mengão da estreia

Como antecipou Andrade no Bem, Amigos!, Fabrício será o quarto-zagueiro e Vinícius Pacheco o ponta-de-lança do Flamengo, na estreia da Libertadores, diante do Universidad Católica.

O cabeça-de-área Toró será o responsável em cobrir os dois lados da defesa, principalmente quando os volantes Willians e Kleberson se mandarem para o ataque. As subidas dos camisas 15, pela esquerda, e 8, pela direita, são frequentes e necessárias, para apoiar Vinícius Pacheco e o Império do Amor.



Pode ocorrer, dependendo da exigência do jogo, de Vágner Love voltar para fechar o lado esquerdo do campo, quando o time estiver sem a bola - papel que Zé Roberto desempenhava muito bem.

Os avanços de Léo Moura e Juan também devem acontecer em boa quantidade, porém, não ao mesmo tempo. Quando um sobe, o outro fica. Por um lado, o 2 joga com Willians. Pelo outro, o 6 e Kleberson devem tramar as jogadas - sem falar em Adriano e Love, quem sabem atuar longe da área.

E Vinícius, que também pode cair pelos flancos, possivelmente ficará mais centralizado para verticalizar o jogo, para penetrar na área e finalizar.

Teorias à parte, a bola rola na prática a partir das 21h50, horário de Brasília, no Maracanã.

As opções táticas do Corinthians

Mano antecipou a escalação do Corinthians no último Bem, Amigos!, mas deixou uma dúvida no ar: Iarley ou De Federico?

Pelos treinamentos realizados nesta terça-feira, ao que parece, o argentino começa entre os onze. Se assim for, o Timão tem duas possibilidades táticas. A primeira com Jorge Henrique na posição/função de Danilo, a meia esquerda.

Desta forma, sem a bola, os camisas 23 e 8 fecham os lados do campo e compõem uma linha com Ralf e Elias. Geralmente é isso que acontece. Só não sei se assim será contra o fraco Racing (URU) no Pacaembu.



A segunda opção, que remete ao 4-3-3 do ano passado, tem JH e De Federico abertos pelas beiradas, e Tcheco centralizado. Só não sei se Mano pensa em pontas de pé opostos (canhoto na direita e destro na esquerda) ou não. Particularmente, prefiro os pés opostos.

Neste esquema, Iarley não tem espaço, é o reserva do Ronaldo:



Seja como for, se entrar com De Federico, o Timão pode variar taticamente na partida sem precisar recorrer ao banco. Esta capacidade de modificar o plano tático com as peças que se tem em campo é um ponto forte do alvi-negro paulista.

No mais, até pela fragilidade do adversário, e pelo fator casa, o Corinthians não deve ter problemas na estreia da Libertadores, que ocorre a partir das 21h50, horário de Brasília.

Precaução desproporcional no Inter

A exemplo do São Paulo, o Inter é o outro representante do Brasil na Libertadores que joga com três zagueiros. Nesta terça, diante do Emelec, no Beira-Rio, Bolivar, Sorondo e Danilo comporam a trinca defensiva.

No entanto, engana-se quem pensa que eles ficam plantados. É comum - ou foi comum, pelo menos neste confronto - ver os camisas 2 e 13 se mandando pelos flancos do campo para tramar as jogadas com os alas.

Os alas, aliás, foram bastante acionados, principalmente Nei, pois, imagino, Fossati identificou o mapa da mina no lado esquerdo da defesa equatoriana, por onde atua o zagueiro Mina. Foi por ali que Edu e o 2 insistentemente apareciam.



Apesar das investidas de Bolívar, em tese o Inter tinha cinco homens de marcação (três zagueiros e dois volantes de baixo poder criativo), o que, a meu ver, foi um excesso de precaução, já que os visitantes jogavam com praticamente uma linha de cinco lá atrás (três na zaga, mais os laterais que ficavam bem recuados). Resultado: o Inter atacava com pouca gente.

Na segunda etapa, com o placar já registrando 1 a 1 e com o jogo ainda travado, o treinador colorado colocou Taison no lugar de Nei. Danilo foi para a lateral direita, Bolívar para a zaga central, e Taison e Edu abriram nas pontas.

Mais tarde, aos 30 minutos, Walter entrou na vaga de Edu, na mesma posição, e aos 35, Giuliano foi substituído por Andrezinho. Que entrou para mudar o jogo. Foi do pé dele que saiu o passe vital que culminou no gol da vitória, o da virada, no finzinho do duelo. Detalhe: o passe primoroso de Andrezinho ocorreu pela faixa central do gramado, e não pelos lados, por onde o Colorado tanto insistiu durante boa parte da partida.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Futebol é de nascença

Vi este vídeo no Blog do Massi. É uma propaganda da Nike, de 6 minutos, estrelada por Robinho, Maicon, Luís Fabiano e a nova camisa azul da Seleção.

Mas particularmente me chama a atenção quando o narrador diz: "Às vezes até parece, que é por isso... que a barriga que a gente vive antes de nascer é redonda".



Tô de acordo com o trecho citado. E vou um pouco além, vide o post aqui publicado no dia 28 e julho do ano passado:

PONTAPÉ INICIAL

O primeiro movimento da vida é o chute.

Na barriga da mãe.

Que tem a forma de uma bola.

Por essas e outras o futebol é popular e fascinante.

Cada um no seu quadrado

Não importa o estádio, nem o adversário. O Barcelona sempre joga no 4-3-3 com um cabeça-de-área e dois meias. Em regra, Touré é o primeiro homem do meio-campo, e Xavi e Iniesta formam a dupla de articuladores. No entanto, vira-e-mexe, o camisa 8 é escalado na ponta esquerda.

Quando Pedro e Henry não estão à disposição, confesso que entendo a opção. Mas quando ambos têm condições de jogo, optar por Iniesta na ponta, na minha modesta opinião, é um erro. Não porque ele não tenha qualidade para tal, mas porque, com ele por ali, a meia-cancha fica enfraquecida.

Foi o que se viu na partida diante do Stuttgart.



Guardiola escalou Busquets - atleta com baixo poder de criação - na posição original de Iniesta, a meia esquerda. E também por isso, o time catalão teve muitas dificuldades para perfurar as rígidas linhas de quatro da equipe alemã. Com esta formação, nada fez no primeiro tempo.

Só na segunda etapa, com Henry na ponta esquerda e Iniesta em seu devido lugar, o Barça cresceu e equilibrou o duelo. Desta forma Pep recuou o 16 para a cabeça-de-área, e Touré foi para o banco.

É claro que o mal desempenho do Barcelona nesta terça-feira não pode ser atribuído somente às posições de Busquets e Iniesta. Mas que passou por isso, não tenho dúvidas.

Libertadores dos Campeões

Essa semana é das boas.

Tem Inter x Chelsea, Stuttgart x Barcelona, CSKA x Sevilla, Olympiacos x Bordeaux, Inter x Emelec, Cruzeiro x Colo Colo, Corinthians x Racing, Flamengo x U. Católica, Once Caldas x São Paulo.

A Ligas dos Campeões da Europa e a Copa Libertadores da América são, pela ordem, na minha opinião, os maiores torneios de clubes do mundo.

Para mim, maior que o Mundial, inclusive. Por uma razão óbvia: para vencer o Mundial, europeus e sul-americanos precisam fazer dois jogos, enquanto para erguer o troféu da Champions, o time tem que passar por 13 partidas, e o da Libertadores, por 14.

A diferença é que uma competição é jogada num intervalo de um ano, e a outra, em um semestre.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Time e elenco: quem tem o melhor?

Com a divulgação das listas de Inter, Flamengo e Corinthians, pode-se fazer uma comparação entre os times e elencos dos cinco clubes que representam o Brasil na Libertadores.



Possível time titular do Corinthians: Felipe; Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Elias, Tcheco e Danilo; Jorge Henrique e Ronaldo.

Banco: Júlio César, Rafael Santos, Moacir, Dodô, Paulo André, Leandro Castán, Marcelo Mattos, Jucilei, Edu, Morais, De Federico, Iarley, Dentinho e Souza.



Possível time titular do Cruzeiro: Fábio; Jonathan, Gil, Leonardo Silva e Diego Renan; Fabrício, Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto; Kléber e Wellington Paulista.

Banco: Rafael, Flávio, Thiago Heleno, Cláudio Caçapa, Marcos, Fernandinho, Fabinho, Elicarlos, Pedro Ken, Bernardo, Guerrón, Thiago Ribeiro, Anderson Lessa e Eliandro.



Possível time titular do Flamengo: Bruno; Léo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim e Juan; Maldonado, Willians, Kléberson e Petkovic; Love e Adriano.

Banco: Marcelo Lomba, Paulo Victor, Everton Silva, Rodrigo Alvim, David, Fabrício, Welinton, Toró, Fernando, Lenon, Vinícius Pacheco, Fierro, Michael e Bruno Mezenga.



Possível time titular do Inter: Abondanzieri; Bolívar, Sorondo e Fabiano Eller; Nei, Sandro, Guiñazu, D'Alessandro e Kleber; Taison e Alecsandro.

Banco: Lauro, Muriel, Índio, Danilo Silva, Juan, Bruno Silva, Wilson Mathias, Glaydson, Andrezinho, Giuliano, Edu, Kléber Pereira, Walter e Leandro Damião.



Possível time titular do São Paulo: Rogério Ceni; Alex Silva, Xandão e Miranda; Cicinho, Jean, Hernanes, Marcelinho e Jorge Wagner; Dagoberto e Washington.

Banco: Bosco, Denis, André Luís, Renato Silva, Júnior César, Richarlyson, Cléber Santana, Carlinhos Paraíba, Rodrigo Souto, Léo Lima, Marlos, Sérgio Motta, Fernandinho e Henrique.

Opinião: Para mim, o melhor elenco é o do Corinthians. Já a melhor equipe titular no papel, confesso que não consigo chegar a uma conclusão.

Correção: Roger está inscrito, na vaga de Anderson Lessa. Com isso, imagino que Henrique seja reserva.

Questão de prioridade

Se o Inter tivesse vencido o Novo Hamburgo neste domingo, esta bola sequer seria levantada. Mas como perdeu, abriu-se espaço para a discussão: o Colorado deveria ter escalado os reservas na semifinal do primeiro turno do Gauchão?



Na minha opinião, o clube gaúcho fez certo, por dois simples motivos. Primeiro porque a Libertadores é a prioridade, e segundo porque a estreia no torneio continental será nesta terça-feira (e mesmo se o jogo inaugural fosse na quarta, também aprovaria a decisão de entrar com a equipe B).

Como no Brasil a pré-temporada é ridícula, no sentido de não haver tempo para treinar, no sentido de malemal voltar das férias e já ter uma maratona colossal de jogos pela frente, esta derrota no Beira-Rio permitirá a Fossati e ao grupo uma folguinha, um tempo a mais para treinar, ou descansar, dependendo do planejamento da comissão técnica.

E para os que pensam que o que importa é o estadual, nem tudo está perdido, pois ainda há o segundo turno. Contudo, reitero: a meu ver, os clubes que estão na Libertadores deveriam levar o campeonato regional em banho-maria. Não por desprestígio, mas sim por uma questão de desgaste físico em início de temporada.

Texto publicado em Goal.com/br.

domingo, fevereiro 21, 2010

Real Madrid 6 x 2 Villarreal

Gols, pela ordem: Cristiano Ronaldo, Kaká, Marcos Senna, Higuaín, Nilmar, Higuaín, Kaká e Alonso.



Com a vitória deste domingo, o Real Madrid chega a 56 pontos e fica a dois do líder Barcelona. O Villarreal é o 10º colocado.

Aula de contra-ataque e tabela

Nilmar marca no Santiago Bernabéu.

As linhas do Manchester City

A exemplo de tantos outros na Inglaterra, o Manchester City do italiano Roberto Mancini joga no 4-4-2 em linha.

Sem Tevez, o time que ficou no 0 a 0 com o Liverpool neste domingo, em Manchester, teve Ireland e Adebayor no ataque.

A linha de quatro do meio-campo foi composta por Wright-Phillips, De Jong, Barry e Johnson. E a da defesa, por Zabaleta, Kompany, Lescott e Bridge. Só para registro, aos 30 minutos da primeira etapa o canhoto Johnson e o destro Phillips trocaram de lado.



Em seu retorno ao Brasil, Robinho, entre outras queixas, disse que atuava fora de posição na equipe inglesa. Ele era escalado aberto pela esquerda na linha do meio (posição de Johnson na prancheta).

Entendo que o brasileiro rende mais no ataque, é óbvio. No entanto Robinho não vinha rendendo em nenhuma posição, além do que a dupla de frente estava, e ainda está, consolidada com Adebayor e Tevez.

Em resumo, Mancini tinha seus motivos para escalar o santista por ali. Faltou ao jogador profissionalismo para acatar a decisão de seu superior.

sábado, fevereiro 20, 2010

Pré-jogo: Vasco x Botafogo

Além da superioridade técnica, o Vasco tem a vantagem numérica no meio-campo. A equipe de Vágner Mancini conta com quatro homens no setor, enquanto a de Joel Santana possui três.

Por isso, penso eu, Herrera terá de recuar quando o Botafogo estiver sem a bola, ou Fahel terá de se adiantar. Mais provável a primeira opção, para evitar que Antônio Carlos e Fábio Ferreira fiquem no mano a mano com Dodô e Coutinho.



Imagino que estes serão os duelos: Nilton x Lúcio Flávio, Souza x Leandro Guerreiro, Carlos Alberto x Eduardo, laterais x alas, e Léo Gago ora marcado por Alessandro, ora pelo volante pela direita.

Como Marcelo Cordeiro e Alessandro atuam bastante à frente, Souza e Léo Gago podem abrir o jogo pelos lados, arrastando assim seus marcadores e abrindo espaços pela faixa central para que o ponta-de-lança vascaíno trabalhe.

O Bota, por sua vez, deve explorar a bola aérea com Loco Abreu armando a jogada para quem vem de trás, em especial os camisas 10, 2 e 6, que devem entrar em diagonal, no caso dos alas.

Teorias e tentativas de previsões à parte, a bola rola pela final da Taça Guanabara a partir das 17h, neste domingo, no Maraca. E o favoritismo é do Vasco. Como era do Flamengo.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Rubro-Negro de roupa nova

Embora a anterior seja mais limpa, confesso que prefiro o desenho da camisa atual (direita), por causa da simetria.



Nunca é demais lembrar que o conceito de beleza é pra lá de relativo.

Santos, o Barcelona brasileiro

"Aqui tem muita musculação", reclamou De Federico, se referindo à carga de treinamento imposta no Brasil.

Zico é outro que não sabe se seria jogador profissional, se jogasse nos dias de hoje, por causa de seu corpo franzino na adolescência.

Na busca insana pelos títulos, para manterem seu ganha-pão, boa parte dos treinadores da base preferem garotos mais altos e fortes aos magrelos habilidosos, para se imporem e vencerem na base da força.

Alguns clubes, no entanto, ainda privilegiam a qualidade, a técnica, a habilidade. Não chutam para escanteio o lado lúdico do futebol. Na Europa, Barcelona, e no Brasil, Santos, representam isso.



Xavi e Iniesta são dois exemplos. Pequenos grandes jogadores, multicampeões, criados na famosa cantera azul-grená. Por aqueles cantos da Catalunha, respeita-se a tradição.

Por aqui, a Vila Belmiro é outra gestante que torce o nariz para os músculos artificiais. Pari talento. Parto natural. Neymar e Robinho são mostras vivas disso. Moleques franzinos que transbordavam magia ainda na incubadora.

Como admirador do jogo bonito, particularmente prefiro esta linha de ensinamento àquela. E para os que pensam que só se ganha com o futebol-força, o Barça está aí para provar que existe sim o futebol-arte de resultado.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Júlio Baptista, o 10 da Roma

O time na prancheta foi o que Ranieri mandou a campo nesta quinta-feira, para enfrentar o Panathinaikos, na Grécia, pela Liga Europa.

A Roma adota o 4-5-1, com apenas Vucinic na frente. O esquema não pode ser considerado um 4-3-3 porque Brighi e Taddei, além de não serem, não atuam como pontas. Eles são, de fato, meio-campistas. Embora um fique mais à esquerda e o outro à direita, nenhum dos dois joga aberto propriamente dito. Ambos aparecem por dentro, com e sem a bola.



A função que Júlio Baptista exerce em seu clube é semelhante a que ele vai executar na Seleção, caso Kaká se machuque. Ele é o ponta-de-lança, responsável por alimentar o centroavante e chegar na área para concluir.

Ao apito final, o placar registrou Panathinaikos 3, Roma 2, e a equipe da capital italiana perdeu uma invencibilidade de 20 jogos. Eis os gols.

Pato Abbondanzieri é do Inter

Outra bela sacada do Olé.

Vucinic coloca com a mão

Montenegrino deixa o dele no jogo diante do Panathinaikos.

Muricy merecia?

Analisar apenas a passagem de Muricy Ramalho pelo Palmeiras é minimizar a situação. Embora os problemas políticos e de elenco do Verdão sejam gritantes, para mim, é preciso discutir o profissional.



Se futebol for resultado, não há dúvidas de que Muricy é um vitorioso. Basta examinar seu currículo. No entanto, na minha opinião, futebol é mais que isso. Sob o ponto de vista do expectador, é, também, entretenimento.

E, talvez em função da necessidade de ganhar títulos para se manter no cargo, os times comandados por Muricy, em regra, não são agradáveis de se ver. Abdicam do futebol bem jogado, da bola bem tratada, rasteira, para tentar triunfar na base do chuveirinho, do jogo pragmático, engessado, burocrático.

Insisto: Muricy indiscutivelmente é um técnico de sucesso, que merece respeito e aplausos. Apenas coloco em questão seu método de trabalho.

Dupla dinâmica marca e Grêmio vence

O Grêmio fez 4 a 2 no Veranópolis, no Olímpico, e se classificou à semifinal do primeiro turno do Gauchão. Sem Souza por vários meses, Silas escalou Douglas na meia esquerda e Leandro na meia direita.

Destaques para o camisa 10, para os laterais e para a dupla de ataque, que marcou dois, um de cada, e chegou aos 14 gols no estadual (8 de Borges e 6 de Jonas). Na vitória desta quarta-feira, Hugo, que entrou aos 40 do segundo tempo, e Mário, também balançaram a rede.



Atuar com apenas um ou com três atacantes, a meu ver, seria um erro, pois, pela fase que atravessam, é melhor deixar Borges e Jonas próximos à área. Por isso é bem provável que Silas mantenha este 4-4-2 por bastante tempo.

Outra opção que o treinador do Tricolor tem, sem mexer na frente, é trocar o quadrado pelo losango no meio-campo, com Douglas centralizado. Particularmente me agrada a ideia de tê-lo pelo centro, para que o jogo passe pelo seu pé com mais frequência. No entanto, é apenas uma alternativa, que em tese traria mais poder de marcação à meia-cancha e mais liberdade ao seu maestro.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Bayern bate Fiorentina a duras penas

A exemplo de vários times da Europa, o Bayern de Munique também joga com dois pontas e um centroavante. Pelo menos no 2 a 1 sobre a Fiorentina, nesta quarta-feira, foi assim.

Com Müller na ligação, o Bayern não conseguiu se impor do jeito que gostaria. O camisa 25, por sinal, não funciona como um meia-armador clássico, um 10 legítimo. Talvez por isso as jogadas se concentraram nas beiradas, com o canhoto Robben pela direita e o destro Ribéry pela esquerda.



Van Buyten sentiu e foi substituído no intervalo. Badstuber se deslocou para o miolo da zaga, e Contento entrou na lateral esquerda. Van Bommel, o em tese primeiro volante, se é que se pode classificar assim, inverteu de lado com Schweinsteiger, para que o jovem Contento, estreante entre os profissionais, tivesse mais segurança e liberdade.

Apesar do êxito, os bávaros sofreram para penetrar nas linhas de quatro da Viola. Se futebol fosse um esporte justo, o empate ficaria de bom tamanho na Allianz Arena. Até porque o gol da vitória foi marcado em claríssimo impedimento.

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Endiabrado, Rooney decide

A estratégia de Alex Ferguson, a meu ver conservadora e calculista, se mostrou eficiente. Postado para contra-atacar fora de casa, tímido e retraído, o Manchester United mais se preocupou em marcar do que em avançar, no primeiro tempo.

Os visitantes só igualaram a partida no placar e no moral graças a um lance de sorte, no gol de Scholes. E tomaram as rédeas da situação de vez graças à competência de seu centroavante, que virou o jogo aos 20 da segunda etapa. Até então, o domínio era rubro-negro.



Nitidamente o Milan acusou o golpe, ficou nocauteado em pé. E assistiu, ainda grogue, à reação dos Diabos Vermelhos, que culminou no terceiro gol, o segundo de Wayne Rooney, aos 28.

O tento anotado por Seedorf dez minutos depois, o segundo do Milan, ainda acendeu uma luz no fim do túnel. No entanto espera-se que a postura do United no Old Trafford, no dia 10 de março, seja diferente. Mais ousada e agressiva.

Pode-se dizer que os Red Devils estão com uma mão na vaga.

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Pré-jogo: Milan x Manchester United

Se Leonardo e Ferguson não aprontarem nenhuma surpresa, estes devem ser os times que vão se enfrentar em Milão, no jogo de ida das oitavas-de-final da Liga dos Campeões.

Para que os zagueiros rubro-negros não fiquem no mano a mano com os atacantes dos Diabos Vermelhos, é provável que ao menos um dos laterais sempre fique preso. Em regra, Zambrotta (Antonini) e Abate vão bater de frente com os homens das beiradas do Manchester United, Park e Valencia (Nani).

Nos duelos do meio-campo, Pirlo pode sobrar. Penso que Seedorf (Ambrosini) e Gattuso marcarão e serão marcados por Fletcher e Scholes, enquanto o 21 milanês terá, em tese, espaço para armar as jogadas a passes longos.



A dupla de zaga dos visitantes, possivelmente composta por Ferdinand e Evans, será responsável pelo centroavante adversário. E os laterais, Brown e Evra, terão a nada fácil tarefa de impedir que Ronaldinho e Pato deitem e rolem.

Outras duas alternativas seriam o Milan com o meio-de-campo invertido (dois volantes e um meia centralizado) e o Manchester no 4-3-3 (Carrick no lugar de Owen) com apenas Rooney enfiado.

Teorias à parte, a bola rola nesta terça-feira a partir das 17h45 (horário de Brasília).

Post publicado em Goal.com/br.

Há candidatos à vaga de Dunga?

Independentemente do resultado, Dunga deve deixar a Seleção após o Mundial da África do Sul.

Sem querer colocar o carro na frente dos bois, quem poderia ser seu sucessor?



Os corintianos que me perdoem, mas Mano Menezes com o agasalho da CBF seria um colírio para meus olhos.

Na minha opinião, aliás, Mano deveria ser uma espécie de Ferguson da Seleção. Por mim, ele ficaria algumas Copas no comando do Brasil.

domingo, fevereiro 14, 2010

Atlético de Madrid ajuda rival

Após 21 jogos de invencibilidade (17 vitórias e 4 empates), o Barça conheceu sua primeira derrota no Campeonato Espanhol neste domingo. O dono da façanha foi o Atlético de Madrid, que bateu o líder por 2 a 1, no Vicente Calderón.

A equipe de Quique Flores atuou no 4-4-2, com Simão e Reyes abertos pelos lados, e Agüero e Forlán na frente. Apesar da diferença de porte físico, os atacantes dividem os espaços meio a meio. O uruguaio não joga enfiado, como pode se pensar.

Sem a bola, o time se compacta com duas rígidas linhas de quatro, com o recúo dos camisas 19 e 20.



Entre os homens das beiradas, Reyes se infiltra mais por dentro do que Simão. O português geralmente busca a linha de fundo, enquanto o espanhol entra na diagonal. Na jogada do primeiro gol, inclusive, Reyes aparece pelo centro, dribla dois adversários e com um lindo passe coloca Forlán na cara do gol.

Com a mãozinha dada pelo rival, o Real Madrid está agora a dois pontos do Barcelona.

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Borges x Washington

Quem deve ser o titular: Borges ou Washington? Esta era a interrogação que pairava sobre o Morumbi no ano passado.

Insatisfeito com a reserva, Borges trocou de Tricolor. E até aqui, em 8 jogos, marcou 9 gols (média de 1,12). Já Washington, neste começo de temporada, tem 4 tentos anotados em 6 partidas (média de 0,66).



Que ambos são artilheiros, ninguém pode negar. No entanto, na minha opinião, o atacante do Grêmio é mais jogador tecnicamente, o que o coloca num nível superior ao do São Paulo.

David Luiz na cabeça

O jogador do Benfica está na mira dos gigantes da Europa. Estão na briga, Real Madrid e Manchester United. Fala-se em cerca de 20 milhões de euros.



David Luiz, 22 anos, revelado pelo Vitória, com passagem por Seleção de base, é um zagueiro altamente técnico. Além de ser um exímio marcador, sabe jogar com a bola no pé e se apresenta com eficiência na frente. Servir à Seleção principal é questão de tempo.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Liverpool joga em função de Gerrard

Gerrard é o legítimo meia-atacante: faz as vezes de meia e faz as vezes de atacante.

O capitão do Liverpool tem liberdade (e obrigação) para flutuar por uma extensa faixa do gramado para criar e finalizar, para armar e concluir. O camisa 8, além de servir, faz companhia a Ngog no ataque.

É verdade que não é de hoje que o inglês é o cérebro da equipe. Mas sem Fernando Torres, esta alcunha cabe mais do que nunca.



Kuyt e Maxi são os responsáveis em fechar os lados do campo, quando o time está sem a bola. Com ela, avançam em diagonal visando a dupla ofensiva. Já Mascherano e Lucas se dedicam mais à marcação que ao apoio. Entre os dois, o brasileiro se solta mais.

Pode-se pensar que Gerrard tem jogado como segundo atacante (que volta para articular as jogadas) em função da ausência de Torres. No entanto é um equívoco, pois Rafa Benítez já adotou esta formação com os dois craques juntos.

Este time na prancheta foi o que perdeu para o Arsenal por 1 a0 nesta quarta-feira, em Londres, pela Premier League. Na reta final do segundo tempo, Babel entrou no lugar de Lucas, e Gerrard passou a atuar recuado, orquestrando o grupo.

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Possível Barça com Fabregas

Fabregas tem um acordo verbal com o Barcelona, segundo a rádio ONA FM (via SPORT). Se de fato o meio-campista do Arsenal retornar à Catalunha ao final desta temporada, este deve ser o time de Guardiola:



Embora já tenha jogado por ali diversas vezes, Iniesta de ponteiro gera estranheza, pelo menos para mim. Por isso, por causa desta desconfiguração tática - se é que se pode falar assim -, torço um pouco o nariz para essa possível contratação.

Outra alternativa, mais ousada, teria Fabregas (ou Xavi) na cabeça-de-área, Iniesta e Xavi (ou Fabregas) nas meias, e Pedro (ou Henry) na ponta esquerda.

Em tempo: acordo verbal é desmentido pelo Barcelona.

Fé no corpo fechado

Se for este o grupo que vai à Copa, é preciso rezar para que dois jogadores não se machuquem: Júlio César e Kaká.

No caso do goleiro, imagino que Victor dê conta do recado. Já Doni, não. Para o lugar do reserva da Roma, a meu ver, há nomes mais seguros, como Gomes, Fábio, Bruno, Felipe, etc.

No caso do meia, penso que Júlio Baptista não atende às necessidades da Seleção. Para a vaga do também reserva da Roma, há alternativas mais interessantes, como Diego Souza, Alex (Spartak), Ganso, etc.

Se Doni e Júlio Baptista realmente forem à África do Sul, é preciso ter fé para que seus titulares joguem todos os jogos.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Robinho tem um plano secreto?

No Bem, Amigos! desta segunda, Robinho disse que se tivesse ido para outro clube, teria sido melhor para o seu futebol (referindo-se ao City).

Achei estranho o jogador falar isso abertamente, já que, depois da Copa, ele volta pra lá.

Mais para frente, quando perguntado sobre se continuaria no Manchester City, ou se pensaria em se transferir para outra equipe da Europa, Robinho se esquivou na resposta.

Então me pergunto: será mesmo que ele volta para Manchester depois da Copa? Ou será que esta notícia tem fundamento?

O trio mais talentoso do país

Imagino que Robinho vai dar certo no Brasil, por três motivos: aqui ele não terá de cumprir um papel tático rígido, como no City; aqui ele será titular intocável, ao contrário do City; e aqui ele será mais feliz que na Inglaterra.

Soma-se a ele Neymar e Ganso, e está formado o trio ofensivo mais talentoso do país, na minha opinião. Muita técnica e habilidade a favor do futebol-arte.



Pet, Love e Adriano podem ser mais experientes, mais eficientes. Mas, a meu ver, não têm tanta magia.

Esta comparação também se aplica a Gilberto, Kléber e Wellington (Thiago Ribeiro); a Ricardinho, Tardelli e Obina (Muriqui); a D'Alessandro, Taison e Alecsandro (Kléber Pereira); a Douglas, Borges e Jonas; a Marcelinho, Washington e Dagoberto; a Tcheco (Danilo), Jorge Henrique e Ronaldo; a Diego Souza, Cleiton Xavier e Robert; a Conca, Maicon e Fred; a Carlos Alberto, Coutinho e Dodô; a Lúcio Flávio, Herrera e Abreu; e por aí vai.

Reitero: o trio santista, para mim, não é o melhor, o mais letal, nem o mais contundente. Para mim, é o mais talentoso. É o mais apto a construir jogadas espetaculares.

domingo, fevereiro 07, 2010

Chelsea consolida esquema tático

A supremacia técnica do Chelsea foi confirmada no dérbi. Com Mikel na cabeça-de-área, Ballack e Lampard nas meias, Anelka e Malouda nas pontas, e Drogba na referência, os donos da casa fizeram 2 a 0 no Arsenal, neste domingo, dois gols do camisa 11.

Esta na prancheta deve ser a equipe que vai atrás da cobiçada taça da Liga dos Campeões (e da Premier League), com Essien no lugar de Mikel.



O outro esquema que Ancelotti adota de vez em quando é o 4-4-2 em losango, com um quarto homem à frente de Ballack e Lampard, centralizado, e com Anelka e Drogba dividindo os espaços.

Porém, se em time que está ganhando não se mexe, é provável que o esquema titular para o resto da temporada seja mesmo este 4-3-3.

Arsenal sem referência

Desde que perdeu Adebayor, Van Persie é a referência do ataque do Arsenal. Sem o holandês, Wenger improvisa Arshavin de centroavante, o que gera um pouco de estranheza.

No 2 a 0 pró-Chelsea deste domingo, em Stamford Bridge, ficaram nítidas as diferenças tática e técnica entre os times, em específico no setor ofensivo.

Completaram o trio de frente, pelas beiradas, Nasri e Walcott.



Na segunda etapa, já com o placar construído, o camisa 8 deu lugar a Bendtner, que entrou para atuar centralizado. Com isso, Arshavin se deslocou para a ponta esquerda.

Os Gunners melhoraram, mas não o suficiente para evitar a derrota. Enquanto não tiver um 9 de respeito, a equipe londrina vai penar.

sábado, fevereiro 06, 2010

O voo do Ganso

O meia trocou os pés pelas mãos no final do treino do Peixe.



A foto é de Ricardo Saibun.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Pep e o ponta ideal

Faz tempo que o Barcelona está atrás de um ponta-esquerda. Falou-se muito em Robinho, especula-se Ribéry, porém atualmente a sombra de Henry, o (talvez não mais) dono da posição, chama-se Pedro.

Será que Pep Guardiola já viu este rapaz de 18 anos jogar?



Messi de um lado, Neymar do outro, Ibrahimovic por dentro... Nada mal. A meu ver, o santista cairia como uma luva no time catalão, não só pela questão tática, mas também por seu estilo de jogo, que casa perfeitamente com o futebol-arte objetivo do Barça.

A segunda pele da Enciclopédia do Futebol

Sei que o conceito de beleza é bastante relativo, mas é ou não é linda a nova camisa do Botafogo, em homenagem a Nilton Santos?



O maior lateral-esquerdo da história do futebol mundial esteve presente no lançamento desta joia.

Três variações táticas no Mineirão

Adilson Batista sabia que teria pela frente um ferrolho boliviano. Por isso aderiu aos três atacantes desde o início. No entanto, após a partida, o treinador admitiu, na entrevista coletiva, que não pensa em efetivar este esquema, pois entende que os jogadores brasileiros não são tão responsáveis taticamente. Ainda.

O Cruzeiro que foi a campo estava postado num 4-3-3 um pouco diferente dos habituais. Geralmente, quando se atua neste sistema, há dois pontas e um centroavante. Contudo, no caso da Raposa, se via apenas um ponteiro (Thiago Ribeiro). Kléber e Wellington apareciam mais juntos, próximos à área. Eventualmente um dos dois abria, nem tanto assim, pela esquerda, o que configurava um 4-3-3 assimétrico no ataque. Quem mais ocupava aquela faixa era o ofensivo Diego Renan.

No meio-campo, Elicarlos na cabeça-de-área, Henrique na meia direita e Marquinhos Paraná na meia esquerda completavam a equipe.



Aos 5 segundos do segundo tempo, um jogador do Potosí foi expulso. Imediatamente Adilson colocu Guerrón no lugar de Elicarlos, e, mesmo com o placar registrando 4 a 0, a Raposa pôs as garras de fora e foi pra cima.

A partir daí o Cruzeiro se organizou no legítimo 4-2-4, com dois pontas (Thiago e Guerrón) e dois atacantes por dentro (Kléber e Wellington). Foi uma verdadeira blitz. Ataque contra defesa, sem dó nem piedade.



Aos 20 da segunda etapa, o técnico cruzeirense promoveu outra alteração: colocou Bernardo na vaga de W. Paulista, e o time brasileiro passou a jogar no 4-3-3 em triângulo, com dois volantes, um meia centralizado, dois ponteiros e um centroavante (Kléber, que logo em seguida foi substituído por Eliandro).

As investidas pelas beiradas continuaram frenéticas, sem falar no apoio dos laterais, com Jonathan entrando mais em diagonal do que pelo corredor. E coube a Bernardo cumprir o papel de articulador. Resultado: mais três gols nos minutos finais, justamente com Eliandro, Bernardo e Guerrón, os três que vieram do banco.



Muitos apontam, inclusive eu, o Corinthians como favorito à Libertadores, pela qualidade do elenco e da comissão técnica que possui. Entretanto é preciso lembrar que este grupo do Cruzeiro que está aí, está mordido pelo ano passado, está mais calejado, experiente, e vem com tudo em busca da taça.

E além disso, este grupo do Cruzeiro mostrou que conta com algumas variações táticas interessantes.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Guerrón tem um quê de Garrincha

Uma das infinitas virtudes de Garrincha era a explosão física. Sempre que Mané punha a bola na frente, o marcador ficava para trás.

Esta característica, da forte arrancada, do tiro curto veloz, também é encontrada em Guerrón.

E como o equatoriano também atua na ponta direita, me lembrei do Anjo das Pernas Tortas na hora, vendo o jogo do Cruzeiro, mais em específico no lance do gol de La Dinamita, o último do 7 a 0:

Calor matador em Porto Alegre

Batista, ex-jogador de Inter, Grêmio, Seleção Brasileira, e hoje comentarista de futebol, desmaiou ao vivo em plena transmissão da TVCOM.



Se para quem está na cabine é complicado, imagine para quem está no gramado, correndo pra lá e pra cá.

Futebol de ponta

Tá no site da ESPN Brasil: Milan pode ser o destino de Nilmar. Segundo a rádio espanhola Cadena Ser, o atacante está na lista de reforços de Leonardo.



Para mim, o futebol de Nilmar é de ponta (aliás, é como tal que ele joga na Seleção). Para mim, é craque. Com bola para ser titular em qualquer time grande da Europa. Isso, claro, na minha opinião. Com todo respeito ao Villarreal, o Milan sim é um clube à altura de seu futebol.

Fala-se também em seu possível retorno ao Brasil por agora. Penso que seja difícil, porque, a meu ver, sua vaga na Copa já está garantida.

Só para completar, recentemente Leonardo admitiu que tentou levar Keirrison ao rubro-negro de Milão.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Favoritismo a favor do Timão

Mano Menezes colocou o Corinthians em terceiro, entre os brasileiros favoritos à Libertadores, atrás de Inter e São Paulo.



Para mim, o maior candidato é o Timão, por dois motivos: qualidade do elenco e da comissão técnica.

Só para fazer uma comparação leviana, o Grêmio, de Mano, chegou à final em 2007 com Saja no gol, Patrício na lateral, Sandro Goiano no meio-campo e Tuta no ataque.

É isso. Na minha opinião, o Corinthians é o grande favorito por ter o melhor treinador do país. E o melhor elenco.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Variação tática na vitória vascaína

Embora o papel de ligação, na ausência de Carlos Alberto, tenha sido atribuído a Magno, o meio-campista que fez o time jogar, na vitória do Vasco sobre o Friburguense por 3 a 0, neste domingo, foi Souza.

Se por um lado Rafael Carioca pouco apoiava, em função da cobertura de Márcio Careca, do outro o camisa 14 subia com alta frequência, em regra pelo flanco direito.



No intervalo, provavelmente insatisfeito com o rendimento do atleta, Mancini sacou Magno, colocou Robinho e alterou o esquema tático.

No começo o 30 foi recuado para o lugar do 17, e Robinho e Dodô formaram a dupla de ataque. Mas logo que o Friburguense teve um homem expulso, o Gigante da Colina se postou no 4-3-3, com Robinho e Coutinho pelas beiradas.

Só para não passar em branco, ao que parece, o 30 tem qualidade e capacidade para atuar tanto como atacante quanto como meia. Com o tempo, seus treinadores vão encontrar a posição ideal para o garoto.