quarta-feira, outubro 31, 2007

Resposta do Quiz do Carlão

É do Flamengo a honra de ser o primeiro clube do Brasil a ter uma torcida organizada - "A Charanga Rubro-Negra" criada por Jayme de Carvalho (Nascido em Salvador, Bahia, no dia 9/11/1911), onde ele reuniu um grupo de pessoas com alguns instrumentos, no jogo Flamengo 1x1 Fluminense em 11/10/1942 nas Laranjeiras e tocava animadamente. Porém, "um pouco" desafinado. Sendo assim, o locutor - Rubro-Negro fanático e também muito crítico - Ary Barroso, comenta: "isso não é uma torcida é uma charanga..." e assim o apelido pegou, nascendo assim a PRIMEIRA torcida organizada do Brasil.

Texto: Flaestatistica

34ª rodada

















Atlético-PR 0 x 0 Grêmio

Figueirense 1 X 0 Fluminense

Atlético-MG 2 X 1 Paraná

São Paulo 5 X 0 América

Goiás 3 X 1 Vasco

Flamengo 1 X 1 Corinthians

Náutico 2 X 2 Santos

Internacional 2 X 0 Sport

Palmeiras 2 X 0 Juventude

Botafogo 1 X 2 Cruzeiro

Fritz Walter Wetter

A Hungria era insuperável.

Invencível.

Hungria de Kocsis, de Puskas.

A maior seleção do mundo.

Impossível perder aquela Copa.

A única chance de perdê-la cairia do céu.

Chuva.

Se chovesse, a Alemanha Ocidental teria uma chance contra o escrete húngaro.

Era o tempo de Fritz Walter.

Fritz Walter Wetter.

Se chovesse, a Alemanha Ocidental teria uma chance.

Berna, 4 de julho de 1954.

Final da Copa do Mundo da Suiça.

Alemanha Ocidental versus Hungria.

Choveu.

E a Alemanha Ocidental conseguiu o impossível: bateu a Hungria. 3 a 2.

Fritz Walter, o capitão alemão, não marcou gol naquele dia.

Mas foi o grande herói daquele triunfo.

*Fritz Walter nasceu em 31 de outubro de 1920, há 87 anos. Morreu em 16 de junho de 2002.

terça-feira, outubro 30, 2007

O primeiro grande negro

José Leandro Andrade foi o primeiro homem de pele preta a pisar nas gramas verdes da Europa.

E uma boa primeira impressão deixou.

À frente da Azul Celeste, comandou a equipe campeã dos Jogos Olimípicos de Paris, em 1924.

Foi o melhor jogador da competição.

E antes mesmo de Fausto, foi chamado de "Maravilha Negra" pela imprensa francesa.

E antes mesmo de Kérlon, como registra Eduardo Galeano, em uma das partidas, atravessou metade do campo com a bola dominada na cabeça (uma espécie de foca dos anos 20).

Andrade ainda foi campeão das Olimpíadas de Amsterdã, em 1928, e da Copa do Mundo de 1930, além da Copa Sul-Americana de 1926 e 1926.

No Uruguai, berço do futebol sul-americano, nasceu, a 30 de outubro de 1901, o negro Andrade, primeiro grande ídolo internacional futebolístico.

E no mesmo Uruguai, em Montevidéu, morreu, a 5 de outubro de 1957, tuberculoso, e miserável.

*Uma fonte traz 1º de outubro como sua data de nascimento. Outra, 30/10 (hoje). Uma terceira, 20 de novembro. Se for dia 1º, está prestada a homenagem com (um belo) atraso. Se for dia 20 de novembro, com (uma bela) antecedência. Se for hoje, (com uma bela) precisão.

El Pibe de Oro, 47 años









Relaxa e goza

- Você é a favor ou contra a Copa do Mundo no Brasil?

- Não tenho opinião formada.

- Que novidade.

- Você tem?

- Sim. A favor.

- Na verdade, tenho sim. Sou contra!

- E por quê?

- Porque vão desviar dinheiro. Assim como no Pan. Dinheiro público! Dinheiro do leite das criancinhas.

- Como se fosse só em grandes eventos esportivos que se rouba.

- Já pensou quantos milhões serão desviados na construção de estádios?

- Já. O mesmo tanto que se rouba na construção de hospitais, escolas, viadutos, estradas...

- E você acha isso bonito?

- Não, só acho que acontece. E não é de hoje.

- Como assim?

- Na casa-grande, desviava-se escravos.

- O que o Casão tem a ver com isso!?

- Casão!?

- Não fale mal do Casão!

- Tô falando da contrução das casas-grandes, entende?

- É, acho que sim.

- Entende, sim, sei.

- Entendi sim! Casa Grande.

- Para falar a verdade, a culpa não é do patrício...

- Discordo, a culpa é sim dele. Êta lateral ruim.

- Posso retomar o raciocínio, por favor?

- Perdão.

- A culpa não é do patrício. Na construção de ocas e canoas, pré-lusitano, já se rapinava arcos, flechas e fumo público. Está no nosso sangue.

- E o que isso tem a ver com a Copa do Mundo?

- Se o estupro é inevitável, relaxa e goza, entende?

- Já ouvi esta frase, só não lembro a autoria.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Previsões fatais

Dificilmente ele erra o alvo.

A cinco rodadas do fim, Pai Akã fará as previsões sobre quem irá para a Libertadores.

E sobre quem vai conquistar a vaga para a segundona.

Em breve.

domingo, outubro 28, 2007

Simplesmente, Mané Garrincha

Deus escreve certo com linhas tortas.

Garrincha dribla certo com pernas tortas.

Foi assim desde sempre.

Sua primeira vítima foi a parteira.

Quando nasceu, logo driblou-a.

Quando moleque, sempre descalço, sempre, pé cascudo, driblava os bichos.

Rolinhas, juritis, caga-sebos, beijas-flor.

Coelhos, gambás, cotias, preás.

Nada escapava.

O pequeno Manuel não perdoava.

Não perdoava também os moleques da rua.

Aos 7 anos, era o melhor nas peladas.

Driblou as professoras.

Matava aula para fazer o que mais gostava: caçar, pescar, jogar bola.

Reprovado.

Driblava os patrões.

Na fábrica, aos 14, ou faltava ao trabalho, ou dormia nas caixas de algodão alojadas no porão.

Demitido.

Reademitido, para poder jogar pelo time da cidade.

Driblou o Exército. Sem fazer forças. O sargento o dispensou, pois considerou que o garoto era portador de "defeito físico".

Aos 19, o primeiro contrato.

O sujeito de Pau Grande, de pau grande, de novo driblou.

Desta vez, o alvo foi o maior lateral-esquerdo do mundo.

Nem a Enciclopédia escapou de Mané.

Daí para frente, driblou marcadores infinitos.

Joãos.

Inúmeros.

Joãos, Josés, Jordans.

Não só no gramado do Maracanã.

Não só nos gramados Brasil.

Sofreram também os gringos.

Driblou nos gramados suecos.

Johns, Josephs, Johanssons.

Galanteador nato, também driblou a mulher.

As mulheres.

Inúmeras.

Joanas, Marias, Elzas.

Voltou a driblar nos tapetes chilenos.

Botou todos no chinelo. Todos. Sozinho.

Garrincha era isso: um driblador.

Um brasileiro driblador.

Sozinho, driblava.

Driblava a todos.

E a tudo.

Só teve um marcador de verdade em toda vida.

O único que foi capaz de pará-lo.

Manuel Francisco dos Santos, o Garrincha, o Mané, o Anjo das Pernas Tortas, a Alegria do Povo, com toda sua genialidade, não conseguiu driblar seu perseguidor letal: o álcool.

*Garrincha nasceu há exatos 74 anos.

sábado, outubro 27, 2007

Resposta do Quiz do Carlão

Sítios como o do Botafogo, da Gazeta Esportiva, entre outros vários, trazem o seguinte dado: 17 jogos, 17 gols.

Na página da RSSSF encontrei 18 partidas, e os mesmos 17 tentos anotados.

Seja qual for, 17 ou 18 cotejos, o jogador com a melhor média de gols pela Seleção Brasileira é Quarentinha.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Tu crees?

Clique na imagem para ampliá-la.

Ou aqui, para ver a matéria no sítio do As.

Já na página do craque argentino, uma enquete chama-me atenção: "Crees que Riquelme deberá jugar en la selección Argentina a pesar de no jugar en el Villarreal?".

Copio e colo: Crees que Pato deberá jugar en la selección Brasileña a pesar de no jugar en el Milan?

Yo creo.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Bom e velho Robinho

A balada no Brasil valeu a pena.

Lavou a alma.

Rendeu multa e castigo.

Mas lavou a alma.

E o futebol.

Com a camisa branca do Real Madrid, Robinho fez na tarde desta quarta o mesmo que fazia com o manto branco do Santos. E com a amarelinha.

Contra o Olympiacos (com um a menos, registra-se), Robinho foi o bom e velho Robinho: pedalou, deu elástico, foi pra cima, deu passe, encantou. Deitou e rolou.

Lembrou os bons e velhos pontas. Esquerda.

Fez gol. Gols. Dois.

Pedalou, pedalou, pedalou, e, como Rogério em 2002, o marcador deu no meio da franzina - e maliciosa - canela do camisa 10.

Pênalti.

Àquela altura o time merengue empatava com a audaz equipe grega em pleno Santiago Bernabeu por 2 a 2.

Nistelrooy, como Baggio em 1994, mandou para fora.

Faltava pouco para o apito final.

Deixa comigo, disse ele.

E fez o que o bom e velho Robinho faria.

Marcou o terceiro (o segundo dele na partida), e no minuto final teve tempo para puxar um contra-ataque e deixar Balboa na cara do gol. Knock-out. 4 a 2 Madrid.

Robinho foi o homem do jogo.

Foi o bom velho Robinho.

Ousado.

Atrevido.

Abusado.

Como há tempos não se via nas gramas espanholas.

terça-feira, outubro 23, 2007

Quiz do Carlão

O Blog do Carlão está com um novo "quadro".

Uma espécie de Desafio do PVC.

Mais humilde, é claro.

É o Quiz do Carlão (nome criativo e inovador, eu sei).

Se a internet não falhar (nem minha memória), a cada quatro dias, religiosamente, postarei uma nova enquete.

Passadas as 96 horas, abrirei uma postagem com a resposta e alguns detalhes sobre o fato em questão.

OBS.: Responda (chute) de cara. Utilizar a internet para pesquisar é falta de fair play.

67 anos de reinado

Gotemburgo, 19 de junho de 1958.

Brasil 1, País de Gales 0.

Gol do menino de 17 anos.

Estocolmo, 24 de junho de 1958.

Brasil 5, França 2.

Três gols do menino de 17 anos.

Estocolmo, 29 de junho de 1958.

Brasil 5, Suécia 2.

Dois gols do menino de 17 anos.

Brasil campeão do mundo. O mundo conhecia o rei do futebol.

Três Corações, 23 de outubro de 1940.

Há 67 anos, o rei do futebol vinha ao mundo.

Parabéns, vossa majestade.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Nascidos em 22 de outubro



Lev Yashin, o Aranha Negra, em Moscou, a 1929.

Yashin defendeu o Dínamo de Moscou por toda a sua carreira de 22 anos, onde ingressou em 1949. Conquistou cinco campeonatos soviéticos (1954, 1955, 1957, 1959 e 1963) e três copas da URSS (1953, 1967 e 1970).

Pela seleção soviética, jogou as Copas de 1958, 1962,1966 e 1970.

Augusto da Costa, em 1920, no Rio de Janeiro.

Zagueiro pela direita, era soldado da Polícia Federal e do Exército.

Defendeu o Vasco entre 1945 e 1953.

Jogou pela Seleção de 1948 a 1950, disputando inclusive a Copa América de 1949 e a Copa do Mundo de 1950.

Augusto morreu em 1º de março de 2004.

Francisco Gento, em 1933.

Ponta-esquerda espanhol, jogou no Real Madrid de Puskas, Kopa e Di Stéfano.

Atacou pelo time merengue de 1953 a 1971.

Campeão da Liga Espanhola em 1954, 1955, 1957, 1958, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969.

Campeão de Copa do Rei em 1962 e 1970.

Campeão da Copa da Europa (Liga dos Campeões) em 1956, 1957, 1958, 1959, 1960 e 1966.

Fez 43 jogos pela seleção espanhola, e participou das Copas de 1962 e 1966.

sábado, outubro 20, 2007

A lógica em xeque

Goiás, 41 pontos.

Corinthians, o primeiro dos últimos, 38 pontos.

Entre eles, três times: Internacional, Atlético-MG e Náutico.

O Colorado pega o Juventude, no Beira-rio.

Provável, muito provável, que o dono da casa vença e chegue aos 44 pontos.

No Mineirão cheio, o Galo vai fazer das chuteiras coração para ganhar do Vasco.

5, 3 ou 1 a 0 dá na mesma. O que importa para o alvinegro mineiro são os três pontos para chegar aos 43.

Nos Aflitos, o jogo da rodada: Timbu x Timão.

Alvirubro favorito.

Sem Acosta, mas favorito.

A lógica diz que Inter, Atlético-MG (numa escala um pouco menor) e Náutico consigam fazer a tarefa doméstica.

E se a lógica triunfar, a situação do Corinthians, que está russa por causa de um russo, pode ficar ainda mais russa.

Se a lógica prevalecer, o Corinthians ficará a 3 pontos do 16º colocado, possivelmente o Goiás.

Mas futebol não tem lógica.

É imprevisível.

É surpreendente.

Vive de impossíveis.

Assim como o Corinthians.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Cotejos de sábado

PALMEIRAS x PARANÁ

Jogo para o consolidação.

Do Palmeiras, no G4 de cima.

E do Paraná, no G4 de baixo.

GOIÁS x FLUMINENSE

O time goiano está se esforçando para cair.

E o Fluminense, mesmo no Serra Dourada, vai dar uma força.

BOTAFOGO x SPORT

É vencer ou vencer. Eis a obrigação do alvinegro.

Mas o rubronegro não vai ao Rio de Janeiro a passeio.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Brasil iludiu bem

7 anos depois, o placar se repete.

5 a 0 no Maracanã.

Mas, não me engana que eu gosto.

A vitória brasileira foi falaciosa.

O Brasil não jogou nada contra a Colômbia.

E contra o Equador, em pleno Maraca, só jogou nos últimos 15 minutos.

Este esquema que Dunga adotou (4-2-3-1) não funciona na Seleção. O problema do Brasil é tático.

Golaço de Kaká, linda jogada de Robinho, boa partida de Love, festa no Maraca.

Mas não se engane, o resultado foi mentiroso.

Maracanã

Maracá (chocalho).

Nã (semelhança).

Maracanã é uma espécie de pássaro, do gênero das araras, que emite ondas sonoras parecidas com o barulho de um chocalho indígena, o maracá.

terça-feira, outubro 16, 2007

O último jogo no Maracanã

03 de setembro de 2000.

Eliminatórias para a Copa de 2002.

Brasil 5, Bolívia 0.

Rogério Ceni; Cafu, Antônio Carlos, Émerson Carvalho e Júnior (Athirson); Flávio Conceição, Vampeta, Alex (Juninho Paulista) e Rivaldo; Ronaldinho Gaúcho (Marques) e Romário vestiram a amarelinha.

O técnico era Vanderlei Luxemburgo.

Os gols foram de Romário (que marcou três), Rivaldo, e Sandy (Não do Júnior. Quarto-zagueiro boliviano, contra).

Esta Seleção, que jogou no Mário Filho naquela noite, contou com oito atletas que atuavam no Brasil.

São eles: Rogério Ceni (São Paulo), Émerson Carvalho (Portuguesa), Júnior (Palmeiras), Athirson (Flamengo), Juninho Paulista (Vasco), Ronaldinho Gaúcho (Grêmio), Marques (Atlético-MG) e Romário (Vasco).

Sete anos depois, temos apenas dois jogadores brasileiros no selecionado nacional: Alex Silva e Kléber.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Brasil x Equador

A maior goleada: Brasil 9 a 1.

03 de abril de 1949.

Rio de Janeiro.

Estádio de São Januário.

Campeonato Sul-Americano.

Brasil: Barbosa; Augusto e Wilson; Ely (Bauer), Danilo Alvim (Rui) e Noronha; Tesourinha, Zizinho (Ademir Menezes), Octávio, Jair da Rosa Pinto e Simão.

Equador: Carrillo; Lovato (Sánchez) e Bermeo; L.Torres, Vásquez e Marín (J.Cantos); Arteaga, E.Cantos, Chuchuca (!), Vargas, G.Andrade.

Gols: Chuchuca (Equador), Simão (2), Jair da Rosa Pinto (2), Tesourinha (2), Ademir Menezes, Octávio, Zizinho.

A linha de frente: Tesourinha, Zizinho, Octávio, Jair da Rosa Pinto e Simão.

Quarta-feira, no mesmo Rio de Janeiro, no Maracanã, não precisa de tanto.

Nove é demais.

Só queremos que o nosso nove marque pelo menos um.

Quem é professor?

Jogador de futebol tem mania de chamar o treinador de professor.

Alguns realmente são.

Não necessariamente por formação acadêmica, mas por ensinar de verdade.

Professores do futebol.

Numa análise superficial, destes, qual merece ser chamado de professor? Ou, quais?

Muricy Ramalho? Dorival Júnior? Vanderlei Luxemburgo? Caio Júnior? Mano Menezes? Renato Gaúcho? Celso Roth? Geninho? Joel Santana? Nelsinho Batista? Leão? Abelão? Felipão?

Dunga?

domingo, outubro 14, 2007

Brasil e Colômbia

- Gostou do jogo?

- Não.

- Credo, filho. Por que não? Tá certo que a gente não ganhou, mas o Brasil jogou bem.

- Você acha?

- Claro. É verdade que eu estava cuidando da janta, mas toda hora que eu olhava para a tevê o Brasil estava atacando. Quase fez o gol. Aquele baixinho, camisa 8, eu acho, jogou muito bem.

- Mãe...

- Aquele negão, altão, também. Quase fez um gol de cabeça. Sem falar que o juiz não deu um pênalti nele!

- Mas mãe...

- Deixe de ser enjoado, filho. O outro time nem pegou na bola. Timinho ruim, hein!

- Mãe...

- Admita: o Brasil jogou bem. Com a amarelinha, ninguém pode.

- Mãe, o time de amarelo era a Colômbia!

Jules Rimet

Jules Rimet nasceu na França há exatos 134 anos, em 14 de outubro de 1873.

Ele foi o idealizador da primeira Copa do Mundo de Futebol, disputada no Uruguai, em 1930.

Rimet foi presidente da Federação Francesa de Futebol entre 1919 e 1945.

Foi também presidente da FIFA, 1921 a 1954.

O homem que deu o nome à cobiçada Taça dos Campeonatos Mundias de Seleções morreu em 16 de outubro de 1956.

sábado, outubro 13, 2007

Sem direção

Edinho, Wellington Monteiro, Magrão e Guiñazu.

Falta criatividade a Abel Braga para escalar um meio-campo mais criativo.

Quatro volantes.

E o Inter continua sem direção.

O filho Basílio

Hoje é aniversário do meu filho.

30 anos.

No dia em que ele nasceu eu não estava por perto.

A mãe dele reclama.

Eu tinha um compromisso naquela noite.

Mas existe compromisso maior do que o nascimento de um filho?

Existe. E aquele era imperdível. Inadiável.

Deixei minha mulher, com meu filho ainda no ventre, nas mãos de Deus. Na verdade, nas mãos do médico, no hospital, e tomei meu rumo.

O encontro que eu tinha naquela quinta-feira era religioso.

No Templo Sagrado, local onde aconteceria o tão aguardado ritual, milhares de devotos, ansiosos, se aglomeravam.

Todos vestindo o mesmo manto. Sagrado.

Eu não conseguia tirar o pensamento de Célia e de meu futuro filho. Ou filha. Ainda não sabíamos.

Também não conseguia tirar os olhos do que ia acontecendo, minuto a minuto, na seita religiosa que já havia começado.

Eu não estava de corpo presente, mas meu espírito estava junto à minha família.

E de corpo e alma, entreguei-me à minha segunda família, aquela que, assim como eu, fazia parte daquele culto naquela noite especial. Todos nós, irmãos, nos entregamos aos Deuses. Estávamos nas mãos deles.

Ou nos pés.

Será que está tudo bem com Célia?

Eu estava ficando angustiado no meio da multidão.

Não sabia se estava mais aflito com minha mulher e filho, ou se com os servos do rito.

Eu esperara por aquele momento havia muito tempo. Por aqueles momentos. Pelo nascimento do meu filho, e pelo ritual.

Meus irmãos e eu - sem exagero, eram milhares, dezenas de milhares de fiéis, verdadeiramente fiéis -, tivemos de jejuar para aquela noite sagrada. O jejum era um requisito para aquele encontro.

Sem exagero, jejuamos por 22 anos.

Será que ele nasceu? Ele. No fundo, eu sabia que era um menino.

Será que já nasceu?

O barulho celestialmente infernal anunciava que todos nós, beatos, fanáticos religiosos, protegidos pelo mesmo manto sagrado, a qualquer instante, entraríamos em transe.

No exato momento em que Deus nos presenteou com um lindo e sadio menino no hospital, todos nós recebemos a graça dos Deuses no gigante Templo que acolhia 80 mil fiéis.

Foi o ápice.

Entramos em transe absoluto.

Libertamos-nos.

Os Deuses eram nossos. Eles estavam do nosso lado.

Os Deuses, e os anjos.

E foi através do pé de um deles, do pé de um dos anjos, que chegamos ao êxtase coletivo.

Além dos Deuses, os anjos também eram nossos.

Os seres do além eram nossos.

Foi um instante único.

Mágico.

Esperamos uma vida toda por aquele momento divino.

E valeu a pena esperar.

Quem participou daquele encontro sagrado naquela inesquecível noite de quinta-feira, jamais se esquecerá.

Nossa religião nos proporcionou, ao longo da vida, inúmeros instantes de alegria, euforia e exaltação.

Mas nada se compara àquele 13 de outubro de 1977.

Ficou tudo bem com Célia. Ela entendeu minha posição. Entendeu meu fanatismo.

Meu filho também ficou bem.

E o nome dele, claro, não poderia ser outro: Basílio.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Sempre ele

Cruzeiro, 64 gols.

Náutico, 53 gols.

Os dois melhores ataques do Brasileirão.

Promessa de muitos gols no Mineirão.

Promessa cumprida.

O Timbu foi a Belo Horizonte sem seis titulares. Na rodada anterior, os jogadores alvirubros foram orientados a provocarem o terceiro amarelo para ficarem de fora contra o Cruzeiro e não correrem o risco de desfalcarem a equipe no jogo que realmente interessa, contra o Corinthians, confronto direto pela 32ª rodada.

O Cruzeiro foi melhor no primeiro tempo.

Fez 2 gols.

No segundo, o Náutico foi melhor.

Fez 2 gols.

Sem seis titulares, mas com o principal deles: Acosta.

Sempre ele.

Marcou os dois gols da equipe do Recife.

E saiu chorando de campo.

Saiu chorando porque tomou o segundo amarelo no jogo, o vermelho, e foi expulso.

Sempre ele.

Saiu chorando porque vai desfalcar seu time numa das principais partidas do campeonato para o Timbu. O vice-artilheiro do Brasileirão, com 17 gols, não jogará contra o Corinthians, nos Aflitos, no próximo domingo.

quinta-feira, outubro 11, 2007

"Os sete gols que o Afonso fez não são suficientes para transformá-lo em um novo Ronaldo. O Ronaldo é uma referência e o Afonso apenas uma esperança.", disse Parreira, técnico do Brasil na Copa de 2006.

Talvez sete quilos a mais serão suficientes para transformar Afonso em um homem-gol.

Questão de confiança

Pobre.

Tecnicamente, o time colombiano é pobre.

Paupérrimo.

O jogo do Morumbi foi feito de ataque contra defesa. Anfitrião atacando a visita. São Paulo atacando o Millonários.

Só deu São Paulo.

Foram inúmeras as chances de gol do Tricolor.

E inúmeras foram as chances desperdiçadas. Quatro, no mínimo, claríssimas.

Bem que o primeiro colocado do Campeonato Brasileiro tentou.

O décimo segundo colocado do Campeonato Colombiano também tentou. Uma vez. Teve uma mísera chance.

Zapata entrou no segundo tempo para revolucionar a partida. Teve uma chance. E ao contrário dos são-paulinos, aproveito-a.

São Paulo 0, Millonários 1.

Rico resultado para o time da Colômbia, que veio sonhando com um empate, e saiu com uma vitória.

Miserável resultado para o time brasileiro. Não pela Sul-Americana em si, mas pelo campeonato nacional.

Aclamado por toda (toda!) imprensa como Campeão Brasileiro de 2007, o São Paulo sofreu sua terceira derrota seguida.

E o efeito colateral destes consecutivos três insucessos - principalmente o da noite de ontem - é a queda da confiança.

É fato: a confiança dos jogadores do São Paulo não é a mesma.

E, como se sabe, jogador de futebol vive de confiança.

Ou alguém acha que a confiança do Tricolor continua intacta?

Olhando para o futuro, o próximo jogo do São Paulo, "virtual campeão brasileiro", é contra o Fluminense, no Maracanã.

E as chances do líder do Brasileirão conquistar sua quarta derrota seguida são grandes.

Ou alguém acha que o Tricolor das Laranjeiras é menos time que o pobre Millonários?

quarta-feira, outubro 10, 2007

Falta grave

Antecipei-me.

O aniversário de Bobby Charlton (duas postagens abaixo) é amanhã, dia 11 de outubro, e não hoje.

De qualquer maneira, a homenagem já está feita.

A Lista da FIFA

Como de praxe, navegando pelos Blogs amigos, li no Marcação Cerrada que a FIFA divulgou a lista dos candidatos a melhor jogador de futebol do mundo (ou seria da Europa?).

Eis a lista:

Buffon (Juventus)
Cannavaro (Real Madrid)
Cech (Chelsea)
Cristiano Ronaldo (Manchester United)
Deco (Barcelona)
Drogba (Chelsea)
Essien (Chelsea)
Eto'o (Barcelona)
Gattuso (Milan)
Gerrard (Liverpool)
Henry (Barcelona)
Juninho Pernambucano (Lyon)
Kaká (Milan)
Klose (Bayern de Munique)
Lahm (Bayern de Munique)
Lampard (Chelsea)
Márquez (Barcelona)
Messi (Barcelona)
Nesta (Milan)
Pirlo (Milan)
Ribéry (Bayern de Munique)
Riquelme (Villarreal)
Ronaldinho (Barcelona)
Rooney (Manchester United)
Terry (Chelsea)
Tevez (Manchester United)
Thuram (Barcelona)
Torres (Liverpool)
Van Nistelrooy (Real Madrid)
Vieira (Inter de Milão)

"Sem surpresas, a lista trás mais uma vez apenas jogadores que atuam no futebol europeu, com exceção novamente, de Riquelme, que brilhou no Boca Júniors mas aparece na lista como atleta do Villareal. Mais uma prova que a elite do futebol está no Velho Continente, e ainda mais, que a FIFA não tem olhos para os clubes do resto do mundo.", digitou Vinicius Grissi.

Diria mais a você, caro Vinicius: Não é só a FIFA. Não é só no futebol. A Europa como um todo não está nem aí para o Terceiro Mundo. Na verdade, os europeus não sabem onde fica o Terceiro Mundo. Não sabem nem o que é Terceiro Mundo! Só sabem, e olhe lá, que é daqui, do Terceiro Mundo, que sai o sustento do Primeiro, às costas e às custas de nossas riquezas naturais e da mão-de-obra a preço de banana. Como jogadores de futebol, por exemplo.

Momento revolta à parte, cá entre nozes: Este ano, Miranda não jogou muito mais que Thuram? Felipe não jogou muito mais que Kahn? Thiago Neves não jogou muito mais que Juninho Pernambucano? O próprio Alex, que joga na Turquia - para não ficarmos apenas na América Latida - não jogou mais que Lampard?

Eu respondo: jogou, jogou, jogou e jogou!

Sir Bobby Charlton, 70

Bobby Charlton marcou 249 gols, em 757 jogos, com a camisa do Manchester United, clube que atacou entre 1954 e 1973.

No English Team, foram 106 partidas (recorde) e 49 gols.

Foi Campeão Inglês (1957, 1965, 1967), da Copa da Inglaterra (1963) e da Copa dos Campeões (1968) pelos Diabos Vermelhos. Pela Inglaterra, foi Campeão do Mundo em 1966.

Abaixo, o golaço do eterno camisa 9 inglês, contra o México, na Copa de 1966:



E agora, 5 dos 249 gols pelo Man. United:



Hoje, Bobby Charlton - Sir desde 1974 - completa 70 anos.

segunda-feira, outubro 08, 2007

O Maestro Mestre

Diziam que ele não corria em campo.

Ao apito final, nenhuma gota de seu glorioso suor molhava o manto sagrado que lhe cobria o corpo.

Quem tem de correr é a bola, não o jogador, dizia ele.

Gênio.

Não sabia qual era a cor da grama. Não conhecia a cor da cal. Só jogava de cabeça erguida.

O pescoço avantajado dava-lhe grande visão de jogo. Lançamentos de dez, quinze, quarenta metros saíam de seu pé com tamanha banalidade. De olhos fechados. Perfeitos.

Único.

Contrariou Newton, o da maçã, com sua cobrança de falta, a folha, sua invenção.

Contrariou os goleiros.

Gigante.

Fez o primeiro gol no maior do mundo. O primeiro e muitos outros.

No maior do mundo, e no mundo todo. E em todo mundo.

Dono do meio-de-campo.

Dono de todo o campo.

Maestro.

Jogava por música. Clássica. Regia o time todo. Fazia das chuteiras, batuta.

Brasileiro.

Do Rio para o mundo.

Campeão.

Do Rio e do mundo.

Inigualável.

Insuperável.

Incoparável.

No Fluminense, no Botafogo ou na Seleção, fez das chuteiras, coração.

Pelos campos das Américas ou da Europa, de lá ou daqui, serás sempre lembrado, eternamente, Mestre Didi.

* Waldir Pereira, Didi, nasceu em 8 de outubro de 1928, há 79 anos. Bicampeão do Mundo (1958-62) com a Seleção, o Príncipe Etíope (por Nelson Rodrigues) teve longa carreira no Fluminense e no Botafogo. Neste foram 313 jogos e 114 gols. Naquele, jogou 298 e marcou 91 vezes. Didi faleceu em 12 de maio de 2001.


domingo, outubro 07, 2007

Betão, eterno

Emocionado, o zagueiro corintiano - tão criticado e questionado - comemorou seu gol.

Emocionado, o zagueiro corintiano deu à nação alvinegra o que ela esperava há quatro anos: o gol da vitória sobre o São Paulo.

Emocionante.

Foi o gol que fez o torcedor corintiano soltar o grito reprimido, entalado, sufocado na garganta. O grito de vitória sobre o São Paulo.

Treze jogos sem vencer o rival. Quatro anos sem triunfar sobre o time do Morumbi.

Tabu que incomodou. E muito.

Incomodou.

Não mais.

Betão, com todos os motivos, se emocionou.

E emocionou, com razão, todos os corintianos.

A escrita cai e o Corinthians sobe. E ganha confiança para subir a cada rodada na tabela, para se afastar da sombra, de vez por todas, da sombria zona do rebaixamento.

Aniversariantes do dia



terça-feira, outubro 02, 2007

Senado Corintiano

Andrés Sanchez, homem que sempre apoiou a parceria entre Corinthians e MSI, e que combinou com Dualib o que dizer à Policial Federal, será candidato à presidência do Sport Club Corinthians Paulista.

Assim como os engravatados do Senado Federal, os conselheiros do Timão me enojam.

segunda-feira, outubro 01, 2007

A campanha do líder fora de casa

Para poder ser campeão, além de fazer a tarefa de casa, o time tem de vencer fora.

Eis a campanha do São Paulo como visitante:

Uma derrota (Náutico 1 x 0 São Paulo);

Quatro empates (Figueirense 0 x 0 São Paulo; Corinthians 1 x 1 São Paulo; Goiás 0 x 0 São Paulo; Atlético-MG 0 x 0 São Paulo);

Nove vitórias (Paraná 0 X 1 São Paulo; Santos 0 x 2 São Paulo; Cruzeiro 1 x 2 São Paulo; América 0 x 1 São Paulo; Grêmio 0 x 2 São Paulo; Botafogo 0 x 2 São Paulo; Palmeiras 0 x 1 São Paulo; Vasco 0 x 2 São Paulo; Inter 1 x 2 São Paulo).

Mais que ganhar fora de casa, o São Paulo bateu seus concorrentes diretos.

Qual o gol mais bonito?

Gols da 6ª rodada (29/30 de setembro) da Liga Espanhola.

Quase-gol mais bonito do fim de semana

Koné, numa jogada "maradoniana".

28 anos sem Preguinho

Uruguai, 1930, Brasil versus Iugoslávia. O hímen do gol adversário foi rompido. Preguinho é o nome dele. Autor do primeiro gol brasileiro em uma Copa do Mundo.

João Coelho Netto, o Preguinho, foi muito mais que o primeiro jogador a marcar pela Seleção numa Copa do Mundo.

Preguinho foi mais que um atleta.

Defendeu as cores do Fluminense durante toda sua carreira. Esportista amador, defendeu o Tricolor não só no futebol, mas no vôlei, na natação, no basquete, no pólo aquático, nos saltos ornamentais, no hóquei e no atletismo. Trouxe para o Fluminense Football Club mais de 380 medalhas e 50 títulos nas oito modalidades que praticava.

No futebol, foi artilheiro do time de Laranjeiras nos Campeonatos Cariocas de 1928, 1929, 1930, 1931 e 1932, sendo que em 1930 e 1932 foi o goleador do certame. É, ainda, um dos grandes marcadores do clube, tendo ido às redes por 184 vezes.Esteve no Flu de 1925 a 1935, 1937 e 1938.

Preguinho nasceu em 8 de fevereiro de 1905, no Rio de Janeiro. E morreu na mesma cidade maravilhosa, num 1 de outubro, há exatos 28 anos, em 1979.

Gols de domingo

De virada. Desde 2001 o São Paulo não vencia o Inter no Beira-rio. Este ano o Tricolor conseguiu. E o Colorado consegue, a cada rodada, chegar perto do extremo sul da tabela.



Ao contrário do rival, o Grêmio está no caminho certo. E a direção é a Libertadores 2008.



Eis aqui o outro forte candidato a outra vaga na Libertadores. O G4 desejado parece estar bem desenhando. Mas ainda faltam 10 rodadas.



De virada. Com o resultado, o Tricolor empurrou dois gigantes, dois times de massa, para o indesejado G4. Ganhar do Flu, que vinha embalado, surpreendeu.



Time que pensa em ser campeão, tem de vencer o Figueirense em casa. Não pode, de jeito nenhum, perder para o décimo primeiro colocado do Campeonato. Ainda mais em casa! Resultado: líder com 12 pontos de vantagem.



A turbulência no Fogão é de conhecimento nacional. Mas levar 3 a 0, em casa, do Goiás (3 a 0 do Goiás!) é de se criar suspeitas. Tem pêlo nesse ovo!