sábado, junho 30, 2007

Empate na Vila

Com Josiel e Alex Mineiro em campo dificilmente o placar terminaria em branco.

E não durou muito para pintá-lo. Logo aos 11 minutos, o artilheiro Josiel - sempre ele - abriu o placar. Aos 17, Alex Mineiro deu o troco, mostrando que também é homem-gol.

No fim do primeiro tempo, aos 45, o Paraná, jogando em casa, marcou mais um. Josiel, é claro.

Ainda na primeira etapa, aos 36, Danilo, do Atlético-PR, foi expulso. Até então, o jogo estava bem equilibrado e bastante aberto. A partir da expulsão do atleta rubronegro, só deu Paraná. No segundo tempo foram inúmeras as chances do Tricolor. Teve até bola passando entre o goleiro e a linha do gol (tocando nas duas traves!), e saindo.

Mas, como diz o ditado, água mole, pedra dura, tanto bate, até que fura, certo?

Errado. Quem não faz, leva.

E o Paraná levou. Rolaram a bola para trás, com açucar e com afeto. Alan Bahia agradeu e encheu o pé. O pombo-sem-asa foi no lugar onde a coruja dorme. Um golaço.

Empate com gosto de derrota, amargo, para o Paraná. E de vitória, doce, muito doce, para o CAP.

Outra pobre estréia

Terminou agora há pouco o jogo entre Brasil e Polônia, pelo Mundial Sub-20, no Canadá.

Com vitória polonesa. Aos 22 do primeiro tempo, Krychowiak cobrou uma falta despretenciosa e de longa distância. Cássio, mal colocado, aceitou. Pelo menos foi na bola.

Foi o único gol da partida, que por sinal, foi muito feia, a começar pela grama, que é de mentira (sintética), e pela combinação de calção branco e camisa amarela da seleção brasileira, que é horrível. A Polônia usou calção vermelho. Não tinha porque desfigurar o uniforme brasileiro. A não ser que o roupeiro esqueceu os calções azuis no hotel.

O jogo em si teve alguma firula desnecessária egoísta de Leandro Lima aqui, outro chute de Alexandre Pato ali... nada demais.

Os brasileiros estavam mal nas finalizações. Não conseguiram chutar.

Ao contrário dos poloneses, que chutaram à bessa (os adversários - de preferência nas canelas). Os caras batem mesmo. Agora entendi por que o "corredor polonês" é polonês, e não francês ou dinamarquês.

Curiosa e equivocadamente, Willian não entrou nem no segundo tempo, mesmo com LL jogando bulhufas.

Renato Augusto até que apareceu uma hora ou outra.

Jô não apareceu nem uma hora, nem outra.

Ratinho subia toda hora. Era desarmado e levava bola nas costas toda hora.

Pato finalizou algumas duas, três bolas (na arquibancada).

Se a estréia do Brasil na Copa América foi decepcionante, a na Copa do Mundo Sub-20 não foi diferente. Não tanto por causa do placar da partida em si, mas sim pelo futebol apresentado (não apresentado, no caso) pelos jogadores tupiniquins.

sexta-feira, junho 29, 2007

Apenas joguem bola

No treino da tarde de hoje, Dunga tirou Diego do time titular, e colocou Anderson.

Deve ter tomado esta atitude porque Anderson entrou bem no jogo contra o México.

Porém, na verdade, o time todo melhorou na segunda etapa, justamente porque estava jogando com dois meias (Robinho e Anderson) e dois atacantes (Vágner Love e Afonso).

Poderia ter melhorado mais, de fato, se estes dois atacantes não fossem centro-avantes. Com dois homens típicos de área jogando juntos, um acaba sumindo. Foi o caso de Vágner Love, apagado no segundo tempo.

Portanto, não foi apenas a saída de Diego e a entrada de Anderson que mudou o panorama do jogo.

Hoje, no treinamento, o centro-avante do CSKA jogou sozinho, de novo.

Os meias-atacantes eram Anderson e Robinho.

E os volantes, Gilberto Silva, Mineiro e Elano.

Não creio que estas alterações irão resolver.

A solução, teoricamente (e para saber se funciona na prática, tem de treinar), é ter dois volantes, dois meias e dois atacantes (sendo que destes dois atacantes, só um centro-avante).

Eu iria com o Goleiro (qualquer um), a linha de quatro atrás (com Daniel Alves e Kleber no lugar de Maicon e Gilberto), dois volantes (Josué e Mineiro - se conhecem muito bem, jogam de olhos fechados), dois meias (Diego e Anderson) e dois atacantes (Robinho e Vágner/Afonso).

Sobre a colocação de Anderson, Robinho e Elano em campo, há controvérsias. Dunga escala os três como meias. Mas nenhum é. Elano é volante. Robinho e Anderson são atacantes. Meia, meia, de verdade, nato, por inteiro, é o Diego, e somente o Diego.

Robinho e Anderson até podem jogar de meia-atacante, é verdade. - Elano não. Elano é volante. - Mas eles, Robinho e Anderson, rendem mais no ataque.

Lembrem do Corinthians de 2005 (Tevez e Nilmar). Não é necessário ter um centro-avante de ofício para um time fazer gols.

Agora, se Dunga acha imprescindível a presença de três volantes em campo, a dupla de ataque poderia ser composta por Robinho e Anderson (que dupla!), com Diego de meia-atacante, estilo camisa 10, chegando bastante na frente para jogar com os atacantes, além de finalizar. Estilo Alex. Estilo Zico.

Com a linha de quatro atrás, mais três volantes, são 7 (sete!) homens para defender. Setenta por cento dos jogadores da linha. Não precisa mais que isso.

Com sete dedicados à marcação, Diego, Robinho e Anderson, neste esquema, devem ficar totalmente livres.

O técnico deveria chegar para eles e simplesmente dizer: "Joguem bola, meninos. Apenas joguem bola."

Elano no Barça!

As convocações de Dunga deram resultado.

Elano vai dar um upgrade na carreira: troca o Shakhtar Donetsk pelo Barcelona.

O empresário do jogador deve ser um craque.

Assim como o do Thiago Motta, do Belletti...

Ou esses caras têm bola para jogar no Barça?

Eles não têm bola nem para jogar no time (reserva!) do Barcelona de futebol de botão. Muito menos no WE.

Mais três clássicos

Na rodada passada (faz tempo!), tivemos três clássicos estaduais: Santos x São Paulo, Inter x Grêmio, Cruzeiro x Atlético-MG.

Neste sábado, teremos três derbis: Paraná x Atlético-PR, Corinthians x Palmeiras, Fluminense x Botafogo.

Disputado em Curitiba, na Vila Capanema, o clássico paranaense leva ao gramado dois dos artilheiros do Brasileirão. O tricolor Josiel, maior goleador do campeonato, tem 7 gols. O rubronegro Alex Mineiro tem 5. O placar em branco não deve durar por muito tempo.

Ao contrário do clássico do Morumbi. Esse Corinthians e Palmeiras está com a maior cara de 0 a 0. O Coringão marcou apenas 7 gols. O Verdão, 9. Ambos em 6 jogos. Os times estão cheios de desfalques, para a partida de amanhã. A situação está mais crítica para o treinador do Palmeiras. Há boatos que, se o alviverde perder, cai o Caio.

O outro clássico tem uma característica peculiar: a inauguração do supermilionário estádio João Havelange, o Engenhão. Líder, sem jogar na última rodada (faz muito tempo!), o Botafogo enfrenta um Fluminense empolgado e em ascensão. O clássico Vovô promete.

Grupo A

Venezuela 2 x 2 Bolívia



Uruguai 0 x 3 Peru

Grupo B

Equador 2 x 3 Chile



Brasil 0 x 2 México

Grupo C

Paraguai 5 x 0 Colombia



Argentina 4 x 1 EUA

Paciência

A frieza e a calma dos hermanos me causam inveja.

A Argentina não foi superior ao ponto de enfiar 4 a 1 nos Estados Unidos.

Mas enfiou. De virada.

Graças à paciência dos argentinos.

Os gremistas que me perdõem, mas a seleção argentina me lembrou muito o Boca Juniors, no sentido de cadenciar o jogo, de cozinhar o adversário, de não se apavorar nem mostrar ansiedade na busca pelo gol.

A impressão que dá é que eles sabiam, no jogo de ontem, que o gol, cedo ou tarde, iria sair. Os gols, no caso. E sairam. Duas vezes Crespo, uma Aimar e uma vez Carlitos Tevez.

Apesar do jogo ter sido bastante fraco, principalmente no primeiro tempo, o tango acabou superando o blues com facilidade.

Sempre com a cabeça no lugar e com a bola no pé, os argentinos mostraram que um jogo se ganha em noventa minutos. E que não adianta se afobar.

Veja aqui os gols da partida:

quinta-feira, junho 28, 2007

Boatos

A saída de Frank Lampard, do Chelsea, pode estar próxima de acontecer.


A saída de Deco, do Barça, também.


E eu ainda escrevi que seria impossível Deco sair do Barcelona. Que mancada!

Mas escrevi pelo fato dele ser um jogador imprescindível no 4-3-3 de Rijakaard, que faz o papel do terceiro homem do meio-de-campo, que sabe defender e atacar, que tem alto poder de marcação e de armação. Tem o estilo necessário para o 4-3-3 contemporâneo funcionar. Estilo bastante parecido com o de Lampard.

Lampard pode estar perto do... Barcelona!

Deco, da Inter, ou do... Chelsea!

Talvez a troca aconteça, vai saber.

Mas boatos são boatos.

Que às vezes se transformam em fatos.

Táticas do esquema

Está mais que claro que a seleção brasileira não pode jogar no 4-5-1.

Este esquema tático, aparentemente retrancado, funciona quando a linha dos três meias e o centro-avante jogam juntos, próximos uns dos outros. E quando este centro-avante sabe jogar de costas para o gol, fazendo o papel de pivô.

Como no caso do Grêmio. Tuta, o pivô, está sempre tabelando com os homens (Carlos Eduardo, Diego Souza e Tcheco) que vêm de trás. E estes homens que vêm de trás, têm boa qualidade técnica - ofensivamente falando.

Vágner Love não é pivô. Fred também não. Nem Afonso. E dos homens que vem de trás, Elano não esbanja uma técnica refinada.

A linha de três meias, formada por Elano, Diego e Robinho, tem de ser extinta. Na verdade, deveria ser uma linha de dois, com Anderson e Diego, com Elano no banco (ou no lugar de Mineiro ou Gilberto Silva), e Robinho na frente, para formar uma dupla de ataque de verdade.

O meio pra frente, para mim, deve ser formado por dois volantes, dois meias e dois atacantes.

A dupla de volantes, tanto faz. Pode ser Mineiro e Gilberto Silva, Gilberto Silva e Elano, Elano e Mineiro, Mineiro e Josué, Josué e Elano. Não importa.

A dupla de meias, importa. E por falta de alternativa, tem de ser Diego e Anderson. Ou existe outra alternativa? Diego e Julio Batista? Anderson e Julio Batista? Não, não dá. É Diego e Anderson mesmo.

A dupla de atacantes, é Robinho e mais um (Fred, Afonso ou Vágner).

Está mais que claro, que o esquema tático adotado por Dunga, não deu certo.

E que alguns jogadores, como Robinho, por exemplo, não podem participar de esquema tático. Quanto mais solto, mais à vontade, melhor.

E que é melhor - para o bem de todos - o treinador da seleção testar, nos treinamentos, outras alternativas além do limitador e enferrujado 4-5-1.

México, a pedra na chuteira

Pensando com a emoção à frente da razão, eu tinha esperança de que o Brasil iria golear o México.

Baseado nos recentes amistosos e nos treinos do time de Dunga, tinha expectativa, racionalmente pensando, de uma vitória feia e magra da seleção brasileira.

Nem uma, nem outra. Deu México.

A seleção brasileira, principalmente no primeiro tempo, fez tudo igual ao que fez nos amistosos e nos treinamentos. Ou seja: nada! (igual ao Doni, na hora da cobrança de falta).



O problema desta seleção é que Robinho joga, muito preso, mais tempo perto da linha do meio-de-campo do que da linha da grande área; é que Vágner Love não é pivô. Se for pra ficar jogando neste esquema tático, com apenas um atacante, deveria ter convocado o Aloísio; é que Robinho vira meia, e Elano vira atacante(!).

Estes problemas foram mais visíveis no primeiro tempo.

No segundo, atrás no placar, o Brasil jogou melhor. No intervalo, saíram Diego e Elano, entraram Afonso e Anderson. A seleção abandonou o 4-2-3-1, e adotou o 4-4-2, com dois centro-avantes (Afonso e Love) e dois meias (Robinho e Anderson). O time melhorou. Não por causa dos dois centro-avantes, até porque com Afonso em campo, Vágner sumiu. Melhorou porque Robinho teve total liberdade. Ficou claro, pra mim, que a ilustre frase do ilustre Tostão (A função de Riquelme é não ter função) se aplica também ao camisa 10 de Real Madrid. De fato, ele esteve muito bem na segunda etapa.

Em vão. Quem pintou e bordou foi Castillo. O 21 do México fez um dos gols mais bonitos (a la Pelé) que eu já vi a seleção brasileira sofrer. E perdeu um dos gols mais bonitos que eu já vi alguém perder.





O fato é que, ou Dunga muda seu esquema de jogo, ou cairá do cavalo antes da hora.

quarta-feira, junho 27, 2007

Pontapé inicial

O Brasil estréia hoje, na Copa América, contra o México, às 21h50 (horário de Brasília).

A esperança é de que a seleção brasileira goleie a equipe mexicana.

A avaliar pelos últimos amistosos e treinamentos, a expectativa é de uma magra vitória verde-amarela, num jogo burocrático e com pouco brilho e competência ofensiva.

Mas o lado esperançoso diz que amistoso é amistoso, treino é treino, e jogo é jogo.

Os titulares devem ser Hélton; Maicon, Juan, Alex e Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Elano, Diego e Robinho; Vágner Love.

terça-feira, junho 26, 2007

Outros quinhentos

Todo diabólico santo ano, entre um semestre e outro, os garimpeiros europeus pintam pelo Brasil e extraem as nossas maiores riquezas, dizimando os sofridos times de futebol e o sofrível Campeonato Brasileiro.

Antigamente, quandos as jóias iam para à Europa, já iam lapidadas.

Hoje em dia, os monopolizadores dos brilhantes diamantes os exploram ainda brutos (embora nenhum seja bruto entre as quatro linhas). Os grandes talentos vão para lá com dezesseis, dezessete anos de idade, quando não vão com menos.

Denílson, ex-são-paulino, belíssimo jogador, estilo de volante que todo mundo quer (defende e ataca com a mesma eficiência) chegou ao Arsenal com dezoito anos. Já conquistou seu lugar na equipe londrina.

Lucas, outro sensacional voltante (aliás, formariam, Lucas e Denílson, uma baita dupla), foi para o Liverpool.

O corintiano Willian, bem... Será que ele fica ou vai para o Benfica? Parece que não fica. Já tirou até foto segurando a camisa do time português.

A corrida por Alexandre Pato parece estar perto do final. Faltando poucas voltas, Chelsea e Milan se distanciaram dos outros concorrentes, pintando como favoritos para ficar com esta jóia das raras, raríssimas.

E o quê nós, podres latinos-americanos, podemos fazer?

Pouca coisa, quase nada ou nada.

Faz mais de quinhentos anos que somos vítimas da devastadora exploração européia, dentro, fora e em todos os campos. E o mais que provável é que a exploração continue pelos próximos quinhentos anos.

segunda-feira, junho 25, 2007

Ronaldinho, Messi, Eto’o e Henry?

Ronaldinho, Messi, Eto’o e Henry podem jogar juntos?

Poder, podem. Mas não daria certo. Talvez desse no Winning Eleven, mas na vida real, não.

Um dos poucos times, no futebol contemporâneo, que jogam no 4-3-3 é o Barcelona do técnico Rijkaard. Ronaldinho é o ponta-esquerda, Messi o ponta-direita e Eto’o o centro-avante. De fato, um ataque de encher os olhos dos amantes e maridos do futebol (e de encher os olhos dos adversários de lágrimas).

Para este sistema tático (4-3-3) funcionar – como funciona o do time catalão – o meia-armador tem de apresentar um alto poder defensivo. Cá entre nós, o trio da frente não dá suor nem sangue na marcação. Messi, Ronaldinho e Eto’o têm tamanha liberdade ofensiva porque os laterais não avançam tanto, porque os volantes são pegadores, e principalmente porque o meia-armador, Deco, tem alto poder defensivo. O luso-brasileiro dá a consistência necessária ao meio-campo da equipe azulgrená, deixando o trio da frente trabalhar com menos preocupações defensivas.

Se Henry entrar, alguém tem de ser sacrificado, e este alguém com certeza não é Deco. Há quem diga que pode-se recuar Ronaldinho para fazer o papel de meia-armador, para Henry jogar na ponta-direita, Eto’o no centro e Messi na esquerda. Impossível! Ronaldinho não tem a qualidade defensiva que Deco possui. Na real, Ronaldinho não tem qualidade defensiva. Sacrificar quem, então? Messi? Ronaldinho? Não creio. Muito menos algum volante. Então, quem vai para o sacrifício?

Samuel Eto’o, simplesmente. A espinha dorsal continua a mesma. Só se troca Eto’o por Henry.

O camaronês vai aceitar o banco? Não. A relação entre Eto’o e Ronaldinho não é das melhores. Eto’o, Henry, Messi e Ronaldinho não podem jogar juntos. A conclusão que chego é óbvia: Eto’o vai sair do Barça, emprestado, vendido, não sei. Sei que no Barça ele não fica. Pelo menos tudo indica a sua saída.

domingo, junho 24, 2007

Alta auto-confiança

Com Marcos Aurélio e Renatinho, o ataque do Santos foi impreciso e infeliz. Nada fez. Também não fez com Moraes. Nem com Tabata, nem Pedrinho. Nem ninguém.

O Peixe, em plena Vila, teve uma atuação vergonhosa, não conseguindo, de maneira alguma, levar perigo ao gol de Rogério Ceni.

O Peixe, sem Zé Roberto (que não volta mais), Kléber (que está na Copa América) e Maldonado (que está machucado), não assusta nem minhoca. Com a volta dos últimos dois, assusta.

Mas não foi só o Santos que jogou mal: o São Paulo jogou bem, principalmente na defesa. O ataque alvinegro não furou o bloqueio tricolor não somente graças à incompetência de seus jogadores, mas também à frieza e qualidade de seus defensores, mais especificamente a de Breno. Quem viu a Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano conhece o potencial do jovem zagueiro. Ele, 17 anos, tem tudo para tomar a vaga, na zaga, de André Dias, jogando pelo meio, com Miranda pela esquerda e Alex Silva, o Pirulito, na direita.

O meio campo são paulino e o ataque também souberam trabalhar. Hernanes mostra que tem bola para ser o segundo volante do time, ao lado de Josué. No ataque, Aloísio fez o primeiro e Dagoberto fez o segundo (e primeiro dele, enfim, com a camisa do Tricolor).

Mas nem tudo são flores.

Ou são?

Além de todos estes pontos fortes apresentados pelo São Paulo na tarde deste domingo, o principal deles é a confiança. A confiança é fator determinante para a boa performance de um jogador. O time de Muricy esbanjou. O de Luxemburgo teve alguns poucos lampejos, nada mais.

Clássico pra mais de metro

Se não fosse a incompetência de alguma meia-dúzia de pessoas, além de Cruzeiro x Atlético-MG, Inter x Grêmio e Santos x São Paulo, teríamos, neste domingo, Flamengo x Vasco.

Esse é o lado ruím do Brasil. Os cartolas, sem generalizar mas quase generalizando, são puro lixo. São chorumes.

O lado bom é que, em um dia, teremos três (poderiam ser quatro) grandes clássicos regionais. Na verdade, a rivalidade entre estes clubes transcende os limites territoriais do estado e se dissolve em todo o país.

No Mineirão, Roni encara, pela primeira vez, seu ex-clube, o Atlético-MG (Ou o último clube do Roni foi o Flamengo? Não... foi o Atlético-MG mesmo). Além dos técnicos serem recém-chegados, e disputarão um Cruzeiro e Atlético pela primeira vez, a maioria dos atletas da Raposa nunca jogou este clássico. No Galo, todos já jogaram. O que não é grande vantagem para o alvinegro.

No Beira-rio, a vantagem, antes da bola rolar, é do dono da casa. O Inter parece ter engrenado. O Grêmio está cheio de gangrenas. Vai para o Grenal sem Teco, Tcheco e Tuta. Lucas se foi de vez. Carlos Eduardo, o Cadu, está na Seleção Sub-20, assim como Alexandre, o Pato. Alexandre, o Gallo, com ajuda dos jogadores, é claro, tem acertado o time. Grenal é Grenal. O resultado pode levar ao céu (que é azul), ou ao inferno (que é vermelho).

Na Vila Belmiro, Luxemburgo tem na manga uma jogada que pode vir a complicar a zaga do São Paulo: a jogada aéra, com Marcos Aurélio e Renatinho na frente. Ao contrário do Muricy, que opta por uma dupla insinuante e veloz, que cai pelos lados do campo e desmonta a defesa adversária: Borges e Aloísio (na verdade, parece que Dagoberto é quem joga). Para conter os avanços de Jorge Vágner e Hugo, Rodrigo Souto provavelmente deve jogar um pouco mais preso. Mas não por muito tempo. Hoje, quem for mais ousado, vence.

sexta-feira, junho 22, 2007

Juntos

Ronaldinho e Henry!

Por 24 milhões de euros, Henry trocou o Arsenal pelo Barcelona...

e os viciados em Winning Eleven agradecem.

Evaristo de Macedo, 74 anos

Ex-flamengo, Evaristo jogou de 1957 a 1962 no Barcelona.

Pela equipe catalã, Evaristo foi campeão espanhol duas vezes (1959 e 1960), da Copa das Feiras da Europa (1958) - antecessora da Copa da Uefa - e da Copa da Espanha (1959). São 219 jogos e 173 gols.

De 62 a 65, jogou no Real Madrid, ao lado de Di Stéfano, Puskas...

Com o Madrid, foi tricampeão nacional (1963/64/65).

"O ex-craque ganhou a torcida catalã logo no primeiro jogo contra o time de Madri, em 13 de outubro de 1957, quando marcou três gols e o time venceu por 3 a 0.

- Aquele jogo, no início da temporada, foi um cartão de visitas maravilhoso - lembra Evaristo, que em 219 jogos pelo Barcelona marcou 173 gols.

Três anos depois, o clássico mais importante da passagem do brasileiro pelo Barça: pela Copa dos Campeões de 1960/1961 (atual Liga dos Campeões), os catalães bateram o rival por 2 a 1 e acabaram com as chances de o Real ser hexacampeão europeu. O gol da vitória foi de Evaristo.

- Esse gol ficou eternizado no museu do Barcelona, todo mundo que vai lá tem que ver. É uma foto linda, que eu estou no ar com o goleiro. A Europa inteira pensava que o Real seria campeão de novo e nós não deixamos - diz o ex-craque, lembrando que na final perdeu o título para o Benfica."

Esse gol, que Evaristo se refere, é este, no final do vídeo:



*Trecho entre aspas retirado do site globoesporte.com

quinta-feira, junho 21, 2007

Errar é humano

Na noite de ontem, quem errou foi o Mano.

Claro que esta medida não mudaria o destino da partida (ou mudaria?), mas Amoroso foi muito mal escalado.

É verdade, Amoroso ainda não estreou pelo Grêmio. Mas é verdade também que ele é homem de jogar perto da área, homem de finalização, de jogar perto do gol.

Ontem, Mano o colocou na função de Tcheco, compondo a linha de três meias (como a linha de Dunga), pelo lado direito, no meio-campo. A linha ficou formada por Amoroso, Diego Souza e Carlos Eduardo, e apenas Tuta na frente.

O treinador do Grêmio não faz maluquices. Se o time não tinha treinado com Tuta e Amoroso na frente, fez certo em não arriscar. E fez errado em não treinar. Talvez o time tenha treinado com Amoroso e Tuta na frente, e os resultados não foram animadores. Pode ser isto também.

O fato é que, ontem, com a camisa do Grêmio, Amoroso jogou numa posição que não é a dele.

Tudo bem, é verdade. Com a camisa do Grêmio, Amoroso não jogou. Mas que na partida de ontem ele deveria ter jogado mais perto da área, deveria.

Na terra dos zaguerios

É na terra dos zaguerios que o melhor zagueiro brasileiro irá jogar a partir de agora.

Juan trocou a Alemanha pela Itália, o Bayer Leverkusen pela Roma.

Vai receber quase oito milhões de reais por ano, durante quatro temporadas.

Além de Juan, a Roma agora conta com os brasileiros Doni e Júlio Sérgio (goleiros), Mancini e Rodrigo Taddei (meio-campo), e com Rodrigo Defendi (o nome já diz: é defensor).

Copa América 2007

Argentina:

Abbondanzieri; Zanetti, Ayala, Gabriel Milito e Heinze; Lucho González, Gago, Cambiasso e Riquelme; Tevez e Messi.

Brasil:

Hélton; Maicon, Juan, Alex e Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Elano, Diego e Robinho; Vagner Love.

Se este confronto acontecesse hoje à noite, apostaria minhas fichas na Argentina.

Michel Platini, 52 anos

Final feliz

O Boca não é banguela, não. Mais que isso: tem dentes afiados, veio ao cenário final, e rasgou o roteiro na frente de 50 mil espectadores.

O saldo foi 5 a 0. Não há o quê questionar. O time argentino é superior ao brasileiro.

Porém, logo no jogo decisivo, tudo se inverteu. Foi a partida da contradição, se analisarmos o retrospecto das equipes no torneio. Ambos tiveram participações muito parecidas: jogam nada fora de casa, e em seu território, moem o adversário.

No último duelo, esta tese foi quebrada. O Grêmio nada jogou, ao contrário do Boca, que no campo inimigo, soube surpreender o oponente, muito graças a Riquelme, o verdadeiro protagonista deste longa.

Sempre achei que o primeiro jogo fora e o segundo em casa é benéfico ao time. Depois de ontem, tenho cá minhas dúvidas. Entrar em campo com 3 a 0 no placar, de fato, pesou. Os jogadores do Grêmio não souberam lidar com isto. Se os dois times entrassem em campo com 0 a 0 no placar, no Olímpico, a história poderia ser outra. Mas "se" não entra em campo.

No fim das contas, o saldo é bom. Para quem estava na Série B até ontem, chegar a uma decisão de Libertadores é para os raros.

Se o Tricolor tivesse conseguido a virada, o final deste filme seria perfeito. Perfeito não foi. Mas feliz foi, sim. Perfeito, só para os torcedores do Boca. E do Inter.

quarta-feira, junho 20, 2007

O roteiro está escrito

Este grupo do Grêmio vem escrevendo, na memória do futebol, desde o episódio da Batalha dos Aflitos, capítulos únicos e originais dignos da tradição, da camisa e da história do Imortal Tricolor.

Se analisarmos estas páginas recentes, na trajetória do Grêmio em 2007, desde a virada épica contra o Caxias, passando pela vitória obrigatória contra o Cerro na fase de grupo, depois o troco em cima do São Paulo, conseguindo o placar necessário para passar adiante, em seguida a busca do resultado diante do Defensor, conseguindo a vaga nas penalidades, e por fim a vitória avassaladora contra o Santos - todas estas superações no Olímpico Monumental -, fica difícil imaginar que o final deste filme, rodado no estádio do Grêmio, não seja feliz.

O roteiro deste filme, com mais de 50 mil protagonistas em ação, dita que o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense se sagre campeão, fixando o primeiro semestre de 2007 na eternidade do futebol.

Resta saber se o Boca - o bandido, o vilão deste longa-metragem - vai morder e triturar este roteiro azul, preto e branco.

4-4-2 ou 4-5-1?

Após o treino coletivo de hoje, Dunga, na coletiva de imprensa, quando perguntado se a Seleção joga no sistema 4-4-2 ou 4-5-1, respondeu o seguinte:

"4-4-2, mas com o segundo atacante cobrindo o espaço. Tem vez que é o Robinho que se aproxima do centro-avante. Tem hora que o Diego se aproxima. Tem hora que o Elano se aproxima."

Ou seja, a Seleção de Dunga joga no 4-5-1.

E na Seleção de Dunga, até Elano vira segundo atacante.

terça-feira, junho 19, 2007

Vagner, Fred ou Afonso?

Durante a preparação, para a Copa América, na Granja Comary, três dúvidas, aparentemente, permanecem na cabeça de Dunga: Daniel Alves ou Maicon? Naldo ou Alex? Vagner Love, Fred ou Afonso?

Mas afinal, quem é melhor: o lateral do Sevilla ou o da Inter de Milão?

Pergunta fácil. O do Sevilla, é claro. Esta dúvida não deve incomodar o técnico da Seleção.

E quem é melhor: o zagueiro do PSV/Chelsea ou o do Werder Bremen?

Pergunta difícil. Naldo foi muito bem nos amistosos, mas Alex é sonho de consumo de muito torcedor.

Por fim, qual centro-avante é o melhor: o do CSKA, o do Lyon, ou o do Heerenveen?

Ah, essa é fácil: o do Internacional!

O campo onde a Seleção Sub-20 está treinando é pertinho do campo onde a Seleção principal faz suas atividades.

Um olho no Vagner, outro no Pato. Um no Fred, o outro no Pato. Um no Afonso, e... na verdade, nenhum no Afonso, e os dois olhos no Pato.

"Ah, se ele tivesse mais de 20 anos...", lamenta o treinador da Seleção.

De fato, mesmo com apenas 17 (dezessete) anos, o centro-avante prodígio e precoce (ou eu que estou me precipitando?) do Colorado, joga muito, mas muito mais bola que Afonso, que Vagner, que Fred...

Boca é banguela?

Durante a fase de grupo da Libertadores, nos jogos fora de casa, o time do Boca Juniors empatou com o Bolívar (0 a 0), perdeu para o Toluca (2 a 0) e perdeu para o Cienciano (3 a 0).

Tudo bem, é verdade. Estes três jogos não eram partidas de mata-mata, que é a especialidade do clube de Buenos Aires.

E, além de não ser de mata-mata, o Boca não contou com seu trio maravilha (Riquelme, Palácio e Palermo) nestes três jogos.

Por isso o mal desempenho fora da Bombonera.

Já, fora de casa, no mata-mata, com os três principais jogadores dentro das quatro linhas a história é parecida. Meteu 2 a 0 no Libertad, em pleno Paraguai. Mas levou 3 a 1 do Vélez e do Cúcuta.

3 gols interessam ao Grêmio. A 0. A 1, só se forem 4 (para levar para a prorrogação).

"É jogo de 180 minutos!", muitos dizem.

Quem sabe, talvez, a decisão terá 210 minutos.

E, quem sabe, o bicho-papão argentino não tenha dentes afiados. Talvez, o todo-poderoso Boca, seja banguela.

segunda-feira, junho 18, 2007

Duas vezes Borges

O Vasco da Gama vinha bem no campeonato. Figurava entre os primeiros colocados. Havia feito o verdadeiro teste contra o Botafogo, no jogo da quinta-feira, válido pela 12ª rodada do Brasileirão. E reprovou.

Ontem, numa espécie de recuperação, o time de São januário deixou, de novo, a desejar, ficando abaixo da média.

Do outro lado, pelo São Paulo, Borges fez sua melhor partida com a camisa Tricolor. Além dos dois gols, mesmo jogando ao lado de outro centro-avante (Aloísio), Borges teve alta participação no jogo, aproveitando as oportunidades que lhe apareceram, como a falha coletiva da zaga vascaína, originando o segundo gol do time do Morumbi.

Particularmente, depois da Copa de 2006, fiquei traumatizado com a utilização de dois centro-avantes no mesmo time. O problema, ou um dos, é que quando se joga com dois homens de área, ora ou outra, um deles tem de cair pelo lado do campo. E são poucos, raros, os centro-avantes que têm bom desempenho caindo pelas pontas.

O duelo deste domingo pode ter sido o da afirmação de Borges, e o das dúvidas preocupantes que martelam a cabeça dos vascaínos.

Fogo na liderança

Se no Morumbi, o centro-avante são-paulino marcou duas vezes, o centro-avante artilheiro do Botafogo não chegou às redes, no Maracanã, contra o Náutico.

No dia que Dodô fez seu centésimo jogo com a camisa do Glorioso, André Lima, o outro centro-avante, foi o destaque.

Na verdade, o destaque foi o goleiro Júlio César, do Fogão, que levou um dos gols mais cômicos da história do futebol.

Bizarrice à parte, Dodô, perdeu um pênalti (o goleiro do Náutico, com seu valente bigode, estava na bola). André Lima, a carta na manga de Cuca, entrou no jogo para mudar a partida, que tinha o placar de 1 a 1 (Juninho - sempre ele - havia aberto o placar num petardo de fora da área, ainda no primeiro tempo).

André Lima fez toda jogada, deixou o outro centro-avante (Dodô) na cara do gol, num passe açucarado. O homem que não faz gols feios, diabético, recusou. A bola sobrou para o mesmo André Lima, que marcou o gol da virada. Para fechar a noite, ele ainda fez a jogada do terceiro gol, dando um passe, da linha-de-fundo, para Jorge Henrique fazer o da vitória.

Botafogo, com um jogo a mais, é, literalmente, mais líder do que nunca.

* Tanto São Paulo quanto Botafogo jogaram (bem) com dois centro-avantes, só para amenizar o trauma da Copa.

sábado, junho 16, 2007

Empate suado

Nada como uma jogada após a outra.

No comecinho do segundo tempo, Pinga sofreu falta dentro da área. Pênalti. Bruno caiu para seu lado esquerdo, Alex cobrou no lado direito. Direto pra fora.

Aos 19 minutos, o mesmo Alex fez linda jogada, passou por dois, três flamenguistas, e sem ângulo, tocou de canhota para as redes. 1 a 0 Inter.

O técnico do Flamengo tirou um homem defensivo em troca de um ofensivo. O técnico do Colorado fez o contrário.

O Flamengo cresceu, foi pra cima e conseguiu o empate. Ronaldo Angelim, de cabeça, marcou para o Mengão. 1 a 1.

Aos 41, Adriano, em outro belo gol, fez o da virada colorada. Flamengo 1 x 2 Internacional.

Três minutos depois, o time da casa empata, de novo, com Juan, num toque de categoria com o pé esquerdo, dando números finais à partida: 2 a 2.

Se o primeiro tempo foi fraco, sem graça e sem sal, o segundo foi - se não brilhante tecnicamente - agitado e emocionante, principalmente nos últimos minutos.

Às 18h10 (horário de Brasília)

O Grêmio, reserva, tem jogo marcado contra o Cruzeiro, no Olímpico.

Difícil não lembrar do Boca quando a bola rolar (na verdade, difícil não lembrar do Boca até quarta-feira).

A Raposa é um mistério. Conseguiu meter três no Palmeiras, no Palestra, e levou, no Mineirão, 4 do Paraná.

Que enfrenta o Corinthians (sem Willian), no Morumbi.

Dois times que surpreendem neste começo de campeonato. Positivamente.

Duelo muito interessante.

Principalmente entre o atacante artilheiro do Tricolor e o goleirão do Coringão: Josiel x Felipe.

E, é claro, Finazzi x Flávio.

A outra partida deste horário é entre Flamengo e Internacional, no Maraca.

Renato Augusto e Pato (ambos na Seleção Sub-20) não jogam, para a decepção de quem quer ver um bom futebol.

O rubronegro vem de uma sacolada, em Floripa: 4 a 0 para o Figueira. O Inter vem de 1 a 0 em cima do Peixe, no rio dentro do Beira-rio.

sexta-feira, junho 15, 2007

Demorou, mas liberou

A CBF, depois de longa teimosia, liberou Robinho, Marcelo e Daniel Alves em uma tacada só. Os dois primeiros vão jogar a última rodada do Campeonato Espanhol e o segundo, a final da Copa do Rei.

Qualquer ser com o mínimo de bom senso faria isto. Até Américo Faria. Dunga demorou, mas fez. Na verdade verdade, Dunga não tinha nada que se meter nesta estória, pois guerrinhas de confederações e clubes devem ser disputadas entre cartolas, e não entre treinadores ou jogadores.

O grande vilão desta novela é a comissão técnica, que não mantém contato direto com seus atletas, e que no caso específico de Robinho deveria ter chegado a Ricardo Teixeira e dito: "Ô presidente, é a última rodada. Se os caras forem campeões, Robinho vai chegar aqui pulando de felicidade. Vai chegar confiante. E o melhor, vai estar voando, por estar com ritmo de jogo, ao contrário dos outros jogadores.".

Neste episódio, faltou inteligência por parte da comissão técnica.

A não ser que a ausência de Robinho no Real Madrid e a presença do mesmo na Granja Comary era desejo de imposição de alguma força maior (o que, mesmo assim, não isentaria a comissão de falta de inteligência).

quinta-feira, junho 14, 2007

Ronaldinho e Henry?

Segundo a página da France Football, Arsene Wenger, técnico e "manager" (uma espécie de Luxemburgo francês) do Arsenal, teria um encontro marcado com os cartolas do Barcelona, em Paris, para tratar sobre o fututo de Terry Henry.

O time de Londres quer 30 milhões de euros, com mais algum jogador envolvido na negociação. Samuel Eto'o, por exemplo, é bem visto por Wenger.

Além dos torcedores do Barça, dos amantes e maridos do futebol, muito viciado em Winning Eleven vai fazer uma prece para esta transação acontecer.

Cá entre nós, Ronaldinho e Henry no mesmo time seria covardia.

Deu a lógica

Num campo de papel picado, com um pouco de grama, o anfitrião desempenhou um futebol superior ao do convidado.

O Boca não jogou bola, nem foi superior, o suficiente para meter 3 a 0 no Grêmio.

Mas 3 a 0 meteu.

Graças a Juan Roman Riquelme, o dono do jogo (e a alguns erros de arbitragem). O camisa 10 do Boca, de fato, foi o ponto de desequilíbrio.

A pressão total do time argentino, na verdade, era esperada.

Pressão geral que não aconteceu. O Grêmio se portou bem durante boa parte da partida. Marcou bem, mas não marcou gol.

A vitória do Boca era anunciada. Por 3 a 0, não. Mas era esperada.

Se gol fora de casa fosse critério de desempate, a situação do Tricolor seria complicadíssima. Como não é, o Grêmio tem total condições de levar a decisão, no mínimo, para a prorrogação.

O tricolor gaúcho já passou por esta circunstância nesta temporada.

Tudo bem, é verdade. Boca Juniors é Boca Juniors e Caxias é Caxias.

Mas Grêmio é Grêmio.

quarta-feira, junho 13, 2007

Volte às chuteiras

Após o fracasso de 2006, Dunga foi chamado, teoricamente, para dar o norte a um grupo sem rumo. Foi chamado para ser o líder, para agregar, para unir um time desiludido.

Pura ilusão.

O Dunga de terno e camisas exóticas é bem diferente do capitão de meião e chuteira.

Nada do que se imaginava está acontecendo.

Talvez não por sua vontade própria. Talvez ele esteja apenas bancando o fantoche, manipulado pelo eterno cartola da CBF. Talvez ele seja o mais ingênuo no meio de tanta falcatrua que acontece por baixo do tapete. Talvez tenha entrado de gaiato no navio.

Talvez.

Seja o que for, Dunga só desagregou e desuniu a Seleção.

Evidente que esta é uma análise de quem está vendo de longe, mas vendo de longe, não se vê nenhum clima de amizade entre comissão técnica e jogadores. O treinador, sempre mal-humorado e chato, se comunica com seus atletas através de recadinhos pela imprensa (quando não é Américo Faria entrando em contato com representante do jogador). Não se vê nenhum vínculo afetivo entre Dunga e seus comandados.

Só se vê o clima tenso (que não é de hoje nem de ontem) pairando no ar de Teresópolis. Clima de um relacionamento que não deu, ou não está dando, certo. Clima de um relacionamento forçado, sem reciprocidade, e prestes a ter um fim.

Quanto custa?

"A Seleção Brasileira já vinha fazendo jogos na Europa, para atender aos pedidos dos clubes."

Frase de Dunga, na coletiva de ontem, na Granja Comary, se referindo aos amistosos feitos na Europa.

Ele só não disse qual o preço deste pedido.

Dá a lógica?

Se o Boca Juniors tem Riquelme, Palácio e Palermo, o Grêmio tem Carlos Eduardo, Diego Souza e Tcheco.

Aparentemente pode soar como uma piada irônica, mas não é.

O trio argentino não vive seu melhor momento, ao contrário do brasileiro.

Carlos Eduardo substituiu Hugo (o arrependido) a altura. Diego Souza (quem diria?, se espantam os flamenguistas) anda comendo a bola. Tcheco, o capitão, vem sendo decisivo.

Embora muita gente discorde, os times dentro de campo são equivalentes. Taticamente diferentes, tecnicamente muito parecidos.

O time da Bombonera, com a Bombonera lotada, vai querer se impor e mostrar quem é que manda na casa.

O ideal é o Tricolor sair para o jogo, mostrar que não foi a Buenos Aires a passeio, e buscar o gol.

O que será bem difícil.

O desenho do jogo deve ser bem parecido com Santos e Grêmio, na Vila: Boca todo pressão, mas ao apito final, o resultado será satisfatório para o time de Porto Alegre.

A lógica manda o Boca ganhar.

Mas futebol não tem lógica, é lógico.

terça-feira, junho 12, 2007

Sem contato

Primeiro, Kaká.

Depois, Ronaldinho.

Em seguida, Zé Roberto.

Agora, Robinho.

O ponto em comum mais preocupante, nestes quatro episódios, é a falta de contato na relação treinador-atleta.

Dunga, numa coletiva agora há pouco, na Granja Comary, perguntado se havia falado com Robinho, não necessariamente sobre este impasse envolvendo Real Madrid e CBF, mas apenas se havia falado, respondeu que Américo Faria (!?) tinha falado com o representante (!?) de Robinho.

No episódio Zé Roberto, o craque disse que sequer havia sido contactado por Dunga.

Nos primeiros capítulos da novela, Kaká e Ronaldinho também não falaram com o técnico da Seleção.

Ora! Como pode o técnico da Seleção não manter contato com seus atletas!? Telefone, e-mail, MSN, sei lá. Não importa. O treinador tem de conversar com seus atletas, não somente em vésperas de convocações, mas durante toda a temporada.

Parece que Dunga prefere mandar recadinhos indiretos através de terceiros. Até parece namorico de adolescente. Fica fazendo joguinhos. É de uma infantilidade tremenda.

O técnico da Seleção (e não o empresário, o representante, o assessor ou assessor do assessor) tem de ter no seu celular o número de seus jogadores, e falar com seus atletas rotineiramente. Isto é, ou era para ser, óbvio. Ao longo do tempo, iria se criar um clima afetivo de amizade, e não inimizade como vem acontecendo, entre CBF e atletas.

Hoje, a relação é fria, distante e forçada.

Anfitriões indigestos

Boca e Grêmio têm muito em comum nesta Libertadores.

Ambos, fora de casa, parecem entregar o filé mignon sem oferecer muita resistência ao adversário.

Em casa, ambos são osso duro.

Os dois se impõe de tal maneira, jogando em seu território, que fica difícil para o oponete, seja ele quem for, esboçar alguma reação.

O Boca é assim na Bombonera.

O Grêmio é assim no Olímpico.

A final mais digna da Libertadores dos últimos tempos - senão da história -, não tem favorito.

Pelo fato de o gol fora de casa não ser critério de desempate, o Grêmio tem uma leve vantagem por jogar a partida decisiva em Porto Alegre. Leve.

O mais possível, provável e nada surpreendente é que o Boca vença na Bombonera, e o Grêmio ganhe no Olímpico Monumental.

segunda-feira, junho 11, 2007

Libertadores 2007

Grêmio, na fase de grupos:

Cerro 0 x 1 Grêmio

Grêmio 0 x 0 Cúcuta

Tolima 1 x 0 Grêmio

Grêmio 1 x 0 Tolima

Cúcuta 3 x 1 Grêmio

Grêmio 1 x 0 Cerro

Grêmio, no mata-mata:

São Paulo 1 x 0 Grêmio

Grêmio 2 x 0 São Paulo

Defensor 2 x 0 Grêmio

Grêmio 2 (4) x (2) 0 Defensor

Grêmio 2 x 0 Santos

Santos 3 x 1 Grêmio

Boca, na fase de grupos:

Bolívar 0 x 0 Boca

Boca 1 x 0 Cienciano

Toluca 2 x 0 Boca

Boca 3 x 0 Toluca

Cienciano 3 x 0 Boca

Boca 7 x 0 Bolívar

Boca, no mata-mata:

Boca 3 x 0 Vélez

Vélez 3 x 1 Boca

Boca 1 x 1 Libertad

Libertad 0 x 2 Boca

Cúcuta 3 x 1 Boca

Boca 3 x 0 Cúcuta

Um bom volante

Dizem que um bom time começa por um bom goleiro.

Para mim, um bom time começa por um bom volante. (com um bom volante, a bola nem chega no goleiro)

Aquele cara que tem alto poder de marcação, muita raça, corre sem parar e é o pesadelo dos meias adversários.

Um bom volante também é o pesadelo do volante adversário.

Sabe sair jogando, tem habilidade, tem bom passe, bom senso tático e sabe atacar. O bom volante é até escalado na meia por alguns treinadores rotulados de retranqueiros.

É o que mescla a pegada, a garra e o poderio defensivo dos bons zagueiros, com a técnica, visão de jogo e o passe refinado dos grandes meias.

Soma-se isso, e terá um grande volante.

A partir do grande volante, o time se estabiliza.

A partir dele, as jogadas (do time) nascem.

A partir dele, as jogadas (dos adversários) morrem.

Se possível ter dois destes (volantes), melhor.

Igual ao São Paulo, durante os gloriosos anos (para os são paulinos) de 2005 e 2006.

O time rodava a partir de Josué e Mineiro.

Hoje, nem rodar roda.

A equipe não fez uma única boa apresentação neste ano, foi eliminado precocemente do Paulistão e da Libertadores. No Brasileirão, 5 jogos, 2 gols sofridos, 3 (três) gols marcados.

Fraco desempenho.

Há de se culpar os atacantes. "Se Dodô não faz gols feios, Aloísio não faz gols.", "Borges não é o que imaginávamos.", "Marcel? Não imaginávamos nada!".

O São Paulo, neste histórico recente, nunca teve um goleador. Sempre fez bastante gols, sempre bem distribuidos entre seus jogadores, do goleiro ao ponta-esquerda.

Hoje não é mais assim.

E, acredite se quiser, isto acontece graças à ausência de Mineiro.

domingo, junho 10, 2007

Galo, à mineira

O Tricolor teve as rédeas da situação em mãos durante todo o jogo.

Só não soube conduzir a carruagem.

O São Paulo teve mais posse de bola, chegou mais que o Atlético, dominou a partida, mas nada conseguiu.

O time do Morumbi apresenta um quadro crônico de falta de criatividade na saída de bola, e este é o ponto mais fraco do Tricolor.

Acredite ou não, são - ainda - as seqüelas da ausência de Mineiro.

Por outro lado, o Galo, mineiro que é, veio comendo quieto, não necessariamente pelas beiradas.

O Atlético jogou toda a partida no contra-ataque. Alguns lentos, outros muito velozes. Todos em vão.

Entretanto, o Galo - forte e vingador - não baixou a crista e marcou o gol solitário e da vitória, com Paulo Henrique, aos 36 do segundo, numa sobra de cruzamento.

O Atlético é 8. Oitavo colocado, com oito pontos.

O São Paulo, com 7 pontos, cai para a nona colocação.

Só deu Figueira!

Foi totalmente alvinegro o primeiro tempo entre Figueirense e Flamengo.

É incrível e invejável a responsabilidade tática defensiva e a ousadia ofensiva da equipe de Mário Sérgio. Não deixou o Mengão jogar, e quando jogou, aproveitou as oportunidades que teve.

Pelo menos nos primeiros 45 minutos da partida foi assim.

3 (Jean Carlos, Chicão e Victor Simões) a 0 refletiu o que foram os times em campo: o Figueira, menos pragmático e mais audaz, fez o que não fez na Copa do Brasil. Já o Flamengo nada fez.

Na etapa final, nada mudou. O Flamengo nada jogou, e o Figueira um pouco o pé do acelerador tirou.

Mesmo assim, deu um baile de bola, colocou os jogadores do Mengão na roda, com toques de bola envolventes e eficientes.

Chicão, num pênalti suspeito, marcou o segundo dele no jogo, e o quarto do alvinegro do continente - e não da Ilha, como eu pensava - dando números finais à disputa: 4 a 0.

O clube da Gávea continua com 5 pontos, caindo para 14º.

O Figueira vai para 9 pontos, e para a 5ª colocação.

Às 18h10 tem Inter x Santos, São Paulo x Atlético-MG, Cruzeiro x Juventude, e a classificação pode mudar.

Temo por Messi!

O argentino Messi, há pouco tempo atrás, marcou um golaço contra o Getafe.



Gol muito parecido com o de Maradona, contra a Inglaterra, na Copa de 1986.



Coincidência. Apenas coincidência.

Contra a mesma Inglaterra, Maradona marcou um gol de mão. Gol eternizado como "La mano de Dios".



Ontem, Messi marcou um gol com a mão.



Apenas coincidência?

Já não sei mais.

Será o próximo passo de Messi entrar nas bebidas, nos charutos e nas carreiras, podendo vir a destruir a própria!?

sexta-feira, junho 08, 2007

Capital do futebol latino-americano

O Rio de Janeiro tem cerca de 6 milhões de habitantes e quatro grandes clubes (Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo).

São Paulo tem três grandes clubes (Palmeiras, Corinthians e São Paulo) e uma população de pouco mais de 11 milhões.

Porto Alegre não chega aos 2 milhões de habitantes.

Tem dois grandes clubes (Grêmio e Inter).

Se comparada com as outras capitais, a gaúcha é bem menor. O poderio econômico - conseqüentemente o dinheiro envolvido no futebol - é menor. A repercussão nacional na mídia é menor.

Mas o futebol é maior. Hoje em dia, é bem maior.

Ano passado, o Inter (vencedor da Libertadores e do Mundial) terminou o Brasileirão em segundo lugar. Em terceiro, o Grêmio.

No ano retrasado, em 2005, o Inter foi vice-campeão brasileiro, e só não foi campeão por motivos de forças maiores. O Grêmio foi campeão. Da Série B, é verdade, mas campeão.

O atual Campeão do Mundo, das Américas e da Recopa, reside em Porto Alegre.

Tal qual seu querido irmão, que está na final da copa latino-americana mais importante de todas, sendo evidenciado da Cidade do México a Buenos Aires.

Certa vez, Luis Fernando Verissimo escreveu:

"- Não somos bons porque somos mais europeus ou mais fortes, somos bons porque o Internacional precisa ser melhor que o Grêmio que precisa ser melhor que o Internacional que morre se não for melhor que o Grêmio."

Não é somente, exclusivamente, isso.

Mas é isso.

Portanto, agradeça ao seu tão amado/odiado rival por ele existir.

Noite colorada coroada

Aos 29 do primeiro tempo, Pinto entrou duro na dividida com Iarley, dentro da área: pênalti.

Alex cobrou mal, mas marcou. Inter 1 a 0.

Aos 4 do segundo tempo, Pinga, sóbrio, embreagou a torcida de felicidade, marcando o segundo gol do Internacional.

Alexandre Pato, o melhor em campo, aos 18, marcou o terceiro, com o pé esquerdo.

O quarto e último saiu aos 31. Cruzamento de Pinga, gol-contra de Mosquera.

4 a 0, e o Inter fez o que apenas dois clubes (São Paulo e Nacional) já conseguiram: conquistar a Tríplice Coroa (Libertadores, Mundial e Recopa).

Se meu senso tático não falha, o Colorado se apresentou com o mesmo esquema do Palmeiras, da Seleção... do Grêmio. Dois volantes (Edinho e Wellington Monteiro), uma linha com três meias (Iarley, Pinga e Alex), e apenas um centro-avante (Pato). Diga-se, Pato protege a bola como raros, finaliza de direita e de esquerda com a mesma precisão, sobe muito bem de cabeça, tem velocidade, habilidade, inteligência. Tem tudo para ser um extraordinário centro-avante. Talvez, o grande camisa 9 depois de Ronaldo, embora jogue com a 11.

O Colorado foi imponente do começo ao fim. Jogou com a faca nos dentes. Mostrou pegada e comprometimento durantes os 90 minutos, e atropelou o atual campeão mexicano. Atropelou.

Mais que o prêmio em dinheiro (pouco mais de 1 milhão de reais), mais que a taça na mão e a coroa na cabeça, a Vitória de ontem deu moral à equipe do Inter.

Gallo estava precisando. Os jogadores estavam precisando. A torcida também.

Se o Inter jogasse como jogou ontem, no Brasileirão, o time briga pelo título. O difícil é conseguir manter o ritmo frenético de jogo ao longo de mais de 30 rodadas.

Este é o desafio de Gallo.

Parabéns, Internacional.

E que venha o Brasileirão!

quinta-feira, junho 07, 2007

Não deu pro Cúcuta

A seleção do Panamá, muy amiga (do Boca), seqüestrou o centro-avante Blas Perez.

Ele foi convocado para servir a seleção panamenha e, de fato, fez muita falta ao Cúcuta, no jogo de hoje.

De falta, Riquelme abriu o placar, no finzinho do primeiro tempo. Lindo gol.

O Boca foi avassalador em seu estádio. Foi estilo Grêmio no Olímpico.

Principalmente no segundo tempo.

Pensando bem, Blas Perez seria indiferente.

O time da Bombonera, na Bombonera, impôs seu ritmo de jogo sem dificuldade.

Ritmo alucinante, diga-se.

Mesmo com a neblina, que fez sumir o futebol do estreante abusado colombiano, Palermo marcou o segundo, colocando o Boca na final da Libertadores.

Baggtalia deu números finais à batalha, marcando o terceiro e último do jogo. 3 a 0.



Boca e Grêmio, Grêmio e Boca.

Dois dos clubes mais raçudos, científica e historicamente, do futebol latino-americano.

Se Libertadores é raça, a final de 2007 é pura. É legítima.

Quinta decisiva

Esta quinta-feira é presenteada com dois grandes jogos:

O primeiro é em Buenos Aires, na Bombonera. Boca e Cúcuta decidem quem pega o Grêmio, na final. O jogo na Colômbia foi 3 a 1 para o Cúcuta.

O segundo é em Porto Alegre, no Beira-rio. Inter e Pachuca decidem a Recopa. O jogo no México foi 2 a 1 para o Pachuca.

O melhor

O Grêmio tem dezenas, centenas de datas para celebrar títulos, conquistas, glórias.

23 de abril de 2005 é uma delas.

Neste ano, o Tricolor foi campeão da Série B.

Depois veio 2006.

Veio também um título do Campeonato Gaúcho, de quebra.

O recém-retornado à Série A termina o longo campeonato de pontos corridos em terceiro lugar, conquistando a vaga para a Copa Libertadores.

Veio 2007.

Veio também o bicampeonato gaúcho, de quebra.

Hoje, o até ontem time da segunda divisão, está na final do maior torneio das Américas.

De abril de 2005, mês que Mano Menezes chegou ao clube da Azenha, até junho de 2007, a crescente do Grêmio é impressionante.

Vários fatores fizeram com que o Imortal Tricolor tivesse esta evolução.

O principal se chama Mano Menezes.

É coincidência, o Grêmio fazer tudo o que tem feito, desde 2005?

Não é.

Um cara que faz Diego Souza jogar bola, faz Lúcio jogar bola, faz Tcheco dar carrinhos, merece aplausos.

Se o Grêmio é o que é hoje, o culpado, ou o maior culpado, é seu treinador.

O melhor treinador em atividade no Brasil.

Apenas o necessário

Os primeiros 47 minutos da decisão entre Santos e Grêmio foi mais gremista que santista.

Embora o Santos tenha ficado mais com a bola no pé, o Grêmio foi mais eficiente, e fez o que tinha de ser feito: marcou o adversário com precisão e aproveitou a oportunidade que teve, com Diego Souza.

O Peixe apresentou uma bela linha-de-passe ao longo do primeiro tempo. Só que no campo defensivo. Alessandro, Domingos; Domingos, Adaílton; Adaílton, Kléber; Kléber, Adaílton; Adaílton, Domingos; Domingos, Alessandro. E assim ficou por algum tempo. O Santos estava sem saída de jogo. Fruto da precisa e preciosa marcação tricolor.

Além de não ter saída de jogo, o time da Vila errou muitos passes. Muitos. Fruto da ansiedade dos atletas alvinegros.

O gol de Diego Souza (lindo gol, diga-se) foi um balde de água gelada, suja e salgada nos jogadores, e principalmente na torcida. Foi como um cruzado na ponta do queixo.

Que só não nocauteou por causa do gol de Renatinho, no último minuto da primeira etapa. Quem pensava em jogar a toalha... jogou. Mas para longe, não para dentro campo.

O segundo tempo começou com o Santos precisando fazer mais três. E não tomar nenhum.

Fez mais dois.

Mano Menezes, para mim, é o melhor treinador em atividade no Brasil. Mas, salvo raríssimas exceções, nunca se deve tirar um atacante para pôr um volante. Nunca (ou quase nunca). A alteração do treinador do Tricolor convidou o sedento Santos à atacá-lo.

E o alvinegro praiano atacou.

O segundo gol de Renatinho deu grandes esperanças à torcida santista.

O de Zé Roberto (terceiro do Santos), aos 30 minutos, deu mais esperança ainda, além de aumentar o batimento cardíaco dos santisas. E dos gremistas. E de quem estava vendo o jogo.

Se o primeiro tempo foi do Grêmio, o segundo foi do Santos.

Foi do Santos, mas foi insuficiente.

O gol fora de casa fez toda a diferença.

Se o jogo desta quarta-feira era o mais importante do ano, foi um dos, senão o melhor do ano.

Para variar, o tricolor gaúcho fez apenas o necessário.

E o Grêmio chega a mais uma final de Libertadores, graças a vários fatores.

O principal deles tem nome: Mano Menezes.

* O protagonista da próxima postagem será o técnico gremista.

quarta-feira, junho 06, 2007

A hora da verdade (parte 2)


Às 21h45, horário de Brasília, começa a batalha de futebol mais importante de 2007, até agora.

No Olímpico, o Tricolor fez 2 a 0.

Agora o jogo é na Vila Belmiro.

O fato é que o Santos não vem jogando bem na Libertadores, seja dentro, seja fora de casa.

Hoje, precisa fazer no mínimo 2 a 0, para levar a decisão para os pênaltis. Para fazer no mínimo 2 a 0, precisa jogar no mínimo bem.

Por outro lado, se o Grêmio fizer um golzinho, o Peixe tem de vencer por 4 a 1.

Se o Santos não vem jogando bem, o Grêmio não fica atrás.

Na verdade, o Grêmio, no Olímpico, é avassalador. Longe do seu estádio, o time é medíocre. Pelo menos foi até agora. Costuma-se dizer que existem dois Grêmios: o do Olímpico, e o de fora do Olímpico. Isto pode mudar nesta noite. Ou não.

Assim como o Santos pode voltar a apresentar o futebol insinuante do Paulistão, o Grêmio pode fazer ter uma performance convincente na Vila.

Entretanto, sejamos honestos. Independente de jogar bem ou não, de fazer uma exibição brilhante ou não, de dar show ou não, o que interessa é chegar à final da Libertadores. O time, qualquer que for, seja Grêmio ou Santos, pode jogar horrivelmente durante 80, 85 minutos. Se fizer o que for necessário para se classificar, nos últimos ou nos primeiros 5, 10 minutos, é o que realmente importará.

Ricardo Oliveira


Hoje completa 27 voltas ao redor do sol.

Os 22 do Dunga

Goleiros
Doni - Roma (Fez uma boa temporada na Itália.)
Helton - Porto (Fez uma boa temporada em Portugal?)

Laterais
Maicon - Internazionale (Na falta de tu, vai tu mesmo.)
Daniel Alves - Sevilla (O melhor brasileiro na posição.)
Kleber - Santos (O melhor brasileiro na posição.)
Gilberto - Hertha Berlim (Na falta de tu, vai tu mesmo.)

Zagueiros
Alex Silva - São Paulo (Tem de ser preparado para Pequim 2008.)
Alex - PSV (Demorou, mas chegou.)
Juan - Bayer Leverkusen (Elegante. Zagueiro fino.)
Naldo - Werder Bremen (Pode se firmar de vez.)

Volantes
Josué - São Paulo (Não funciona sem Mineiro.)
Gilberto Silva - Arsenal (Ele mesmo.)
Fernando - Bordeaux (Fernando!?)
Mineiro - Hertha Berlim (Não funciona sem Josué.)
Elano - Shakhtar Donetsk (Tem de ser/É volante!)

Meias
Anderson - Porto (Vai justificar a contratação do Man. United.)
Diego - Werder Bremen (Aproveite agora, enquanto Kaká e Ronaldinho estão longe.)
Zé Roberto - Santos (É meia. Mas será que Dunga vai resistir, e não vai escalá-lo como volante?)

Atacantes
Afonso - Heerenveen (É a Copa América, ou não é mais. Ou não.)
Fred - Lyon (Se estiver em forma, é o melhor centro-avante.)
Robinho - Real Madrid (É atacante. Dunga o utiliza na meia.)
Vagner Love - CSKA Moscou (Futuro incerto. Mas pode dar certo)

A Seleção Brasileira tem infinitos 3 (três) meias. No ataque, são 3 (três) centro-avantes e 1 (um) atacante que cai pelos lados. O pior é que este atacante que cai pelos lados, geralmente é escalado na meia. Assim, o time de amarelo terá, para o ataque, somente centro-avantes. Indícios fortes do 4-2-3-1? Ou 4-5-1. No caso de Dunga, acaba virando um 4-5-0 (à esquerda - embora fixado na área).

Ah, na verdade são 4 meias mesmo. Elano, para o treinador da Seleção, é meia.

terça-feira, junho 05, 2007

Volante neles!

45 minutos de partida e apenas 3 finalizações.

Dizem que jogo bom é jogo com muitos gols. 3 a 2, 4 a 1, 3 x 4.

Quanto mais gol, melhor.

E isto é óbvio, porque a finalidade do futebol consiste em marcar o gol.

Ou gols, de preferência.

Entretanto, alguns 0 a 0 são melhores que muitos 3 a 1 por aí. Eles são raros, é verdade. Mas existem.

O primeiro tempo do amistoso entre Brasil e Turquia teve (in)significantes 3 chutes a gol.

Os três da Turquia.

45 minutos jogados (no caso, jogados no lixo), e nenhuma finalização da Seleção. Nem sequer arriscar de fora de área, os jogadores foram capazes.

Se bem que não é surpreendente.

Não podemos esperar chutes de longa distância com um meio campo formado por três volantes (Edmílson, Josué e Elano), apenas um meia (Diego), e um atacante que não sabe se joga no ataque ou na meia (Robinho).

Na verdade, a Seleção joga/jogou com uma linha de quatro (Maicon, Alex, Naldo e Marcelo), dois volantes (Edmílson e Josué), uma linha com três meias (Elano - que é volante, e não meia! -, Diego e Robinho), e um centro-avante abandonado (Afonso). É o mesmo esquema tático que Mano utiliza no Grêmio. Porém no Tricolor, os três meias (Carlos Eduardo, Diego Souza e Tcheco) se aproximam muito mais do centro-avante (Tuta).

O segundo tempo do amistoso desta terça teve seus 10 minutos de brilho.

Tudo bem, tudo bem... brilho é generosidade da minha parte.

Os dez primeiros minutos da segunda etapa (já com Ronaldinho em campo) foi melhor do que os quarenta e cinco da primeira (o que não significa muita coisa).

Dunga, insatisfeito, trocou alguns jogadores.

Ronaldinho entrou no lugar de Robinho. A linha de três meias ficou então formada por Ronaldinho, Diego e Elano.

Depois, Elano (o volante disfarçado de meia) saiu, para a entrada de Kaká. E os três meias eram Ronaldinho, Diego e Kaká.

Em vão. Nada a acrescentar.

Mais uma alteração.

Entra Mineiro, no lugar de... Diego!

O jogador do Hertha Berlim entrou em campo claramente sinalizando, com três dedos esticados.

O sinal era para Edmílson e Josué.

"Três volantes, três volantes."

Na verdade, ele não falou. Apenas orientou com a mão.

Os papéis se inverteram. Se antes o meio-campo tinha dois volantes e três meias, com Mineiro, teve três volantes (Josué, Edmílson e Mineiro) e dois meias (Kaká e Ronaldinho).

A alteração até que foi boa, pois com a vantagem no placar, nada como reforçar o poderio defensivo.

***

Passados dois amistosos, pode-se chegar a algumas conclusões (nenhuma, ou apenas uma, animadora):

1. Dunga aprende a utilizar esquemas táticos com Mano Menezes. Aprende errado, mas aprende.

2. Lúcio se deu mal. Naldo não sai tão cedo da Seleção. Foi o melhor (o que não foi difícil) nas duas partidas. (Esta é, ou pode ser, a conlusão animadora.)

3. Difícil concluir alguma coisa sobre Afonso. Qualquer centro-avante, neste esquema do Dunga, vai ficar abandonado. Na verdade, o atacante sempre fica bem acompanhado (dos zagueiros adversários).

4. Elano é volante.

5. A Seleção não pode, até provarem o contrário, jogar com apenas um atacante.

6. Nem com três volantes.

7. Muito menos com um atacante e três volantes!

* Brasil 0 x 0 Turquia não se enquadra nos "0 a 0" melhores que alguns "3 a 1".

É, os europeus não ligam para o Mundial de Clubes...

Por Juca Kfouri

Vice do Milan confirma que Mundial de clubes é prioridade

Das agências internacionais
Em Roma (Itália)

O vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, confirmou que o primeiro grande objetivo do clube na temporada 2007-2008 é a conquista do Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado em dezembro, no Japão.

Para a próxima campanha, nossos objetivos são claríssimos: o primeiro será a conquista do mundial de clubes em Tóquio, o segundo é a Liga dos Campeões, o terceiro é o Campeonato Italiano, o quarto é a Supercopa da Europa e o quinto é a Copa da Itália", afirmou Galliani, nesta segunda-feira.

Se a Dona Toyota conveceu o Seu Conmebol a colocar os times mexicanos na Libertadores, convencer o Seu Galliani a dar uma declaração dessas, sobre o Mundial de Clubes Copa Toyota, é mole, mole.

Ou eu que sou um pouco desconfiado demais?

segunda-feira, junho 04, 2007

Tuta ou Maldonado?

Ainda não há confirmação, mas pelo andar da carruagem, Tuta, pelo Grêmio, e Maldonado, pelo Santos, podem ser os desfalques do jogo decisivo da quarta-feira.

Caso se confirme, quem perde mais?


O Tricolor, sem o seu centro-avante pivô?


Ou Peixe, sem o seu cão-de-guarda?

Pra mim, Maldonado tem maior peso em importância.

Se o time da Vila tomar um gol, precisa fazer 4. Sem Maldonado, não vai ser fácil segurar Carlos Eduardo, Diego Souza e Tcheco*.

Sem Tuta, o Grêmio perde o poderio ofensivo, mas pode ganhar em velocidade, com Douglas no ataque. E, se o time de Mano aderir aos contra-ataques (o que é bem provável), Tuta, com seus passos rápidos de jabuti, não fará tanta falta.

*Tcheco também é dúvida.

Lukas Podolski, 22 anos

Saci, o legítimo

A quarta rodada do Brasileirão só termina nesta noite, às 20h30, no Beira-rio.

De olho no Pachuca, o Inter enfrenta o Náutico.

Contra o time do Recife, Gallo procura algo até então inédito: uma vitória (ou um empate).

Até agora o Internacional perdeu para o Botafogo, em casa, por 3 a 2; perdeu para o Furacão, na Arena da Baixada, por 2 a 1; perdeu para o time reserva do Fluminense, por 3 a 0, no Maraca; e perdeu o primeiro jogo da Recopa, contra o Pachuca, no México, por 2 a 1.

Um invejável começo de trabalho.

A partida de hoje tem dois significados: o primeiro é conseguir 3 pontos (já que sair da lanterna vai ser teoricamente impossível). O segundo é levantar a confiança e a auto-estima do time, para o jogo da quinta, contra o time mexicano.

O ponto curioso é a aparição de Saci. Fábio Saci.

Rentería comemorava seus gols com a toca e o cachimbo.

Mas ele era um Saci paraguaio. Ou colombiano.

O atacante do Náutico, ex-Bahia, é o original.

Um gol hoje, contra o Inter, no Beira-rio, pode ter vários significados. Uma transferência, talvez.

Já pensou numa camisa do Colorado, com o nome "SACI" às costas?

Ia vender a granel. Inclusive em Grenal.

domingo, junho 03, 2007

Show de horror

Nesta noite de domingo, os tricolores fizeram um jogo duro.

Duro de se ver.

Paraná e São Paulo protagonizaram cenas explícitas de horror, dignas dos longa-metragens que eram exibidos no falecido Cine Trash.

Passes errados, raras oportunidades de gol, e nenhum brilho técnico foi o que se viu neste filme rodado na Vila Capanema.

O jogo foi brigado. Brigaram para ver quem fazia mais feio.

O ator principal - se é que teve - foi Rogério Ceni, que cumpriu seu papel de fazedor de gols, marcando o único da partida, num pênalti sofrido por Aloísio.

Pênalti fictício, diga-se.

O gol do Paraná, no finzinho da partida, foi verídico. Mas anulado.

Depois de quatro atuações, quatro exibições, depois de ver as quatro primeiras películas do tricolor paulista, pode-se dizer que o elenco do São Paulo é o preferido de Zé do Caixão.

Quase virada



Luxemburgo optou pela escalação de um time com apenas quatro titulares titulares (Fábio Costa, Maldonado, Cléber Santana e Alessandro).

O goleiro santista falhou bizarramente, no lance do único gol do primeiro tempo. Aos 21, após cobrança de escanteio, Fábio Costa entregou a rapadura, a la Rogério Ceni na final da Libertadores. Zelão, oportunista, marcou.

O volante chileno se machucou, e ainda não se sabe se vai enfrentar o Grêmio, na quarta. Caso esteja fora, o Santos vai sentir muito a ausência de Maldonado, o cão-de-guarda da Vila.

Do outro lado, o mesmo futebol voluntarioso do Timão. O Corinthians de PC Carpegiani é muito brigador. Não perde dividida. Quer a bola a todo instante. Não pára.

Pode-se identificar uma pitada da escola gaúcha de futebol, neste time do Parque São Jorge.

Além desta vontade e determinação, os jogadores do Corinthians usam e abusam da velocidade de alguns jovens e talentosos jogadores, como Willian, Rosinei, Éverton.

Primeiro tempo disputado, muito corrido, e corintiano.

O segundo, disputado, muito corrido, e santista.

Depois de muita insistência e muitas oportunidades perdidas, Marcelo, aos 32, conseguiu fazer o quê ninguém tinha conseguido, até então: marcar um gol em Felipe.

Carpegiani fez um alteração meio covarde, antes de sofrer o gol de empate. Tirou Clodoaldo (que fez uma estréia discreta), e colocou Bruno Octávio. Chamou ainda mais o time da casa para seu campo.

Não foi só por isso, mas deu no que deu.

Partida extremamente movimentada, com jogadores extremamente velozes em campo, em ambos os lados.

O Peixe conseguiu o empate. Mais que merecido. A quase virada santista não teria sido nenhuma injustiça. Pelo contrário.

sábado, junho 02, 2007

Placar clássico



O primeiro tempo do jogo entre Botafogo e Grêmio, no Maraca, foi um treino de luxo.

Para o time da casa. Só deu Fogão!

O Tricolor, sem alguns titulares de ofício, mas com jogadores importantes - como Tuta, Saja, Diego Souza, além do retorno de Lucas -, pouco, ou nada fez na primeira etapa.

O time inteiro estava sumido.

Só deu para perceber que Diego Souza estava em campo lá pelos 10 minutos. Por causa de um close da câmera.

Lucas, só deu as caras aos 20. Também numa aproximação da câmera.

O narrador falou o nome de Amoroso, pela primeira vez, somente aos 37.

Além da chuva, um pênalti caiu do céu, sofrido por Douglas. Amoroso desperdiçou. Ou Júlio César aproveitou. Como queira.

Se o Grêmio estava invisível, o Botafogo apresentava seu característico futebol vistoso, mesmo sem Zé Roberto.

O Glorioso teve diversas oportunidades de gol. Várias desperdiçadas.

Juninho não desperdiçou. Em jogada ensaiada, de falta, o capitão alvinegro disparou um petardo, de antes da rua, fulminante, cheio de efeito, certeiro.

1 a 0 ficou barato para o time de Porto Alegre, no primeiro tempo.

O segunto tempo foi mais equilibrado.

E mais pragmático.

O Grêmio apareceu um pouco mais.

E o futebol insinuante do Botafogo foi sumindo aos poucos.

Sumindo, mas não desapareceu. O mandante conseguiu mais dois tentos, com Luciano Almeida, de falta (bola desviada), e com Dodô, aos 41.

Ao final, placar clássico: 3 a 0.

O Bota chega aos 10 pontos. E o Grêmio, que continua com 6, só pensa na quarta-feira.

sexta-feira, junho 01, 2007

Muitas hipóteses

Nunca houve uma enquete tão disputada, cabeça a cabeça, clic a clic, como a de Romário.

A dúvida que surge é saber o por quê do voto a favor da aposentadoria, e o por quê do contra.

Muitos torcedores - principalmente os rubronegros, os alvinegros e os tricolores - querem que o Baixinho continue jogando.

Puro sarcasmo.

Dos torcedores, é claro.

Muito vascaíno quer que o Peixe pendure as tão quilometradas chuteiras.

Muitos vascaínos querem que Romário continue, porque Romário é Romário. É eterno. Ou quase isso.

Mutios não-vascaínos querem que o Peixe abandone o barco.

Muitas são as hipóteses (Qual a sua?) para justificar o equilíbrio e a diversidade de motivos que leva um torcedor a votar "sim" ou "não", na enquete.

A questão é:

Numa análise ampla e de contexto geral, Romário atrapalha ou não o time do Vasco da Gama?

Para mim, sim.

A dúvida de Luxa

O clássico contra o Grêmio, na quarta-feira que vem, é o jogo do ano santista.

Neste domingo, outro clássico pode influenciar o desempenho na partida decisiva da semifinal da Libertadores.

É o contra o Corinthians.

Caso Luxemburgo opite pelo time reserva, uma derrota em nada, ou em muito pouco, diminuiria os ânimos dos jogadores, para o jogo contra o Grêmio.

Caso os reservas ganhem, não aumentaria em nada, ou em muito pouco, o ânimo dos jogadores titulares, que vão enfrentar o Tricolor.

Se o time, contra o Coringão, for o titular, uma derrota seria dificilmente absorvida. O Santos sentiria o golpe.

Agora, se os atletas que vão batalhar contra o Grêmio, baterem o Corinthians, seria inegável o aumento da confiança, da auto-estima. E isso (aumento da confiança) seria fundamental para conseguir a desejada classificação para a final da Copa Libertadores da América.

É um risco que Luxa tem de correr.

Há quem diga que não se deve trocar o certo pelo duvidoso.

Eu discordo.

E arriscaria. Iria com Zé Roberto, Kléber e companhia, para cima do Timão.

Jogo Dramin

Decepcionantemente, Dunga escalou a Seleção com apenas um atacante.

Brasil com só um atacante!?

É, apenas um! Esta é a Seleção de Dunga.

Que hoje pouco fez.

O jogo foi feio. Foi de dar sono. Foi o famoso "Jogo Dramin". Tanto a Seleção anfitriã, quanto a visitante (que na verdade já é da casa), apresentaram um futebol pífio, em Londres.

Wenbley merecia uma reinauguração mais refinada. Mais movimentada.

Quem gostou do jogo sonolento e sem graça foi Naldo, que agarrou a oportunidade com unhas e dentes, carrinhos e cabeçadas.

Lúcio não gostou.

A Inglaterra achou um gol no primeiro tempo, com Terry.

O Brasil achou outro, aos 46 do segundo, com Diego.

Final: 1 a 1.

Há de se registrar a performance do assoprador do apito: de fato, o juiz era de rugby, e não de futebol. No amistoso de hoje, agarrões (ou abraços, tipo bicho-preguiça) na cintuda e nas pernas foram permitidos.

Há de se registrar também uma cena de arrepiar (de medo!): Ricardo Teixeira e Lula não dormiram no ponto, entraram em campo, e cumprimentaram todos os jogadores, um a um, com direito a beijinho no rosto de todos atletas de amarelo, em plena Londres, capital onde tudo pode acontecer. Ou acontece.

Que venha 2014!