quarta-feira, outubro 31, 2012

Titulares garantem triunfo dos Blues

Quando o 4-2-3-1 se encontra com o 4-1-4-1, a vida deste blogueiro, e de qualquer espectador que pretende prestar atenção nos esquemas táticos dos times, fica facilitada. Isso porque ocorre o encaixe perfeito no setor do meio de campo: meia contra volante, e volantes contra meias.

No caso de Chelsea e Manchester United, nesta quarta-feira, pela Copa da Liga Inglesa, os duelos individuais da meia cancha ficaram desenhados entre Romeu vs Giggs, Mikel vs Anderson, e Mata vs Fletcher; enquanto pelas pontas, Azpilicueta e Bertrand confrontaram Welbeck e Nani, respectivamente, além de Rafael vs Piazon, e Büttner vs Moses.



Na primeira etapa os donos da casa pouco produziram. Piazon foi muito tímido nas tramas ofensivas, e na maioria das vezes perdeu o embate com o lateral-direito dos Red Devils. Em contrapartida, no flanco oposto, Moses deitou e rolou em cima de Büttner. Foi o camisa 13 dos Blues, aliás, quem sofreu o pênalti convertido por David Luiz.

No miolo do meio, destacou-se Anderson. Desarmou, criou, deu passe para gol. Alinhado a Giggs, o brasileiro foi o ponto de desequilíbrio do jogo (pelo menos na primeira metade do tempo regulamentar), fazendo o vai-e-vem como manda a cartilha. Pelo lado do Chelsea, coube a Mata flutuar pelo gramado para fugir da marcação de Fletcher e tentar criar as jogadas. Mas sem o apoio de Mikel e Romeu, ficou pesado para ele.

O primeiro tempo acabou com o United à frente no placar: 2 a 1. No segundo, porém, já com Ramires e Oscar (como volantes) em campo, e Hazard na ponta direita, em linha com Mata e Moses, a equipe de Di Matteo buscou o resultado. Empatou, levou o 3 a 2, mas ainda assim chegou a 3 a 3 aos 48 minutos, noutra penalidade máxima, dessa vez cobrada por Hazard.

Na prorrogação, com vários titulares em ação contra os reservas dos reservas do United, muitos deles muito jovens, o Chelsea foi superior e fez por merecer a classificação às quartas de final da competição. No tempo extra, Sturrdige e Ramires ampliaram para 5 a 4 (Giggs descontou de pênalti).

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sexta-feira, outubro 26, 2012

Qual o destino ideal para Bernard?

Ficar no Atlético. Com vaga praticamente assegurada na Libertadores 2013, a decisão mais sensata e inteligente que cabe ao camisa 11 do Galo tomar é permanecer onde está. Se ficar, será bom para ambos os lados, clube e jogador. Bernard é um craque na incubadora, sabe joga bola e sempre saberá. Portanto não tem porque acelerar seu processo de desenvolvimento profissional.

Se optar por partir no fim do ano, porém, o ponta-esquerda alvinegro terá de escolher seu destino a dedo, com muita cautela, pesando os prós e os contras de cada alternativa. Claro que quem sabe o que é melhor para ele são as pessoas ao seu redor, e o próprio jogador, evidentemente. No entanto, analisando de longe, na minha modesta visão entendo que, pelo futebol que jogou nessa temporada, e pelo estilo de jogo, Bernard iria cair bem num Shakhtar Donetsk da vida.



Tenho dúvidas se clubes como Real Madrid, Barcelona, Manchester United, City ou Chelsea, hoje, teriam interesse no atleticano. Também tenho dúvidas sobre sua capacidade, hoje, de se destacar e se tornar titular em elencos estelares como esses. Nas atuais potências da Europa, o não-mais-tão-garoto-assim (completa 21 em setembro do ano que vem) poderia amargar o banco de reservas por um longo período.

Milan? Internazionale? Juventus? Não sei. O momento do futebol italiano não é bom, por mais que suas instituições sejam gigantescas. Alemanha? Não creio. A adaptação por lá deve ser complicadíssima. Não que a adaptação na Ucrânia seja fácil. Pelo contrário. Mas no Shakhtar, por exemplo, Bernard estaria cercado de brasileiros – o que é, nesse contexto, bem mais positivo do que negativo. Noves fora que o estilo do time de Donetsk casa com o do camisa 11 do Galo, e que Willian, o ponta-esquerda da equipe, aparentemente está de saída.

PSG? Seria uma boa (claro, desde que houvesse proposta). Talvez trabalhar com Ancelotti não seria uma boa para ele. Contudo embarcar nesse projeto poderia ser uma ponte pertinente, ou uma concretização plena na França mesmo. Ainda assim, se Bernard fosse se mudar pro Velho Mundo, aconselharia o Shakhtar, por uma série de motivos. No entanto, como dito no primeiro parágrafo (e acredito que a maioria das pessoas pensa assim), a melhor opção seria ficar no Atlético, pelo menos até o fim da Libertadores do ano que vem.

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quinta-feira, outubro 25, 2012

Willian na terra de Shakespeare?

"Minha missão no Shakhtar já foi cumprida. Já deixei claro para todos que quero sair. Quero alcançar novos objetivos." Claras as palavras do ex-corintiano e um dos destaques do time ucraniano, que bateu o Chelsea por 2 a 1 nessa semana, pela 3ª rodada da Champions.



Parece que o destino de Willian será mesmo a Inglaterra, seja em janeiro, ou no fim da temporada (mais provável). Dois clubes têm interesse: Chelsea e Tottenham. E na minha visão, a melhor opção seria os Spurs. Pelo seguinte: lá seria titular fácil.

Na linha de três do 4-2-3-1 do time de Roberto Di Matteo, Mata, Oscar e Hazard são absolutos, sendo Ramires alternativa imediata. Portanto, por mais que Willian esteja jogando o fino, ficaria difícil para ele cavar uma vaga entre os onze.

Já para atuar no Tottenham, ele tem bola de sobra. É verdade que o brasileiro costuma trabalhar pela ponta esquerda, lugar que na equipe de André Villas Boas é de Bale. No entanto, Lennon e Sigurdsson não seriam páreo para Willian. Nem Dempsey e Dembele. Logo restaria ao treinador português encontrar uma formação para encaixá-lo.

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domingo, outubro 21, 2012

Galo volta à briga

Talvez o melhor jogo do campeonato. É. Acho que foi. Quem viu, viu. Ganhou. Quem não viu, perdeu. Composta por todos ingredientes que fazem do futebol o esporte mais espetacular do planeta, a virada do Atlético sobre o Fluminense entrou, sem exagero, para a história do Brasileirão – indepentende do desfecho do torneio.

Postado no 4-2-3-1 rotineiro, o time mineiro dominou o adversário do início ao fim, apesar do placar apertado. Sou meio cético quanto a dados estatísticos aplicados ao futebol, mas no clássico entre líder e vice-líder, neste domingo, um deles evidencia a supremacia dos donos da casa: as finalizações. Foram 27 a 4.



Com Guilherme na ponta direita, na vaga de Serginho (titular contra o Santos na rodada anterior), a equipe alvinegra buscou o gol e manteve uma postura ofensiva o tempo todo. E mesmo saindo atrás no placar (o bom e velho “quem não faz, leva), soube recolocar os nervos nos lugares, e crescer na adversidade. No fim das contas, a vitória por 3 a 2 foi justamente merecida.

A distância agora entre Fluminense e Atlético caiu para 6 pontos, e em disputa ainda tem 18. Na próxima rodada o líder recebe o Coritiba, e o vice recebe o Flamengo. Já na 34ª e 35ª rodada, enquanto o Galo enfrenta Coritiba e Vasco fora, respectivamente, o Tricolor visita o São Paulo e o Palmeiras. Convenhamos que, em tese, a sequência do Flu é mais complicada. Resta saber se ao final dela a diferença que hoje caiu para 6 pontos vai ser maior ou menor.

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Pré-jogo: Atlético vs Fluminense

Réver e Bernard são dúvidas, e Jean é desfalque (Leandro Euzébio idem). De resto, ao que parece, força máxima no confronto entre líder e vice-líder. Caso não dê para o artilheiro do Atlético no campeonato, sua vaga deve ser preenchida por Escudero, enquanto o zagueiro pode ser substituído por Luiz Eduardo ou Richarlyson. Quanto ao lugar de Jean, Diguinho deve entrar.

Se assim for, nesse 4-2-3-1 vs 4-2-3-1, os duelos individuais da meia cancha devem ser definidos entre Pierre e Deco, Leandro Donizete e Diguinho, e Ronaldinho e Edinho. Já pelas beiradas as disputas devem ocorrer entre Marcos Rocha e Thiago Neves, Júnior César e Wellington Nem, Serginho e Carlinhos, e Bernard e Bruno.



Pode ser que Cuca entre com Guilherme na vaga de Serginho, mas acho difícil. Serginho, que cumpriu bem a função contra o Santos, é mais marcador. Carlinhos é ofensivo e ousado, e toda atenção com os laterais do Fluminense é pouca. O flanco direito do Galo, por sinal, em especial com Marcos Rocha, pode ser um dos pontos fortes da equipe mineira, já que Thiago Neves não se destaca pelo acompanhamento ao adversário.

Outro setor digno de nota é o meio campo, por onde atua Ronaldinho. Com a dupla Edinho-Diguinho em seu encalço, R49 não terá vida fácil. Terá de flutuar por uma extensa faixa do gramado para fugir dessa marcação cerrada. Deverá voltar à linha dos volantes para buscar e distribuir o jogo, assim como cair pela banda esquerda. O craque, porém, não poderá abdicar de entrar na área e finalizar.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática às 16h (Brasília), no Estádio Independência, em Belo Horizonte. A diferença entre eles na tabela é de 9 pontos. E em caso de vitória do Tricolor fora de casa, podem lhe entregar a taça.

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sábado, outubro 20, 2012

Palmeiras do Pirata olha pra frente

Elenco para brigar pelo título o Palmeiras não tem. Para cair também não. É verdade que ao longo do longo campeonato de pontos corridos a situação fugiu do controle, e agora faltam apenas seis rodadas. Mas baseado no comprometimento do grupo, e no relativo talento do time titular, é provável sim que o Verdão fuja do rebaixamento.

Neste sábado, contra o Cruzerio, Gilson Kleina escalou a equipe no 4-2-3-1, com Luan na ponta esquerda, Betinho na direita, Patrick Vieira por dentro, e Barcos na referência. Márcio Araújo e Marcos Assunção compuseram a dupla de volantes, e a linha de quatro foi formada por Artur, Maurício Ramos, Henrique e Leandro. No fim das contas a vitória por 2 a 0 foi justa e merecida.



À frente do Palmeiras existem dois candidatos a ocuparem sua vaga no Z4. Porque plantel por plantel, o clube paulistano é mais forte que Bahia e Ponte Preta (sem falar em Sport, Figueirense e Atlético-GO). Flamengo também não é lá essas coisas. Portanto há sim uma luz no fim do túnel, e ela está longe de se apagar. O único problema é a tabela, cá entre nós, nada mole.

Na próxima rodada o Palmeiras enfrenta o turbulento Internacional no Beira-Rio. Turbulento, mas ainda assim o Internacional no Beira-Rio. Na sequência recebe Botafogo e Fluminense. Depois sai para jogar com o Flamengo, e em seguida recebe o Atlético-GO. E por fim, na última rodada, tem o clássico contra o Santos na Vila Belmiro.

Santos não vai querer nada (quem sabe com Neymar de folga). E o Atlético-GO provavelmente já vai estar rebaixado. Em tese, essas são as partidas menos cascudas. O resto, no entanto, é pedreira. Além do confronto direto com o Flamengo no Rio, os outros cariocas podem, mesmo na Fonte Luminosa, complicar a vida do Verdão - Flu bem mais que o Bota. E o Inter no Beira-Rio é sempre o Inter no Beira-Rio. Contudo, apesar dos pesares, particularmente acredito na superação, no sucesso e na permanência alviverde na elite do futebo brasileiro.

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sexta-feira, outubro 19, 2012

Pré-jogo: Tottenham vs Chelsea

Baseado nas informações do Guardian, resolvi fazer uma prévia do dérbi londrino deste fim de semana. Só há uma divergência, quanto ao esquema tático dos Spurs. Imagino que André Villas Boas adotará o 4-1-4-1, com variação para o 4-3-3, naturalmente, e não o 4-2-3-1, vide o site inglês.

Se ocorrer como penso, o encaixe no meio de campo deve acontecer. No três contra três pelo miolo da meia cancha, Sandro pega Oscar, Dempsey bate de frente com Lampard, e Dembele enfrenta Mikel - o volante mais pegador dos visitantes. Já pelas beiradas, Walker vs Hazard, Vertonghen vs Mata, Lennon vs Cole, e Bale vs Ivanovic.



Destaque para o duelo entre os ex-Colorados, companheiros de Seleção, Sandro e Oscar. Caso se confirme o posicionamento deles no gramado, os brasileiros devem se encarar durante boa parte da partida. A briga é boa, e o meia dos Blues não terá vida fácil. Oscar deve, aliás, tentar atuar mais aprofundado, próximo à área e a Torres.

Outro confronto interessante e decisivo pode ser entre Bale e Ivanovic. Acostumado a escapar pelo corredor direito e aparecer no ataque com eficiência, o lateral do Chelsea terá de correr como nunca para marcar o incansável camisa 11 dos donos da casa. Haja perna e pulmão para aguentar o tranco.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática neste sábado, no White Hart Lane, às 8h45 (horário de Brasília), em jogo válido pela 8ª rodada da Premier League.

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quinta-feira, outubro 18, 2012

Fluminense, o time que não perde

Grêmio e Atlético-GO. Estes são os donos das proezas. No Olímpico, na 12ª rodada, e no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, na 25ª, o líder Fluminense conheceu suas únicas derrotas em toda competição – e olha que estamos falando em 31 jogos disputados até o momento. São 20 vitórias, 9 empates e 2 derrotas. Duas!



Faça chuva ou sol, jogando melhor ou pior, no fim das contas o time de Abel Braga sai de campo com, no mínimo, um ponto. Bastante sólido em seu sistema defensivo, servido de uma dupla de volantes pegadora, duma competente dupla de zaga, e do melhor goleiro do torneio, o Fluminense tem tudo para quebrar outro recorde na era dos pontos corridos: o de campeão com o menor número de derrotas, que pertence ao São Paulo 2006.

Naquele ano, já com 20 clubes na primeira divisão, a equipe treinada por Muricy Ramalho se sagrou vitoriosa com apenas 4 derrotas em todo campeonato. Isso mesmo: em 38 partidas, 4 derrotas. Hoje, o líder do Brasileirão 2012 dá sinais de que vai superar essa marca. Pelo seguinte: porque faltam só 7 rodadas, e porque o Flu simplesmente não perde.

Nem mesmo o Atlético, no domingo, em Belo Horizonte, pode bater o líder. Bom, poder, claro que pode. Não existe impossível no futebol. Contudo, nessa altura do certame, não vejo o Galo com condições de somar 3 pontos em cima do tricolor carioca – mesmo atuando no Independência. Já na 34ª rodada, no Morumbi, diante do São Paulo, o buraco será, a meu ver, mais embaixo. O tricolor paulista está jogando a bola mais redonda da competição, e deve apresentar ao Fluminense sua terceira derrota – o que não deve alterar em nada o curso do título, que só sai de Laranjeiras em caso de catástrofe. Logo, a questão é: a taça será erguida com mais ou menos de 4 derrotas?

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quarta-feira, outubro 17, 2012

Pré-jogo: Peixe vs Galo

Nem Neymar, nem Ronaldinho. Arouca. Esse pode ser o nome a decidir a partida. Pelo seguinte: devido à superioridade numérica no meio campo (quatro vs três), o Santos deve ter durante boa parte do tempo um homem sobrando no setor, e esse homem deve ser Arouca.

Na meia cancha do 4-4-2 em losango do Peixe, Arouca é quem tem mais velocidade e capacidade de condução de bola. Entre os atletas santistas é quem mais chega de trás com perigo. Felipe Anderson deve ser marcado por Pierre, enquanto Adriano pega Ronaldinho, e Henrique bate de frente com Leandro Donizete. Já Arouca...



Para evitar essa desvantagem, é provável que Escudero se integre ao meio de campo para compensar a inferioridade numérica do Atlético. Se o fizer, no entanto, pode abrir espaços para as subidas do veterano Léo. Além do que, o argentino terá obrigação de auxiliar na marcação a Neymar, que em regra cai por aquele lado do gramado.

Se por um lado Neymar costuma cair pela esquerda, do outro esse papel é cumprido pelo inspirado Bernard. Será, imagino eu, por ali, às costas de Bruno Peres, que o time visitante deve explorar suas tramas ofensivas. Em especial com Ronaldinho, Bernard, e alguma escapada de Júnior César.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a pelota rola na prática nesta quarta-feira às 22h, na Vila Belmiro, em jogo válido pela 31ª rodada do Brasileirão. (Só uma coisa: Neymar e Victor, que estavam na Seleção, não foram confirmados.)

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segunda-feira, outubro 15, 2012

Líder e membros do G4 decidem taça

Os confrontos diretos decidem o campeonato de pontos corridos, nas duas partes da tabela. Quanto ao topo, as próximas quatro rodadas serão fundamentais. Pois dependendo dos resultados do Fluminense, o campeão pode sair com até quatro rodadas de antecedência. Isso porque o líder enfrenta, nas próximas quatro rodadas, os outros integrantes do G4: Atlético, Grêmio e São Paulo.

Nessa quarta-feira o time de Abel Braga recebe o Grêmio de Vanderlei Luxemburgo no Engenhão. Já no fim de semana, no domingo, vai até Belo Horizonte para encarar o Atlético de Cuca. Na 33ª rodada, o Flu tem, em tese, o adversário mais fácil dessa sequência: o Coritiba, no Rio. E na 34ª, dia 4 de novembro, tem o, em tese, mais difícil: o São Paulo de Ney Franco, no Morumbi.

No melhor dos mundos para o clube de Laranjeiras a equipe vence Grêmio, Atlético e São Paulo, e ergue a taça com quatro rodadas de antecedência – algo bastante prematuro e incomum. (A partida diante do Coxa fica em segundo plano porque não é confronto direto.) Se conquistar 9 pontos contra seus concorrentes verdadeiros, o Flu não só soma 9 pontos, mas impede que eles pontuem.

Palpite? Baseado no futebol que os times do G4 estão jogando, e nos possíveis desfalques e retornos que podem e devem ocorrer, imagino que o Fluminense irá somar 4 pontos contra Grêmio e Atlético (vitória e empate, respectivamente). No Morumbi, contra a equipe que está jogando a melhor bola no momento, creio em derrota. Ainda assim, se isso acontecer, se somar “apenas” 4 pontos em 9 disputados, o Flu vai somente adiar a festa. Vai erguer a taça lá pela 36ª, 37ª rodada. Em contrapartida, se perder para Grêmio, Atlético e São Paulo – o que, convenhamos, é improvável para o time que perdeu apenas duas no torneio inteiro –, o título pode sim ser ameaçado.

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sexta-feira, outubro 12, 2012

Argentina de Messi e Di María

Três a zero. Dois de Messi e um de Agüero. E duas assistências de Di María. Tudo isso num segundo tempo perfeito. No clássico com o Uruguai, nesta sexta-feira, jogando em casa, a Argentina construiu a vitória com autoridade.

Sabella mandou a campo o time no 4-4-2 costumeiro, em losango, com Mascherano na cabeça da área, Gago e Di María pelos lados, e Messi centralizado, com liberdade e obrigação para circular por uma extensa faixa do gramado. Entre vários outros, no lance do primeiro gol, por exemplo, ele passou para Di María como 10 e apareceu na área para finalizar como 9. Dois em um. Arco e flecha.



No ataque, até para abrir espaços para as infiltrações do camisa 10, Higuaín caiu bastante pelos lados, em especial o direito, de modo que Agüero ocupou o esquerdo. A movimentação do setor ofensivo, aliás, é um dos pontos fortes dessa equipe.

Outro ponto forte, merecedor de nota, é a presença de Di Maria na meia cancha. Ponta-direita no Real Madrid, no selecionado nacional o 7 funciona como principal válvula de escape. Suas subidas pela meia esquerda são sempre efetivas e perigosas. Não à toa, participou diretamente de dois dos três gols.

Imagino que o sonho de Sabella seja ter a linha defensiva, sei lá, do Brasil. Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo. De fato, a linha de quatro dos hermanos é fraca. Mediana. O goleiro também. Mas, se o time se entrosar e o coletivo encaixar, a tendência é o talento individual decidir. E, convenhamos, talento individual eles têm de sobra.

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quinta-feira, outubro 11, 2012

Osvaldo e mais dez

Dedé fez mais falta ao Vasco do que Lucas ao São Paulo. Entre outros motivos, porque o embalado e endiabrado ponta-esquerda tricolor atua no setor do zagueiro vascaíno. O ponta-esquerda tricolor, aliás, foi o melhor jogador de linha, na vitória por 2 a 0 sobre o Gigante da Colina, nesta quarta-feira.

Na véspera das eleições, no sábado passado, Osvaldo também foi bem no clássico com o Palmeiras. Lembro que escrevi aqui no blog que a grande notícia para o São Paulo naquele dia era a afirmação do camisa 17. Ontem, em São Januário, com atuação de gala, sua evolução foi reafirmada.



Na linha de três do 4-2-3-1 de Ney Franco, o lateral direito Douglas foi improvisado na ponta, na posição de Lucas, enquanto Jadson jogou por dentro e Osvaldo na dele: a ponta esquerda. Com o retorno de Lucas, evidente que Douglas volta para o banco e o barco segue seu rumo. Quando Ganso estrear, porém, o treinador terá a famosa dor de cabeça para escolher seu onze ideal.

Na verdade, a princípio, Ney deu "sorte". Sorte porque Ganso deve estrear apenas em 2013, quando o Tricolor não contará mais com Lucas. Logo, a equipe poderá ser formada por Jadson, Ganso e Osvaldo, com Luis Fabiano na frente, Wellington e Denilson volantes. Mas se Ganso pudesse estrear amanhã, por exemplo, uma coisa seria certa: Osvaldo não voltaria à reserva nem com reza.

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terça-feira, outubro 09, 2012

Possível esquema contra o Iraque

Não sei se foi identificável ou não o esquema tático que Mano utilizou no treino desta terça-feira. Mas de todos sites que li, nenhum trouxe essa informação, a respeito da estrutura que o técnico treinou para o amistoso contra o Iraque, nesta quinta-feira.

A notícia foi Kaká entre os onze, somado a Oscar, Hulk, Neymar e companhia limitada. Se o 4-2-3-1 da partida contra a China vai ser ou não mantido, não sei. Pelos nomes dos titulares, porém, atrevo-me a rabiscar uma equipe na prancheta, distribuída num misto de 4-2-3-1 e 4-4-2 em linha.



Na verdade, a meu ver, nesse caso a classificação do esquema não se faz tão importante. Mesmo se for um 4-4-2 em linha, em princípio a Seleção será pouco testada defensivamente. Os extremos (imagino que Hulk e Oscar) serão pouco exigidos e terão poucas vezes de se alinhar aos volantes. Os jogadores do Chelsea e do Zenit têm tudo para jogar aprofundados no campo, como pontas.

Pelo centro, transitando entre os volantes e os zagueiros adversários, e entrando frequentemente na área, pode ser que Kaká se entenda bem com Neymar - que por sua vez seria o chamado falso nove do time. Tenho dúvidas se, com Oscar no campo, Kaká terá como uma de suas funções voltar para armar o jogo. Ao que parece será mais atacante do que meio-campista.

Outro ponto que merece destaque na análise são os volantes Paulinho e Ramires, jogadores com qualidade para marcar e, principalmente, se projetar em velocidade na vertical, sempre buscando a infiltração e a finalização. Quanto à suposta exposição da equipe, vejo de maneira simples: quando um vai, o outro fica. E vice-versa. (O mesmo se aplica aos laterais.)

Certeza, só teremos quando a bola rolar. Qual será o o onze inicial, e como ele estará espalhado no gramado, saberemos só quando a bola rolar. E ela rola na quinta, às 15h30, horário de Brasília.

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domingo, outubro 07, 2012

Seedorf mais que improvisado

Oswaldo de Oliveira me lembrou Tite. No clássico deste sábado, no Engenhão, o treinador do Botafogo estruturou um time semelhante ao do Corinthians nas fases decisivas da Libertadores. Mal comparando, contra o Fluminense, Andrezinho e Seedorf cumpriram os papéis de Danilo e Alex.

Elkeson vem jogando como centroavante na equipe alvinegra há dias. Mas ontem foi escalado na extrema direita, com Fellype Gabriel no lado oposto. Imagino eu que a intenção em botar o camisa 9 numa das beiradas tenha sido a marcação aos ofensivos laterais do Tricolor. Elkeson tem, em tese, mais perna e pulmão para a função. Já na meia cancha defensiva, Gabriel e Jadson formaram a dupla de volantes, sendo o 5, durante grande parte da partida, o marcador individual de Deco.



Vale registrar que, sem a bola, muitas vezes os pontas se alinhavam aos volantes, alternando o esquema tático para o 4-4-2 em linha, com Andrezinho e Seedorf na frente. O posicionamento e a movimentação deles, aliás, foram as coisas que mais me intrigaram. Não é exagero dizer que o holandês foi o (falso) nove do Botafogo.

Entendo a ideia inicial de Oswaldo. Mas discordo. Não que Seedorf não tenha qualidade para ser improvisado por ali. Até tem. Contudo é um desperdício. Pelo seguinte: são nos passes e nos lançamentos que o camisa 10 é diferente. Com ele na frente, não há quem pare e pense o jogo mais atrás. Verdade que vez ou outra ele revezava com Andrezinho, voltava um pouco mais para tentar armar, com ambos flutuando entre os zagueiros e os volantes adversários. Mas ainda assim, para mim, um desperdício.

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sábado, outubro 06, 2012

São Paulo mostra sua cara

Além da vitória mais que convincente por 3 a 0 no clássico, e dos 3 pontos na tabela, outra boa notícia aos tricolores é a afirmação de Osvaldo. Banco com Leão, e inicialmente banco com Ney Franco, a cada jogo fica mais nítida a importância dele ao time.

Desde sempre Ney joga no 4-2-3-1, com Jadson por dentro, Lucas na ponta direita e Luis Fabiano na referência. A dupla de volantes e a ponta esquerda, porém, ainda não tem, ou não tinham, donos. Não tinham porque, depois do passeio sobre o Palmeiras, neste sábado, no Morumbi, o onze ideal parece que, enfim, mostrou sua cara.

Maicon vinha jogando. Ora como volante, como na partida contra o Bahia, ora como ponta esquerda, como na contra o Botafogo. É um bom jogador, não há dúvida. Entretanto, para as posições de volante e ponta esquerda, o São Paulo tem no elenco jogadores mais indicados. Casos de Wellington e Osvaldo. Foi assim contra o Verdão.



Ainda sem poder contar com Ganso, baseado no atual plantel do Tricolor, essa me parece a melhor formação - com Rhodolfo ao lado de Tolói e Douglas ou Paulo Miranda na lateral direita. Nessa formação a equipe conta com algo raro: dois ponteiros dribladores; noves fora um meia criativo, um nove matador, e dois volantes que sabem defender e atacar.

Só para registro, no segundo tempo o treinador são-paulino promoveu três alterações: Maicon, Willian José e Douglas entraram nas vagas de Wellington, Luis Fabiano e Jadson, respectivamente. Com Douglas na ponta direita, Lucas passou para a faixa central, e Maicon formou a dupla com Denilston. Willian José, claro, virou a referência, e Osvaldo seguiu na dele: a ponta esquerda, por onde deitou e rolou.

Com a vitória no Choque-Rei o São Paulo se manteve na quinta colocação com 46 pontos. Logo à frente está o Vasco, que chegou a 50 graças ao 1 a 0 sobre o Atlético-GO, fora de casa. Na próxima rodada, quarta-feira, eles apenas se enfrentam em São Januário.

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Mata ou Ramires: quem leva essa?

Aos poucos Roberto Di Matteo vai encontrando o time ideal. No começo da temporada chegou a escalar Oscar na ponta esquerda, com Hazard por dentro do 4-2-3-1. Mas o camisa 11 acabou dono da faixa central e o 17 da ponta esquerda (assim). Já a direita, ao que tudo indica, está entre Mata e Ramires.



Quando entra Mata, o Chelsea trabalha com pontas de pés opostos (destro à esquerda, canhoto à direita). Querendo ou não, as entradas em diagonal dos extremos abrem espaços no corredor para a subida dos laterais, sem falar na integração ao meio de campo. A valorização da posse de bola com a qualificação do passe também aumenta com o espanhol no gramado.

Quando entra Ramires, o Chelsea fica mais voltado ao contra ataque. Atleta de condução em alta velocidade, o brasileiro tem na arrancada, vindo de trás, o seu ponto forte. Em regra escalado na extrema direita (foi assim na temporada passada), o camisa 7 é a principal válvula de escape da equipe londrina. (Só um parênteses: contra o Norwich City, neste sábado, ele entrou no segundo tempo na posição de Lampard, como segundo volante, tendo a linha de três Mata, Oscar e Hazard.)

Quem leva essa briga? Creio que vai depender do adversário e do contexto do jogo. De acordo com o panorama da partida, a melhor opção será ter um ou outro entre os onze. Ou eventualmente os dois, claro. Uma hora ou outra, todavia, vai afunilar, e nas fases decisivas, o treinador terá de optar por apenas um.

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sexta-feira, outubro 05, 2012

Pré-jogo: Barcelona vs Real Madrid

De uns tempos para cá houve poucas novidades no que diz respeito aos esquemas táticos. Tirando uma vez ou outra Pepe no meio campo naquele 4-1-4-1, em regra quando Barcelona e Real Madrid duelam ocorre o encaixe: 4-3-3 vs 4-2-3-1.

Pontas duelando com laterais, meias duelando com volantes. Na meia cancha, três contra três. Cabeça de área vs meia-central, meia-direita vs volante à esquerda, e meia-esquerda vs volante à direita. Em tese são essas as pelejas individuais.

Se taticamente não deve fugir muito disso, na parte técnica existem algumas dúvidas - mais pelo lado dos visitantes. Na equipe de Tito Vilanova, alguém deve sair para Cesc Fàbregas permanecer. Pode ser Pedro, pode ser Villa, pode ser Alexis. Já na de José Mourinho, a vaga disputada é pela faixa central, e seus candidatos são Modric, Özil e Kaká. Para descer do muro, na prévia aqui do blog aposto em Alexis e Modric entre os onze.



Devido à polivalência do elenco azulgrená, Tito conta com uma gama grande de variações, sem mexer na estrutura tática. Mas entre elas, creio em Fàbregas jogando no meio campo, com Iniesta na ponta esquerda, por onde está habituado. E na direita, acredito em Alexis, para explorar o drible e a velocidade em cima de Marcelo - noves fora as tramas com Daniel Alves, na teoria, marcado por Cristiano Ronaldo.

O panorama da partida não deve ser diferente do de outros carnavais: Barcelona com o time todo adiantado, valorizando a posse de bola a toques curtos, à espera da infiltração e da finalização; e sem abdicar de jogar, o Real Madrid engatilhado para contra atacar.

Tentativas de previsão à parte, o apito inicial será dado no Camp Nou neste domingo às 14h50, horário de Brasília. "El Clásico" é válido pela 7ª rodada da Liga. O Barça lidera com 18 pontos (100%), e o Madrid é sexto, com 10.

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quinta-feira, outubro 04, 2012

Kaká cresce na corrida pelo clássico

Cristiano Ronaldo na ponta esquerda e Benzema (Higuaín?) na frente. A questão é: quem vai pela faixa central e quem vai pela ponta direita? Em tese, quatro jogadores brigam por duas vagas para o clássico de domingo, contra o Barcelona, no Camp Nou.

Os candidatos são Modric, Özil, Di María e Kaká.



Até outro dia o brasileiro corria muito por fora. Mas depois de ontem, da empolgante apresentação diante do Ajax, pode ser que ele tenha encurtado a distância para os demais. Lidera essa corrida, imagino eu, o croata recém-contratado. E disputam a segunda colocação Özil e Di María. Contudo, como disse, Kaká pode ter encurtado a distância.

Há também a questão tática. No 4-2-3-1 de José Mourinho, qualquer um deles pode jogar por dentro - até mesmo Di María, que sob a batuta do treinador português, já atuou nessa posição. Entretanto a peleja pela faixa central deve ficar entre Modric e Kaká, enquanto a ponta direita deve se restringir aos canhotos Di María e Özil.

Palpite? Mourinho vai de Di María, Modric e Cristiano Ronaldo, com Benzema na frente. Se Kaká começar, confesso que ficarei surpreso. Porém com a volta à Seleção e com apresentações como a desta quarta-feira em Amsterdã, o brasileiro assume outro patamar no elenco merengue e na cabeça da comissão técnica.

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quarta-feira, outubro 03, 2012

Porto persiste e passa pelo PSG

O zero a zero não iria traduzir o que foi a partida. A supremacia dos donos da casa foi constante do início ao fim, visto que os arremates a gol ao apito final registraram 20 a 6 - número que reflete o que foi a partida. Logo, justa e merecidamente, de tanto martelar, o Porto chegou ao gol aos 83 minutos com James Rodríguez.

Postado no 4-1-4-1, o time treinado por Vítor Pereira explorou as jogadas pelas extremas à exaustão, em especial a esquerda, com Alex Sandro e Varela. Para evitar a sobrecarga em Van der Wiel, Chantôme auxiliou a marcação por aquele lado. Com isso o sistema defensivo da equipe francesa se abriu e a superioridade numérica no setor do meio campo em favor do PSG ficou apenas na teoria.



Superioridade numérica porque Carlo Ancelotti mandou a campo seus atletas distribuídos no 4-4-2 em losango, com Verrati centralizado, ora pegando Moutinho, ora Lucho, os carrilleros Chantôme e Matuidi mais vigiando os laterais do Porto do que aparecendo na frente, e Nenê na ligação. A bola, porém, pouco chegou ao ataque, onde Ibrahimovic e Ménez ficaram meio que a ver navios.

No início do segundo tempo Chantôme e Matuidi bem que tentaram cumprir também as funções ofensivas, totalmente esquecidas na primeira etapa. Mas foi alarme falso. Fogo de palha. Sem alterar sua maneira de atuar, os dragões continuaram dominando o combate, criando chances atrás de chances - até o gol de James.

Se por um lado, a meu ver, Pereira foi bem no planejamento e na execução de sua estratégia, Ancelotti falhou. Falhou ao iniciar com Lavezzi na reserva, e ao promover substituições seis por meia dúzia no segundo tempo (Van der Wiel por Jallet, Ménez por Lavezzi), sem mexer no esquema tático, sem ousar. Outra bola fora foi colocar e tirar Lavezzi no segundo tempo. O argentino ficou apenas 7 minutos no gramado, e saiu chutando tudo no banco. Aparentemente a relação entre eles é terrível.

Com a vitória por 1 a 0, nesta quarta-feira, o Porto assumiu a liderança isolada do Grupo A da Champions League, com 6 pontos; em segundo vem o PSG com 3, e em quarto o Dínamo de Kiev, também com 3. Já o Zagreb segura a lanterna, com duas derrotas em dois jogos.

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