Em 27 jogos contra o Real Madrid, Messi soma 21 gols e 12 assistências.
quinta-feira, março 27, 2014
quarta-feira, março 26, 2014
Barcelona é Neymar e mais dez
Neymar soma 14 gols e 11 assistências em 34 jogos oficiais pelo Barcelona. São 9 gols e 8 assistências na Liga (22 jogos), 3 gols e 3 assistências na Champions (8 jogos), 1 gol na Supercopa da Espanha (2 jogos) e 1 gol na Copa do Rei (2 jogos). Belos números, não? Para um jogador de 22 anos, recém-contratado por um dos melhores times do mundo, sem dúvida.
O vídeo abaixo, porém, ou ainda bem, nos lembra que futebol é arte e vai além dos números.
PS: Veja aqui um vídeo bem mais curto com todos os gols e assistências de Neymar no Espanhol. E leia aqui minha opinião sobre o atualíssimo momento vivido pelo craque brasileiro na equipe treinada pelo argentino Tata Martino.
PS 2: Os dados estatísticos desse post foram atualizados e incluem os dois gols marcados por Neymar nesta quarta-feira, contra o Celta, pela Liga.
O vídeo abaixo, porém, ou ainda bem, nos lembra que futebol é arte e vai além dos números.
PS: Veja aqui um vídeo bem mais curto com todos os gols e assistências de Neymar no Espanhol. E leia aqui minha opinião sobre o atualíssimo momento vivido pelo craque brasileiro na equipe treinada pelo argentino Tata Martino.
PS 2: Os dados estatísticos desse post foram atualizados e incluem os dois gols marcados por Neymar nesta quarta-feira, contra o Celta, pela Liga.
Em time que está ganhando se mexe
A média de posse de bola do campeão da Bundesliga é de 71%. Isso mesmo: setenta e um por cento. Em 27 rodadas o Bayern venceu nada menos do que 25 partidas e empatou somente 2; marcou 79 gols e sofreu 13 (mais dados aqui). Título histórico, conquistado de maneira invicta. Isso mesmo: nenhuma derrota. Entre tantos números expressivos, porém, quero me ater ao da posse de bola.
Na Champions League esse número cai para 65%, mas ainda é o primeiro entre os quadrifinalistas da competição (confira aqui). Na UCL 2012/13, sob o comando de Heynckes, a média do time bávaro foi de 54%, atrás apenas de Porto (56%) e Barcelona (66%). Já nessa temporada, sob Guardiola, o salto foi/está sendo impressionante, não só quantitativa, mas qualitativamente. Não se trata apenas da estatística em si, não se trata apenas do número, do salto de 54% para 65%, mas sim do salto dentro de campo, do que o Bayern faz com a bola no pé nesse tempo. Há quem não goste desse estilo de jogo. Há quem ache chato de se ver (me pergunto o que é legal, chutão e correria?). Enfim, a filosofia Tiki-Taka foi implantada e os frutos estão sendo colhidos com antecedência.
Rafinha foi o maior beneficiado pela chegada de Guardiola a Munique. De eterno reserva do considerado melhor lateral-direito do mundo, o brasileiro virou titular, assumiu a posição com autoridade e de quebra pode pintar na lista dos 23 de Felipão para a Copa. Tudo isso graças à sacada de Pep, mais uma na carreira: Lahm no meio campo. No começo, claro, causou espanto, surpresa, como toda mudança, toda inovação. Aos poucos, todavia, os olhares de desconfiança foram substituídos por olhares de admiração. O técnico espanhol chegou a dizer, inclusive, que Lahm é o jogador mais inteligente com quem ele já trabalhou. Por essas e outras, o lateral, hoje volante, é peça fundamental no melhor time do planeta (veja isso). Rafinha agradece.
Na verdade essa sacada causou mais espanto ainda porque Guardiola bateu de frente com uma máxima do futebol e mostrou que, sim, em time que está ganhando se mexe. A versão 2013/14 do Bayern consegue ser superior à anterior, que conquistou a tríplice coroa. Se os títulos serão conquistados de novo agora são outros quinhentos. O fato é que, em relação ao time da temporada passada, esse é muito melhor. Queira ou não, goste ou não, o estilo de posse e passe é seguro e eficiente, além de ser encantador. Estilo de posse e passe com objetividade, sempre em busca do próximo gol. Estilo que não é inédito, estilo que se viu em outras equipes do passado, mas que no dito futebol moderno, mais físico, compactado e globalizado do que nunca, foi reinventado por Pep e seus 43 anos de idade.
Na Champions League esse número cai para 65%, mas ainda é o primeiro entre os quadrifinalistas da competição (confira aqui). Na UCL 2012/13, sob o comando de Heynckes, a média do time bávaro foi de 54%, atrás apenas de Porto (56%) e Barcelona (66%). Já nessa temporada, sob Guardiola, o salto foi/está sendo impressionante, não só quantitativa, mas qualitativamente. Não se trata apenas da estatística em si, não se trata apenas do número, do salto de 54% para 65%, mas sim do salto dentro de campo, do que o Bayern faz com a bola no pé nesse tempo. Há quem não goste desse estilo de jogo. Há quem ache chato de se ver (me pergunto o que é legal, chutão e correria?). Enfim, a filosofia Tiki-Taka foi implantada e os frutos estão sendo colhidos com antecedência.
Rafinha foi o maior beneficiado pela chegada de Guardiola a Munique. De eterno reserva do considerado melhor lateral-direito do mundo, o brasileiro virou titular, assumiu a posição com autoridade e de quebra pode pintar na lista dos 23 de Felipão para a Copa. Tudo isso graças à sacada de Pep, mais uma na carreira: Lahm no meio campo. No começo, claro, causou espanto, surpresa, como toda mudança, toda inovação. Aos poucos, todavia, os olhares de desconfiança foram substituídos por olhares de admiração. O técnico espanhol chegou a dizer, inclusive, que Lahm é o jogador mais inteligente com quem ele já trabalhou. Por essas e outras, o lateral, hoje volante, é peça fundamental no melhor time do planeta (veja isso). Rafinha agradece.
Na verdade essa sacada causou mais espanto ainda porque Guardiola bateu de frente com uma máxima do futebol e mostrou que, sim, em time que está ganhando se mexe. A versão 2013/14 do Bayern consegue ser superior à anterior, que conquistou a tríplice coroa. Se os títulos serão conquistados de novo agora são outros quinhentos. O fato é que, em relação ao time da temporada passada, esse é muito melhor. Queira ou não, goste ou não, o estilo de posse e passe é seguro e eficiente, além de ser encantador. Estilo de posse e passe com objetividade, sempre em busca do próximo gol. Estilo que não é inédito, estilo que se viu em outras equipes do passado, mas que no dito futebol moderno, mais físico, compactado e globalizado do que nunca, foi reinventado por Pep e seus 43 anos de idade.
terça-feira, março 25, 2014
O substituto de Edwin van der Sar
Não me pergunte quem são os outros quatro.
Mas que David de Gea está no Top 5 goleiros da atualidade, está.
Mas que David de Gea está no Top 5 goleiros da atualidade, está.
segunda-feira, março 24, 2014
Neymar paga o pato pelo coletivo
Às vezes procuramos chifre em cabeça de cavalo para tentar justificar certas teorias que criamos na nossa cabeça. Não gostamos de dar o braço a torcer, por isso às vezes procuramos pelo em ovo para tentar concretizar certos (pre)conceitos que construímos.
Desde 2010 (fevereiro de 2010, para ser mais preciso) eu vislumbrava a possibilidade de Neymar no Barcelona. Quando ele surgiu para o futebol brasileiro naquele ano, deitando e rolando na ponta esquerda daquele Santos que tinha Robinho na direita, Ganso por dentro e André na frente (além dos volantes Arouca e Wesley), foi inevitável a associação com o clube catalão, em especial por causa da "necessidade" azulgrená, vide esse post intitulado Pep e o ponta ideal. No fim das contas, três anos depois, Neymar foi contratado pelo Barcelona.
Foi contratado pelo Barcelona em tese para assumir a ponta esquerda da equipe, e até outro dia foi assim. Nessa temporada foi por ali que ele jogou e, sim, se destacou. Lembre-se: enquanto Messi esteve cerca de dois meses afastado dos gramados (novembro e dezembro de 2013, basicamente), o ex-santista foi o melhor jogador do time (eventualmente jogando, e bem, até como falso nove). Hoje, porém, a julgar pela partida contra o Manchester City e por El Clásico de domingo, pode ser que minha previsão de 2010 não se confirme, pode ser que Neymar não seja "o novo Ronaldinho do Barça" como eu havia pensado, e aí terei de dar o braço a torcer.
A exemplo do que fez Vilanova em 2012/13, me parece que nessa reta final de temporada Martino irá recorrer a umas das invenções de Guardiola: Iniesta na ponta esquerda. Não foi uma sacada tão genial quanto Messi falso nove, mas foi uma inovação importante feita por Pep, na temporada 2011/12 (aqui e aqui), refletida até hoje. Em prol da segurança e do consagrado estilo de jogo baseado na posse da bola, a impressão é de que, na hora do vâmo vê, o treinador argentino vai mesmo optar por Iniesta na esquerda e, consequentemente, deslocar Neymar à direita.
Evidente, Neymar rende mais quando joga na ponta esquerda. Trata-se de um dos melhores pontas-esquerdas do mundo. Está no Top 5 da posição na atualidade ao lado de Cristiano Ronaldo, Ribéry, Hazard e Reus, eu diria. É partindo daquele canto do campo que ele se torna letal com sua velocidade, seus dribles e seus arremates, independente de quem seja o adversário. Apesar disso, ao que parece Martino se convenceu de que a alternativa mais indicada, no fim das contas, é ter Iniesta à esquerda e Neymar "sacrificado" à direita (sacrificado entre aspas, não é o fim do mundo, Neymar se adapta).
O que muda? Bom, Iniesta é craque é consegue cumprir diferentes funções com excelência semelhante. Logo, ele é capaz de fazer o que um ponta faz, de abrir a defesa, de dar profundidade, de entrar na área, de fazer gol, como fez ontem contra o Madrid, após o passe de Messi (esse passe é uma prática do camisa 10, inclusive). Com a posse da bola (ou seja, na maior parte do tempo), no entanto, Iniesta tende a se integrar à meia cancha para qualificar o Tiki-Taka (algo que Neymar, por exemplo, tem dificuldade em fazer, por uma questão de característica). Para ditar o ritmo e dominar o jogo, fica mais fácil para o Barcelona se Xavi, Fàbregas e Iniesta estiverem em campo, e não apenas dois deles. E por que não escalar Iniesta na ponta direita, em vez de Neymar? Bom, me parece que ambos os dois rendem mais pela esquerda, e que, por uma série de motivos, Iniesta tem a preferência.
Enfim. É uma questão de comparação, de custo-benefício, como tudo na vida. E pode ser que Martino tenha chegado à conclusão de que, sim, vale a pena "sacrificar" Neymar na ponta direita para que o time, coletivamente, com Iniesta na ponta esquerda (e Busquets, Xavi e Fàbregas no meio), atinja um nível mais satisfatório. Ou ao menos se torne mais competitivo nessa reta final de temporada, principalmente na Champions, já que a Liga permite um rodízio de elenco mais efetivo. Seja como for, independente da formação utilizada, os culés estão na briga pelo título nacional e são, na minha visão, favoritos diante do Atlético nas quartas da UCL.
PS: Confira aqui os lances de Iniesta contra o Real Madrid.
Desde 2010 (fevereiro de 2010, para ser mais preciso) eu vislumbrava a possibilidade de Neymar no Barcelona. Quando ele surgiu para o futebol brasileiro naquele ano, deitando e rolando na ponta esquerda daquele Santos que tinha Robinho na direita, Ganso por dentro e André na frente (além dos volantes Arouca e Wesley), foi inevitável a associação com o clube catalão, em especial por causa da "necessidade" azulgrená, vide esse post intitulado Pep e o ponta ideal. No fim das contas, três anos depois, Neymar foi contratado pelo Barcelona.
Foi contratado pelo Barcelona em tese para assumir a ponta esquerda da equipe, e até outro dia foi assim. Nessa temporada foi por ali que ele jogou e, sim, se destacou. Lembre-se: enquanto Messi esteve cerca de dois meses afastado dos gramados (novembro e dezembro de 2013, basicamente), o ex-santista foi o melhor jogador do time (eventualmente jogando, e bem, até como falso nove). Hoje, porém, a julgar pela partida contra o Manchester City e por El Clásico de domingo, pode ser que minha previsão de 2010 não se confirme, pode ser que Neymar não seja "o novo Ronaldinho do Barça" como eu havia pensado, e aí terei de dar o braço a torcer.
A exemplo do que fez Vilanova em 2012/13, me parece que nessa reta final de temporada Martino irá recorrer a umas das invenções de Guardiola: Iniesta na ponta esquerda. Não foi uma sacada tão genial quanto Messi falso nove, mas foi uma inovação importante feita por Pep, na temporada 2011/12 (aqui e aqui), refletida até hoje. Em prol da segurança e do consagrado estilo de jogo baseado na posse da bola, a impressão é de que, na hora do vâmo vê, o treinador argentino vai mesmo optar por Iniesta na esquerda e, consequentemente, deslocar Neymar à direita.
Evidente, Neymar rende mais quando joga na ponta esquerda. Trata-se de um dos melhores pontas-esquerdas do mundo. Está no Top 5 da posição na atualidade ao lado de Cristiano Ronaldo, Ribéry, Hazard e Reus, eu diria. É partindo daquele canto do campo que ele se torna letal com sua velocidade, seus dribles e seus arremates, independente de quem seja o adversário. Apesar disso, ao que parece Martino se convenceu de que a alternativa mais indicada, no fim das contas, é ter Iniesta à esquerda e Neymar "sacrificado" à direita (sacrificado entre aspas, não é o fim do mundo, Neymar se adapta).
O que muda? Bom, Iniesta é craque é consegue cumprir diferentes funções com excelência semelhante. Logo, ele é capaz de fazer o que um ponta faz, de abrir a defesa, de dar profundidade, de entrar na área, de fazer gol, como fez ontem contra o Madrid, após o passe de Messi (esse passe é uma prática do camisa 10, inclusive). Com a posse da bola (ou seja, na maior parte do tempo), no entanto, Iniesta tende a se integrar à meia cancha para qualificar o Tiki-Taka (algo que Neymar, por exemplo, tem dificuldade em fazer, por uma questão de característica). Para ditar o ritmo e dominar o jogo, fica mais fácil para o Barcelona se Xavi, Fàbregas e Iniesta estiverem em campo, e não apenas dois deles. E por que não escalar Iniesta na ponta direita, em vez de Neymar? Bom, me parece que ambos os dois rendem mais pela esquerda, e que, por uma série de motivos, Iniesta tem a preferência.
Enfim. É uma questão de comparação, de custo-benefício, como tudo na vida. E pode ser que Martino tenha chegado à conclusão de que, sim, vale a pena "sacrificar" Neymar na ponta direita para que o time, coletivamente, com Iniesta na ponta esquerda (e Busquets, Xavi e Fàbregas no meio), atinja um nível mais satisfatório. Ou ao menos se torne mais competitivo nessa reta final de temporada, principalmente na Champions, já que a Liga permite um rodízio de elenco mais efetivo. Seja como for, independente da formação utilizada, os culés estão na briga pelo título nacional e são, na minha visão, favoritos diante do Atlético nas quartas da UCL.
PS: Confira aqui os lances de Iniesta contra o Real Madrid.
sábado, março 22, 2014
Prévia de Real Madrid vs Barcelona
Ponta é ponta e ponto final. Nesse sentido sou meio tradicional. Não no sentido do ponta clássico, aquele dos anos 50 e 60, que chega à linha de fundo para cruzar ou bater em gol sem ângulo, que nem eu nem você vimos e que praticamente não existe mais (hoje em dia os pontas de pés opostos comandam). Sou meio tradicional no sentido do ponta ser mais atacante do que meia, no sentido do ponta ter na velocidade, no drible e no arremate suas maiores virtudes (características de atacante), e não no passe, na visão de jogo e na cadência (características de meia).
Claro, não há apenas um jeito de se jogar. Existem exemplos de times bem sucedidos com meias e/ou atacantes escalados nas beiradas. O Real Madrid, por exemplo, representa o time de pontas de ofício. Bale e Cristiano Ronaldo são jogadores incisivos, objetivos, que têm na explosão física, no drible e na finalização seus pontos fortes. Já o Barcelona pode ser considerado uma equipe que joga com meia na beirada.
Concebida por Pep Guardiola, a ideia surgiu como exceção e era adotada por ele com parcimônia, mas virou regra nos tempos de Tito Vilanova e agora aparentemente está em voga com Tata Martino. Me refiro a Iniesta na ponta esquerda (algo que ocorre na Roja, diga-se). Veja bem, digo pode ser e não é porque, na maioria das vezes, Martino não jogou assim. Na maior parte da temporada o Barcelona atuou com três atacantes legítimos. Além de Messi, a lógica sempre foi Neymar, Alexis e Pedro brigando por duas vagas no ataque. As semanas recentes, porém, indicam que essa lógica pode estar alterada, e que Neymar, Alexis e Pedro podem estar disputando, em vez de duas vagas no ataque, apenas uma. Ou será que não?
Para o clássico deste domingo, no Santiago Bernabéu, a dúvida pré-jogo, pelo menos na minha cabeça, é essa. Martino vai com um meia numa das pontas ou vai com dois atacantes de verdade nas extremas? No 2 a 1 sobre o Manchester City, no Camp Nou, por exemplo, Iniesta foi escalado à esquerda e Neymar à direita (confira aqui). Já no 7 a 0 sobre o Osasuna, também no Camp Nou, no fim de semana passado, Pedro, Alexis e Messi foram titulares, com Iniesta no meio campo, ao lado de Xavi e Busquets (Neymar e Fàbregas ficaram no banco). Há ainda uma terceira opção, vide El Clásico do primeiro turno, quando Fàbregas e Messi ocuparam o centro e a direita (veja aqui). Por essas e outras, pelo menos na minha cabeça, paira essa dúvida: quem serão os dois parceiros de Messi no setor ofensivo?
Embora faça sentido Iniesta na ponta (na ponta até a página dois, pois com a posse da bola ele costuma ocupar a faixa central e colocar o Barcelona em superioridade numérica na meia cancha), na minha prancheta prévia (acima) estou apostando na segunda opção, três atacantes de ofício (no caso, em Alexis, Messi e Neymar), por alguns motivos. Primeiro porque prefiro pontas mais atacantes do que meias e tenho fé - não informação - de que Martino compartilha desse pensamento. Segundo porque, inevitavelmente, no Bernabéu, Marcelo deverá atacar horrores, e será preciso um ponta com poder de marcação para tentar neutralizá-lo. Sob esse ponto de vista me parece mais pertinente, para cumprir essa função de duelar com Marcelo, um ponta-direita de pernas e pulmões intermináveis (Sánchez). E terceiro porque Neymar é um dos melhores pontas-esquerdas do planeta, simples assim. É bem possível, entretanto, que a primeira opção entre em campo (Iniesta na ponta, Busquets, Xavi e Fàbregas no meio).
Em relação aos donos da casa, não há muito mistério. Na verdade, não há mistério algum. A fase merengue é excelente, e o favoritismo é todo blanco. Recuperado, Benzema deve ser a referência, com Bale na ponta direita e Cristiano Ronaldo na ponta esquerda, noves fora Alonso, Modric e Di María no meio campo (ou seja, a formação rotineira do Real Madrid 2013/14). Se minha prévia da prancheta se confirmar, o croata deve bater de frente com Iniesta e Di María com Fàbregas (ou Xavi). A conferir. Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática às 17h deste domingo, horário de Brasília, na ESPN Brasil.
ATUALIZAÇÃO: Troquei Varane por Pepe.
Claro, não há apenas um jeito de se jogar. Existem exemplos de times bem sucedidos com meias e/ou atacantes escalados nas beiradas. O Real Madrid, por exemplo, representa o time de pontas de ofício. Bale e Cristiano Ronaldo são jogadores incisivos, objetivos, que têm na explosão física, no drible e na finalização seus pontos fortes. Já o Barcelona pode ser considerado uma equipe que joga com meia na beirada.
Concebida por Pep Guardiola, a ideia surgiu como exceção e era adotada por ele com parcimônia, mas virou regra nos tempos de Tito Vilanova e agora aparentemente está em voga com Tata Martino. Me refiro a Iniesta na ponta esquerda (algo que ocorre na Roja, diga-se). Veja bem, digo pode ser e não é porque, na maioria das vezes, Martino não jogou assim. Na maior parte da temporada o Barcelona atuou com três atacantes legítimos. Além de Messi, a lógica sempre foi Neymar, Alexis e Pedro brigando por duas vagas no ataque. As semanas recentes, porém, indicam que essa lógica pode estar alterada, e que Neymar, Alexis e Pedro podem estar disputando, em vez de duas vagas no ataque, apenas uma. Ou será que não?
Para o clássico deste domingo, no Santiago Bernabéu, a dúvida pré-jogo, pelo menos na minha cabeça, é essa. Martino vai com um meia numa das pontas ou vai com dois atacantes de verdade nas extremas? No 2 a 1 sobre o Manchester City, no Camp Nou, por exemplo, Iniesta foi escalado à esquerda e Neymar à direita (confira aqui). Já no 7 a 0 sobre o Osasuna, também no Camp Nou, no fim de semana passado, Pedro, Alexis e Messi foram titulares, com Iniesta no meio campo, ao lado de Xavi e Busquets (Neymar e Fàbregas ficaram no banco). Há ainda uma terceira opção, vide El Clásico do primeiro turno, quando Fàbregas e Messi ocuparam o centro e a direita (veja aqui). Por essas e outras, pelo menos na minha cabeça, paira essa dúvida: quem serão os dois parceiros de Messi no setor ofensivo?
Embora faça sentido Iniesta na ponta (na ponta até a página dois, pois com a posse da bola ele costuma ocupar a faixa central e colocar o Barcelona em superioridade numérica na meia cancha), na minha prancheta prévia (acima) estou apostando na segunda opção, três atacantes de ofício (no caso, em Alexis, Messi e Neymar), por alguns motivos. Primeiro porque prefiro pontas mais atacantes do que meias e tenho fé - não informação - de que Martino compartilha desse pensamento. Segundo porque, inevitavelmente, no Bernabéu, Marcelo deverá atacar horrores, e será preciso um ponta com poder de marcação para tentar neutralizá-lo. Sob esse ponto de vista me parece mais pertinente, para cumprir essa função de duelar com Marcelo, um ponta-direita de pernas e pulmões intermináveis (Sánchez). E terceiro porque Neymar é um dos melhores pontas-esquerdas do planeta, simples assim. É bem possível, entretanto, que a primeira opção entre em campo (Iniesta na ponta, Busquets, Xavi e Fàbregas no meio).
Em relação aos donos da casa, não há muito mistério. Na verdade, não há mistério algum. A fase merengue é excelente, e o favoritismo é todo blanco. Recuperado, Benzema deve ser a referência, com Bale na ponta direita e Cristiano Ronaldo na ponta esquerda, noves fora Alonso, Modric e Di María no meio campo (ou seja, a formação rotineira do Real Madrid 2013/14). Se minha prévia da prancheta se confirmar, o croata deve bater de frente com Iniesta e Di María com Fàbregas (ou Xavi). A conferir. Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática às 17h deste domingo, horário de Brasília, na ESPN Brasil.
ATUALIZAÇÃO: Troquei Varane por Pepe.
sexta-feira, março 21, 2014
Prévia de Chelsea vs Arsenal
Rivalidade londrina à parte, esse dérbi representa um dos confrontos diretos pelo título da Premier League 2013/14. O Chelsea lidera o campeonato com 66 pontos, enquanto o terceiro colocado Arsenal, com um jogo a menos, soma 62 pontos (em segundo, também com 62 pontos e um jogo a menos, está o Liverpool; e na quarta posição, com 60 pontos e três jogos a menos que o líder, está o Manchester City).
Eles se enfrentam neste sábado, no Stamford Bridge, às 9h45 (Brasília).
Do lado dos anfitriões, Ramires e Willian estão suspensos e são desfalques. Se Ramires não pode ser considerado titular absoluto do time na temporada, Willian sem dúvida pode. Na vaga dele, à direita, deve entrar Schürrle, e a dupla de volantes deve ser composta por Matic e Lampard. Do lado dos visitantes, Ramsey (principalmente) e Wilshere são desfalques de longa data, machucados, noves fora Özil, que também está fora. (Pode se dizer que a meia cancha idealizada por Wenger está inteira no estaleiro.)
É provável que o técnico francês repita a formação que venceu o Tottenham, no White Hart Lane, domingo passado, por 1 a 0, com Rosicky e Podolski pelas beiradas, Oxlade-Chamberlain e Cazorla nas meias, Arteta entre as linhas de quatro e Giroud na referência do ataque. Se assim for, vide a prancheta prévia acima, eles devem bater de frente respectivamente com Azpilicueta, Ivanovic, Matic, Lampard e Oscar, além do centroavante vs zagueiros.
O favoritismo é do Chelsea, claro. Aliás, quando joga no Stamford Bridge, quando o Chelsea não é o favorito? Sob a batuta de Mourinho, como você sabe, os Blues estão invictos em casa, pela Premier League, há 75 partidas. Dado estatístico interessante por dado estatístico interessante, entretanto, lembre-se que esse será o milésimo jogo de Wenger no comando do Arsenal (veja aqui uma comparação com Ferguson) - sem falar na rivalidade entre ele e o português. Ou seja, ingredientes para um grande jogo de futebol não faltam.
Eles se enfrentam neste sábado, no Stamford Bridge, às 9h45 (Brasília).
Do lado dos anfitriões, Ramires e Willian estão suspensos e são desfalques. Se Ramires não pode ser considerado titular absoluto do time na temporada, Willian sem dúvida pode. Na vaga dele, à direita, deve entrar Schürrle, e a dupla de volantes deve ser composta por Matic e Lampard. Do lado dos visitantes, Ramsey (principalmente) e Wilshere são desfalques de longa data, machucados, noves fora Özil, que também está fora. (Pode se dizer que a meia cancha idealizada por Wenger está inteira no estaleiro.)
É provável que o técnico francês repita a formação que venceu o Tottenham, no White Hart Lane, domingo passado, por 1 a 0, com Rosicky e Podolski pelas beiradas, Oxlade-Chamberlain e Cazorla nas meias, Arteta entre as linhas de quatro e Giroud na referência do ataque. Se assim for, vide a prancheta prévia acima, eles devem bater de frente respectivamente com Azpilicueta, Ivanovic, Matic, Lampard e Oscar, além do centroavante vs zagueiros.
O favoritismo é do Chelsea, claro. Aliás, quando joga no Stamford Bridge, quando o Chelsea não é o favorito? Sob a batuta de Mourinho, como você sabe, os Blues estão invictos em casa, pela Premier League, há 75 partidas. Dado estatístico interessante por dado estatístico interessante, entretanto, lembre-se que esse será o milésimo jogo de Wenger no comando do Arsenal (veja aqui uma comparação com Ferguson) - sem falar na rivalidade entre ele e o português. Ou seja, ingredientes para um grande jogo de futebol não faltam.
Raposa se complica na Libertadores
Enquanto a torcida gritava "Mais um! Mais um! Mais um!", o time tocava lá atrás para passar o tempo, numa espécie de Tiki-Taka entre os zagueiros, os laterais e o goleiro. Nos minutos finais da partida, embriagado por um medo e um nervosismo contagiantes, o Cruzeiro nitidamente não soube o que fazer com a bola. E como diz Muricy, a bola pune. Ao apito final, a torcida gritou "Vergonha! Vergonha! Vergonha!".
Com 2 a 1 em vantagem no placar, nos últimos minutos do jogo o Cruzeiro parecia se sentir mais pressionado do que o adversário, quando na verdade era ele quem deveria pressionar o adversário. Okay, se não pressionar numa busca insana pelo terceiro gol, pelo menos segurar a bola no campo ofensivo. Era o mínimo a se fazer, ainda mais com dois homens a menos em campo, expulsos no primeiro tempo (um de cada lado). Havia espaço de sobra para manter a posse lá na frente, se não feito louco, sempre à procura do terceiro gol. O que se viu, no entanto, foi um time sem noção do que fazer com a bola no pé nos minutos finais. Se Éverton Ribeiro não tivesse sido substituído, talvez o desfecho tivesse sido diferente.
Não bastasse estarem perdidos com a bola, sem ela os donos da casa também vacilaram. No minuto derradeiro uma falha grotesca da marcação por zona deu origem ao gol de empate do Defensor, que complicou a situação da equipe de Marcelo Oliveira no grupo 5 da Libertadores. Não bastasse ter falhado no primeiro gol do time uruguaio (Dedé idem), Rodrigo Souza cedeu espaços demais para a criação da jogada do segundo tento. Mas enfim, erros individuais à parte, o grande pecado do Cruzeiro na noite desta quinta-feira, no Mineirão, foi de ordem coletiva, pois como disse, não soube o que fazer com a bola nos minutos finais da partida. E como diz Muricy, ela pune.
Com 2 a 1 em vantagem no placar, nos últimos minutos do jogo o Cruzeiro parecia se sentir mais pressionado do que o adversário, quando na verdade era ele quem deveria pressionar o adversário. Okay, se não pressionar numa busca insana pelo terceiro gol, pelo menos segurar a bola no campo ofensivo. Era o mínimo a se fazer, ainda mais com dois homens a menos em campo, expulsos no primeiro tempo (um de cada lado). Havia espaço de sobra para manter a posse lá na frente, se não feito louco, sempre à procura do terceiro gol. O que se viu, no entanto, foi um time sem noção do que fazer com a bola no pé nos minutos finais. Se Éverton Ribeiro não tivesse sido substituído, talvez o desfecho tivesse sido diferente.
Não bastasse estarem perdidos com a bola, sem ela os donos da casa também vacilaram. No minuto derradeiro uma falha grotesca da marcação por zona deu origem ao gol de empate do Defensor, que complicou a situação da equipe de Marcelo Oliveira no grupo 5 da Libertadores. Não bastasse ter falhado no primeiro gol do time uruguaio (Dedé idem), Rodrigo Souza cedeu espaços demais para a criação da jogada do segundo tento. Mas enfim, erros individuais à parte, o grande pecado do Cruzeiro na noite desta quinta-feira, no Mineirão, foi de ordem coletiva, pois como disse, não soube o que fazer com a bola nos minutos finais da partida. E como diz Muricy, ela pune.
quinta-feira, março 20, 2014
Cristiano Ronaldo vs Lionel Messi
12 gols em 20 jogos contra o Barcelona.
18 gols em 26 jogos contra o Real Madrid.
Domingo tem El Clásico, no Santiago Bernabéu.
18 gols em 26 jogos contra o Real Madrid.
Domingo tem El Clásico, no Santiago Bernabéu.
terça-feira, março 18, 2014
Oscar e mais dez
O Brasil possui um dos melhores camisas 10 do mundo. Ou melhor: o Brasil possui o segundo melhor camisa 10 do mundo. Embora vista a 11 no clube e na seleção, quando se trata do meia central do 4-2-3-1, na atualidade Oscar está atrás apenas de Özil. Tanto no clube quanto na seleção, aos 22 anos de idade, Oscar é peça fundamental para o funcionamento do time. Altamente produtivo com e sem a bola, Oscar é um exemplo clássico do meia moderno. Não à toa, Mata foi "liberado" por Mourinho.
Curiosamente, Oscar não é o melhor jogador do Chelsea na temporada. Foi para mim o Man of the Match no 2 a 0 sobre o Galatasaray, nesta terça-feira, no Stamford Bridge, pelo jogo de volta das oitavas da Champions, mas o grande destaque da equipe londrina chama-se Hazard. Ponta-esquerda habilidoso, arisco, driblador e definidor, o belga de 23 anos tem sido o ponto de desequilíbrio a favor dos Blues. Contudo, sem querer exagerar, mas já exagerando, o desempenho dele seria menor sem Oscar ao seu lado.
O ex-atleta do São Paulo e do Inter é essencial também sem a bola. Se com ela seu talento é indiscutível e sua movimentação é inteligente taticamente, sem ela sua aplicação é invejável. Na Premier League 2013/14, por exemplo, no elenco do Chelsea, Oscar fica atrás apenas de Ramires e Azpilicueta no ranking de tackles. Sem dúvida se trata de uma característica admirável pelos treinadores, e com Mourinho não é diferente. Pelo contrário, esse atributo é muito bem-vindo no estilo de jogo objetivo e vertical implantado pelo técnico português, que às vezes abre mão da posse de bola em prol dos espaços para contra atacar. Seja qual for a estratégia, Oscar se adapta bem.
Curiosamente, Oscar não é o melhor jogador do Chelsea na temporada. Foi para mim o Man of the Match no 2 a 0 sobre o Galatasaray, nesta terça-feira, no Stamford Bridge, pelo jogo de volta das oitavas da Champions, mas o grande destaque da equipe londrina chama-se Hazard. Ponta-esquerda habilidoso, arisco, driblador e definidor, o belga de 23 anos tem sido o ponto de desequilíbrio a favor dos Blues. Contudo, sem querer exagerar, mas já exagerando, o desempenho dele seria menor sem Oscar ao seu lado.
O ex-atleta do São Paulo e do Inter é essencial também sem a bola. Se com ela seu talento é indiscutível e sua movimentação é inteligente taticamente, sem ela sua aplicação é invejável. Na Premier League 2013/14, por exemplo, no elenco do Chelsea, Oscar fica atrás apenas de Ramires e Azpilicueta no ranking de tackles. Sem dúvida se trata de uma característica admirável pelos treinadores, e com Mourinho não é diferente. Pelo contrário, esse atributo é muito bem-vindo no estilo de jogo objetivo e vertical implantado pelo técnico português, que às vezes abre mão da posse de bola em prol dos espaços para contra atacar. Seja qual for a estratégia, Oscar se adapta bem.
domingo, março 16, 2014
A Champions League é logo ali
Aos 41 anos de idade, ele já pode ser considerado o melhor treinador da Premier League 2013/14. Extrai o máximo de seus jogadores coletiva e individualmente, varia o esquema tático de acordo com a conveniência, valoriza a posse de bola, a troca de passes, e prima por um futebol ofensivo, bonito de se ver. Seus comandados não só vencem as partidas: convencem.
Dizer que Brendan Rodgers tira leite de pedra é exagero, há grandes valores no plantel vermelho. O maior exemplo é Luis Suárez (25 gols em 24 jogos). Contudo não há como negar que seus principais concorrentes possuem elencos superiores. No papel outros estão à frente, como Chelsea e City, por exemplo. Ainda assim, no campo, nenhuma equipe - nem mesmo Chelsea ou City - tem respondido tão bem quanto a treinada por Rodgers. Nenhum outro técnico tem o time tão na mão quanto ele.
Entre os treinadores dos peixes grandes do campeonato, Rodgers é o único remanescente da temporada anterior (ao lado de Wenger no Arsenal, claro). Tem isso. Chelsea, Manchester City, Manchester United, Tottenham e Everton têm comandantes recém-contratados. Em tese, Mourinho, Pellegrini, Moyes, Sherwood e Martínez não conhecem seus atletas tão bem quanto Rodgers. Essa continuidade certamente conta a seu favor, é verdade, porém não diminui seus méritos. Pelo contrário. Seu domínio sobre o grupo é invejável e inquestionável.
Se serão campeões ou não, são outros quinhentos. Adaptando a célebre frase de Carlos Alberto Parreira, o título é um detalhe. O fato é que só de se cogitar essa possibilidade, em meio a clubes milionários, os Reds já estão no lucro. Além de reconquistarem o respeito e o temor dos adversários, juntos comissão técnica e jogadores estão recolocando o Liverpool no melhor dos cenários pela porta da frente, jogando bonito, mostrando que a Champions League 2014/15 é logo ali, e que se vacilarem a taça da Premier League pode sim acabar em Anfield Road.
Aliás, convenhamos, Champions sem Liverpool não é Champions.
Dizer que Brendan Rodgers tira leite de pedra é exagero, há grandes valores no plantel vermelho. O maior exemplo é Luis Suárez (25 gols em 24 jogos). Contudo não há como negar que seus principais concorrentes possuem elencos superiores. No papel outros estão à frente, como Chelsea e City, por exemplo. Ainda assim, no campo, nenhuma equipe - nem mesmo Chelsea ou City - tem respondido tão bem quanto a treinada por Rodgers. Nenhum outro técnico tem o time tão na mão quanto ele.
Entre os treinadores dos peixes grandes do campeonato, Rodgers é o único remanescente da temporada anterior (ao lado de Wenger no Arsenal, claro). Tem isso. Chelsea, Manchester City, Manchester United, Tottenham e Everton têm comandantes recém-contratados. Em tese, Mourinho, Pellegrini, Moyes, Sherwood e Martínez não conhecem seus atletas tão bem quanto Rodgers. Essa continuidade certamente conta a seu favor, é verdade, porém não diminui seus méritos. Pelo contrário. Seu domínio sobre o grupo é invejável e inquestionável.
Se serão campeões ou não, são outros quinhentos. Adaptando a célebre frase de Carlos Alberto Parreira, o título é um detalhe. O fato é que só de se cogitar essa possibilidade, em meio a clubes milionários, os Reds já estão no lucro. Além de reconquistarem o respeito e o temor dos adversários, juntos comissão técnica e jogadores estão recolocando o Liverpool no melhor dos cenários pela porta da frente, jogando bonito, mostrando que a Champions League 2014/15 é logo ali, e que se vacilarem a taça da Premier League pode sim acabar em Anfield Road.
Aliás, convenhamos, Champions sem Liverpool não é Champions.
sexta-feira, março 14, 2014
Zlatan Ibrahimovic
Mais que um centroavante. Mais que um jogador.
Na Ligue 1, 23 gols e 11 assistências em 27 jogos. Na Champions League, 10 gols em 7 jogos.
Na Ligue 1, 23 gols e 11 assistências em 27 jogos. Na Champions League, 10 gols em 7 jogos.
quinta-feira, março 13, 2014
Quem vai pagar o pato?
Pabon? Osvaldo? Luis Fabiano? Ganso? Algum deles terá de sair para Pato entrar. Ou não?
Em sua estreia pelo São Paulo, nesta quarta-feira, contra o CSA, em Maceió, pela Copa do Brasil, Alexandre Pato foi escalado como segundo atacante, atrás de Luis Fabiano, pela faixa central do gramado, com Pabon pela banda direita e Osvaldo pela esquerda (veja aqui). Confesso que gostei da ideia. Sem a bola é melhor Pato marcar o primeiro volante adversário do que, por exemplo, o lateral (caso jogue na ponta). E com a bola, é melhor tê-lo mais próximo da área e do centroavante. Faz todo sentido.
Se a ideia da dupla Pato-LF pelo centro ganhar corpo e se concretizar, só restará uma alternativa ao resto do time: as duas linhas de quatro. No caso, um 4-4-1-1. Claro, a equipe pode jogar no 4-4-2 em losango, quadrado ou etc. Contudo não acredito que Muricy irá abrir mão da velocidade pelos lados, tampouco da dupla Pato-LF na frente. Logo, se assim for, as posições ficarão mais do que definidas: além dos zagueiros e dos laterais, dois volantes, dois wingers, um segundo atacante e um centroavante. E, se assim for, surge a pergunta: onde entra Ganso?
Nesse esquema tático me parece que a melhor posição para Ganso seja a de segundo volante. Com treinamento e disciplina na marcação por zona, ele pode atuar ao lado de Maicon (ou Souza, Wellington), enquanto as extremas são ocupadas naturalmente por Pabon e Osvaldo (ambos acompanham os laterais na boa, diga-se), e o ataque por Pato e Luis Fabiano. Com Pato, Luis Fabiano, Osvaldo e Pabon no time, aliás, Ganso não precisaria entrar tanto na área, e sobrariam opções para seus passes.
No segundo tempo da partida contra o CSA, no entanto, quando entrou aos 25 minutos na vaga de Luis Fabiano, Paulo Henrique se posicionou atrás de Pato e à frente da linha de quatro. Não quer dizer que será sempre dessa maneira, claro. Mas talvez Muricy de fato não concorde com a ideia de Ganso mais recuado. Talvez ele tenha convicção em Ganso mais adiantado, para “entrar na área”, como adora dizer. Não sei. Só sei que, se o 4-4-1-1 for mesmo adotado para a temporada, das duas, uma: ou Ganso vira segundo volante, ou vira o 12º jogador. (Há também a possibilidade de Ganso winger, mas, para o bem do futebol, essa eu nem cogito.)
Em sua estreia pelo São Paulo, nesta quarta-feira, contra o CSA, em Maceió, pela Copa do Brasil, Alexandre Pato foi escalado como segundo atacante, atrás de Luis Fabiano, pela faixa central do gramado, com Pabon pela banda direita e Osvaldo pela esquerda (veja aqui). Confesso que gostei da ideia. Sem a bola é melhor Pato marcar o primeiro volante adversário do que, por exemplo, o lateral (caso jogue na ponta). E com a bola, é melhor tê-lo mais próximo da área e do centroavante. Faz todo sentido.
Se a ideia da dupla Pato-LF pelo centro ganhar corpo e se concretizar, só restará uma alternativa ao resto do time: as duas linhas de quatro. No caso, um 4-4-1-1. Claro, a equipe pode jogar no 4-4-2 em losango, quadrado ou etc. Contudo não acredito que Muricy irá abrir mão da velocidade pelos lados, tampouco da dupla Pato-LF na frente. Logo, se assim for, as posições ficarão mais do que definidas: além dos zagueiros e dos laterais, dois volantes, dois wingers, um segundo atacante e um centroavante. E, se assim for, surge a pergunta: onde entra Ganso?
Nesse esquema tático me parece que a melhor posição para Ganso seja a de segundo volante. Com treinamento e disciplina na marcação por zona, ele pode atuar ao lado de Maicon (ou Souza, Wellington), enquanto as extremas são ocupadas naturalmente por Pabon e Osvaldo (ambos acompanham os laterais na boa, diga-se), e o ataque por Pato e Luis Fabiano. Com Pato, Luis Fabiano, Osvaldo e Pabon no time, aliás, Ganso não precisaria entrar tanto na área, e sobrariam opções para seus passes.
No segundo tempo da partida contra o CSA, no entanto, quando entrou aos 25 minutos na vaga de Luis Fabiano, Paulo Henrique se posicionou atrás de Pato e à frente da linha de quatro. Não quer dizer que será sempre dessa maneira, claro. Mas talvez Muricy de fato não concorde com a ideia de Ganso mais recuado. Talvez ele tenha convicção em Ganso mais adiantado, para “entrar na área”, como adora dizer. Não sei. Só sei que, se o 4-4-1-1 for mesmo adotado para a temporada, das duas, uma: ou Ganso vira segundo volante, ou vira o 12º jogador. (Há também a possibilidade de Ganso winger, mas, para o bem do futebol, essa eu nem cogito.)
quarta-feira, março 12, 2014
Barcelona nas quartas da Champions
Manuel Pellegrini errou duas vezes. Primeiro ao escalar Agüero enfiado, e segundo ao substitui-lo no intervalo, quando o placar agregado marcava 2 a 0 para o Barcelona. Evidente, se ele sentiu alguma coisa de ordem física (não tenho essa informação), a alteração se fez necessária e a crítica se faz inválida e até irresponsável. Porém se Agüero foi sacado por uma questão tática e/ou técnica, o treinador chileno e seu assistente erraram feio, na minha modesta visão.
No jogo de volta das oitavas, nesta quarta-feira, no Camp Nou, o camisa 16 praticamente não tocou na bola nos 45 minutos em que esteve em campo por dois motivos: primeiro porque ela não chegou, e segundo porque, me parece, a ordem era jogar no limite da zaga do Barcelona. A estratégia em tese era pertinente. Como Piqué e Mascherano se posicionam lá em cima, o passe em profundidade para o velocíssimo centroavante era uma ótima pedida. Esse passe em profundidade, contudo, não deu as caras, e no fim das contas Kun pagou o pato.
Confira aqui a prancheta.
Insisto: se ele sentiu alguma coisa e precisou ser substituído, desconsidere minha cornetada. Agora, se a opção foi tática e/ou técnica, Pellegrini pipocou. Na verdade não sei se pipocar é o verbo. No entanto era mais viável colocar Dzeko ou Negredo, na volta do intervalo, no lugar de Nasri ou Milner (estava 2 a 0 para o Barça no agregado!). O time passaria a ter Silva na beirada direita, e principalmente Agüero passaria a ter mais liberdade para circular e mais oportunidade para participar, além de ganhar um companheiro de ataque, um nove de referência lá na frente. Mas como você sabe, o City voltou para a segunda etapa com Dzeko no lugar de Agüero.
Em relação ao jogo em si, o volume foi maior por um lado específico do gramado, em especial no primeiro tempo. O lado direito dos donos da casa e esquerdo dos visitantes. De um lado Daniel Alves e Neymar, do outro Milner e Kolarov. Como Neymar não marcou Kolarov como Kolarov marcou Neymar, muitas vezes o City dobrava a ofensiva em cima do lateral brasileiro. Neymar, em contrapartida, era a peça contratada para puxar o contra ataque nas costas do lateral sérvio. Do outro lado também houve batalhas entre Alba e Iniesta e Nasri e Zabaleta, porém com menos intensidade. Já no meio campo Xavi e Fàbregas e Touré e Fernandinho meio que se anularam. A marcação entre eles encaixou e, no frigir dos ovos, pouca criação ocorreu pela faixa centra de ambos os lados, algo que contribuiu para o número baixo ou inexistente de chances de gol durante boa parte da partida.
Em meio à suposta crise, inflamada por parte da imprensa local e global, e agora classificado às quartas de final da Champions League, o Barcelona tem condições de conquistar o título? Ter, eu diria que tem. Não é o Barcelona dos tempos de Guardiola, é verdade, mas quem tem Messi sempre tem condições de conquistar qualquer título. E o 4 a 1 no placar agregado contra o excelente Manchester City demonstrou isso. É sabido por todos, todavia, que favorito só tem um e ele atende pelo nome de Bayern de Munique. Logo, por ora, resta saber qual o adversário que o sorteio colocará no caminho do clube catalão.
No jogo de volta das oitavas, nesta quarta-feira, no Camp Nou, o camisa 16 praticamente não tocou na bola nos 45 minutos em que esteve em campo por dois motivos: primeiro porque ela não chegou, e segundo porque, me parece, a ordem era jogar no limite da zaga do Barcelona. A estratégia em tese era pertinente. Como Piqué e Mascherano se posicionam lá em cima, o passe em profundidade para o velocíssimo centroavante era uma ótima pedida. Esse passe em profundidade, contudo, não deu as caras, e no fim das contas Kun pagou o pato.
Confira aqui a prancheta.
Insisto: se ele sentiu alguma coisa e precisou ser substituído, desconsidere minha cornetada. Agora, se a opção foi tática e/ou técnica, Pellegrini pipocou. Na verdade não sei se pipocar é o verbo. No entanto era mais viável colocar Dzeko ou Negredo, na volta do intervalo, no lugar de Nasri ou Milner (estava 2 a 0 para o Barça no agregado!). O time passaria a ter Silva na beirada direita, e principalmente Agüero passaria a ter mais liberdade para circular e mais oportunidade para participar, além de ganhar um companheiro de ataque, um nove de referência lá na frente. Mas como você sabe, o City voltou para a segunda etapa com Dzeko no lugar de Agüero.
Em relação ao jogo em si, o volume foi maior por um lado específico do gramado, em especial no primeiro tempo. O lado direito dos donos da casa e esquerdo dos visitantes. De um lado Daniel Alves e Neymar, do outro Milner e Kolarov. Como Neymar não marcou Kolarov como Kolarov marcou Neymar, muitas vezes o City dobrava a ofensiva em cima do lateral brasileiro. Neymar, em contrapartida, era a peça contratada para puxar o contra ataque nas costas do lateral sérvio. Do outro lado também houve batalhas entre Alba e Iniesta e Nasri e Zabaleta, porém com menos intensidade. Já no meio campo Xavi e Fàbregas e Touré e Fernandinho meio que se anularam. A marcação entre eles encaixou e, no frigir dos ovos, pouca criação ocorreu pela faixa centra de ambos os lados, algo que contribuiu para o número baixo ou inexistente de chances de gol durante boa parte da partida.
Em meio à suposta crise, inflamada por parte da imprensa local e global, e agora classificado às quartas de final da Champions League, o Barcelona tem condições de conquistar o título? Ter, eu diria que tem. Não é o Barcelona dos tempos de Guardiola, é verdade, mas quem tem Messi sempre tem condições de conquistar qualquer título. E o 4 a 1 no placar agregado contra o excelente Manchester City demonstrou isso. É sabido por todos, todavia, que favorito só tem um e ele atende pelo nome de Bayern de Munique. Logo, por ora, resta saber qual o adversário que o sorteio colocará no caminho do clube catalão.
terça-feira, março 11, 2014
Atlético pronto para qualquer um
Não sei se é ignorância por parte dos treinadores (e dos jogadores), não sei se é falta de convicção ou se é convicção em conceitos equivocados. Só sei que - e isso é fato - os times brasileiros não apresentam a compactação dos times europeus.
Não me refiro com exclusividade às grandes equipes do Velho Mundo, não. Qualquer equipe de meio de tabela das principais ligas de lá apresenta relativa compactação, algo raro nos gramados tupiniquins e vital no futebol dito moderno.
Em defesa dos treinadores e dos jogadores do Brasil, argumenta-se que não há tempo para treinar. É verdade. Contudo me parece mais sensato atribuir o espaçamento entre as linhas dos times daqui a outras razões. Por mais que não haja tempo para treinar como se deveria, há sim tempo para treinar. E não é preciso ser nenhum gênio da bola para atingir uma compactação mínima, em especial na fase defensiva.
Hoje, no futebol de alto nível, quem melhor representa a compactação é o Atlético de Madrid. Ou melhor: o Atlético de Diego Simeone, de Diego Costa, de Raúl García, de Arda Turan, de Koke, de Miranda...
Não é de hoje, aliás, que o Atleti faz isso com excelência (evidente, nenhum time se forma da noite para o dia). Gosto sempre de citar esse vídeo, que mostra a marcação por zona lá atrás, a negação dos espaços ao adversário e a busca insana pela retomada da bola e pela transição rápida, pelo contra ataque. Tamanha consciência e consistência tática, aliada à qualidade técnica e à força emocional dos atletas, permitem ao Atlético sonhar grande no maior torneio de clubes do planeta.
Na vitória sobre o Milan, nesta terça-feira, pela volta das oitavas de final da Champions League, no Vicente Calderón, ficou evidente o dedo de Simeone. O gol de Diego Costa logo aos 3 minutos deixou o Milan nocauteado em pé por um bom tempo, e durante 20 minutos só deu Atlético. Lá pelas tantas, no entanto, a equipe treinada por Seedorf se recolocou no jogo e começou a crescer, a criar espaços no campo adversário, até chegar ao empate com Kaká aos 27’. Aí o técnico argentino interveio.
Sem alterar a compactação padrão, Simeone trocou o habitual 4-4-2 (4-4-1-1) pelo 4-1-4-1, recheando assim o miolo da meia cancha e freando o avanço dos rossoneros. Passou Turan para a esquerda, puxou Raúl García para a direita e centralizou Mario Suárez entre as linhas de quatro (confira nesse tweet). Ainda no primeiro, os anfitriões fizeram 2 a 1 com Turan, aos 40'.
No fim das contas o favoritismo do confronto foi confirmado com uma goleada. Na segunda etapa, no 4-1-4-1, os donos da casa fizeram mais dois (Raúl García e Diego Costa de novo) e concretizaram o triunfo por 4 a 1. No placar agregado, 5 a 1 sobre o gigante italiano.
Camisa pesa? Pode pesar, mas não ganha jogo. Na hora do vâmo vê são onze contra onze, e no momento o onze do Atlético está pronto para enfrentar qualquer outro onze na Champions League. Claro, favorito só tem um e seu nome é Bayern. Entretanto, vide esse tweet, acredito que os colchoneros têm sim condições de serem campeões, principalmente porque diante de times ditos maiores, com mais tradição e elencos mais ricos, o Atlético cresce. Cresce porque, em função de se estilo de jogo, estar na condição de azarão o favorece demais, e é isso que vai acontecer daqui para frente na UCL.
Não me refiro com exclusividade às grandes equipes do Velho Mundo, não. Qualquer equipe de meio de tabela das principais ligas de lá apresenta relativa compactação, algo raro nos gramados tupiniquins e vital no futebol dito moderno.
Em defesa dos treinadores e dos jogadores do Brasil, argumenta-se que não há tempo para treinar. É verdade. Contudo me parece mais sensato atribuir o espaçamento entre as linhas dos times daqui a outras razões. Por mais que não haja tempo para treinar como se deveria, há sim tempo para treinar. E não é preciso ser nenhum gênio da bola para atingir uma compactação mínima, em especial na fase defensiva.
Hoje, no futebol de alto nível, quem melhor representa a compactação é o Atlético de Madrid. Ou melhor: o Atlético de Diego Simeone, de Diego Costa, de Raúl García, de Arda Turan, de Koke, de Miranda...
Não é de hoje, aliás, que o Atleti faz isso com excelência (evidente, nenhum time se forma da noite para o dia). Gosto sempre de citar esse vídeo, que mostra a marcação por zona lá atrás, a negação dos espaços ao adversário e a busca insana pela retomada da bola e pela transição rápida, pelo contra ataque. Tamanha consciência e consistência tática, aliada à qualidade técnica e à força emocional dos atletas, permitem ao Atlético sonhar grande no maior torneio de clubes do planeta.
Na vitória sobre o Milan, nesta terça-feira, pela volta das oitavas de final da Champions League, no Vicente Calderón, ficou evidente o dedo de Simeone. O gol de Diego Costa logo aos 3 minutos deixou o Milan nocauteado em pé por um bom tempo, e durante 20 minutos só deu Atlético. Lá pelas tantas, no entanto, a equipe treinada por Seedorf se recolocou no jogo e começou a crescer, a criar espaços no campo adversário, até chegar ao empate com Kaká aos 27’. Aí o técnico argentino interveio.
Sem alterar a compactação padrão, Simeone trocou o habitual 4-4-2 (4-4-1-1) pelo 4-1-4-1, recheando assim o miolo da meia cancha e freando o avanço dos rossoneros. Passou Turan para a esquerda, puxou Raúl García para a direita e centralizou Mario Suárez entre as linhas de quatro (confira nesse tweet). Ainda no primeiro, os anfitriões fizeram 2 a 1 com Turan, aos 40'.
No fim das contas o favoritismo do confronto foi confirmado com uma goleada. Na segunda etapa, no 4-1-4-1, os donos da casa fizeram mais dois (Raúl García e Diego Costa de novo) e concretizaram o triunfo por 4 a 1. No placar agregado, 5 a 1 sobre o gigante italiano.
Camisa pesa? Pode pesar, mas não ganha jogo. Na hora do vâmo vê são onze contra onze, e no momento o onze do Atlético está pronto para enfrentar qualquer outro onze na Champions League. Claro, favorito só tem um e seu nome é Bayern. Entretanto, vide esse tweet, acredito que os colchoneros têm sim condições de serem campeões, principalmente porque diante de times ditos maiores, com mais tradição e elencos mais ricos, o Atlético cresce. Cresce porque, em função de se estilo de jogo, estar na condição de azarão o favorece demais, e é isso que vai acontecer daqui para frente na UCL.
quarta-feira, março 05, 2014
Quem sai para Fernandinho entrar?
Confesso um certo preconceito com Felipão. Jurava de pés juntos que ele não teria ousadia – ou coragem – de escalar Fernandinho como primeiro volante (sequer convocar, na verdade). No amistoso contra a África do Sul, nesta quarta-feira, no entanto, o jogador do Manchester City cumpriu essa função no primeiro tempo, com Paulinho saindo para o jogo. Já na segunda etapa, ao lado de Ramires, no 4-3-3 (Luiz Gustavo na cabeça de área), Fernandinho teve mais oportunidades de avançar e se destacou com um golaço.
Se a ideia for Fernandinho banco de Luiz Gustavo, para jogar como primeiro homem de meio campo, quem deve dançar é Lucas Leiva. O jogador do Liverpool vinha sendo convocado, contudo se machucou, perdeu ritmo e ficou de fora dessa convocação. Agora, se a ideia for Fernandinho numa das meias do 4-3-3 (o esquema tático reserva da Seleção, utilizado praticamente em todos os jogos), como aconteceu no segundo tempo da partida disputada no Soccer City, quem deve dançar é Hernanes (nessa segunda alternativa, Lucas iria para a Copa, penso eu).
O fato é que a versatilidade joga a seu favor. Ao contrário de Lucas Leiva e Hernanes, que em tese jogam “apenas” em uma posição, Fernandinho joga (bem) em duas ou mais posições. Essa versatilidade, inclusive, poderia abrir uma vaga para outro atleta, para um terceiro nome (embora eu não acredite nisso). Quer dizer que Fernandinho estará na lista do 23? Parece que sim. Ainda mais depois da reação de Felipão após seu gol, com aquele risinho como quem diz: “Okay, você me convenceu.”
Se a ideia for Fernandinho banco de Luiz Gustavo, para jogar como primeiro homem de meio campo, quem deve dançar é Lucas Leiva. O jogador do Liverpool vinha sendo convocado, contudo se machucou, perdeu ritmo e ficou de fora dessa convocação. Agora, se a ideia for Fernandinho numa das meias do 4-3-3 (o esquema tático reserva da Seleção, utilizado praticamente em todos os jogos), como aconteceu no segundo tempo da partida disputada no Soccer City, quem deve dançar é Hernanes (nessa segunda alternativa, Lucas iria para a Copa, penso eu).
O fato é que a versatilidade joga a seu favor. Ao contrário de Lucas Leiva e Hernanes, que em tese jogam “apenas” em uma posição, Fernandinho joga (bem) em duas ou mais posições. Essa versatilidade, inclusive, poderia abrir uma vaga para outro atleta, para um terceiro nome (embora eu não acredite nisso). Quer dizer que Fernandinho estará na lista do 23? Parece que sim. Ainda mais depois da reação de Felipão após seu gol, com aquele risinho como quem diz: “Okay, você me convenceu.”
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