sexta-feira, agosto 31, 2012

Atlético destroça o Chelsea

Invejáveis a aplicação tática e a dedicação, a força de vontade do time do Atlético de Madrid. Postado no 4-1-4-1, quando marca por pressão, adianta suas linhas, em especial a segunda, para sufocar a saída do adversário. Quando marca por zona, compacta num espaço de cerca de 10 metros suas linhas de defesa e meio (uma de quatro e outra de cinco, com Mario Suárez alinhado a Gabi, Koke, Turan e Adrián), e deixa Falcao "isolado" na frente.

Os extremos funcionam como válvulas de escape do contra ataque. Pelos flancos do campo, os camisas 10 e 7 são os responsáveis em injetar velociadade no ataque, rapidez na transição, mais conduzindo do que passando a bola. No 4 a 1 sobre o Chelsea nesta sexta-feira, pela Supercopa da Europa, o lado esquerdo foi mais acionado, sendo Adrián um dos destaques da partida. O destaque maior, claro, foi Falcao, autor de 3 gols (o outro foi de Miranda).



Pelo posicionamento no gramado, coube a Mario Suárez marcar o meia centralizado do 4-2-3-1 de Di Matteo. Ora Hazard, ora Mata, já que ambos invertem as posições ao longo do jogo. Já Gabi e Koke bateram de frente com Lampard e Mikel, respectivamente. Pelas pontas, os duelos ficaram entre Juanfran e Mata (ou Hazard), Filipe Luis e Ramires, Arda Turan e Ashley Cole, e Adrián López e Ivanovic.

O placar construído ainda no primeiro tempo (3 a 0) não deixa dúvidas quanto à supremacia do campeão da Liga Europa sobre o campeão da Liga dos Campeões. A equipe treinada por Simeone mostrou equilíbrio e entrosamento, movimentos sincronizados sem se expôr ao contra golpe. E mostrou, também, poderio ofensivo, liderado pelo artilheiro colombiano Falcao García.

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São Paulo deveria tentar Neymar

É papel do treinador participar da composição do elenco. É ele quem, em tese, deve dar o veredicto sobre contratações de jogadores. Na prática, porém, pelo menos no Brasil, não é assim. Muitas vezes o técnico chega no meio da temporada e tem de se adaptar ao plantel, e não o contrário.

É o caso de Ney Franco. Chegou ao São Paulo no meio do ano, encontrou dificuldades dentro de campo nas primeiras semanas, mas hoje engata uma série de vitórias e pontos somados que aproximam o Tricolor do G4. E o mais importante: com o time jogando bem.

Embora muitas pessoas não deem bola à questão tática, a escolha do esquema tem sim a ver com a formação do elenco, com a contratação de atletas para serem encaixados na estrutura tática que o treinador utiliza. No caso do São Paulo, é o 4-2-3-1. E algumas vagas, entre elas a do meia, já estão preenchidas. Por essas e outras o clube do Morumbi não precisa de Ganso. Ou melhor: não "precisa".



Após várias temporadas atrás de um 10 (desde a saída de Danilo, talvez), o São Paulo finalmente encontrou um. Jadson vem sendo um dos principais atletas da equipe, não só por suas assistências e gols, mas também pela experiência, pela maneira de distribuir o jogo, de se comportar no gramado, etc. Enfim, é o meia que o Tricolor tanto procurava. Por isso não "precisa" de Ganso.

Claro que Ganso é bem-vindo em qualquer lugar. Apesar da fase que atravessa, é craque, e não desaprendeu a jogar. Repito: craque. Vai dar a volta por cima e ser elogiado por quem hoje o critica. No entanto, taticamente, as necessidades são-paulinas para essa função são bem atendidas por Jadson.

No 4-2-3-1 de Ney Franco, se Ganso vier, Jadson deve ser deslocado à ponta esquerda. Destro, tem qualidade e velocidade para se adaptar à beirada. Com Lucas na dele, à direita da linha de três, Ganso atuaria pela faixa central, e Luis Fabiano, na referência, iria sair na cara do gol a todo instante. Poderia dar certo. Teria tudo para dar certo. Porém é importante entender que a carência do elenco não é por um meia. Se tem uma posição que é preciso reforçar é a ponta esquerda (Maicon tem jogado por ali, e Osvaldo entrado no segundo tempo). De meia o São Paulo está servido. Falta ao time um ponta-esquerda. Por isso Juvenal Juvêncio e cia deveriam desistir de Ganso e tentar... Neymar!

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quinta-feira, agosto 30, 2012

Tricolor bota Fogão no bolso

Dizer que ficou barato é exagero, mas o 4 a 0 do São Paulo sobre o Botafogo, nesta quinta, no Morumbi, foi construído passo a passo, passe a passe, tijolo a tijolo. No fim das contas, a goleada ficou de bom tamanho, já que o mandante mandou e desmandou do primeiro ao último minuto. Supremacia total tricolor.

É pertinente registrar, no entanto, os intermináveis desfalques dos visitantes. Sem Andrezinho, Fellype Gabriel e Vitor Júnior, Oswaldo de Oliveira montou sua linha de três com Lodeiro e Cidinho nas beiradas, e Seedorf por dentro, mais adiantado do que de costume, mais à frente da região onde rende seu máximo.

Luis Fabiano deitou e rolou em cima de Brinner, o substituto de Antônio Carlos. A exemplo de Jadson, que, marcado por Amaral, fez outra grande partida, adicionando outra assistência para sua coleção. Quanto aos ponteiros, Lucas infernizou a vida de Márcio Azevedo. Em contrapartida Maicon mais marcou Lennon do que o contrário.



Se por um lado Luis Fabiano foi a referência do ataque, tendo aberto o placar com um golaço, do outro Elkeson se esforçou, bem que tentou, mas pouco conseguiu fazer, meio que isolado perto das duas torres da defesa são-paulina. Cidinho encostou várias vezes, levou perigo à área, todavia Lodeiro e Seedorf pouco se aproximaram - também em função da eficiência do sistema defensivo adversário.

No segundo tempo, com o Botafogo praticamente nocauteado em pé, Ney Franco sacou Paulo Assunção e colocou Osvaldo, que entrou na ponta esquerda (ora invertendo com Lucas). Maicon, então, formou a dupla de volantes com Denilson. Mais tarde, Cícero e Wellington também entraram, sempre no 4-2-3-1 - Cícero como centroavante.

Julgar por um jogo apenas é complicado. Não é honesto. Contudo, aliado ao excelente desempenho diante do Botafogo, a perspectiva do São Paulo é otimista. Baseado no elenco, na comissão técnica, nas opções do treinador e no rendimento dos atletas, é fácil visualizar a equipe paulistana dentro do G4. Hoje, é quinto colocado, a um ponto do Vasco, que vem ladeira abaixo. Já o Botafogo, por uma série de motivos, não inspira capacidade para brigar por vaga na Libertadores. Hoje, é oitavo.

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quarta-feira, agosto 29, 2012

Kuyt no campo, Alex no banco

Na partida de volta, diante do Spartak, em casa, Aykut Kocaman mandou a campo sua equipe no 4-1-4-1, com Krasic na extrema esquerda, Kuyt na direita, Sahin entre as linhas, e Topuz e Topal por dentro. Na referência do ataque, Sow.

Aos 13 minutos, porém, Krasic sentiu e foi substituído por Stoch, que entrou para atuar na mesma posição, aberto à esquerda. Até aí tudo bem. O que chamou a atenção, no entanto, foi o novo posicionamento de Kuyt.



Durante praticamente toda a primeira etapa, já com o 1 a 0 em favor do Spartak no placar, o camisa 11 atuou pela faixa central dum 4-2-3-1, com Topuz deslocado à direita. Imagino que a intenção tenha sido aproximar Kuyt do centroavante, porque se foi para auxiliar na criação, não deu certo.

A partir dos 15 do segundo tempo, com Alex no gramado, na vaga de Sahin, tudo voltou ao normal: o holandês retornou à ponta direita, com Topuz e Topal volantes e Stoch na dele, a ponta esquerda. Quanto ao brasileiro, entrou na meia, por dentro. Postado dessa maneira o time turco cresceu de produção e chegou ao empate com Sow, após escanteio cobrado por ele, Alex. Ainda assim, no resultado agregado (3 a 2), classificou-se à fase de grupos da Champions League o clube russo.

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Pré-jogo: Fluminense vs Corinthians

Edinho vs Douglas, Jean vs Paulinho e Thiago Neves vs Ralf. Em princípio, são estes os duelos individuais da meia cancha. No clássico com o Vasco, no fim de semana, achava que Wagner fosse atuar por dentro e Thiago Neves por fora, vide minha prévia. Mas li e vi no Olho Tático que o camisa 10 jogou centralizado e o 19 à esquerda. Como deu certo (2 a 0, dois de Thiago Neves), imagino que Abel Braga irá repetir a dose.

Em relação ao Flu há mais certezas do que dúvidas. Não tem muita alternativa, muita variação, o time é esse. Pelo lado do Corinthians, em contrapartida, Tite tem outras opções para começar, como Paolo Guerrero e Martínez. Contudo, estou apostando na formação habitual, com Romarinho, Douglas e Danilo (ou Emerson) na linha de três, e Emerson (ou Danilo) mais adiantado. Vale lembrar que, na campanha campeã da Libertadores, Sheik foi o ponta-esquerda.



Se Wellington Nem pode imprimir velocidade ao flanco direito tricolor, no setor de Fábio Santos, Romarinho deve fazer o mesmo no de Carlinhos. Não será surpresa, porém, se o treinador corinthiano adotar pontas de pés opostos (canhoto na direita, destro na esquerda). Se assim for, o 31 alvinegro pode cair pelo lado de Bruno, com Danilo à direita, se infiltrando pela faixa central, para auxiliar Douglas na criação, e aparecendo na área, para formar parceria com Emerson.

A vantagem do Fluminense, em tese, é o 9. Artilheiro da competição ao lado de Luis Fabiano e Vagner Love, Fred deve ter pela frente Chicão e Wallace - substituto do suspenso Paulo André. Ao contrário de Emerson, Fred serve de referência, joga de costas e faz a parede para quem vem de trás - sem falar no pivô (receber, girar e chutar), no cabeceio, na força física e, claro, no faro de gol.

Teorias à parte, a bola rola na prática nesta quarta-feira, no Engenhão, às 22h (horário de Brasília), em jogo válido pela 20ª rodada, a abertura do returno.

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segunda-feira, agosto 27, 2012

Possível Madrid com Modric

Quando um vai o outro fica. Sob essa regra, aplicada aos laterais e aos volantes, imagino que o croata, de 26 anos, possa se tornar o parceiro de Alonso. Ex-Tottenham, Modric custou cerca de € 35 milhões aos cofres blancos.

Luka Modric é polivalente. No 4-2-3-1 merengue, o meio-campista pode render nas três posições da linha de três (pelas beiradas ou por dentro). Pelo menos essa é a sensação que deixou nas últimas temporadas de Spurs. Com Redknapp, era o "meia-esquerda" dum 4-1-4-1. Mais atrás, jogou como winger canhoto num 4-4-2 em linha.

No entanto, penso que o ex-camisa 14 do Tottenham acabará se encaixando mais recuado, como volante, ora primeiro, ora segundo.



Em tese seria um time ofensivo, com pouco poder de marcação. Mas na prática, com dois zagueiros, e laterais e volantes que avançam alternadamente, serão sempre quatro homens na retaguarda. Dessa forma o Madrid não ficaria tão exposto ao contra ataque.

O contra ataque, por sinal, é um dos pontos fortes dessa equipe. E a inserção de Modric nessa meia cancha, ao lado de Alonso, agregará muito valor ao passe e ao lançamento, fundamentos cruciais a essa estratégia de jogo. Outra virtude do jogador são os anos de Premier League, que sem dúvida deram a ele uma noção tática diferenciada.

Não sei qual ou quais formações o treinador português tem rabiscado em suas pranchetas. Contudo estou certo (espero estar) de que Di María e Özil são titulares - a exemplo de Higuaín (ou Benezema) e, claro, Cristiano Ronaldo. Logo, sobra a Modric a posição de volante. Ou o banco, opção da qual eu discordo. Agora, caso Mourinho tenha em mente Khedira entre os onze, Di María e Özil que abram o olho.

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sexta-feira, agosto 24, 2012

O valioso banco da Seleção

Segundo o site Life Sports, Porto e Zenit chegaram a um acordo por Hulk, pela bagatela de 50 milhões. Confira aqui. Mas se o seu russo estiver enferrujado, veja a notícia repercutida nos portugueses A Bola e Record.

Se a informação é quente ou não, não sei. Só sei que, se for, por esse preço, para o Porto será excelente. Já para Hulk, nem tanto. Pelo menos no âmbito esportivo, pois o brasileiro tem bola para jogar em clube grande da Europa. Quanto ao aspecto econômico, estima-se 7 milhões por temporada. Logo, fica difícil avaliar.

Contudo, caso se confirme essa colossal transação, os dois pontas direitas da Seleção treinada por Mano Mezenes encabeçarão a lista das transferências mais caras dessa janela: 43 por Lucas, do São Paulo ao PSG, e 50 por Hulk.



O último amistoso do Brasil, contra a Suécia, mostrou que o técnico tem em mente, hoje, Ramires como principal nome para a posição. Pelo menos é a impressão que fiquei. Seja no 4-4-2 em linha ou no 4-2-3-1, o atleta do Chelsea - que joga por ali no time de Di Matteo - me parece ter assumido a extrema direita. No entanto, até ontem, apesar de Oscar ter atuado por aquele canto do campo na reta final das Olimpíadas, Hulk e Lucas eram os pontas-direitas da Seleção, sendo o são-paulinho reserva.

Como disse, hoje me parece que Ramires colocou os dois no banco. Não quer dizer que será titular em 2014. Até lá muita água vai rolar. Todavia é curioso notar que dois reservas do Brasil podem se tornar os jogadores mais caros do verão europeu. Um já foi. Vamos ver o outro.

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Prévia de Vasco vs Fluminense

Nilton vs Wagner, Wendel vs Jean e Juninho vs Edinho. Em princípio são esses os duelos individuais do meio de campo. Pelas beiradas, Auremir vs Thiago Neves, William Matheus vs Wellington Nem, Carlos Alberto vs Bruno e William Barbio vs Carlinhos. Pode ser que Abel inverta seus ponteiros, mas acredito em Nem na direita mesmo.

Se for tituar, o lateral-direito Bruno, penso eu, não deve aparecer tanto na frente, até por estar voltando de um período inativo. Por isso Nem, que também estava parado, terá de correr dobrado, tanto pelo corredor quanto pela diagonal, nos 60, 70 minutos que estiver no gramado. Dificilmente jogará os 90.



No outro extremo, Barbio deve fazer o mesmo, às costas de Carlinhos. Caso a presença do camisa 6 tricolor no ataque seja mesmo mais frequente que a do 2, espaços podem sobrar para o 44 cruzmaltino flutuar. A cobertura por ali deve ser feita por Edinho, que, por sua vez, nesse deslocamento, pode deixar espaço para Juninho progredir.

Wendel vs Jean é outro combate interessante na meia cancha, dois jogadores que defendem e atacam com força e técnica. Resta saber quem vai ter mais físico para manter o mesmo ímpeto do início ao fim.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática às 18h30 (horário de Brasília), neste sábado, no Engenhão, na partida válida pela última rodada do turno do Brasileirão. O clássico por si só já é cheio de ingredientes. Contudo vale lembrar que, além do clássico, trata-se de um confronto direto entre dois clubes postulantes ao título.

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quarta-feira, agosto 22, 2012

Troca troca nos Blues

Polivalência é um dos pontos fortes do elenco do Chelsea. Atletas que jogam em mais de uma ou duas posições. Na vitória por 4 a 2 sobre o Reading, no Stamford Bridge, nesta quarta, essa versatilidade ficou visível, vide as três formações que Di Matteo usou ao longo da partida.

Na primeira prancheta, a equipe que iniciu o jogo, em regra com Hazard centralizado, Mata na ponta esquerda e Ramires na direita. A troca de posições entre o espanhol e o belga, porém, foi frequente - movimentação que confundiu a marcação adversária e gerou opções de jogadas aos companheiros.



No segundo tempo, com o Chelsea atrás no placar (2 a 1), Oscar veio a campo na vaga de Ramires. Era a alteração que o contexto do embate pedia, pois não era hora de contra atacar, e sim de manter a posse. O canhoto Mata passou para a ponta direita, o brasileiro entrou na esquerda, e Hazard seguiu por dentro - sem abdicar, no entanto, de trocar de lugar com Oscar.



Dessa maneira os Blues chegaram ao empate num tiro de longa distância de Cahill, com grande colaboração do goleiro do Reading. Ainda sem alcançar o futebol e o resultado desejados, todavia, Di Matteo promoveu outra substituição, dessa vez mais ousada: saiu Mikel, entrou Sturridge. Assim sendo, Oscar recuou para formar a dupla de volantes com Lampard.



Muita qualidade no passe foi o reflexo dessa escalação. E a virada, por conseguinte. Mais tarde, após a reversão do placar, o treinador italiano sacou Mata e colocou Meireles. O português se alinhou a Lampard, e Oscar passou a atuar pela faixa central do 4-2-3-1, com Sturridge à direita e Hazard, agora mais fixado, à esquerda.

O saldo que tiro dessa partida, válida pela segunda rodada, além da relativa fragilidade do sistema defensivo (2 gols sofridos, um deles em falha de Cech), é a capacidade dos jogadores mudarem de posição sem recorrer ao banco. E, quando o banco é acionado, os jogadores podem se moldar em posições diferentes. Oscar, por exemplo, que em princípio disputaria uma vaga na linha de três com Ramires, Mata e Hazard, deu sinais de que, dependendo do contexto do jogo, pode trabalhar mais recuado.

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São Paulo de ontem e de amanhã

Denilson na cabeça de área, Maicon à direita, Cícero à esquerda e Jadson na ligação dum 4-4-2 em losango. Esse foi o meio campo escalado por Ney Franco, nesta terça, no Morumbi, na partida de volta da Sul-Americana, diante do Bahia. Na frente, Ademilson e Lucas - sendo esse bem aberto na direita, como de praxe.

No entanto, antes da metade do primeiro tempo, o técnico tricolor promoveu uma alteração curiosa: transformou Cícero em centroavante, enfiado entre os zagueiros adversários - sinal de duas coisas, a meu ver: um plano B ensaiado no bolso, pois modificações táticas dessa estirpe demandam treinamento; e falta de confiança em Ademilson ou até mesmo em Willian José como substituto de Luis Fabiano.



É verdade que Ademilson rendeu pouco na ponta esquerda, tanto é que foi trocado por Osvaldo na segunda etapa. Cícero, por sua vez, até trabalhou bem como 9. Maicon idem, como segundo volante. A equipe subiu de produção e chegou aos 2 a 0 (com Willian José em campo, autor de um golaço, inclusive).

Me vem à cabeça, porém, o onze e o esquema que Ney pode utilizar daqui pra frente, como todo o elenco à disposição, evidentemente. A primeira mudança em relação ao time de ontem é Douglas na lateral direita, óbvio, na vaga de Paulo Miranda. A segunda é a presença de Wellington ao lado de Denilson. Antes de se machucar, no ano passado, o 5 era titular absoluto, com potencial para participar das Olimpíadas. Resta saber como ele vai voltar depois de tanto tempo parado. E a terceira é a titularidade de Osvaldo, jogador rápido e habilidoso, pronto para a ponta esquerda.



Não sei o que Ney tem em mente daqui pra frente. Contudo, baseado no plantel e na proposta de jogo que ele pode oferecer, um 4-2-3-1, com dois pontas agudos (Lucas e Osvaldo, ou Ademilson), um 9 de referência, goleador (Luis Fabiano), um organizador que sabe chegar na área e finalizar de fora (Jadson), dois laterais que sabem apoiar (Douglas e Cortez), e dois volantes de qualidade com a bola no pé, que podem se revezar no avanço (Wellington e Denilson), talvez seja a formação mais indicada.

Só para não perder o gancho da notíca da semana, sobre a possível chegada de Paulo Henrique Ganso, Ney Franco poderia adotar o mesmo 4-2-3-1, com o santista centralizado e o destro Jadson deslocado à esquerda (Osvaldo no banco). Me parece, todavia, que não é uma negociação fácil de ser concretizada. De qualquer forma, com ou sem Ganso, o Tricolor tem peças e comissão técnica para buscar uma vaga no G4 do Brasileirão. Basta a equipe encontrar sua cara, ter continuidade, e engrenar.

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segunda-feira, agosto 20, 2012

Primeiro esboço com Van Persie

Valencia na lateral direita, Cleverley e Scholes por dentro, Nani e Welbeck pelas beiradas, Rooney na frente, e Kagawa atrás dele, centralizado, no 4-4-1-1 de Alex Ferguson. Esse foi parte do time titular e a estrutura tática utilizada na estreia da Premier League, nesta segunda, fora de casa, diante do Everton. No banco, nomes como Rafael, Anderson, Young, Berbatov e Van Persie.

Na segunda etapa, aos 13 minutos, merecidamente, diga-se de passagem, o Everton abriu o placar com Fellaini. Mais tarde, Van Persie foi chamado e entrou aos 23, na vaga de Welbeck. Depois, aos 32, foi Nani quem saiu para a entrada de Young. Mais além, Anderson no lugar de Cleverley. E a equipe de Manchester se postou assim, com Rooney na ponta direita e RvP na referência.



Devido à movimentação do camisa 20 e às características do 10, contudo, Rooney não atuou como winger de ofício. Com a posse da bola vermelha, o inglês se aproximava da área e eventualmente até invertia de posição com o holandês.

Foi apenas a primeira partida dos Red Devils com o novo reforço. E a primeira derrota (1 a 0). No entanto, na base dos treinamentos e dos jogos oficiais, Ferguson vai encontrar o esquema mais indicado para encaixá-lo ao lado de Rooney e Kagawa. Honestamente, apesar de saber que o 26 rende muito pela faixa central, gostaria de ver Van Persie e Rooney no ataque dum 4-4-2 em linha, com Kagawa na extrema esquerda. Vamos ver qual vai ser.

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domingo, agosto 19, 2012

Insisto: Peixe na Libertadores 2013?

Dez pontos conquistados nos últimos doze disputados. Três vitórias e um empate nos últimos quatro jogos. Esse é o retrospecto recente do Santos, que, ao término da 18ª rodada, ficou a 11 pontos do Grêmio, o quarto colocado do Campeonato Brasileiro.

Na enquete realizada aqui no blog esses dias, perguntei se o Peixe conseguiria a vaga na Libertadores 2013. Dos 37 votos computados, apenas 27% a favor e 73% contra. Confesso que não lembro em qual opção votei, mas acredito que no "não". E confesso, também, que estou mudando de opinião.



Neymar não é Messi, mas decide. Sozinho, faz a diferença no âmbito doméstico. Aliados às chegadas de Patito, e André - centroavante que sabe pôr a bola pra dentro -, Neymar e cia tendem a crescer a cada dia. Não que André seja o nove ideal. Não é. Contudo quebra o galho legal, vide os dois gols neste domingo sobre o Corinthians (um deles em impedimento, eu sei). Noves fora que era a posição mais carente do elenco desde as saídas de Borges e Alan Kardec.

Hoje, Náutico, Corinthians, Flamengo, Cruzeiro, Botafogo, São Paulo e Internacional estão acima do Peixe na tabela, e em tese têm mais chances que o time da Vila Belmiro. No entanto, na minha modesta e irrelevante opinião, somente o tricolor paulista e o colorado gaúcho podem complicar a vida do Santos (sem falar no Vasco, que, a meu ver, vai perder fôlego).

Evidente que ainda é cedo, muita água vai passar debaixo da ponte. Todavia com Neymar em campo, a história muda. E a tendência é que a equipe treinada por Muricy, postada num ofensivo 4-2-3-1 (previsto aqui há dez dias, inclusive), some pontos e mais pontos a cada rodada, tirando, consequentemente, pontos dos concorrentes diretos. São nos confrontos direitos, aliás, que o Santos vai definir a vaga no G4 ou não.

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Pré-jogo: Peixe vs Timão

Ralf pela esquerda e Paulinho pela direita. Geralmente é assim a distribuição da dupla de volantes do Corinthians. E é assim que estou adotando na prévia aqui do blog. Se assim for, os duelos da meiuca devem ser definidos entre Ralf e Ganso, Paulinho e Arouca, e Douglas e Adriano.

No entanto é bem possível que Tite inverta o posicionamento dos camisas 5 e 8 para que Ralf, o mais marcador deles, ocupe o espaço por onde Neymar costuma deitar e rolar.



Pelas beiradas do tradicional 4-2-3-1 do alvinegro paulistano, imagino que Romarinho atue à direita, para explorar as costas do veterano Léo. E na outra ponta, Danilo deve marcar e ser marcado por Bruno Peres, sem abdicar da infiltração pela faixa central para auxiliar Douglas na criação.

Pelo lado do alvinegro praiano, tenho dúvidas se Muricy vai repetir a escalação que iniciou diante do Figueirense, na rodada passada, com Patito Rodríguez, Neymar e André. Se repetir, o esquema não deve fugir, também, do 4-2-3-1. O argentino deve bater de frente com Fábio Santos e o craque brasileiro com Guilherme. Neymar, aliás, a exemplo de Danilo, deve se desprender da ponta esquerda para confundir a marcação e ajudar Ganso na armação.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática às 16h, neste domingo, na Vila Belmiro. Como de praxe, pode-se esperar um grande espetáculo, repleto de ingredientes que temperam ainda mais esse clássico do futebol nacional.

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sábado, agosto 18, 2012

A estreia do Arsenal no Inglês

Cazorla. Para mim, o melhor em campo. A grande notícia para a torcida do Arsenal foi a exibição do espanhol. Ao lado do compatriota Arteta, qualificou o toque de bola pela faixa central do gramado. Foi dos pés do camisa 19, aliás, que saíram os principais arremates à meta adversária. Além de distribuir o jogo, o ex-Málaga apareceu bem na entrada da área e finalizou com perigo diversas vezes.

Na primeira rodada da Premier League, diante do Sunderland, neste sábado, no Emirates Stadium, o time treinado por Arsène Wenger autou no 4-2-3-1 de sempre, com Gervinho e Walcott pelas beiradas, eventualmente invertendo os flancos. Mas, em regra, o 14 pela direita e o 27 pela esquerda. Gervinho, a exemplo de Cazorla, foi o destaque da partida pelos Gunners.



No segundo tempo, Giroud entrou no lugar de Podolski, Ramsey no de Diaby, e Arshavin no de Walcott. Só achei que Wenger poderia ter colocado André Santos na etapa final para promover a dobradinha com Gervinho, já que Gibbs, e Jenkinson pelo outro lado, foram inofensivos ofensivamente.

No fim das contas, apesar das várias oportunidades criadas, os donos da casa, nitidamente superiores no embate, não conseguiram balançar a rede. Embora o placar tenha permanecido em branco, pôde-se notar que existe sim vida sem Robin van Persie. Contudo é evidente que, da briga pelo título, o Arsenal está fora. E mesmo com possíveis reforços à vista, a disputa é por vaga na Champions.

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sexta-feira, agosto 17, 2012

Provável Chelsea com Oscar

Confesso que não entendi a opção de Mano Menezes por Oscar pela beirada nas Olimpíadas e diante da Suécia. Foi atuando pela faixa central do 4-2-3-1 verde e amarelo, naquela série de amistosos, que o meia se destacou. E deve ser por ali que Di Matteo irá utilizá-lo.

Se for titular logo de cara - acredito que será -, o ex-Inter deve jogar entre Ramires e Mata, atrás de Fernando Torres, no habitual 4-2-3-1 blue. E a dupla de volantes, a exemplo da temporada passada, deve ser formada por Mikel e Lampard.



Oscar não é daqueles meias omissos. Gosta de enconstar no nove, de se infiltrar na área e de finalizar. Não "apenas" distribui o jogo, mas também participa muito dele, tanto com quanto sem a bola - virtudes admiradas pelos treinadores e exigidas pelo futebol moderno. Deve ser, ao lado de Lampard e Mata, o principal armador do time.

No tático e rápido futebol inglês, imagino que o brasileiro não terá dificuldades para se adaptar, apesar da relativa fragilidade física. Atleta inteligente, com visão e antevisão apuradas, é questão de tempo para o novo camisa 11 do Chelsea cair nas graças da torcida.

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quinta-feira, agosto 16, 2012

Segue a sina de Kaká

Um ano depois, o dilema de Kaká é o mesmo: mudar de clube ou seguir na reserva? Na pré-temporada passada já era claro que o brasileiro seria banco de Özil em 2011/2012. Escrevi sobre essa sinuca de bico aqui no blog, inclusive. Não deu outra.

Um ano depois, o panorama se repete. A perspectiva é idêntica: a reserva. Na verdade a situação ficou pior, em função da chegada de Modrić. Com o croata no elenco merengue, as chances de Kaká se tornam ainda mais reduzidas.



A questão é: quem vai pagar o alto preço pedido pelo Real Madrid? Provavelmente, ninguém. Então, das duas, uma: ou Kaká se conforma com o banco e segue blanco, ou tenta entrar num acordo com os cartolas para, sei lá, abrir mão muito dinheiro para ser liberado. Num português mais claro, "pagar" para sair.

Kaká tem 30 anos. E, para mim, tem muita lenha para queimar em algum grande time da Europa. Nem me refiro a um retorno ao Brasil. Porém depende dele mostrar ambição profissional para mudar de ares, chegando a um entendimento com Florentino Pérez.

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quarta-feira, agosto 15, 2012

Possível United com Van Persie

No amistoso com o Barcelona, há uma semana, Sir Alex Ferguson escalou os Red Devils no 4-4-1-1, com Welbeck batendo de frente com Busquets (confira aqui). Por dentro, os "volantes" foram Scholes e Anderson. E pelas beiradas, Nani e Young. Na segunda etapa Welbeck foi substituído por Kagawa, que atuou na mesma posição.

Confirmada a transferência de Robin van Persie do Arsenal para o Manchester United, por 24 milhões de libras, a dúvida que me surge é se o holandês, sem a bola, voltará para compor o meio-campo, como fizeram Welbeck e Kagawa diante do Barça, num 4-4-1-1, ou se ele formará uma dupla de ofício com Rooney, num 4-4-2 em linha bem definido. Na minha prévia, fico em cima do muro.



Pela faixa central, escolhi Carrick e Anderson. Mas é discutível. Scholes, Fletcher, Smalling e até mesmo Giggs brigam pelas vagas. Contudo a dupla de "volantes" não é o foco deste post, mas sim as alternativas para os flancos do campo. Aqui, optei por Nani e Kagawa.

É sabido que o japonês joga e rende mais por dentro. No entanto, com Van Persie e Rooney no ataque - independente de Van Persie voltar para compor a meia cancha ou não -, o camisa 26 deve ser deslocado ao canto. Destro, Kagawa pode agregar qualidade à armação vindo da esquerda, se infiltrando pelo centro, encostando nos atacantes e entrando na área.

Pelo outro lado, Nani pode ser mais eficiente fazendo o corredor, local do gramado por onde está acostumado a avançar. Todavia, Young pode ser titular, no lugar de Nani ou de Kagawa. A única certeza é que Rooney e Van Persie, evidentemente, serão os caras da frente.

Seja como for, com a chegada de RvP, Alex Ferguson tem em mãos um elenco fortíssimo, capaz não só de conquistar a Premier League, mas também a Champions. É preciso, porém, esperar os treinos e as partidas oficiais para ver qual o onze ideal, e qual a distribuição tática mais indicada. Posso estar enganado, mas, hoje, o que me vem à cabeça é esse time da prancheta.

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sexta-feira, agosto 10, 2012

Prévia da final olímpica

Rômulo e Thiago Silva pela direita, Sandro e Juan pela esquerda. Em tese estes são os atletas brasileiros que deverão cobrir as investidas de Rafael e Marcelo. Isso porque uma das jogadas fortes do México é a projeção de seus extremos às costas dos laterais adversários.

Se a expectativa for confirmada, as duas equipes devem atuar no 4-4-2 em linha, com variação para o 4-2-3-1. Os atacantes de movimentação Neymar e Cortes (ou Fabian), sem a bola, devem cercar os primeiros volantes. O camisa 11 verde e amarelo tende a voltar para buscar o jogo, e deve ser vigiado de perto por Enriquez (ou Salcido).



Com a inserção de Oscar pela faixa central, quando o Brasil tiver a posse, é provável, como visto em outras partidas, que o flanco esquerdo do time treinado por Mano Menezes seja mais agudo, em função das subidas de Marcelo e Alex Sandro. O risco é, a exemplo de outros duelos, deixar Rafael abandonado.

Na teoria, a Seleção é melhor. Todavia não será surpresa se a posse do México for superior, e se o Brasil adotar o contra-ataque como estratégia. Foi assim diante da Coreia do Sul, por exemplo.

Tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática, em Wembley, às 11h, horário de Brasília. Vale a cobiçada e desejada medalha de ouro.

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Vaga na Libertadores à vista?

Terá Muricy Ramalho ousadia para escalar um time com Neymar, Patito Rodríguez e André? Espero que sim. Se tiver, o Santos pode voltar àquele 4-2-3-1 insinuante de 2010, com o argentino na posição de Robinho.

Se o jovem argentino fizer o que dele se espera, tem tudo para cavar uma vaga entre os onze. Para isso, porém, o treinador alvinegro teria abrir mão do 4-4-2. Confesso que faz tempo que não vejo um jogo do Santos, portanto não sei dizer se Muricy tem adotado o 4-4-2 (em losango) ou não. Mas com Pato, Neymar e André, o esquema mais indicado é, em princípio, o 4-2-3-1 - em função da presença de Ganso ou Felipe Anderson.



O momento atual não é animador, o Alvinegro ocupa apenas a 14ª colocação na tabela, a 12 pontos do Grêmio, o último colocado do G4. Contudo se esse time da prancheta conseguir colocar em prática seu potencial, é possível sim sonhar com a recuperação nas 22 rodadas restantes, e na classificação à Libertadores. Particularmente eu não acredito, mas há a possibilidade.

Se Muricy pensar num time mais conservador e seguro na marcação, deve inserir Henrique no meio-campo, deixar Patito Rodríguez no banco e passar para o 4-4-2. Ainda assim, graças à presença de Neymar, uma equipe pertinente. Mas o fato é que, se até ontem o Santos estava desacreditado, hoje é possível ver uma luz no fim do túnel.

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Certeza x dúvida

Dois noves mudaram de time nessa sexta-feira. O primeiro foi André, confirmado no site oficial do clube praiano. Fica até o final do ano. O segundo foi Rafael Moura, que troca o Fluminense pelo Internacional, de acordo com a Rádio Gaúcha.



André não é Coutinho. Mas no Santos, irá nadar de braçada. Será titular absoluto, ao lado de Neymar. Ao lado do craque da Seleção, aliás, tem tudo para voltar a balançar as redes com frequência, como fez em 2010. À vontade na Vila Belmiro, o novo nove não deve ter perdido o entrosamento com o onze.

Se por um lado há mais certezas do que dúvidas quanto a contratação do Peixe junto ao Galo, quanto a Rafael Moura há mais dúvidas do que certezas.

A primeira delas é sobre Leandro Damião. Sai ou permanece? Se permanecer, He-Man é reserva imediato. Se sair, o ex-tricolor deve brigar por uma vaga com Forlán. No 4-4-2 em losango de Fernandão, se Damião sair, são dois lugares para três candidatos (Diego Forlán, Dagoberto e Rafael Moura). De qualquer forma, parece-me que Rafael chega para engrossar o elenco.

Jogador por jogador, centroavante por centroavante, hoje prefiro Rafael Moura. Mais presença de área, força física e experiência. Contudo soa-me certo o que André pode e deve fazer pelo Alvinegro, ao contrário de Rafael no Colorado, até porque não deve ser titular.

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quarta-feira, agosto 08, 2012

Rascunhos da nova temporada

Vi apenas 5 minutos do segundo tempo do amistoso entre Barcelona e Manchester United, nesta quarta-feira, quando Kagawa entrou na vaga de Rooney, e Welbeck foi adiantado à referência do ataque. Na primeira etapa, no 4-4-1-1 escalado por Alex Ferguson, o camisa 19 atuou por trás do 10, buscando encostar em Rooney e nos extremos Nani e Young, por sinal bastante acionados às costas de Adriano e Daniel Alves pelos corredores laterais.

No miolo da meia-canha a dupla foi formada por Anderson e Scholes, sendo este último o responsável em distribuir o jogo a passes e lançamentos longos. Nas laterais, apesar de baterem de frente com Tello e principalmente Alexis, Valencia e Evra foram relativamente presentes no campo ofensivo nos primeiros 45 minutos. Mas a posse de bola, para variar, ficou com o Barça a maior parte do tempo.



Postado no 4-3-3 habitual, com Messi de falso 9, Busquets na cabeça de área e Iniesta na meia esquerda, a equipe agora treinada por Tito Vilanova, ex-auxiliar de Pep Guardiola, fez o que dela se espera, embora não tenha criado muitas chances, tampouco aberto o placar. No intervalo o gênio argentino saiu, várias outras alterações foram feitas, e não acompanhei a metade final da partida.

Os times titulares para esse segundo semestre, tanto de Barcelona quanto de United, não devem fugir destes na prancheta. Por um lado, faltaram Piqué, Xavi e Villa. Pelo outro, o lateral Rafael e Kagawa, que deve ter um lugar entre os onze, em tese na vaga de Welbeck. Falta também a definição da dupla de "volantes" (Smalling, Carrick, Fletcher, Anderson, Scholes, quem sabe Giggs). Se Van Persie fechar com os Red Devils, no entanto, o japonês pode ser deslocado ao flanco. Ou ao banco.

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Brasil e Europa de igual pra igual

43 milhões de euros, informou PVC no ESPN.com.br. Essa foi a mixaria paga pelo PSG pelo são-paulino de 19 anos. 43 milhões de euros.

Lucas vale tudo isso? Não. Hoje, claro que não. Mas algum mérito ele deve ter tido para que o clube francês, capitaneado fora do campo por Leonardo, desembolsasse esse abismo de dinheiro. Seu empresário, Wagner Ribeiro, também. Na minha modesta opinião, o valor mais "justo" por Lucas, hoje, giraria em torno de € 25 milhões. Talvez 30.



Alguns podem, ainda assim, achar 25, 30 milhões muito pelo futebol apresentado pelo tricolor em sua curta carreira. Contudo vale lembrar e se acostumar à realidade do Brasil não exportar mais suas relíquias ao Velho Mundo a preço de banana. Se a grana paga por Lucas foi ou não exagerada (claro que foi!), são outros quinhentos. O fato, porém, é que atualmente os gigantes europeus não chegam mais por aqui para voltar com suas naus repletas de preciosidades tupiniquins.

Gosto de citar Pato. Só um exemplo. Em 2007, o Inter o vendeu por 20 milhões de dólares. Mesmo se tratando de um atleta de apenas 17 anos à época, foi baratíssimo - ainda mais se comparado aos valores das transações que ocorriam e ocorrem entre eles, os europeus, sem falar na bola que o promissor atacante colorado jogava. E torna-se praticamente de graça, a negociação entre Inter e Milan (20 milhões de dólares!), quando vemos, 5 anos depois, o PSG pagar 43 milhões, de euros, por Lucas.

Lucas vale € 43 milhões? Para mim, não. Pelo que exibiu no profissional do São Paulo nos últimos 2 anos, evidente que não. No entanto me conforta saber que os tempos em que os europeus vinham para cá trocar espelhos por ouro ficaram para trás.

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segunda-feira, agosto 06, 2012

Mire-se em Oscar e Lucas, Neymar

Oscar no Chelsea, Lucas no PSG, ambos na Champions. E Neymar na Copa do Brasil. Essa é a previsão para o primeiro semestre de 2013, caso o craque do Peixe permaneça na Vila.

Segundo informou o Globoesporte.com na noite deste domingo, o camisa 7 da seleção olímpica irá trocar o São Paulo pelo clube francês após os Jogos de Londres. Ao que parece, Inter de Milão e Manchester United, os outros interessados no tricolor, ficaram a ver navios.

Se confirmada a transação de Lucas, dois das quatro principais revelações brasileiras dos últimos anos (Oscar e Lucas, ao lado de Ganso e Neymar) atuarão na Europa há exatas duas temporadas da Copa do Mundo. Indubitavelmente um ganho tático, técnico, físico e psicológico sem tamanho para eles. Se serão titulares logo de cara, é outra história. Mas o fato é que Oscar e Lucas, um no Chelsea, outro no PSG, terão dois anos para se adaptar à nata do futebol mundial e se acostumar a enfrentar os cachorros grandes, os adversários que estarão presentes em 2014. Já Neymar...

Que Neymar vai para o Barcelona, vai. E para ele, não tenho dúvida, destino melhor não há. A única interrogação é: quando? Apesar de todo assédio de parte da imprensa catalã (em especial do Mundo Deportivo), parece-me evidente que Neymar não passará da Vila Belmiro para o Camp Nou agora em agosto. Primeiro porque não deve abandonar o barco no meio do caminho, e segundo porque não é do interesse azulgrená gastar essa grana nesse momento no setor ofensivo (que conta com Messi, Alexis, Pedro, Tello, Cuenca, a volta de Villa, sem falar nos próprios Fàbregas e Iniesta).

Contudo, não acredito que ele fique até 2014 em Santos e só depois se mude para Barcelona, como pensa, ou diz que pensa, Luis Álvaro e boa parte da torcida alvinegra. A pressão para sua saída antes disso se tornará insustentável. Logo, deve ser em 2013. A questão é: na janela de inverno ou verão europeia?

Creio eu, na de inverno. E aposto em Neymar desembarcando na Catalunha em janeiro de 2013 por alguns motivos. Um deles, talvez o decisivo, é o cenário nada animador no Santos. Hoje, com o atual elenco, independente de Ganso sair ou não, o Peixe não vai se classificar à Libertadores. Portanto as competições que Neymar irá disputar no primeiro semestre de 2013 são o Paulistão e a Copa do Brasil, dois torneios dos quais já foi campeão, e de níveis técnicos e de condições de trabalho questionáveis.

Se não todos, noventa por cento dos companheiros de canarinha devem estar aconselhando Neymar a se transferir à Europa, o quanto antes. Mano Menezes idem. Se não seria excelente para o Santos, seria para ele, para a Seleção, e para o Barça. Neymar é craque, todavia tem muito a evoluir. Como têm Oscar e Lucas. A diferença é que Oscar e Lucas, há dois anos da Copa do Mundo, jogando na Europa, em tese irão se desenvolver muito mais, enquanto, no Brasil, Neymar já deu o que tinha que dar.

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quarta-feira, agosto 01, 2012

Que venha Honduras!

O jogo era para cumprir tabela, o adversário era fraco, e cinco titulares foram poupados. Ainda assim pode-se tirar um saldo da vitória por 3 a 0 sobre a Nova Zelândia nesta quarta-feira.

Individualmente, para mim o principal destaque foi Danilo, não somente pelo gol marcado. Oriundo da lateral, é no meio-campo onde ele se sente mais à vontade - já deu declarações nesse sentido, inclusive. Atuando como segundo volante, deu mais agressividade à saída de bola e mais contundência à chegada à frente. Não será surpresa se, nas quartas de final, o jogador do Porto ganhar a vaga de Rômulo, que não compromente, mas também não brilha.

Coletivamente, a equipe treinada por Mano Menezes postou-se no 4-4-2 em linha, com o lateral de origem Alex Sandro na extrema esquerda e Lucas na direita. Por dentro, o atacante de movimentação Neymar flutuou por uma extensa faixa do gramado. Foi ele o grande responsável em voltar para buscar a bola e a partir dali armar o jogo.



Defensivamente é impossível fazer uma avaliação fiel porque o Brasil não foi exigido. Ofensivamente, porém, a Seleção foi desequilibrada. Ocupou e atacou muito (bem) pelo corredor esquerdo, com Marcelo, Alex Sandro e o próprio Neymar. Em contrapartida, do outro lado, em especial no primeiro tempo, Rafael e Lucas foram abandonados. Não sei se por estratégia ou por equívoco, o corredor destro ficou às traças.

No sábado, diante de Honduras, é provável que o camisa 11 seja deslocado à ponta esquerda, com Oscar por dentro e Hulk à direita do 4-2-3-1 verde e amarelo. E na frente Pato deve retomar a titularidade, apesar do gol de Damião contra os All Whites.

O fato é que os comandados de Mano caminham a passos largos e firmes em direção ao sonhado ouro olímpico.

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