Tá no globoesporte.com: São Paulo se aproxima de Jadson. Já que a primeira alternativa não vingou (Montillo), se materializada a transação, será a principal contratação do Tricolor do Morumbi até o momento. Não é craque, mas tem bola de sobra para entrar no time são-paulino. Fala-se em € 8 milhões.
Há tempos o Shakhtar Donetsk trabalha com vários jogadores brasileiros, e Jadson é um dos mais importantes nesta história recente do clube ucraniâno. Na equipe que conta com o canhoto Douglas Costa na ponta direita, o destro Willian na esquerda e Luiz Adriano na referência do ataque, Jadson é o meia. Veja aqui.
Na Seleção, quando foi chamado por Mano Menezes, o ex-atleta do Atlético-PR dividiu as meias com Elias, naquele 4-3-3 pré-Copa América. Entre eles, Jadson cumpriu o papel de armador, Elias mais carregador.
Quanto à projeção no São Paulo, se confirmada a transferência, não tenho ideia do que se passa na cabeça de Leão. Porém podemos pensar em várias possibilidades de estruturas táticas (4-4-2 em losango, 4-2-3-1, 4-3-3), graças também à polivalência de Jadson.
quinta-feira, dezembro 29, 2011
Paris é uma boa para Pato?
A temporada não foi das melhores para Alexandre Pato. Mas sua qualidade e seu potencial são inegáveis. É craque do alto escalão europeu. Não há como negar.
Pelo visto, porém, Allegri não concorda. Apesar da irregularidade devido a lesões, nunca foi titular absoluto do treinador. No obrigatório 4-4-2 em losango do Milan, luta pela segunda vaga do ataque com Robinho. E mais para frente, provavelmente também com Tevez. Ou seja: o cenário não é animador para o jogador.
Salário superior à parte, no PSG seria titular indiscutível. Seja como centroavante, seja como ponta, no 4-2-3-1 da equipe francesa, Pato nadaria de braçada. Além do que, trabalhando com Ancelotti e Leonardo, o ex-Colorado foi muito bem.
É verdade que a Liga Francesa não é forte nem visada como a Italiana. No entanto no que diz respeito ao panomara continental, não resta dúvida de que iremos ver o PSG disputando a Champions League com frequência. Quanto ao papel que vão fazer nela, são outros quinhentos.
Pelo visto, porém, Allegri não concorda. Apesar da irregularidade devido a lesões, nunca foi titular absoluto do treinador. No obrigatório 4-4-2 em losango do Milan, luta pela segunda vaga do ataque com Robinho. E mais para frente, provavelmente também com Tevez. Ou seja: o cenário não é animador para o jogador.
Salário superior à parte, no PSG seria titular indiscutível. Seja como centroavante, seja como ponta, no 4-2-3-1 da equipe francesa, Pato nadaria de braçada. Além do que, trabalhando com Ancelotti e Leonardo, o ex-Colorado foi muito bem.
É verdade que a Liga Francesa não é forte nem visada como a Italiana. No entanto no que diz respeito ao panomara continental, não resta dúvida de que iremos ver o PSG disputando a Champions League com frequência. Quanto ao papel que vão fazer nela, são outros quinhentos.
segunda-feira, dezembro 19, 2011
A miopia do futebol brasileiro
Tenho convicção de que parte da imprensa e dos treinadores brasileiros não acompanha o futebol europeu. Eu sei, concordo contigo, é inexplicável e imperdoável. Mas tem.
E a prova disso, uma delas, foi o Mundial FIFA deste ano. Pode-se ler e ouvir várias pessoas endeusando o Barcelona pelo banho de bola sobre o Santos, como se fosse a primeira vez que o time treinado por Guardiola tivesse aparecido na televisão.
Cansei de ver manchetes do tipo "Neste domingo o Barcelona ensinou como se joga futebol". Ora! Esse Barça joga assim, do mesmíssimo jeito, desde a temporada passada. Nesta chegaram Fábregas e Alexis, o elenco foi reforçado, o 3-4-3 surgiu neste ano, a mobilidade é maior, porém desde a temporada passada o estilo, a "filosofia", é a mesma.
Tudo bem que o grande público, aquele sem acesso à TV fechada, pode ter se surpreendido com o carrossel culé. Contudo é inadmissível um ser que gosta ou trabalha com futebol, e que tem acesso à TV fechada, desconhecer essa equipe histórica. Para mim, injustificável.
Outra prova de que alguns técnicos ignoram a bola jogada no Velho Mundo foi a disseminação do 4-2-3-1 pelo Brasil em 2011. Ora! Se joga assim na Europa há anos. De cabeça, me lembro que na Euro 2008 a maioria das seleções adotavam esse esquema. Mas foi por causa da Copa da África do Sul, e somente por causa da Copa da África do Sul, que o 4-2-3-1 entrou na "moda" por aqui.
É verdade que alguns treinadores já aderiam este sistema bem antes. Como o Grêmio vice-campeão da Libertadores em 2007, por exemplo, treinado por Mano Menezes. Porém ficou claro que vários treinadores precisaram assistir à Copa de 2010 para perceberem que não existia apenas o 3-5-2 ou o 4-4-2 em quadrado. Para se darem conta de que o "ponta" não morreu com Telê Santana. Para realizarem que o "ponta" está mais vivo do que nunca.
O futebol europeu e o Barcelona estão na TV fechada toda semana. Só não segue quem não se interessa.
Uma das coisas que atrapalha o futebol nacional não é a disparidade econômica, que obviamente existe, entre os clubes da Europa e do Brasil. Uma das coisas que atrapalha o futebol nacional é a miopia de parte da imprensa e dos treinadores. O exemplo está na nossa cara. Só não vê quem não quer.
E a prova disso, uma delas, foi o Mundial FIFA deste ano. Pode-se ler e ouvir várias pessoas endeusando o Barcelona pelo banho de bola sobre o Santos, como se fosse a primeira vez que o time treinado por Guardiola tivesse aparecido na televisão.
Cansei de ver manchetes do tipo "Neste domingo o Barcelona ensinou como se joga futebol". Ora! Esse Barça joga assim, do mesmíssimo jeito, desde a temporada passada. Nesta chegaram Fábregas e Alexis, o elenco foi reforçado, o 3-4-3 surgiu neste ano, a mobilidade é maior, porém desde a temporada passada o estilo, a "filosofia", é a mesma.
Tudo bem que o grande público, aquele sem acesso à TV fechada, pode ter se surpreendido com o carrossel culé. Contudo é inadmissível um ser que gosta ou trabalha com futebol, e que tem acesso à TV fechada, desconhecer essa equipe histórica. Para mim, injustificável.
Outra prova de que alguns técnicos ignoram a bola jogada no Velho Mundo foi a disseminação do 4-2-3-1 pelo Brasil em 2011. Ora! Se joga assim na Europa há anos. De cabeça, me lembro que na Euro 2008 a maioria das seleções adotavam esse esquema. Mas foi por causa da Copa da África do Sul, e somente por causa da Copa da África do Sul, que o 4-2-3-1 entrou na "moda" por aqui.
É verdade que alguns treinadores já aderiam este sistema bem antes. Como o Grêmio vice-campeão da Libertadores em 2007, por exemplo, treinado por Mano Menezes. Porém ficou claro que vários treinadores precisaram assistir à Copa de 2010 para perceberem que não existia apenas o 3-5-2 ou o 4-4-2 em quadrado. Para se darem conta de que o "ponta" não morreu com Telê Santana. Para realizarem que o "ponta" está mais vivo do que nunca.
O futebol europeu e o Barcelona estão na TV fechada toda semana. Só não segue quem não se interessa.
Uma das coisas que atrapalha o futebol nacional não é a disparidade econômica, que obviamente existe, entre os clubes da Europa e do Brasil. Uma das coisas que atrapalha o futebol nacional é a miopia de parte da imprensa e dos treinadores. O exemplo está na nossa cara. Só não vê quem não quer.
domingo, dezembro 18, 2011
Nada de anormal na final do Mundial
É difícil falar desse Barça sem cair no clichê. A exibição dada pelo time treinado por Guardiola se repete a quase todo fim de semana. Está na TV fechada. Só não acompanha que não se interessa.
O estilo a gente conhece de cor e salteado: posse de bola, troca de passes curtos, pacientes, à espera da oportunidade para penetrar na área adversária. No 4 a 0 sobre o Santos, não foi diferente.
Pelo lado brasileiro, não se pode crucificar Muricy Ramalho ou os atletas alvinegros pela passividade na final do Mundial. Praticamente, sei lá, 80% das equipes que enfrentam o Barça de Messi e cia se encontram com as mãos, ou pés, atados.
É verdade que Neymar não aproveitou uma ou outra chance criada no contra-ataque. Mas daí a dizer que ele amarelou ou pipocou é um pouco demais. Falar do sofá de casa tomando café da manhã é fácil.
A máquina, o carrossel azulgrená, ou seja lá qual apelido queira dar, fez com o Peixe o que faz com 80% de seus oponentes. Independente da estratégia e do esquema tático que o Santos adotasse, o Barcelona atropelaria.
O estilo a gente conhece de cor e salteado: posse de bola, troca de passes curtos, pacientes, à espera da oportunidade para penetrar na área adversária. No 4 a 0 sobre o Santos, não foi diferente.
Pelo lado brasileiro, não se pode crucificar Muricy Ramalho ou os atletas alvinegros pela passividade na final do Mundial. Praticamente, sei lá, 80% das equipes que enfrentam o Barça de Messi e cia se encontram com as mãos, ou pés, atados.
É verdade que Neymar não aproveitou uma ou outra chance criada no contra-ataque. Mas daí a dizer que ele amarelou ou pipocou é um pouco demais. Falar do sofá de casa tomando café da manhã é fácil.
A máquina, o carrossel azulgrená, ou seja lá qual apelido queira dar, fez com o Peixe o que faz com 80% de seus oponentes. Independente da estratégia e do esquema tático que o Santos adotasse, o Barcelona atropelaria.
sábado, dezembro 17, 2011
Kaká e Özil podem pagar o pato
Lembro que logo após voltar de lesão, em fevereiro deste ano, Kaká foi escalado na meia do 4-2-3-1, com Ronaldo e Özil nas extremas. À época publiquei o post "Di María pode pagar o pato". Veja aqui.
Eis que hoje, mais de dez meses depois, quem parece correr risco são justamente Kaká e Özil. No 6 a 2 sobre o Sevilla, neste sábado, o argentino foi o armador central do time. O brasileiro e o alemão ficaram no banco os 90 minutos.
Di María sempre foi homem de beirada. Confesso que foi a primeira vez que o vi jogando nessa posição com a camisa merengue. E nessa posição, ele foi o dono da partida. Se movimentou com maestria, distribuiu bem o jogo e emplacou duas assistências, além de deixar o dele.
É verdade que seu gol foi marcado quando os visitantes estavam com um a menos em campo (Pepe foi expulso). O esquema tático tinha sido alterado para o 4-4-1 em linha. Mas ainda assim, apresentação de gala do 22.
O fato é que, na posição de Kaká e Özil, Di María deitou e rolou diante do Sevilla. Agora nos resta aguardar para ver se Mourinho vai efetivá-lo ao cargo de meia-central, ou se foi algo ocasional. De qualquer maneira, o 8 e o 10 que se cuidem.
Eis que hoje, mais de dez meses depois, quem parece correr risco são justamente Kaká e Özil. No 6 a 2 sobre o Sevilla, neste sábado, o argentino foi o armador central do time. O brasileiro e o alemão ficaram no banco os 90 minutos.
Di María sempre foi homem de beirada. Confesso que foi a primeira vez que o vi jogando nessa posição com a camisa merengue. E nessa posição, ele foi o dono da partida. Se movimentou com maestria, distribuiu bem o jogo e emplacou duas assistências, além de deixar o dele.
É verdade que seu gol foi marcado quando os visitantes estavam com um a menos em campo (Pepe foi expulso). O esquema tático tinha sido alterado para o 4-4-1 em linha. Mas ainda assim, apresentação de gala do 22.
O fato é que, na posição de Kaká e Özil, Di María deitou e rolou diante do Sevilla. Agora nos resta aguardar para ver se Mourinho vai efetivá-lo ao cargo de meia-central, ou se foi algo ocasional. De qualquer maneira, o 8 e o 10 que se cuidem.
sexta-feira, dezembro 16, 2011
Pré-jogo: Santos x Barcelona
Se Alexis não tiver condição, creio que Pedro será escalado na ponta esquerda, Messi na direita e Fábregas de falso nove, com Xavi e Iniesta nas meias. Mas se o chileno estiver apto, acredito na disposição tática do time na prancheta abaixo.
Messi e Alexis devem inverter as posições com frequência, para confundir o lado esquerdo da defesa santista. Com velocidade e habilidade, os camisas 9 e 10 podem dar trabalho para Durval e Bruno Rodrigo. Além, claro, de Daniel Alves, que costuma ocupar aquela faixa do gramado.
O panorama da partida todos conhecem: Barça com a posse, Santos pronto para contra-atacar. Não tem mistério. O time de Guardiola faz isso com todos adversários, e contra o Peixe não vai ser diferente. A equipe azulgrená joga inteira no campo ofensivo. Por isso até Borges deve recuar. E nas vezes em que a bola for retomada, lançamento para ele e Neymar.
Há também a possibilidade do 3-4-3. Abidal em Borges, Piqué em Neymar, e Puyol na sobra. Daniel Alvez na ponta direita, Alexis no centro e Messi no topo dum losango no meio-campo. Se isso acontecer, os duelos individuais ficarão bem definidos: Ganso x Busquets, Xavi x Arouca, Fábregas x Elano, Messi x Henrique. Essa opção é bem possível pelo fato de haver um homem sobrando na marcação à dupla de ataque alvinegra.
Pelo lado do Santos, diferentemente do que ocorreu diante do Kashiwa, Arouca tem de ser o elemento surpresa. Nessa onda de contra-ataque, ele é o meio-campista mais indicado para chegar à frente em velocidade. Danilo é outro que preenche os requisitos para a transição rápida entre defesa e ataque.
É óbvio que o Peixe pode vencer o Barça, pois trata-se de apenas um jogo. Para isso, porém, os brasileiros terão de ser perfeitos no contra-ataque (sem falar na bola parada). Além disso, terão de contar com a sorte. Porque inevitavelmente o Barcelona vai criar as chances. E a chance do Santos está no azar culé, num dia em que a pontaria não esteja afinada. E numa grande noite de Rafael.
Tentativas de previsão à parte, o apito inicial será dado às 8h30 (Brasília) deste domingo, em Yokohama, no Japão.
Messi e Alexis devem inverter as posições com frequência, para confundir o lado esquerdo da defesa santista. Com velocidade e habilidade, os camisas 9 e 10 podem dar trabalho para Durval e Bruno Rodrigo. Além, claro, de Daniel Alves, que costuma ocupar aquela faixa do gramado.
O panorama da partida todos conhecem: Barça com a posse, Santos pronto para contra-atacar. Não tem mistério. O time de Guardiola faz isso com todos adversários, e contra o Peixe não vai ser diferente. A equipe azulgrená joga inteira no campo ofensivo. Por isso até Borges deve recuar. E nas vezes em que a bola for retomada, lançamento para ele e Neymar.
Há também a possibilidade do 3-4-3. Abidal em Borges, Piqué em Neymar, e Puyol na sobra. Daniel Alvez na ponta direita, Alexis no centro e Messi no topo dum losango no meio-campo. Se isso acontecer, os duelos individuais ficarão bem definidos: Ganso x Busquets, Xavi x Arouca, Fábregas x Elano, Messi x Henrique. Essa opção é bem possível pelo fato de haver um homem sobrando na marcação à dupla de ataque alvinegra.
Pelo lado do Santos, diferentemente do que ocorreu diante do Kashiwa, Arouca tem de ser o elemento surpresa. Nessa onda de contra-ataque, ele é o meio-campista mais indicado para chegar à frente em velocidade. Danilo é outro que preenche os requisitos para a transição rápida entre defesa e ataque.
É óbvio que o Peixe pode vencer o Barça, pois trata-se de apenas um jogo. Para isso, porém, os brasileiros terão de ser perfeitos no contra-ataque (sem falar na bola parada). Além disso, terão de contar com a sorte. Porque inevitavelmente o Barcelona vai criar as chances. E a chance do Santos está no azar culé, num dia em que a pontaria não esteja afinada. E numa grande noite de Rafael.
Tentativas de previsão à parte, o apito inicial será dado às 8h30 (Brasília) deste domingo, em Yokohama, no Japão.
quarta-feira, dezembro 14, 2011
Mais um no 4-2-3-1
Chama a atenção a troca de posicionamento entre os atletas da chamada linha de três. Originalmente Pastore é o homem central, o canhoto Nenê o ponta-direita e o destro Bahebeck o esquerda. No entanto eventualmente há a inversão entre Pastore e Nenê, e Nenê e Bahebeck.
Pelo menos foi assim nesta quarta-feira, no 4 a 2 sobre o Athetic Bilbao, em Paris. Apesar da vitória, o time treinado por Kombouaré está eliminado da Liga Europa.
Embora ambos avançassem, entre os laterais Ceará apoiou com mais frequência que Tiéné. E entre os volantes, Bodmer saiu mais para o jogo que Armand.
Outra coisa que me chamou a atenção foi a movimentação de Gameiro. O centroavante francês esteve longe de ser aquele 9 de ofício. A mobilidade do camisa 19 foi produtiva nas tramas ofensivas, principalmente nas caídas pela direita. Além de abrir espaços para os companheiros, desorientou a marcação adversária.
Pelo menos foi assim nesta quarta-feira, no 4 a 2 sobre o Athetic Bilbao, em Paris. Apesar da vitória, o time treinado por Kombouaré está eliminado da Liga Europa.
Embora ambos avançassem, entre os laterais Ceará apoiou com mais frequência que Tiéné. E entre os volantes, Bodmer saiu mais para o jogo que Armand.
Outra coisa que me chamou a atenção foi a movimentação de Gameiro. O centroavante francês esteve longe de ser aquele 9 de ofício. A mobilidade do camisa 19 foi produtiva nas tramas ofensivas, principalmente nas caídas pela direita. Além de abrir espaços para os companheiros, desorientou a marcação adversária.
As falhas e virtudes do Peixe na estreia
Muita gente viu o Santos no 4-2-3-1. Entendo, e até tendo a concordar, devido ao posicionamento de Elano. Contudo, para mim, é 4-4-2 em losango. O camisa 8 teve de atuar mais aberto do que de costume por causa da marcação ao flanco adversário.
Mas independente da classificação do esquema tático, é preciso ressaltar os pontos positivos e, principalmente os negativos, da estreia do Peixe no Mundial.
O Santos decidiu no talento individual. A individualidade alvinegra foi muito superior à coletividade. Tanto é que os três gols saíram de jogadas individuais (Neymar, Borges e Danilo).
O primeiro pecado da equipe de Muricy foi a manutenção da posse de bola. Ou melhor: a ausência da manutenção da posse. Ganso não conseguiu prender a bola no campo de ataque, nem ditar o ritmo do duelo, como em carnavais passados.
Não conseguiu, talvez, porque Elano e Arouca foram pouco acionados. Faltou gente na frente. Faltou Elano se aproximar do 10 e dos atacantes. E faltou Arouca trabalhar como elemento surpresa, papel que cumpre tão bem. Achei que ele ficou muito preso, a cerca de Henrique.
Quem também deveria ter sido mais acionado, em especial no primeiro tempo, foi Danilo. Se por um lado Durval não teve/tem o mesmo ímpeto ofensivo, do outro Danilo estava chamando o jogo a todo instante. Quando recebeu a bola, o 4 deu muito trabalho.
E por fim, a última cornetada fica por conta dos cruzamentos do Kashiwa. Tanto por baixo quanto por cima, o time japonês criou inúmeras chances com esse artifício. Algo a se pensar e repensar para a final. Provavelmente contra o favoritíssimo Barcelona.
Só para registro, Alan Kardec entrou no vaga/posição de Elano no segundo tempo, e mais tarde Ibson na de Borges, passando assim Kardec para o ataque e Ibson fechando o lado direito do losango do meio-campo.
Mas independente da classificação do esquema tático, é preciso ressaltar os pontos positivos e, principalmente os negativos, da estreia do Peixe no Mundial.
O Santos decidiu no talento individual. A individualidade alvinegra foi muito superior à coletividade. Tanto é que os três gols saíram de jogadas individuais (Neymar, Borges e Danilo).
O primeiro pecado da equipe de Muricy foi a manutenção da posse de bola. Ou melhor: a ausência da manutenção da posse. Ganso não conseguiu prender a bola no campo de ataque, nem ditar o ritmo do duelo, como em carnavais passados.
Não conseguiu, talvez, porque Elano e Arouca foram pouco acionados. Faltou gente na frente. Faltou Elano se aproximar do 10 e dos atacantes. E faltou Arouca trabalhar como elemento surpresa, papel que cumpre tão bem. Achei que ele ficou muito preso, a cerca de Henrique.
Quem também deveria ter sido mais acionado, em especial no primeiro tempo, foi Danilo. Se por um lado Durval não teve/tem o mesmo ímpeto ofensivo, do outro Danilo estava chamando o jogo a todo instante. Quando recebeu a bola, o 4 deu muito trabalho.
E por fim, a última cornetada fica por conta dos cruzamentos do Kashiwa. Tanto por baixo quanto por cima, o time japonês criou inúmeras chances com esse artifício. Algo a se pensar e repensar para a final. Provavelmente contra o favoritíssimo Barcelona.
Só para registro, Alan Kardec entrou no vaga/posição de Elano no segundo tempo, e mais tarde Ibson na de Borges, passando assim Kardec para o ataque e Ibson fechando o lado direito do losango do meio-campo.
terça-feira, dezembro 13, 2011
Álvarez entra no invervalo e muda o jogo
Longe de apresentar um futebol convincente, a Inter jogou para o gasto e derrotou o Genoa, fora de casa, nesta terça-feira, por 1 a 0.
Ranieri escalou o time no 4-4-2 em linha, com Thiago Motta de primeiro volante, Cambiasso de segundo, trabalhando como "armador", e Poli e Faraoni nas extremas. Na frente, Milito e Pazzini dividiram os espaços meio a meio.
Entre os laterais, Nagatomo foi muito mais ofensivo que Zanetti, por motivos óbvios. Foi dele, aliás, de cabeça, o único gol da partida. O japonês se antecipou por trás de seu marcador e completou o cruzamento de Álvarez com perfeição.
Álvarez entrou no intervalo, no lugar de Faraoni. Canhoto, aberto pela direita, o argentino buscou a diagonal com frequência, deu trabalho aos adversários e chegou a mandar uma na trave - além da assistência. O camisa 11 mudou o panorama do confronto.
Mais tarde Poli foi substituído por Obi, Milito por Forlán, mas a estrutura tática foi mantida. Com a magra vitória, os nerazzurris subiram para a sétima colocação.
Ranieri escalou o time no 4-4-2 em linha, com Thiago Motta de primeiro volante, Cambiasso de segundo, trabalhando como "armador", e Poli e Faraoni nas extremas. Na frente, Milito e Pazzini dividiram os espaços meio a meio.
Entre os laterais, Nagatomo foi muito mais ofensivo que Zanetti, por motivos óbvios. Foi dele, aliás, de cabeça, o único gol da partida. O japonês se antecipou por trás de seu marcador e completou o cruzamento de Álvarez com perfeição.
Álvarez entrou no intervalo, no lugar de Faraoni. Canhoto, aberto pela direita, o argentino buscou a diagonal com frequência, deu trabalho aos adversários e chegou a mandar uma na trave - além da assistência. O camisa 11 mudou o panorama do confronto.
Mais tarde Poli foi substituído por Obi, Milito por Forlán, mas a estrutura tática foi mantida. Com a magra vitória, os nerazzurris subiram para a sétima colocação.
Sem sorte não se ganha do Barça
Qual a estratégia mais indicada para bater o Barcelona? Ou melhor: para tentar. Se é que existe uma, ela não é garantia de sucesso.
Todo mundo conhece o estilo do time de Guardiola de cor e salteado: manutenção da posse, troca de passes pacientes, curtos, tabelas, triangulações, à espera do momento ideal para a infiltração na área e a finalização. Sem a bola, marcação por pressão.
Se não me engano, há quase quatro anos o Barcelona tem mais posse de bola que seu adversário. Quase quatro anos! Ou seja: hoje, é impossível inverter esse panorama. A bola fica mais tempo no pé do Barça, e ponto final.
A estratégia mais adequada, então, na minha opinião, é o contra-ataque. Como a linha de defesa azulgrená atua bastante adiantada, há espaço de sobra para o contra-golpe em velocidade. Na teoria não é complicado. Na prática, porém, a coisa muda.
Muda porque, como se sabe, o Barcelona marca por pressão. Como a equipe atua adiantada, com quase todos atletas no campo ofensivo, quando perde a bola, existem sempre pelo menos dois jogadores aptos a retomá-la imediatamente.
Por isso a melhor opção é a ligação rápida entre defesa e ataque. É se fechar (para mim num 4-4-1-1) e não desperdiçar os contra-ataques que possam surgir. Contudo, há um problema: por quanto tempo é possível se defender sem sofrer gol? Cedo ou tarde, o adversário acaba sucumbindo ao envolvimento catalão.
Resumindo, entendo que para ganhar do Barça de Messi e Guardiola, é preciso ser impecável no contra-ataque. E contar com a sorte. Muita sorte. Ou com o azar culé, se preferir.
Todo mundo conhece o estilo do time de Guardiola de cor e salteado: manutenção da posse, troca de passes pacientes, curtos, tabelas, triangulações, à espera do momento ideal para a infiltração na área e a finalização. Sem a bola, marcação por pressão.
Se não me engano, há quase quatro anos o Barcelona tem mais posse de bola que seu adversário. Quase quatro anos! Ou seja: hoje, é impossível inverter esse panorama. A bola fica mais tempo no pé do Barça, e ponto final.
A estratégia mais adequada, então, na minha opinião, é o contra-ataque. Como a linha de defesa azulgrená atua bastante adiantada, há espaço de sobra para o contra-golpe em velocidade. Na teoria não é complicado. Na prática, porém, a coisa muda.
Muda porque, como se sabe, o Barcelona marca por pressão. Como a equipe atua adiantada, com quase todos atletas no campo ofensivo, quando perde a bola, existem sempre pelo menos dois jogadores aptos a retomá-la imediatamente.
Por isso a melhor opção é a ligação rápida entre defesa e ataque. É se fechar (para mim num 4-4-1-1) e não desperdiçar os contra-ataques que possam surgir. Contudo, há um problema: por quanto tempo é possível se defender sem sofrer gol? Cedo ou tarde, o adversário acaba sucumbindo ao envolvimento catalão.
Resumindo, entendo que para ganhar do Barça de Messi e Guardiola, é preciso ser impecável no contra-ataque. E contar com a sorte. Muita sorte. Ou com o azar culé, se preferir.
sexta-feira, dezembro 09, 2011
Pré-jogo: Real Madrid x Barcelona
Acredito que tanto José Mourinho quanto Pep Guardiola vão preservar as estruturas táticas habituais de suas equipes: Madrid no 4-2-3-1, Barça no 4-3-3.
Acho pouco provável que o treinador português mude o estilo de jogo, como fez em carnavais passados, por exemplo. Na 32ª rodada da Liga anterior (16/04/11), Mourinho adotou o contra-ataque escancarado em pleno Santiago Bernabéu, num 4-1-4-1 com Pepe entre as linhas de quatro (veja aqui). Os donos da casa até que se defenderam bem, mas o placar ficou no 1 a 1.
Já em agosto, na estreia desta temporada, pela Supercopa, o Real Madrid voltou ao 4-2-3-1 corriqueiro (aqui). Por essas e outras penso que os blancos começarão no esquema usual, com Khedira e Alonso de volantes, Özil na meia central, Di María e Cristiano Ronaldo nas pontas, e Benzema de centroavante - embora o SPORT especule Coentrão titular e Özil banco.
Também não creio que Guardiola irá utilizar o 3-4-3. Se por um lado ele poderia ganhar em superioridade numérica no miolo do meio de campo (Khedira, Alonso e Özil contra Busquets, Xavi, Iniesta e Fábregas), por outro imagino que ele não seja louco para deixar Piqué, Puyol (Abidal) e Daniel (Abidal) no mano a mano com Benzema, Di María e Cristiano Ronaldo.
Portanto se não ocorrer nenhuma surpresa, e se forem essas mesmas as escalações (Alexis pode pintar, para marcar Marcelo), os duelos individuais serão bem definidos: Arbeloa x Villa, Marcelo x Pedro, Pepe/Ramos x Messi, Khedira x Iniesta, Alonso x Xavi, Özil x Sergio Busquets, Di María x Abidal, Ronaldo x Daniel Alves, e Benzema x Piqué/Puyol.
Nunca é demais lembrar, porém, a movimentação de Messi: o recuo para receber no setor do meio-campo e enfiar na medida para as infiltrações na área dos meias (Xavi e Iniesta) e dos pontas (Villa e Pedro).
O xis da questão é: será que, mesmo no Bernabéu, o Barcelona vai ter mais posse de bola, como acontece em 99,9% dos casos? Ou será que os anfitriões vão conseguir reter a pelota, ao invés de visar apenas o contra-golpe? Eu apostaria na segunda opção. O Madrid deve tentar manter a posse. Se vai obter êxito ou não, são outros quinhentos. Agora, se marcar o primeiro gol nos primeiros 15, 20 minutos, não tenho dúvida de que a ordem será contra-atacar.
Previsão à parte, o pontapé inicial será dado às 19h (Brasília), neste sábado, em partida válida pela 16ª rodada do Espanhol. Com um jogo a mais na tabela, hoje o Barcelona está a três pontos do líder.
Acho pouco provável que o treinador português mude o estilo de jogo, como fez em carnavais passados, por exemplo. Na 32ª rodada da Liga anterior (16/04/11), Mourinho adotou o contra-ataque escancarado em pleno Santiago Bernabéu, num 4-1-4-1 com Pepe entre as linhas de quatro (veja aqui). Os donos da casa até que se defenderam bem, mas o placar ficou no 1 a 1.
Já em agosto, na estreia desta temporada, pela Supercopa, o Real Madrid voltou ao 4-2-3-1 corriqueiro (aqui). Por essas e outras penso que os blancos começarão no esquema usual, com Khedira e Alonso de volantes, Özil na meia central, Di María e Cristiano Ronaldo nas pontas, e Benzema de centroavante - embora o SPORT especule Coentrão titular e Özil banco.
Também não creio que Guardiola irá utilizar o 3-4-3. Se por um lado ele poderia ganhar em superioridade numérica no miolo do meio de campo (Khedira, Alonso e Özil contra Busquets, Xavi, Iniesta e Fábregas), por outro imagino que ele não seja louco para deixar Piqué, Puyol (Abidal) e Daniel (Abidal) no mano a mano com Benzema, Di María e Cristiano Ronaldo.
Portanto se não ocorrer nenhuma surpresa, e se forem essas mesmas as escalações (Alexis pode pintar, para marcar Marcelo), os duelos individuais serão bem definidos: Arbeloa x Villa, Marcelo x Pedro, Pepe/Ramos x Messi, Khedira x Iniesta, Alonso x Xavi, Özil x Sergio Busquets, Di María x Abidal, Ronaldo x Daniel Alves, e Benzema x Piqué/Puyol.
Nunca é demais lembrar, porém, a movimentação de Messi: o recuo para receber no setor do meio-campo e enfiar na medida para as infiltrações na área dos meias (Xavi e Iniesta) e dos pontas (Villa e Pedro).
O xis da questão é: será que, mesmo no Bernabéu, o Barcelona vai ter mais posse de bola, como acontece em 99,9% dos casos? Ou será que os anfitriões vão conseguir reter a pelota, ao invés de visar apenas o contra-golpe? Eu apostaria na segunda opção. O Madrid deve tentar manter a posse. Se vai obter êxito ou não, são outros quinhentos. Agora, se marcar o primeiro gol nos primeiros 15, 20 minutos, não tenho dúvida de que a ordem será contra-atacar.
Previsão à parte, o pontapé inicial será dado às 19h (Brasília), neste sábado, em partida válida pela 16ª rodada do Espanhol. Com um jogo a mais na tabela, hoje o Barcelona está a três pontos do líder.
quarta-feira, dezembro 07, 2011
A culpa é de quem?
Camisa não ganha jogo. Nem campeonato. Culpar a falta de tradição do Manchester City pela eliminação precoce na Champions League é uma justificativa pobre. Ou melhor: não justifica.
Por que o City foi eliminado, então? Primeiro, porque se trata de futebol, e no futebol tudo pode acontecer (eu sei, explicação paupérrima). E segundo, para mim, se é que é preciso apontar o principal "culpado", este tem nome e sobrenome: Roberto Mancini.
É verdade que o time está sobrando na Premier League. Contudo, com todas contratações que foram feitas, cair na fase de grupos é um pecado. Sem tirar os méritos do Bayern de Munique, e especialmente do Napoli, o mínino que se esperava era a classificação em segundo lugar.
O elenco vale ouro. Mancini pediu e recebeu reforços de primeira. Porém o objetivo não foi alcançado. Repito: a "culpa" não é exclusivamente do treinador. Os atletas, uns mais, outros menos, têm e muito parcela no resultado. Entretanto, exemplos como o caso Tevez mostram que Mancini está longe de ser um líder. E sem liderança não se conquista título graúdo.
Veja bem, minha crítica não diz tanto respeito à parte tática, mas sim à emocional. Se a cabeça (comissão técnica e plantel) não está no lugar, não adianta, o troféu fica distante. Ainda mais em torneios internacionais mata-mata.
Por que o City foi eliminado, então? Primeiro, porque se trata de futebol, e no futebol tudo pode acontecer (eu sei, explicação paupérrima). E segundo, para mim, se é que é preciso apontar o principal "culpado", este tem nome e sobrenome: Roberto Mancini.
É verdade que o time está sobrando na Premier League. Contudo, com todas contratações que foram feitas, cair na fase de grupos é um pecado. Sem tirar os méritos do Bayern de Munique, e especialmente do Napoli, o mínino que se esperava era a classificação em segundo lugar.
O elenco vale ouro. Mancini pediu e recebeu reforços de primeira. Porém o objetivo não foi alcançado. Repito: a "culpa" não é exclusivamente do treinador. Os atletas, uns mais, outros menos, têm e muito parcela no resultado. Entretanto, exemplos como o caso Tevez mostram que Mancini está longe de ser um líder. E sem liderança não se conquista título graúdo.
Veja bem, minha crítica não diz tanto respeito à parte tática, mas sim à emocional. Se a cabeça (comissão técnica e plantel) não está no lugar, não adianta, o troféu fica distante. Ainda mais em torneios internacionais mata-mata.
domingo, dezembro 04, 2011
Cinco destaques do Penta corintiano
Você pode criticar, pode ter motivos e razões para criticar, mas é preciso admitir: o cara é bom no que faz. À frente da presidência do Corinthians, Andrés Sanches, junto à comissão, montou um grupo qualificadíssimo para a conquista do Brasileiro. E nos momentos delicados, ao contrário de outros, não deu ouvidos às cornetas da torcida e da imprensa e bancou o treinador. E deu no que deu.
Quem dá a palavra final é o presidente, porém quem indica é o técnico. Por isso Tite tem grande parcela na formação do elenco, que foi um dos diferenciais do clube na competição. Mesmo com várias lesões, em especial no setor ofensivo, o Corinthinas se manteve firme. Sempre fiel ao mesmo esquema tático. Padronizado no 4-2-3-1 de Tite. A estrutura raramente foi alterada. Sequência. Entrosamento.
Entre os reforços, para mim o essencial foi o que estreou com o torneio já em andamento. Me refiro a Alex. Decisivo nas horas decisivas, o ex-Colorado deixou a equipe mais aguda, mais incisiva, mais agressiva. Diferentemente de Danilo, Alex é rápido. É verdade que jogaram juntos várias vezes. Mas entendo que um dá a dinâmica que o outro não consegue. Alex foi, sem dúvida, uma das notáveis repatriações do futebol brasileiro na temporada.
Outro destaque a meu ver é Paulinho. Talvez seja uma das poucas unanimidades na Seleção do Campeonato. Segundo volante melhor que ele não houve. Renato, do Botafogo, até ensaiou assumir esse posto, contudo no fim das contas o camisa 8 do Timão foi superior aos demais. Pergunte ao corintiano se Elias deixou saudades? Tá, não pergunte. Mas que Paulinho cumpriu o papel com maestria, defendendo e atacando com frequência e contundência, cumpriu.
Por fim, o quinto destaque da campanha do Penta veste a 9: Liedson. Fiquei entre ele e Júlio César, entretanto optei pelo centroavante, não só pelos seus 12 gols, mas também por ter segurado as pontas lá na frente. Sem Adriano, Liedson foi o grande nome. Retornado da Europa após várias temporadas em Portugal, aos quase 34 anos, foi nada menos que o artilheiro do time campeão.
Quem dá a palavra final é o presidente, porém quem indica é o técnico. Por isso Tite tem grande parcela na formação do elenco, que foi um dos diferenciais do clube na competição. Mesmo com várias lesões, em especial no setor ofensivo, o Corinthinas se manteve firme. Sempre fiel ao mesmo esquema tático. Padronizado no 4-2-3-1 de Tite. A estrutura raramente foi alterada. Sequência. Entrosamento.
Entre os reforços, para mim o essencial foi o que estreou com o torneio já em andamento. Me refiro a Alex. Decisivo nas horas decisivas, o ex-Colorado deixou a equipe mais aguda, mais incisiva, mais agressiva. Diferentemente de Danilo, Alex é rápido. É verdade que jogaram juntos várias vezes. Mas entendo que um dá a dinâmica que o outro não consegue. Alex foi, sem dúvida, uma das notáveis repatriações do futebol brasileiro na temporada.
Outro destaque a meu ver é Paulinho. Talvez seja uma das poucas unanimidades na Seleção do Campeonato. Segundo volante melhor que ele não houve. Renato, do Botafogo, até ensaiou assumir esse posto, contudo no fim das contas o camisa 8 do Timão foi superior aos demais. Pergunte ao corintiano se Elias deixou saudades? Tá, não pergunte. Mas que Paulinho cumpriu o papel com maestria, defendendo e atacando com frequência e contundência, cumpriu.
Por fim, o quinto destaque da campanha do Penta veste a 9: Liedson. Fiquei entre ele e Júlio César, entretanto optei pelo centroavante, não só pelos seus 12 gols, mas também por ter segurado as pontas lá na frente. Sem Adriano, Liedson foi o grande nome. Retornado da Europa após várias temporadas em Portugal, aos quase 34 anos, foi nada menos que o artilheiro do time campeão.
sexta-feira, dezembro 02, 2011
Pré-jogo do clássico paranaense
Os times treinados por Antônio Lopes e Marcelo Oliveira, a exemplo de tantos outros na Série A, jogam no 4-2-3-1. Foi preciso a Copa de 2010, aliás, para que esse esquema se difundisse pelo país. Mas isso é outro assunto, merece um post à parte. Voltemos a Curitiba, que é o que interessa aqui.
A linha de três, dos dois lados, conta com dois homens velozes, habilidosos, e um armador, mais técnico, e mais lento. A diferença é que Paulo Baier atua centralizado, e Tcheco aberto na direita. Como o camisa 8 do Coxa não tem as pernas nem os pulmões de Rafinha, é provável que Heracles seja mais acionado que Wendel no apoio ao ataque. O lateral-esquerdo rubronegro deve buscar o corredor, e Marcinho a diagonal.
Já Guerrón vai dar trabalho a Lucas Mendes, principalmente nos 10, 15 minutos iniciais, quando, ao que tudo indica, os donos da casa irão pressionar com força. E Paulo Baier, além de distribuir o jogo, e cadenciá-lo quando necessário, deve entrar na área com frequência visando a finalização.
Pelo lado dos visitantes, aposta boa é Rafinha nas costas de Wendel em contra-ataque. Não acredito que o Coritiba irá abrir mão da posse de bola, porém pelo fato do clássico ser na Arena da Baixada, o contra-golpe pode ser a principal arma alviverde.
Outra também pode ser a chegada de um dos volantes. Se Tcheco cai por dentro, Heracles não acompanha, obviamente. Sobra para Marcelo Oliveira. Deivid marca Marcos Aurélio, e Paulo Baier vigia um dos volantes. Só que se cola em Willian, Léo Gago fica livre (bom tiro de longa distância). Se cola em Léo Gago, Willian tem espaço.
Teorias à parte, a bola rola para valer neste domingo às 17h, horário de Brasília. Para permanecer na Série A, o Furacão precisa vencer e torcer para tropeços de Ceará e/ou Cruzeiro. Para garantir vaga na Libertadores, o Coxa depende só de si.
A linha de três, dos dois lados, conta com dois homens velozes, habilidosos, e um armador, mais técnico, e mais lento. A diferença é que Paulo Baier atua centralizado, e Tcheco aberto na direita. Como o camisa 8 do Coxa não tem as pernas nem os pulmões de Rafinha, é provável que Heracles seja mais acionado que Wendel no apoio ao ataque. O lateral-esquerdo rubronegro deve buscar o corredor, e Marcinho a diagonal.
Já Guerrón vai dar trabalho a Lucas Mendes, principalmente nos 10, 15 minutos iniciais, quando, ao que tudo indica, os donos da casa irão pressionar com força. E Paulo Baier, além de distribuir o jogo, e cadenciá-lo quando necessário, deve entrar na área com frequência visando a finalização.
Pelo lado dos visitantes, aposta boa é Rafinha nas costas de Wendel em contra-ataque. Não acredito que o Coritiba irá abrir mão da posse de bola, porém pelo fato do clássico ser na Arena da Baixada, o contra-golpe pode ser a principal arma alviverde.
Outra também pode ser a chegada de um dos volantes. Se Tcheco cai por dentro, Heracles não acompanha, obviamente. Sobra para Marcelo Oliveira. Deivid marca Marcos Aurélio, e Paulo Baier vigia um dos volantes. Só que se cola em Willian, Léo Gago fica livre (bom tiro de longa distância). Se cola em Léo Gago, Willian tem espaço.
Teorias à parte, a bola rola para valer neste domingo às 17h, horário de Brasília. Para permanecer na Série A, o Furacão precisa vencer e torcer para tropeços de Ceará e/ou Cruzeiro. Para garantir vaga na Libertadores, o Coxa depende só de si.
quarta-feira, novembro 23, 2011
A mão de Guardiola
No começo eu pensava: "Será que são os jogadores ou o cara é bom mesmo?" Hoje tenho certeza: o cara é craque. Não é só por causa de Messi, Xavi, Iniesta e etc que esse Barça voa. Voa porque tem o dedo, ou melhor, a mão inteira de Pep Guardiola.
Além da filosofia de jogo (manutenção da posse de bola a toques curtos e pacientes), uma das características admiráveis é que ele parte do princípio de que todos jogadores podem render bem em mais de uma, duas, até três posições. Pelo menos é o que me parece.
Por exemplo: Messi. No 4-3-3 azulgrená habitual, era ponta-direita. Surgiu como ponta-direita. Quando Ibrahimovic saiu, porém, o técnico o transformou em 'falso nove' e o gênio argentino virou artilheiro disparado.
Outro exemplo: Mascherano. Tem se saído um baita zagueiro. Quem diria? Substitui Piqué e Puyol com perfeição. Mais uma sacada de Pep. Outra é Iniesta. Além de atuar nas meias do 4-3-3, vira-e-mexe vira ponta.
E assim seguem vários casos: Keita joga como volante e meia; Thiago como meia, volante e ponta; Adriano pode ser lateral-esquerdo, lateral-direito, ponta-direita; e por aí vai.
Evidente que a polivalência dos atletas que tem em mãos ajuda Guardiola na implementação de suas ideias. Não tenho dúvida, no entanto, que outros no lugar dele não fariam o que ele faz.
Além da filosofia de jogo (manutenção da posse de bola a toques curtos e pacientes), uma das características admiráveis é que ele parte do princípio de que todos jogadores podem render bem em mais de uma, duas, até três posições. Pelo menos é o que me parece.
Por exemplo: Messi. No 4-3-3 azulgrená habitual, era ponta-direita. Surgiu como ponta-direita. Quando Ibrahimovic saiu, porém, o técnico o transformou em 'falso nove' e o gênio argentino virou artilheiro disparado.
Outro exemplo: Mascherano. Tem se saído um baita zagueiro. Quem diria? Substitui Piqué e Puyol com perfeição. Mais uma sacada de Pep. Outra é Iniesta. Além de atuar nas meias do 4-3-3, vira-e-mexe vira ponta.
E assim seguem vários casos: Keita joga como volante e meia; Thiago como meia, volante e ponta; Adriano pode ser lateral-esquerdo, lateral-direito, ponta-direita; e por aí vai.
Evidente que a polivalência dos atletas que tem em mãos ajuda Guardiola na implementação de suas ideias. Não tenho dúvida, no entanto, que outros no lugar dele não fariam o que ele faz.
terça-feira, novembro 22, 2011
Pré-jogo: Milan x Barcelona
Se Allegri não pecasse pela falta de ousadia - ou seria covardia em demasia? - o time provavelmente teria Robinho, Pato e Ibrahimovic entre os onze (seja no 4-4-2 em losango, com Robinho na ponta de lança, ou no 4-3-3). Pelo pouco que conheço do treinador, porém, Pato deve ficar no banco.
Sem Seedorf, o meio-campo deve ser formado por Van Bommel, Nocerino, Aquilani (Ambrosini) e Boateng. E os duelos individuais devem ser definidos entre Boateng x Busquets, Aquilani x Xavi e Nocerino x Fábregas. Se Messi não voltar para cercar Van Bommel, o holandês vai ficar livre, o que não significa muita coisa.
Se Alexis e Villa forem mesmo os ponteiros do Barça, baterão de frente com Antonini e Abate. A vantagem nesses confrontos são dos visitantes, obviamente.
Resta saber se em pleno San Siro o Barcelona vai fazer o que faz sempre: manter a posse de bola no campo ofensivo, trocar passes precisos e pacientes e infiltrar na área a tabelas e triangulações para finalizar.
Devido à potência e ao estilo de jogo da equipe treinada por Guardiola, é possível que, mesmo em casa, a principal arma rubronegra seja o contra-ataque. Por isso eu começaria com Pato.
Tentativas de previsão e teorias à parte, o apito inicial será soprado às 17h45 (Brasília) desta quarta-feira, pela penúltima rodada da fase de grupos da Champions League.
Sem Seedorf, o meio-campo deve ser formado por Van Bommel, Nocerino, Aquilani (Ambrosini) e Boateng. E os duelos individuais devem ser definidos entre Boateng x Busquets, Aquilani x Xavi e Nocerino x Fábregas. Se Messi não voltar para cercar Van Bommel, o holandês vai ficar livre, o que não significa muita coisa.
Se Alexis e Villa forem mesmo os ponteiros do Barça, baterão de frente com Antonini e Abate. A vantagem nesses confrontos são dos visitantes, obviamente.
Resta saber se em pleno San Siro o Barcelona vai fazer o que faz sempre: manter a posse de bola no campo ofensivo, trocar passes precisos e pacientes e infiltrar na área a tabelas e triangulações para finalizar.
Devido à potência e ao estilo de jogo da equipe treinada por Guardiola, é possível que, mesmo em casa, a principal arma rubronegra seja o contra-ataque. Por isso eu começaria com Pato.
Tentativas de previsão e teorias à parte, o apito inicial será soprado às 17h45 (Brasília) desta quarta-feira, pela penúltima rodada da fase de grupos da Champions League.
Pré-jogo: United x Benfica
Baseado na rodada anterior dos respectivos campeonatos nacionais e nas informações no site da UEFA, imagino que essas serão as escalações para o jogo desta terça-feira, no Old Trafford.
Alex Ferguson pode repetir o time que venceu o Swansea no fim de semana. Contudo, como a partida é em casa, é provável que Valencia comece entre os onze e Park fique no banco. Assim Nani seria deslocado para a extrema esquerda e o equatoriano ocuparia a direita.
No meio-campo, Giggs deve sofrer marcação de Witsel e Carrick ser vigiado por Aimar. Sem a bola o camisa 10 do Benfica deve compor o setor. Já Javi García poderá ter de auxiliar Emerson nas investidas de Nani (ou Valencia).
Se a lógica for mantida e a posse for majoritariamente dos Red Devils, a principal arma dos visitantes deve ser o contra-ataque, em especial com Bruno César e Gaitán. Não será surpresa, portanto, se o 20 e o 8 se alinharem com os volantes para ocuparem os espaços com duas linhas de quatro.
Alex Ferguson pode repetir o time que venceu o Swansea no fim de semana. Contudo, como a partida é em casa, é provável que Valencia comece entre os onze e Park fique no banco. Assim Nani seria deslocado para a extrema esquerda e o equatoriano ocuparia a direita.
No meio-campo, Giggs deve sofrer marcação de Witsel e Carrick ser vigiado por Aimar. Sem a bola o camisa 10 do Benfica deve compor o setor. Já Javi García poderá ter de auxiliar Emerson nas investidas de Nani (ou Valencia).
Se a lógica for mantida e a posse for majoritariamente dos Red Devils, a principal arma dos visitantes deve ser o contra-ataque, em especial com Bruno César e Gaitán. Não será surpresa, portanto, se o 20 e o 8 se alinharem com os volantes para ocuparem os espaços com duas linhas de quatro.
terça-feira, novembro 15, 2011
Alemanha dá aula de 4-4-2 em linha
Esquema tático existe para organizar o time defensivamente. Ou seja: quando está sem a bola. Quando retoma ela, no entanto, a estrutura se desfaz, em função da movimentação ofensiva dos jogadores. Por isso não enxergo um 4-2-3-1 na Alemanha, e sim um 4-4-2 em linha.
Sem a bola a equipe treinada por Joachim Löw se fecha com duas linhas de quatro bastante aplicadas, compactas e eficientes - graças ao comprometimento dos wingers Müller e Podolski, que acompanham a regressão de Khedira e Kroos até onde for necessário.
Quando recupera a posse, porém, a figura muda. O canhoto Özil torna-se o principal organizador. Volta para buscar a bola, cai pelos lados, encosta no centroavante. Tem liberdade e obrigação para flutuar por uma extensa faixa do gramado.
Os extremos avançam tanto pelo corredor lateral (cruzamento) quanto entram em diagonal. No miolo da meia cancha, Khedira fica preso e Kroos sai para o jogo pelo corredor central. E quanto a Klose, simples: é a referência do ataque, não apenas na jogada aérea. Já os laterais, pelo menos nesta terça-feira, foram tímidos no apoio.
O 3 a 0 em casa, em cima da Holanda, foi outra grande apresentação dos alemães. Hoje, na minha opinião ao lado da Espanha, são as grandes seleções do mundo. Principalmente no que diz respeito à coletividade. Embora conte com alguns talentos individuais acima da média, o diferencial da Alemanha é o futebol coletivo.
PS: Mesmo com a elástica vitória já consumada, aos 88 minutos de partida a aplicação tática é mantida (veja aqui)
Sem a bola a equipe treinada por Joachim Löw se fecha com duas linhas de quatro bastante aplicadas, compactas e eficientes - graças ao comprometimento dos wingers Müller e Podolski, que acompanham a regressão de Khedira e Kroos até onde for necessário.
Quando recupera a posse, porém, a figura muda. O canhoto Özil torna-se o principal organizador. Volta para buscar a bola, cai pelos lados, encosta no centroavante. Tem liberdade e obrigação para flutuar por uma extensa faixa do gramado.
Os extremos avançam tanto pelo corredor lateral (cruzamento) quanto entram em diagonal. No miolo da meia cancha, Khedira fica preso e Kroos sai para o jogo pelo corredor central. E quanto a Klose, simples: é a referência do ataque, não apenas na jogada aérea. Já os laterais, pelo menos nesta terça-feira, foram tímidos no apoio.
O 3 a 0 em casa, em cima da Holanda, foi outra grande apresentação dos alemães. Hoje, na minha opinião ao lado da Espanha, são as grandes seleções do mundo. Principalmente no que diz respeito à coletividade. Embora conte com alguns talentos individuais acima da média, o diferencial da Alemanha é o futebol coletivo.
PS: Mesmo com a elástica vitória já consumada, aos 88 minutos de partida a aplicação tática é mantida (veja aqui)
segunda-feira, novembro 14, 2011
Saldo da Seleção em 2011
Esse time nunca jogou junto. Mas se hoje tivesse todos atletas à disposição, tenho convicção de que esse seria o onze de Mano Menezes. Evidente que não se trata de informação. É apenas palpite.
Se essa projeção estiver correta, a pergunta que fica é a seguinte: e o resto do elenco? Atualmente quem são, na cabeça de Mano, os outros 12 jogadores que completam a lista de 23?
Baseado nas convocações e nos amistosos dessa temporada, imagino que, hoje, apenas duas ou três vagas não estão preenchidas (lembrando que estou considerando todos atletas disponíveis).
Para a reserva de Julio César, Jefferson e Diego parecem ser os nomes. Já para a zaga, Dedé é o número três. Só não sei quem seria o quatro (Lúcio? Luisão?). Para completar a linha defensiva, creio que Danilo seja a alternativa para a direita e Adriano para a esquerda.
Quanto aos volantes, a situação está bem definida: Sandro é o substituto de Lucas Leiva e Elias o de Fernandinho. Quanto a meia central, penso que Kaká disputa posição com Ganso (Bruno César corre por fora).
Para a ponta direita, Lucas Moura, do São Paulo, é a opção. E para a esquerda, Hernanes. Hernanes? Bom, pelo menos é o que parece. Foi assim contra o Egito. E na frente, apesar da boa partida de Jonas nesta segunda, a camisa 9 está entre Leandro Damião e Pato.
E Ronaldinho? Robinho? Acredito que, hoje, estão fora dos planos de Mano. Posso estar redondamente enganado, é verdade. Ou posso estar esquecendo alguns nomes (Fabio? Luiz Gustavo? Ramires?). Porém, no fim das contas, o saldo de 2011 é positivo. Mano Menezes tem sim um grupo. Só não está conseguindo, no momento, contar com todas as peças ao mesmo tempo.
Se essa projeção estiver correta, a pergunta que fica é a seguinte: e o resto do elenco? Atualmente quem são, na cabeça de Mano, os outros 12 jogadores que completam a lista de 23?
Baseado nas convocações e nos amistosos dessa temporada, imagino que, hoje, apenas duas ou três vagas não estão preenchidas (lembrando que estou considerando todos atletas disponíveis).
Para a reserva de Julio César, Jefferson e Diego parecem ser os nomes. Já para a zaga, Dedé é o número três. Só não sei quem seria o quatro (Lúcio? Luisão?). Para completar a linha defensiva, creio que Danilo seja a alternativa para a direita e Adriano para a esquerda.
Quanto aos volantes, a situação está bem definida: Sandro é o substituto de Lucas Leiva e Elias o de Fernandinho. Quanto a meia central, penso que Kaká disputa posição com Ganso (Bruno César corre por fora).
Para a ponta direita, Lucas Moura, do São Paulo, é a opção. E para a esquerda, Hernanes. Hernanes? Bom, pelo menos é o que parece. Foi assim contra o Egito. E na frente, apesar da boa partida de Jonas nesta segunda, a camisa 9 está entre Leandro Damião e Pato.
E Ronaldinho? Robinho? Acredito que, hoje, estão fora dos planos de Mano. Posso estar redondamente enganado, é verdade. Ou posso estar esquecendo alguns nomes (Fabio? Luiz Gustavo? Ramires?). Porém, no fim das contas, o saldo de 2011 é positivo. Mano Menezes tem sim um grupo. Só não está conseguindo, no momento, contar com todas as peças ao mesmo tempo.
sexta-feira, novembro 11, 2011
O 11 do futebol mundial atual
Inspirado pelo Marca, em função da data de hoje, levantei a bola no Twitter: qual o onze ideal da atualidade? Como pode-se ver, a supremacia é azulgrená.
Quatorze pessoas escalaram suas seleções. Messi e Xavi foram as únicas unanimidades. Cristiano Ronaldo recebeu 13 de 14 votos possíveis, Daniel Alves 12 e Casillas 10.
Entre os zagueiros, Piqué e Thiago Silva receberam 9 votos cada. O terceiro foi Vidic, com 6. Já na lateral esquerda, Marcelo goleou: 9 votos, contra 2 de Bale, 2 de Lahm e 1 de Evra.
No meio-campo, Xavi tem a companhia de Schweinsteiger e Iniesta, ambos com 9. O quarto meio-campista, portanto sem vaga no onze inicial, foi Yaya Touré, com 4. E na frente, somado a Cristiano Ronaldo e Messi, Neymar. O craque da Vila superou Rooney por 7 a 5.
PS: Os "eleitores", pela ordem: @mariopordeus, @daniipessanha, @lbertozzi, @blogdocarlao, @fefeu, @MatheusGomesBFR, @arthurbarcelos_, @Taisser_Gustavo, @eduardocecconi, @GuCarratte, @ricardo_jsj, @DavidZanbianchi, @MarceloManoel e @a4lMichelCosta.
Quatorze pessoas escalaram suas seleções. Messi e Xavi foram as únicas unanimidades. Cristiano Ronaldo recebeu 13 de 14 votos possíveis, Daniel Alves 12 e Casillas 10.
Entre os zagueiros, Piqué e Thiago Silva receberam 9 votos cada. O terceiro foi Vidic, com 6. Já na lateral esquerda, Marcelo goleou: 9 votos, contra 2 de Bale, 2 de Lahm e 1 de Evra.
No meio-campo, Xavi tem a companhia de Schweinsteiger e Iniesta, ambos com 9. O quarto meio-campista, portanto sem vaga no onze inicial, foi Yaya Touré, com 4. E na frente, somado a Cristiano Ronaldo e Messi, Neymar. O craque da Vila superou Rooney por 7 a 5.
PS: Os "eleitores", pela ordem: @mariopordeus, @daniipessanha, @lbertozzi, @blogdocarlao, @fefeu, @MatheusGomesBFR, @arthurbarcelos_, @Taisser_Gustavo, @eduardocecconi, @GuCarratte, @ricardo_jsj, @DavidZanbianchi, @MarceloManoel e @a4lMichelCosta.
Messi falso 9 na seleção: sim ou não?
Não é de hoje que a Argentina joga no 4-4-2 em losango. Ainda com Batista, esse era o esquema adotado, com Mascherano, Gago, Di María e Messi no meio (veja aqui).
Sabella mantém a estrutura tática. Na vitória por 4 a 1 sobre o Chile, no dia 7 de outubro, a meia-cancha foi formada por Braña, Banega, Di María e Sosa, com Messi no ataque (aqui).
Nesta sexta, no 1 a 1 com a Bolívia em pleno Monumental, Alvarez compôs a dupla de ataque com Higuaín, no mesmo sistema. O 10 foi o ponta de lança, se projetando à frente e caindo pela direita.
A gente precisa parar de traçar um paralelo entre a equipe dos hermanos e a catalã por causa do gênio argentino. É evidente que a Albiceleste jamais vai jogar como o Barcelona, por uma série de motivos (alguns deles aqui).
Só para me contrariar, porém, esbocei a Argentina num 4-3-3 com Messi de falso nove, posição que atua com Guardiola. (Aliás, para refrescar a memória, ele começou como ponta-direita com Rijkaard, seguiu como ponta-direita com Pep - Eto'o era o centroavante -, e só assumiu a faixa central depois da saída de Ibrahimovic.)
Sei que Barcelona é Barcelona e Argentina é Argentina. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. No entanto, se Sabella quisesse repetir pelo menos a estrutura tática e o posicionamento de Messi, seria algo mais ou menos assim.
O canhoto Di María jogaria aberto na direita (onde joga no 4-2-3-1 do Real Madrid), o destro Agüero aberto na esquerda, e Messi no centro, voltando para ajudar na distribuição e alimentar as entradas em diagonal dos pontas.
Sem desmerecer Higuaín ou qualquer outro, na teoria esse time teria tudo para dar certo. Se não a nível Barcelona, poderia render muito mais do que vem rendendo (pelo menos no que diz respeito ao setor ofensivo, já que o treinador e os caras do ataque nada podem fazer quanto a erros individuais da defesa, como cansou de cometer Demichelis contra a Bolívia).
Sem querer comparar mas já comparando, a pergunta que fica é a seguinte: vale a pena tentar Messi de falso nove, posição onde se tornou artilheiro absoluto no clube, ou é melhor manter o 4-4-2 em losango (ou outro esquema) com Higuaín na referência?
Sabella mantém a estrutura tática. Na vitória por 4 a 1 sobre o Chile, no dia 7 de outubro, a meia-cancha foi formada por Braña, Banega, Di María e Sosa, com Messi no ataque (aqui).
Nesta sexta, no 1 a 1 com a Bolívia em pleno Monumental, Alvarez compôs a dupla de ataque com Higuaín, no mesmo sistema. O 10 foi o ponta de lança, se projetando à frente e caindo pela direita.
A gente precisa parar de traçar um paralelo entre a equipe dos hermanos e a catalã por causa do gênio argentino. É evidente que a Albiceleste jamais vai jogar como o Barcelona, por uma série de motivos (alguns deles aqui).
Só para me contrariar, porém, esbocei a Argentina num 4-3-3 com Messi de falso nove, posição que atua com Guardiola. (Aliás, para refrescar a memória, ele começou como ponta-direita com Rijkaard, seguiu como ponta-direita com Pep - Eto'o era o centroavante -, e só assumiu a faixa central depois da saída de Ibrahimovic.)
Sei que Barcelona é Barcelona e Argentina é Argentina. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. No entanto, se Sabella quisesse repetir pelo menos a estrutura tática e o posicionamento de Messi, seria algo mais ou menos assim.
O canhoto Di María jogaria aberto na direita (onde joga no 4-2-3-1 do Real Madrid), o destro Agüero aberto na esquerda, e Messi no centro, voltando para ajudar na distribuição e alimentar as entradas em diagonal dos pontas.
Sem desmerecer Higuaín ou qualquer outro, na teoria esse time teria tudo para dar certo. Se não a nível Barcelona, poderia render muito mais do que vem rendendo (pelo menos no que diz respeito ao setor ofensivo, já que o treinador e os caras do ataque nada podem fazer quanto a erros individuais da defesa, como cansou de cometer Demichelis contra a Bolívia).
Sem querer comparar mas já comparando, a pergunta que fica é a seguinte: vale a pena tentar Messi de falso nove, posição onde se tornou artilheiro absoluto no clube, ou é melhor manter o 4-4-2 em losango (ou outro esquema) com Higuaín na referência?
quinta-feira, novembro 10, 2011
Brasil, Europa, Neymar e Seleção
"O mundo está jogando diferente. Vi um clássico brasileiro com muito espaço. Muito. E não é isso que estamos vendo fora. Precisamos de um entendimento diferente."
A declaração é de Mano Menezes, dada no dia 31 de outubro. Concordo com o treinador. O futebol jogado lá fora é diferente. Entre outras, foi por causa da questão dos espaços, por exemplo, que Petkovic fez o que fez em 2009.
Mas quero falar aqui sobre Neymar. E Seleção.
É evidente que a permanência do craque é boa para todo mundo. Para o atleta, para o clube, para a torcida, para a imprensa. Para todo mundo. Menos para a Seleção.
Pelo seguinte: na Europa a evolução é inegável. Essencialmente no que diz respeito à parte tática. Pelo menos é o que dizem os brasileiros que para lá se mudaram. O amadurecimento é acelerado. E notável.
Outro aspecto é que, se atuasse na Europa, Neymar se acostumaria a enfrentar os jogadores que provavelmente vai enfrentar em 2014. Na Copa, já estaria familiarizado com os adversários. Estaria acostumado a duelar com os peixes grandes do futebol mundial.
Quer dizer que ficar no Brasil vai fazer de Neymar um jogador ruim na Seleção? Claro que não. Seu talento se sobrepõe a qualquer fragilidade tática que supostamente possa existir. E quanto ao argumento de que não vai estar acostumado a jogar contra os peixes grandes, a recíproca é verdadeira: os peixes grandes não vão estar acostumados a marcar Neymar.
Sua permanência é um marco na história recente do futebol brasileiro. Não resta dúvida. É boa para todo mundo. Principalmente para ele, que se diz feliz perto da família, do filho e dos amigos. No entanto não tenho dúvida de que, para a equipe de Mano Menezes, seria melhor se ele pegasse pelo menos uma temporada na Europa antes da próxima Copa do Mundo. Veja bem: não que seja ruim ficar. Apenas seria melhor, para a Seleção, se fosse.
A declaração é de Mano Menezes, dada no dia 31 de outubro. Concordo com o treinador. O futebol jogado lá fora é diferente. Entre outras, foi por causa da questão dos espaços, por exemplo, que Petkovic fez o que fez em 2009.
Mas quero falar aqui sobre Neymar. E Seleção.
É evidente que a permanência do craque é boa para todo mundo. Para o atleta, para o clube, para a torcida, para a imprensa. Para todo mundo. Menos para a Seleção.
Pelo seguinte: na Europa a evolução é inegável. Essencialmente no que diz respeito à parte tática. Pelo menos é o que dizem os brasileiros que para lá se mudaram. O amadurecimento é acelerado. E notável.
Outro aspecto é que, se atuasse na Europa, Neymar se acostumaria a enfrentar os jogadores que provavelmente vai enfrentar em 2014. Na Copa, já estaria familiarizado com os adversários. Estaria acostumado a duelar com os peixes grandes do futebol mundial.
Quer dizer que ficar no Brasil vai fazer de Neymar um jogador ruim na Seleção? Claro que não. Seu talento se sobrepõe a qualquer fragilidade tática que supostamente possa existir. E quanto ao argumento de que não vai estar acostumado a jogar contra os peixes grandes, a recíproca é verdadeira: os peixes grandes não vão estar acostumados a marcar Neymar.
Sua permanência é um marco na história recente do futebol brasileiro. Não resta dúvida. É boa para todo mundo. Principalmente para ele, que se diz feliz perto da família, do filho e dos amigos. No entanto não tenho dúvida de que, para a equipe de Mano Menezes, seria melhor se ele pegasse pelo menos uma temporada na Europa antes da próxima Copa do Mundo. Veja bem: não que seja ruim ficar. Apenas seria melhor, para a Seleção, se fosse.
terça-feira, novembro 08, 2011
Tricolores opostos
Corinthians, Vasco, São Paulo, Flamengo, Botafogo, Fluminense e Internacional. Ao término da 28ª rodada, essa era a classificação do Brasileirão, pela ordem. Corinthians era líder, São Paulo terceiro e Fluminense o sexto. A dez rodadas do fim do campeonato, foram nesses times que apostei minhas fichas.
Hoje, cinco jogos depois, a cinco do final, o clube do Morumbi ocupa a 8ª posição e praticamente deu adeus ao troféu. As equipes do Parque São Jorge e da Laranjeiras, em contrapartida, seguem firme na corrida pelo caneco.
Corinthians era barbada. Àquela altura, todo mundo o colocava entre os três favoritos. Admito, porém, que arrisquei ao apontar São Paulo e Fluminense. Sofri críticas, por exemplo, por ter deixado o Vasco de fora. Mas me apoiei, como dito no post, nos elencos - para mim os três melhores do torneio (sem contar o Santos).
Hoje, a cinco rodadas do fim, a tabela mostra que eu estava enganado quanto ao tricolor paulista, à época ainda treinado por Adilson Batista. On the other hand, fui bem ao palpitar Fluminense. Se ao término da 28ª, após perder o clássico para o Flamengo de virada (aquele com os gols de Bottinelli), o Flu caiu para sexto e foi desacreditado por muitos, finalizada a 33ª, depois de bater o Inter no Beira-Rio, o tricolor carioca está vivíssimo na briga, a somente dois pontos de Corinthians e Vasco, ambos com 58.
Hoje, cinco jogos depois, a cinco do final, o clube do Morumbi ocupa a 8ª posição e praticamente deu adeus ao troféu. As equipes do Parque São Jorge e da Laranjeiras, em contrapartida, seguem firme na corrida pelo caneco.
Corinthians era barbada. Àquela altura, todo mundo o colocava entre os três favoritos. Admito, porém, que arrisquei ao apontar São Paulo e Fluminense. Sofri críticas, por exemplo, por ter deixado o Vasco de fora. Mas me apoiei, como dito no post, nos elencos - para mim os três melhores do torneio (sem contar o Santos).
Hoje, a cinco rodadas do fim, a tabela mostra que eu estava enganado quanto ao tricolor paulista, à época ainda treinado por Adilson Batista. On the other hand, fui bem ao palpitar Fluminense. Se ao término da 28ª, após perder o clássico para o Flamengo de virada (aquele com os gols de Bottinelli), o Flu caiu para sexto e foi desacreditado por muitos, finalizada a 33ª, depois de bater o Inter no Beira-Rio, o tricolor carioca está vivíssimo na briga, a somente dois pontos de Corinthians e Vasco, ambos com 58.
quinta-feira, outubro 27, 2011
Provável time para os amistosos
Ronaldinho pode dar tchau à Seleção. Daqui para frente a vaga de "veterano" será de Kaká. Não é informação. É apenas opinião.
No entanto o foco deste post não é discutir os jogadores de Real Madrid e Flamengo, mas sim projetar o time que vai enfrentar Gabão e Egito nos dias 10 e 14 de novembro.
Se Mano Menezes mantiver o 4-2-3-1, é bem provável que os pontas sejam Hulk e Willian. No Porto, o canhoto Hulk joga aberto na direita, e no Shakhtar o destro Willian atua na esquerda. Nada mais natural, portanto, que ambos sejam escalados pelas beiradas. Titulares.
No comando do ataque, Kléber deve assumir a 9. É o único centroavante centroavante da lista. Jonas também pode aparecer por ali, porém a lógica indica o avançado do clube português no onze inicial.
No miolo do meio-campo, o primeiro volante vai ser o homem de confiança do treinador: Lucas. Embora por vezes contestado, o atleta do Liverpool é titular indiscutível na cabeça de Mano. (Eu, por exemplo, para a posição, optaria por Sandro.) Quanto ao segundo volante, Fernandinho deve ser o nome. (Eu escolheria Hernanes.)
À frente dos camisas 5 e 8, obviamente, Kaká: a melhor notícia da convocação. Dispensa apresentação. Vai jogar na posição que jogava com Dunga e na que joga com Mourinho no Madrid - e no mesmo esquema tático, o que facilita sua vida. E vai, também, ser a referência técnica da equipe dentro e fora do gramado.
Como disse antes, o foco deste post não é discutir ou estabelecer uma comparação entre o rubronegro e o merengue. Mas Ronaldinho que se cuide.
No entanto o foco deste post não é discutir os jogadores de Real Madrid e Flamengo, mas sim projetar o time que vai enfrentar Gabão e Egito nos dias 10 e 14 de novembro.
Se Mano Menezes mantiver o 4-2-3-1, é bem provável que os pontas sejam Hulk e Willian. No Porto, o canhoto Hulk joga aberto na direita, e no Shakhtar o destro Willian atua na esquerda. Nada mais natural, portanto, que ambos sejam escalados pelas beiradas. Titulares.
No comando do ataque, Kléber deve assumir a 9. É o único centroavante centroavante da lista. Jonas também pode aparecer por ali, porém a lógica indica o avançado do clube português no onze inicial.
No miolo do meio-campo, o primeiro volante vai ser o homem de confiança do treinador: Lucas. Embora por vezes contestado, o atleta do Liverpool é titular indiscutível na cabeça de Mano. (Eu, por exemplo, para a posição, optaria por Sandro.) Quanto ao segundo volante, Fernandinho deve ser o nome. (Eu escolheria Hernanes.)
À frente dos camisas 5 e 8, obviamente, Kaká: a melhor notícia da convocação. Dispensa apresentação. Vai jogar na posição que jogava com Dunga e na que joga com Mourinho no Madrid - e no mesmo esquema tático, o que facilita sua vida. E vai, também, ser a referência técnica da equipe dentro e fora do gramado.
Como disse antes, o foco deste post não é discutir ou estabelecer uma comparação entre o rubronegro e o merengue. Mas Ronaldinho que se cuide.
domingo, outubro 16, 2011
São Paulo ainda sonha com título
Continuidade é a palavra-chave do sucesso. As demissões de treinadores a granel Brasil a fora prejudicam o desenvolvimento das equipes e escancaram a falta de convicção dos dirigentes. Mas no caso de Adilson Batista, concordo com a decisão tomada.
Para mim o trabalho do técnico só pode ser avaliado ao final de uma temporada. No mínimo. No mundo ideal, nenhum técnico seria demitido no meio do caminho, o que diria no meio de um torneio. Na vida real, porém, não é o que acontece. Mas no caso de Adilson, concordo.
O futebol exibido pelo time do Morumbi não estava estava à altura de seu elenco. Estava bem aquém, na verdade. Não que o plantel são-paulino seja o melhor, o mais qualificado e equilibrado do país. No entanto, passadas 20 rodadas sob o comando de Adilson, a evolução apresentada dentro de campo foi pequena.
Se sonhava com o título, o São Paulo precisava de uma chacoalhada emocional. No ritmo que vinha, ia acabar ficando sem vaga na Copa Libertadores (como ainda pode). Juvenal Juvêncio ainda pensa no troféu, não em 2012. Por isso arriscou. Tenta renovar o gás na reta final do campeonato.
É preciso separar os fatos, entretanto. Engana-se quem acha que a culpa - se é que podemos usar essa palavra pesada - é exclusividade do treinador. Jogadores, uns mais, outros menos, também têm sua parcela. Assim como o presidente, que, entre outros exemplos, na semana passada mostrou falta de habilidade ao lidar com a renovação de Dagoberto, o principal atleta tricolor no ano.
Para mim o trabalho do técnico só pode ser avaliado ao final de uma temporada. No mínimo. No mundo ideal, nenhum técnico seria demitido no meio do caminho, o que diria no meio de um torneio. Na vida real, porém, não é o que acontece. Mas no caso de Adilson, concordo.
O futebol exibido pelo time do Morumbi não estava estava à altura de seu elenco. Estava bem aquém, na verdade. Não que o plantel são-paulino seja o melhor, o mais qualificado e equilibrado do país. No entanto, passadas 20 rodadas sob o comando de Adilson, a evolução apresentada dentro de campo foi pequena.
Se sonhava com o título, o São Paulo precisava de uma chacoalhada emocional. No ritmo que vinha, ia acabar ficando sem vaga na Copa Libertadores (como ainda pode). Juvenal Juvêncio ainda pensa no troféu, não em 2012. Por isso arriscou. Tenta renovar o gás na reta final do campeonato.
É preciso separar os fatos, entretanto. Engana-se quem acha que a culpa - se é que podemos usar essa palavra pesada - é exclusividade do treinador. Jogadores, uns mais, outros menos, também têm sua parcela. Assim como o presidente, que, entre outros exemplos, na semana passada mostrou falta de habilidade ao lidar com a renovação de Dagoberto, o principal atleta tricolor no ano.
sábado, outubro 15, 2011
Ceará tenta parar Ronaldinho com Heleno
Marcação individual é rara. Em regra a marcação é feita por zona. Às vezes, porém, pode-se mesclar os dois tipos, como aconteceu na partida entre Ceará e Flamengo, neste sábado, em Fortaleza.
Para tentar frear Ronaldinho e cia, Estevam Soares escalou o volante Heleno na zaga, pela direita, para bater de frente com o camisa 10 da Gávea. Foi o que acontenceu. Só que a marcação não foi individual por inteiro, pois quando o rubronegro se deslocava pelo campo, caía pelo centro ou pela direta, o 7 alvinegro não acompanhava.
Outro reflexo direto do posicionamento de Heleno foi a liberação dos laterais. Na primeira etapa Boiadeiro e, principalmente Vicente, foram bastante acionados, atuando quase como pontas.
Entre os volantes, João Marcos saiu mais para o jogo que Michel, e entre os atacantes, Osvaldo jogou por ele e Roger. Se por um lado o 9 foi a referência e criou apenas uma boa chance como pivô, por outro o 11 se destacou com sua mobilidade, habilidade e objetividade. Já o canhoto Leandro Chaves, ao contrário do que se esperava, não conseguiu cumprir o papel de articulador da equipe.
Para tentar frear Ronaldinho e cia, Estevam Soares escalou o volante Heleno na zaga, pela direita, para bater de frente com o camisa 10 da Gávea. Foi o que acontenceu. Só que a marcação não foi individual por inteiro, pois quando o rubronegro se deslocava pelo campo, caía pelo centro ou pela direta, o 7 alvinegro não acompanhava.
Outro reflexo direto do posicionamento de Heleno foi a liberação dos laterais. Na primeira etapa Boiadeiro e, principalmente Vicente, foram bastante acionados, atuando quase como pontas.
Entre os volantes, João Marcos saiu mais para o jogo que Michel, e entre os atacantes, Osvaldo jogou por ele e Roger. Se por um lado o 9 foi a referência e criou apenas uma boa chance como pivô, por outro o 11 se destacou com sua mobilidade, habilidade e objetividade. Já o canhoto Leandro Chaves, ao contrário do que se esperava, não conseguiu cumprir o papel de articulador da equipe.
quinta-feira, outubro 13, 2011
Flu vai criando identidade na reta final
Abel Braga se mantém fiel à estrutura tática do Fluminense. Desde que chegou ao clube das Laranjeiras, a cada partida tenta aperfeiçoar o 4-4-2 em losango tricolor. Contra o Coritiba, nesta quinta, no Engenhão, outra boa exibição. Em especial nos 45 minutos finais, quando o 3 a 1 foi cimentado.
No esquema do Flu, Edinho é o cabeça-de-área, Marquinho o apoiador pela esquerda e Deco o pé pensante. Nas laterais Mariano e Carlinhos avançam alternadamente, em regra visando o cruzamento da linha de fundo ou da intermediária. E no ataque, Fred faz o papel de atacante de referência e Rafael Sobis o de movimentação: cai pelos dois lados, encosta no centroavante, volta para ajudar o meio-campo, etc.
No segundo tempo Lanzini entrou na vaga de Diogo, para assumir a posição de Deco - recuado ao lado direito do losango. O argentino virou o ponta-de-lança e Edinho e Marquinho continuaram na deles, embora o camisa 7 estivesse ofensivamente mais solto que o 20. Na nova colocação no gramado, Deco seguiu armando, mas mais preso, próximo a Edinho.
Particular e honestamente, essa segunda opção me agrada mais, por motivos óbvios: Deco é mais jogador que Diogo (e Diguinho). Com o luso-brasileiro por ali a qualidade da saída de bola aumenta, e Lanzini não fica sobrecarregado na criação. O jogo flui melhor com essas peças. Basta aguardar as rodadas seguintes para ver se Abelão concorda ou não.
No esquema do Flu, Edinho é o cabeça-de-área, Marquinho o apoiador pela esquerda e Deco o pé pensante. Nas laterais Mariano e Carlinhos avançam alternadamente, em regra visando o cruzamento da linha de fundo ou da intermediária. E no ataque, Fred faz o papel de atacante de referência e Rafael Sobis o de movimentação: cai pelos dois lados, encosta no centroavante, volta para ajudar o meio-campo, etc.
No segundo tempo Lanzini entrou na vaga de Diogo, para assumir a posição de Deco - recuado ao lado direito do losango. O argentino virou o ponta-de-lança e Edinho e Marquinho continuaram na deles, embora o camisa 7 estivesse ofensivamente mais solto que o 20. Na nova colocação no gramado, Deco seguiu armando, mas mais preso, próximo a Edinho.
Particular e honestamente, essa segunda opção me agrada mais, por motivos óbvios: Deco é mais jogador que Diogo (e Diguinho). Com o luso-brasileiro por ali a qualidade da saída de bola aumenta, e Lanzini não fica sobrecarregado na criação. O jogo flui melhor com essas peças. Basta aguardar as rodadas seguintes para ver se Abelão concorda ou não.
quarta-feira, outubro 12, 2011
Pedala, Chicharito!
Bicicleta do atacante mexicano no aquecimento para o amistoso contra o Brasil, disputado nesta terça-feira.
Ronaldinho resolve na bola parada
Quando se tem um homem a menos em campo, geralmente adota-se o 4-4-1 em linha. É o que manda a cartilha do treinador. Distribuídos em duas linhas de quatro, oito jogadores marcam por zona e preenchem os espaços dos setores de defesa e meio-campo.
A estratégia também muda. A manutenção da posse de bola dá lugar aos contra-golpes. Defender com eficiência e ser rápido na transição ao ataque, em regra na velocidade dos extremos da segunda linha, em cima da adiantada linha de zaga adversária.
Embora não tenha abdicado da posse - até porque precisava correr atrás do placar -, acho que foi isso que Mano tentou fazer no segundo tempo diante do México. Após a expulsão de Daniel Alves, sacou Lucas Moura, colocou Adriano na lateral direita, abriu Hulk e Neymar nas pontas e deixou Ronaldinho na frente. Apostou na rapidez dos camisas 11 e 20 pelos flancos, e nos passes e lançamentos do 10.
Entendo que Ronaldinho seja o cara da bola parada, o mais experiente do elenco, a referência da equipe, porém eu teria feito diferente. Teria tirado o flamenguista, não o são-paulino. Pelo seguinte: R10 não tem as pernas e o pulmão do jovem Lucas. Neymar funcionaria como o ponta-de-lança, centralizado, também armando o jogo, e Hulk e Lucas trabalhariam pelos lados, marcando e atacando.
Porém os 45 minutos finais mostraram que Mano estava certo. Ronaldinho foi o dono do empate e Marcelo o responsável pela virada. No entanto, sem querer ser chato, ressalto que o segundo gol verde-amarelo nasceu do talento individual do lateral do Real Madrid. E o primeiro, de um tiro direto.
A vitória veio e é isso que importa. É verdade que a Seleção não jogou bem, mas nesse momento de relativa pressão, os "três pontos" eram o que interessavam. Só que, sem querer ser chato, muito menos pegar no pé, acredito que ser suportado apenas pela bola parada é muito pouco para Ronaldinho. Para seguir na lista e permanecer até 2014, é preciso mais. Muito mais.
PS.: A imagem é do SPORT TV.
A estratégia também muda. A manutenção da posse de bola dá lugar aos contra-golpes. Defender com eficiência e ser rápido na transição ao ataque, em regra na velocidade dos extremos da segunda linha, em cima da adiantada linha de zaga adversária.
Embora não tenha abdicado da posse - até porque precisava correr atrás do placar -, acho que foi isso que Mano tentou fazer no segundo tempo diante do México. Após a expulsão de Daniel Alves, sacou Lucas Moura, colocou Adriano na lateral direita, abriu Hulk e Neymar nas pontas e deixou Ronaldinho na frente. Apostou na rapidez dos camisas 11 e 20 pelos flancos, e nos passes e lançamentos do 10.
Entendo que Ronaldinho seja o cara da bola parada, o mais experiente do elenco, a referência da equipe, porém eu teria feito diferente. Teria tirado o flamenguista, não o são-paulino. Pelo seguinte: R10 não tem as pernas e o pulmão do jovem Lucas. Neymar funcionaria como o ponta-de-lança, centralizado, também armando o jogo, e Hulk e Lucas trabalhariam pelos lados, marcando e atacando.
Porém os 45 minutos finais mostraram que Mano estava certo. Ronaldinho foi o dono do empate e Marcelo o responsável pela virada. No entanto, sem querer ser chato, ressalto que o segundo gol verde-amarelo nasceu do talento individual do lateral do Real Madrid. E o primeiro, de um tiro direto.
A vitória veio e é isso que importa. É verdade que a Seleção não jogou bem, mas nesse momento de relativa pressão, os "três pontos" eram o que interessavam. Só que, sem querer ser chato, muito menos pegar no pé, acredito que ser suportado apenas pela bola parada é muito pouco para Ronaldinho. Para seguir na lista e permanecer até 2014, é preciso mais. Muito mais.
PS.: A imagem é do SPORT TV.
terça-feira, outubro 11, 2011
A raiz da solução
Que eu me lembre Muricy Ramalho foi o primeiro a levantar a bola publicamente, ainda quando era técnico do São Paulo. À época ele dizia que estavam matando a formação de laterais e meias devido à adoção em massa de esquemas com três zagueiros nas categorias de base.
Lembro-me também de uma reportagem, se não me engano feita por Tino Marcos, à TV Globo, sobre o Barcelona. Entre outras coisas, a matéria exibia a padronização tática da chamada "cantera". A exemplo do time profissional, os da base jogavam, e creio que ainda o fazem, no 4-3-3 tradicional, com um volante, dois meias, dois ponteiros e um centroavante. (O 3-4-3 de Guardiola é uma exceção sacada da cartola.)
A imposição de um padrão estrutural nas categorias inferiores é importante não só para o condicionamento e adaptação dos atletas, mas também para o planejamento a longo prazo do clube. E isso fica nítido no levantamento do SPORT, onde os garotos aparecem em suas respectivas posições. Num futuro próximo, devemos ver algum desses nomes vingar na equipe de cima.
Logo após a conquista da última Champions League, publiquei um post questionando até quando duraria a supremacia azulgrená. Baseado na idade do elenco, apontava as posições que em tese precisavam de substitutos a medio prazo. Duas delas eram as de meia e ponta, ocupadas pelos trintões Xavi e Villa. Eis que na janela de transferências trouxeram ninguém menos que o meio-campista Fábregas, 24 anos, e o atacante Alexis Sánchez, 22 - sem falar no surgimento e afirmação de Thiago, 20.
O sucesso recente do Barcelona dentro dos gramados vai além da genialidade de Messi, da qualidade dos demais jogadores ou do dedo de Guardiola. O sucesso do Barça passa também, indiscutivelmente, pelo planejamento e pela execução do mesmo. E entre seus itens está, sem dúvida, a padronização do estilo de jogo da "cantera".
Lembro-me também de uma reportagem, se não me engano feita por Tino Marcos, à TV Globo, sobre o Barcelona. Entre outras coisas, a matéria exibia a padronização tática da chamada "cantera". A exemplo do time profissional, os da base jogavam, e creio que ainda o fazem, no 4-3-3 tradicional, com um volante, dois meias, dois ponteiros e um centroavante. (O 3-4-3 de Guardiola é uma exceção sacada da cartola.)
A imposição de um padrão estrutural nas categorias inferiores é importante não só para o condicionamento e adaptação dos atletas, mas também para o planejamento a longo prazo do clube. E isso fica nítido no levantamento do SPORT, onde os garotos aparecem em suas respectivas posições. Num futuro próximo, devemos ver algum desses nomes vingar na equipe de cima.
Logo após a conquista da última Champions League, publiquei um post questionando até quando duraria a supremacia azulgrená. Baseado na idade do elenco, apontava as posições que em tese precisavam de substitutos a medio prazo. Duas delas eram as de meia e ponta, ocupadas pelos trintões Xavi e Villa. Eis que na janela de transferências trouxeram ninguém menos que o meio-campista Fábregas, 24 anos, e o atacante Alexis Sánchez, 22 - sem falar no surgimento e afirmação de Thiago, 20.
O sucesso recente do Barcelona dentro dos gramados vai além da genialidade de Messi, da qualidade dos demais jogadores ou do dedo de Guardiola. O sucesso do Barça passa também, indiscutivelmente, pelo planejamento e pela execução do mesmo. E entre seus itens está, sem dúvida, a padronização do estilo de jogo da "cantera".
segunda-feira, outubro 10, 2011
Quem são os favoritos ao título?
A dez rodadas do fim, nenhum dos sete primeiros colocados pode ser descartado da possibilidade de título. De Corinthians a Inter, pode dar qualquer um. Contudo, a meu ver, o que irá fazer a diferença nessa reta final é o elenco.
Outros fatores como treinador, ambiente e estádio/torcida também são decisivos. Cada um tem seu respectivo peso. No entanto creio que o plantel dos postulantes à taça fará a diferença. Por isso, entre os sete candidatos, para mim Corinthians, São Paulo e Fluminense têm mais chances. Têm mais elenco.
Quer dizer que o campeão será ou o time do Parque São Jorge, ou o do Morumbi, ou o das Laranjeiras? Não. Porém entendo que estes clubes têm quadros mais equilibrados. Suas opções para os setores de defesa, meio-campo e ataque são mais niveladas que a dos outros. Nivelada por cima, diga-se. E além da qualidade, há quantidade. Há banco de reservas para suportar suspensões, lesões a até eventuais convocações.
Mas insito: um campeão não se faz apenas de elenco. Não resta dúvida de que Vasco, Flamengo, Botafogo e Internacional também têm bola para serem campeões. Muita coisa vai acontecer. Qualquer um pode engatar uma sequência de vitórias e subir na tabela. Entretanto se for para eleger três principais candidatos a dez rodadas do fim, escolho Corinthians, São Paulo e Fluminense.
Outros fatores como treinador, ambiente e estádio/torcida também são decisivos. Cada um tem seu respectivo peso. No entanto creio que o plantel dos postulantes à taça fará a diferença. Por isso, entre os sete candidatos, para mim Corinthians, São Paulo e Fluminense têm mais chances. Têm mais elenco.
Quer dizer que o campeão será ou o time do Parque São Jorge, ou o do Morumbi, ou o das Laranjeiras? Não. Porém entendo que estes clubes têm quadros mais equilibrados. Suas opções para os setores de defesa, meio-campo e ataque são mais niveladas que a dos outros. Nivelada por cima, diga-se. E além da qualidade, há quantidade. Há banco de reservas para suportar suspensões, lesões a até eventuais convocações.
Mas insito: um campeão não se faz apenas de elenco. Não resta dúvida de que Vasco, Flamengo, Botafogo e Internacional também têm bola para serem campeões. Muita coisa vai acontecer. Qualquer um pode engatar uma sequência de vitórias e subir na tabela. Entretanto se for para eleger três principais candidatos a dez rodadas do fim, escolho Corinthians, São Paulo e Fluminense.
sexta-feira, outubro 07, 2011
O domínio dos campeões do mundo
Dois jogadores do Chelsea, um do City e o resto dividido entre Barcelona e Real Madrid. Essa foi a Espanha que visitou a República Tcheca, nesta sexta-feira, pelas Eliminatórias da Eurocopa 2012, e conquistou sua sétima vitória em sete jogos: 2 a 0 (Mata e Alonso).
Na teoria os canhotos Silva e Mata são os pontas. Na prática, porém, não atuam como tal. Os camisas 21 e 13 flutuam em demasia pelo corredor central, encostam nos meias, se aproximam um do outro e invertem de lado com relativa frequência. A mobilidade de ambos confunde o adversário e garante a manutenção da posse de bola.
O domínio da posse de bola, aliás, permite que Serio Ramos e Arbeloa avancem simultaneamente, o que não é muito comum no futebol contemporâneo. Isso é possível também graças à qualidade de Xavi e Alonso. Praticamente todas jogadas pelo meio passam pelos pés dos meias.
O domínio da posse de bola, todavia, não foi traduzido em finalizações no primeiro tempo. Apenas duas. Dois gols, é verdade. Mas apenas duas. No segundo, no entanto, esse número cresceu. Foram sete (duas no alvo, cinco fora). Os tchecos, na outra mão, em 90 minutos, arremataram somente duas vezes. As duas para fora.
Para registro, desde os 11 da etapa final, a Espanha jogou com um homem a mais. E no 4-2-3-1, com Puyol (na vaga de Ramos) ao lado de Piqué na zaga, Albiol na lateral direita, Arbeloa na esquerda, Javi Martínez (Alonso) e Busquets de volantes, Xavi por dentro, Mata na direita, Villa (Torres) na esquerda e Silva na frente, em função de sua movimentação, não como referência, mas como "falso 9".
Líderes do Grupo I, Del Bosque e seus comandados chegam a 21 pontos em 21 disputados - seguidos por República Tcheca (10 pontos), Escócia (8), Lituânia (5) e Liechtenstein (4).
Se a Eurocopa fosse amanhã, o favorito teria nome e apelido. E mais: se a Copa do Mundo do Brasil fosse amanhã, o favorito atenderia pelo mesmo nome: Espanha.
Na teoria os canhotos Silva e Mata são os pontas. Na prática, porém, não atuam como tal. Os camisas 21 e 13 flutuam em demasia pelo corredor central, encostam nos meias, se aproximam um do outro e invertem de lado com relativa frequência. A mobilidade de ambos confunde o adversário e garante a manutenção da posse de bola.
O domínio da posse de bola, aliás, permite que Serio Ramos e Arbeloa avancem simultaneamente, o que não é muito comum no futebol contemporâneo. Isso é possível também graças à qualidade de Xavi e Alonso. Praticamente todas jogadas pelo meio passam pelos pés dos meias.
O domínio da posse de bola, todavia, não foi traduzido em finalizações no primeiro tempo. Apenas duas. Dois gols, é verdade. Mas apenas duas. No segundo, no entanto, esse número cresceu. Foram sete (duas no alvo, cinco fora). Os tchecos, na outra mão, em 90 minutos, arremataram somente duas vezes. As duas para fora.
Para registro, desde os 11 da etapa final, a Espanha jogou com um homem a mais. E no 4-2-3-1, com Puyol (na vaga de Ramos) ao lado de Piqué na zaga, Albiol na lateral direita, Arbeloa na esquerda, Javi Martínez (Alonso) e Busquets de volantes, Xavi por dentro, Mata na direita, Villa (Torres) na esquerda e Silva na frente, em função de sua movimentação, não como referência, mas como "falso 9".
Líderes do Grupo I, Del Bosque e seus comandados chegam a 21 pontos em 21 disputados - seguidos por República Tcheca (10 pontos), Escócia (8), Lituânia (5) e Liechtenstein (4).
Se a Eurocopa fosse amanhã, o favorito teria nome e apelido. E mais: se a Copa do Mundo do Brasil fosse amanhã, o favorito atenderia pelo mesmo nome: Espanha.
quinta-feira, outubro 06, 2011
Tudo igual na Arena do Jacaré
Vágner Mancini e Adilson Batista mandaram Cruzeiro e São Paulo a campo no 4-4-2 em losango. Logo, os duelos da meia-cancha ficaram bem definidos: Marquinhos Paraná x Rivaldo, Charles x Carlinhos Paraíba, Roger x Cícero e Montillo x Denilson.
No setor ofensivo, pelo lado azul, Keirrison atuou aberto pela esquerda e Farías pela direita, com Montillo se projetando entre eles, como um legítimo ponta de lança (além de pintar por todos os cantos, se deslocar pelos flancos, buscar o jogo atrás, etc). Pelo lado tricolor, Luis Fabiano trabalhou como atacante de referência e Dagoberto de movimentação, desprendido da esquerda, caindo pelos dois lados.
Quanto aos laterias, pelo menos no primeiro tempo, destaque para os direitos: Vitor e Jean. Se não chegaram a ser brilhantes, ambos subiram e apoiaram com relativo sucesso (principalmente o são-paulino, com direito a bola na trave e tudo mais). Aos poucos, coberto por Roger, Everton também se soltou no desenrolar da partida.
No setor ofensivo, pelo lado azul, Keirrison atuou aberto pela esquerda e Farías pela direita, com Montillo se projetando entre eles, como um legítimo ponta de lança (além de pintar por todos os cantos, se deslocar pelos flancos, buscar o jogo atrás, etc). Pelo lado tricolor, Luis Fabiano trabalhou como atacante de referência e Dagoberto de movimentação, desprendido da esquerda, caindo pelos dois lados.
Quanto aos laterias, pelo menos no primeiro tempo, destaque para os direitos: Vitor e Jean. Se não chegaram a ser brilhantes, ambos subiram e apoiaram com relativo sucesso (principalmente o são-paulino, com direito a bola na trave e tudo mais). Aos poucos, coberto por Roger, Everton também se soltou no desenrolar da partida.
terça-feira, outubro 04, 2011
Possível Corinthians com Adriano
Emerson ou Danilo? Quem vai pagar o pato? Essa deve ser a dúvida na cabeça de Tite. Pelo menos na minha, essa é a interrogação.
Se o treinador do Corinthians mantiver o 4-2-3-1, Liedson vai ser deslocado para uma das pontas, o que, para mim, é completamente aceitável. Graças à sua velocidade e habilidade, o camisa 9 pode se sair muito bem como ponteiro. Por outro lado, pode-se argumentar que é um desperdício ter Liedson longe do gol. E mais: que ele pode não ter pulmão para acompanhar o lateral adversário quando o time está sem a bola.
Pela outra beirada, a vaga estaria entre Emerson, Jorge Henrique, Willian, e até Danilo. No entanto, na minha opinião, Emerson é quem melhor preenche os requisitos para a posição. Não sei qual é a ideia de Tite, mas esse seria o meu Corinthians.
A outra opção é mudar o esquema, trocar o 4-2-3-1 pelo 4-4-2 em losango. Nessa nova estrutura não haveria lugar para Emerson. No setor ofensivo, Adriano e Liedson formarian a dupla, e no meio-campo o quarteto com Ralf, Paulinho, Danilo e Alex.
Na cabeça-de-área, o marcador Ralf seria o responsável pela proteção aos zagueiros e pela cobertura dos laterais e apoiadores. À frente dele, pela direita, Paulinho, e pela esquerda, o canhoto Danilo. Com o 20 no gramado, a função da armação não sobrecarregaria o 12.
Confesso que a primeira alternativa me agrada mais. Gosto da ideia de atuar com dois pontas e um centroavante. Contudo reconheço que, pelo menos na teoria, o 4-4-2 em losango daria mais equilíbrio à equipe. Pelo menos na teoria.
Resta-nos esperar para ver como o Imperador vai estrear e o que o técnico do Timão tem em mente para as últimas onze rodadas do campeonato.
Se o treinador do Corinthians mantiver o 4-2-3-1, Liedson vai ser deslocado para uma das pontas, o que, para mim, é completamente aceitável. Graças à sua velocidade e habilidade, o camisa 9 pode se sair muito bem como ponteiro. Por outro lado, pode-se argumentar que é um desperdício ter Liedson longe do gol. E mais: que ele pode não ter pulmão para acompanhar o lateral adversário quando o time está sem a bola.
Pela outra beirada, a vaga estaria entre Emerson, Jorge Henrique, Willian, e até Danilo. No entanto, na minha opinião, Emerson é quem melhor preenche os requisitos para a posição. Não sei qual é a ideia de Tite, mas esse seria o meu Corinthians.
A outra opção é mudar o esquema, trocar o 4-2-3-1 pelo 4-4-2 em losango. Nessa nova estrutura não haveria lugar para Emerson. No setor ofensivo, Adriano e Liedson formarian a dupla, e no meio-campo o quarteto com Ralf, Paulinho, Danilo e Alex.
Na cabeça-de-área, o marcador Ralf seria o responsável pela proteção aos zagueiros e pela cobertura dos laterais e apoiadores. À frente dele, pela direita, Paulinho, e pela esquerda, o canhoto Danilo. Com o 20 no gramado, a função da armação não sobrecarregaria o 12.
Confesso que a primeira alternativa me agrada mais. Gosto da ideia de atuar com dois pontas e um centroavante. Contudo reconheço que, pelo menos na teoria, o 4-4-2 em losango daria mais equilíbrio à equipe. Pelo menos na teoria.
Resta-nos esperar para ver como o Imperador vai estrear e o que o técnico do Timão tem em mente para as últimas onze rodadas do campeonato.
quinta-feira, setembro 29, 2011
Possível São Paulo com Luis Fabiano
Lucas, Dagoberto e Luis Fabiano titulares é ponto pacífico. Impossível imaginar um time sem os três em campo. A questão é: Adilson vai manter o esquema tático habitual ou vai mudar?
No atual 4-4-2 em losango, a opção mais plausível é Luis Fabiano e Dagoberto no setor ofensivo, com Lucas na meia-cancha, centralizado, à frente de três "volantes" e atrás dos dois atacantes.
No entanto me parece claro que o camisa 7 é jogador de beirada, é segundo atacante, é atacante de movimentação, é ponta (como utilizado na Seleção, por exemplo). Devido à sua qualidade, pode sim dar certo como meia no 4-4-2. Porém, na minha visão, ele rende mais pelo flanco.
Portanto a estrutura tática mais aconselhável, mais lógica, seria Lucas aberto na direita, Dagoberto na esquerda e Luis Fabiano na referência. Um 4-2-3-1 é possível. Com todas as peças à disposição, todavia, para mim a melhor opção é esse 4-3-3 em triângulo invertido (base alta).
Pode-se discutir quem deve ocupar qual posição no meio-campo. Cícero é titular? Carlinhos Paraíba é titular? E Rivaldo? Na minha opinião, nenhum deles. Com Casemiro e Denilson o São Paulo teria poder de marcação sem perder qualidade no passe, na finalização, etc.
Contudo não é inteligente frear as subidas de Wellington. A fase do 5 é excelente, não só nos desarmes, mas principalmente na chegada à frente. Nesse 4-3-3 ele não poderia ser apenas cão-de-guarda. Teria, eventualmente, de sair para o jogo, fazendo o papel do chamado elemento surpresa.
Baseado no plantel tricolor, entendo que esse seja o esquema e os jogadores ideais. Mas, claro, sem lugar cativo. Resta-nos esperar para ver o que Adilson tem em mente. Seja o que for, uma coisa é certa: elenco para ser campeão o São Paulo tem.
No atual 4-4-2 em losango, a opção mais plausível é Luis Fabiano e Dagoberto no setor ofensivo, com Lucas na meia-cancha, centralizado, à frente de três "volantes" e atrás dos dois atacantes.
No entanto me parece claro que o camisa 7 é jogador de beirada, é segundo atacante, é atacante de movimentação, é ponta (como utilizado na Seleção, por exemplo). Devido à sua qualidade, pode sim dar certo como meia no 4-4-2. Porém, na minha visão, ele rende mais pelo flanco.
Portanto a estrutura tática mais aconselhável, mais lógica, seria Lucas aberto na direita, Dagoberto na esquerda e Luis Fabiano na referência. Um 4-2-3-1 é possível. Com todas as peças à disposição, todavia, para mim a melhor opção é esse 4-3-3 em triângulo invertido (base alta).
Pode-se discutir quem deve ocupar qual posição no meio-campo. Cícero é titular? Carlinhos Paraíba é titular? E Rivaldo? Na minha opinião, nenhum deles. Com Casemiro e Denilson o São Paulo teria poder de marcação sem perder qualidade no passe, na finalização, etc.
Contudo não é inteligente frear as subidas de Wellington. A fase do 5 é excelente, não só nos desarmes, mas principalmente na chegada à frente. Nesse 4-3-3 ele não poderia ser apenas cão-de-guarda. Teria, eventualmente, de sair para o jogo, fazendo o papel do chamado elemento surpresa.
Baseado no plantel tricolor, entendo que esse seja o esquema e os jogadores ideais. Mas, claro, sem lugar cativo. Resta-nos esperar para ver o que Adilson tem em mente. Seja o que for, uma coisa é certa: elenco para ser campeão o São Paulo tem.
terça-feira, setembro 27, 2011
Mano tem três opções na manga
Afinal, qual é a do Lucas? Até a metade desse ano me fazia essa pergunta. Achava que era meia, mas hoje o vejo como atacante. É homem de beirada de campo, e é assim que será aproveitado na Seleção. A não ser que Mano Menezes tenha mudado de opinião.
Na quinta-feira passada o treinador do Brasil revelou que Lucas disputa vaga com Ronaldinho e Neymar. No entanto os titulares para o duelo contra a Argentina ficaram conhecidos hoje, e entre eles estão Ronaldinho, Neymar e... Lucas.
Quando li a escalação, a primeira opção que me veio à cabeça foi Lucas centralizado, devido ao ar de intocável que Ronaldinho possui quanto à ponta esquerda. Mas, via Twitter, Rafael Andrade me disse que ouviu que Ronaldinho está treinando centralizado, com Lucas à direita e Neymar à esquerda. O que resultaria nessa equipe:
Se Mano vê mesmo no são-paulino um homem de beirada de campo, faz sentido esse time. O santista voltaria ao seu habitat natural, e o flamenguista trabalharia a passes e lançamentos, servindo o trio de atacantes (sem deixar de encostar no centroavante), suportado pela forte dupla de volantes. Ralf e Romulo correriam pelo camisa 10.
Porém, além do 4-2-3-1 com Lucas por dentro e Ronaldinho por fora, e do 4-2-3-1 com Ronaldinho por dentro e Lucas por fora, há ainda uma terceira alternativa: ambos por fora, com Neymar por dentro. Soa estranho, mas pode acontecer.
Essa possibilidade não pode ser descartada porque no amistoso contra Gana, no dia 5, a Seleção terminou com Hulk e Ronaldinho pelas pontas, e Neymar pelo centro (veja aqui a prancheta). Portanto não será surpresa se Mano optar por Lucas aberto de um lado, Ronaldinho do outro, e Neymar no meio. Como não vimos o treino, resta-nos aguadar para ver qual vai ser o posicionamento dos jogadores. E se o esquema vai ser mesmo o 4-2-3-1.
Na quinta-feira passada o treinador do Brasil revelou que Lucas disputa vaga com Ronaldinho e Neymar. No entanto os titulares para o duelo contra a Argentina ficaram conhecidos hoje, e entre eles estão Ronaldinho, Neymar e... Lucas.
Quando li a escalação, a primeira opção que me veio à cabeça foi Lucas centralizado, devido ao ar de intocável que Ronaldinho possui quanto à ponta esquerda. Mas, via Twitter, Rafael Andrade me disse que ouviu que Ronaldinho está treinando centralizado, com Lucas à direita e Neymar à esquerda. O que resultaria nessa equipe:
Se Mano vê mesmo no são-paulino um homem de beirada de campo, faz sentido esse time. O santista voltaria ao seu habitat natural, e o flamenguista trabalharia a passes e lançamentos, servindo o trio de atacantes (sem deixar de encostar no centroavante), suportado pela forte dupla de volantes. Ralf e Romulo correriam pelo camisa 10.
Porém, além do 4-2-3-1 com Lucas por dentro e Ronaldinho por fora, e do 4-2-3-1 com Ronaldinho por dentro e Lucas por fora, há ainda uma terceira alternativa: ambos por fora, com Neymar por dentro. Soa estranho, mas pode acontecer.
Essa possibilidade não pode ser descartada porque no amistoso contra Gana, no dia 5, a Seleção terminou com Hulk e Ronaldinho pelas pontas, e Neymar pelo centro (veja aqui a prancheta). Portanto não será surpresa se Mano optar por Lucas aberto de um lado, Ronaldinho do outro, e Neymar no meio. Como não vimos o treino, resta-nos aguadar para ver qual vai ser o posicionamento dos jogadores. E se o esquema vai ser mesmo o 4-2-3-1.
Fortaleza bávara vence mais uma
Dois a zero sobre o Villarreal na Espanha, dois a zero sobre o Manchester City na Alemanha. Até aqui essa é a campanha do Bayern, que nesta terça-feira não tomou conhecimento e bateu a equipe treinada por Roberto Mancini com autoridade, dominando do começo ao fim.
As investidas dos laterais são alternadas. Quando Lahm sobe, Rafinha fica. Quando Lahm fica, Rafinha sobe. Dessa maneira há sempre quatro jogadores na retaguarda (os zagueiros, Gustavo e um lateral), mais o goleiro. Talvez por isso o time de Munique não sofre um gol desde a abertura da Bundesliga (via @lbertozzi). De lá para cá foram 8 jogos (6 pelo Alemão, 2 pela Champions).
Com Robben no banco, o lado direito deixou um pouco a desejar, no que diz respeito à parte ofensiva. Não sei se por orientação de Jupp Heynckes ou se por uma noite pouco inspirada, a exibição de Müller foi tímida, na minha visão. Do lado oposto, em contrapartida, o destro Ribéry, sempre forte na diagonal, promoveu boa dupla com Lahm.
Outro destaque foi Schweinsteiger. Escoltado por Luiz Gustavo, o camisa 31 se apresentou na frente com frequência, não só para arrematar de longa distância, mas também para se infiltrar na área e finalizar. Já Kroos, o outro meio-campista, não atuou, pelo menos diante do City, como o armador central, como pode se imaginar. A bola passa pelo pé dele, porém sem prioridade.
Líder do Campeonato Alemão e do Grupo A da Liga dos Campeões, a temporada 2011/2012 não poderia ter começado melhor para o clube bávaro. O próximo confronto, pelo nacional, é neste sábado, contra o Hoffenheim. E pelo continental, dia 18 de outubro, contra o Napoli.
As investidas dos laterais são alternadas. Quando Lahm sobe, Rafinha fica. Quando Lahm fica, Rafinha sobe. Dessa maneira há sempre quatro jogadores na retaguarda (os zagueiros, Gustavo e um lateral), mais o goleiro. Talvez por isso o time de Munique não sofre um gol desde a abertura da Bundesliga (via @lbertozzi). De lá para cá foram 8 jogos (6 pelo Alemão, 2 pela Champions).
Com Robben no banco, o lado direito deixou um pouco a desejar, no que diz respeito à parte ofensiva. Não sei se por orientação de Jupp Heynckes ou se por uma noite pouco inspirada, a exibição de Müller foi tímida, na minha visão. Do lado oposto, em contrapartida, o destro Ribéry, sempre forte na diagonal, promoveu boa dupla com Lahm.
Outro destaque foi Schweinsteiger. Escoltado por Luiz Gustavo, o camisa 31 se apresentou na frente com frequência, não só para arrematar de longa distância, mas também para se infiltrar na área e finalizar. Já Kroos, o outro meio-campista, não atuou, pelo menos diante do City, como o armador central, como pode se imaginar. A bola passa pelo pé dele, porém sem prioridade.
Líder do Campeonato Alemão e do Grupo A da Liga dos Campeões, a temporada 2011/2012 não poderia ter começado melhor para o clube bávaro. O próximo confronto, pelo nacional, é neste sábado, contra o Hoffenheim. E pelo continental, dia 18 de outubro, contra o Napoli.
sábado, setembro 24, 2011
Barça de Messi beira a perfeição
Lembro que certa vez Leonardo Bertozzi levantou a bola no Twitter: "Estamos diante do melhor time da história?" A pergunta se referia ao Barcelona de Messi. Lembro que na hora torci o nariz, imaginando como teria sido o Santos de Pelé, o Botafogo de Guarrincha ou o Flamengo de Zico. Hoje, porém, reconsidero minha visão e considero a colocação do jornalista da ESPN Brasil para lá de pertinente.
Não pretendo traçar um paralelo com esquadrões de outras eras, tampouco polarizar o debate. Esse não é o foco do post. A indagação merece reflexão, contudo quero aqui enaltecer a polivalência e a eficiência das peças e das estruturas táticas que Pep Guardiola tem em mãos atualmente.
No 5 a 0 deste sábado, sobre o forte Atlético de Madri, no Camp Nou, confesso que não me antenei ao primeiro tempo, mas fiquei com a sensação, sem convicção, de um 3-4-3 com Daniel, Mascherano e Abidal atrás, Busquets centralizado, Xavi à direita, Thiago à esquerda e Fábregas no topo do losango do meio-campo. Na frente, Pedro na ponta direita, Villa na esquerda e Messi na dele, "falso 9".
Na segunda etapa, já com o placar de 3 a 0 construído na primeira, o treinador azulgrená recuou Busquets, para formar a dupla de zaga com Mascherano, voltando assim ao habitual 4-3-3. E na meia-cancha, o triângulo invertido (base alta) foi composto por Thiago, Xavi e Fábregas. Isso mesmo: o primeiro homem do meio-campo, o único "volante" da equipe, era o leve e levado Thiago.
É aí que mora a intriga. O deslumbrante é que, tanto de um jeito quanto de outro, o Barça mantém o alto nível e faz o que sempre faz: domina com posse de bola, passes pacientes, infiltrações pelo corredor central e marcação por pressão. Isso que impressiona. Independente de jogar no 3-4-3 ou no 4-3-3, o padrão de jogo é o mesmo. Independente de quais sejam as peças preenchendo as posições, o padrão de jogo é o mesmo.
Graças à qualidade e à polivalência do plantel, Guardiola pode escalar o mesmo atleta em três, quatro lugares diferentes. Busquets, por exemplo, pode jogar como zagueiro, volante, meia. Thiago pode atuar como volante, meia, ponta. O mesmo se aplica a Xavi, Iniesta, Fábregas. Quiçá até a Keita. Só para adicionar outro exemplo, na partida anterior, contra o Valencia, quem terminou como ponteiro pela direita foi o canhoto Adriano. Isso mesmo! Adriano. Cá entre nós, que outro time no mundo é capaz disso?
Voltando ao primeiro parágrafo, à pergunta do Bertozzi, me atrevo a arriscar que sim. Sem desmerecer o passado, talvez estejamos sim diante do melhor time da história. E não se trata apenas dos infinitos títulos ou da genialidade infinita de Lionel Messi. Trata-se de uma equipe que é equipe na essência da palavra. Que, coletivamente, beira a perfeição.
Não pretendo traçar um paralelo com esquadrões de outras eras, tampouco polarizar o debate. Esse não é o foco do post. A indagação merece reflexão, contudo quero aqui enaltecer a polivalência e a eficiência das peças e das estruturas táticas que Pep Guardiola tem em mãos atualmente.
No 5 a 0 deste sábado, sobre o forte Atlético de Madri, no Camp Nou, confesso que não me antenei ao primeiro tempo, mas fiquei com a sensação, sem convicção, de um 3-4-3 com Daniel, Mascherano e Abidal atrás, Busquets centralizado, Xavi à direita, Thiago à esquerda e Fábregas no topo do losango do meio-campo. Na frente, Pedro na ponta direita, Villa na esquerda e Messi na dele, "falso 9".
Na segunda etapa, já com o placar de 3 a 0 construído na primeira, o treinador azulgrená recuou Busquets, para formar a dupla de zaga com Mascherano, voltando assim ao habitual 4-3-3. E na meia-cancha, o triângulo invertido (base alta) foi composto por Thiago, Xavi e Fábregas. Isso mesmo: o primeiro homem do meio-campo, o único "volante" da equipe, era o leve e levado Thiago.
É aí que mora a intriga. O deslumbrante é que, tanto de um jeito quanto de outro, o Barça mantém o alto nível e faz o que sempre faz: domina com posse de bola, passes pacientes, infiltrações pelo corredor central e marcação por pressão. Isso que impressiona. Independente de jogar no 3-4-3 ou no 4-3-3, o padrão de jogo é o mesmo. Independente de quais sejam as peças preenchendo as posições, o padrão de jogo é o mesmo.
Graças à qualidade e à polivalência do plantel, Guardiola pode escalar o mesmo atleta em três, quatro lugares diferentes. Busquets, por exemplo, pode jogar como zagueiro, volante, meia. Thiago pode atuar como volante, meia, ponta. O mesmo se aplica a Xavi, Iniesta, Fábregas. Quiçá até a Keita. Só para adicionar outro exemplo, na partida anterior, contra o Valencia, quem terminou como ponteiro pela direita foi o canhoto Adriano. Isso mesmo! Adriano. Cá entre nós, que outro time no mundo é capaz disso?
Voltando ao primeiro parágrafo, à pergunta do Bertozzi, me atrevo a arriscar que sim. Sem desmerecer o passado, talvez estejamos sim diante do melhor time da história. E não se trata apenas dos infinitos títulos ou da genialidade infinita de Lionel Messi. Trata-se de uma equipe que é equipe na essência da palavra. Que, coletivamente, beira a perfeição.
sexta-feira, setembro 23, 2011
Tudo igual no clássico português
Jorge Jesus respeitou o Porto fora de casa. Abriu mão do habitual 4-2-3-1 para se fechar com duas linhas de quatro e explorar o contra-ataque. No clássico desta sexta-feira, Nolito e Gaitán preencheram os lados do campo mais do que de costume.
Ainda assim, em função das estruturas táticas das equipes, os duelos individuais ficaram bem definidos: Hulk x Emerson, Varela x Maxi Pereira, Guarín x Javi Garcia, Moutinho x Witsel, Fucile x Nolito, Alvaro Pereira x Gaitán, Kléber x Luisão/Garay, Rolando/Otamendi x Cardozo, e Fernando x Aimar, quando o argentino voltava para buscar a bola, armar o jogo e configurar o 4-4-1-1.
A primeira etapa foi dominada pelos Dragões, que concentraram as tramas ofensivas pelos flancos, em especial o direito, com Fucile, Guarín e Hulk (sempre forte na diagonal). Pelo lado oposto, Alvaro, Moutinho e Varela fizeram o mesmo, mas com menos intensidade. Na referência do ataque, Kléber foi pouco acionado, embora tenha aberto o placar aos 37, em cobrança de falta de Guarín (cabeceio certeiro na primeira trave).
Parecia que a etapa derradeira seria diferente, já que logo aos 2 minutos Cardozo recebeu belo passe de Nolito e empatou. No entanto os anfitriões responderam em seguida. Após jogada de bola parada, Varela recebeu na linha de fundo e cruzou rasteiro para Otamendi ampliar: 2 a 1. Apesar de algumas chances criadas pelo Benfica nos contra-golpes, a superioridade do Porto continuou, porém não foi traduzida no resultado final.
Aos 25 Bruno César entrou no lugar de Nolito e Saviola no de Aimar. Com o ex-corintiano aberto na direta, Gaitán na esquerda e Saviola por dentro, o time de Lisboa melhorou com relativo sucesso e arrancou o 2 a 2 aos 37 minutos, na finalização de esquerda do número 20.
Ainda assim, em função das estruturas táticas das equipes, os duelos individuais ficaram bem definidos: Hulk x Emerson, Varela x Maxi Pereira, Guarín x Javi Garcia, Moutinho x Witsel, Fucile x Nolito, Alvaro Pereira x Gaitán, Kléber x Luisão/Garay, Rolando/Otamendi x Cardozo, e Fernando x Aimar, quando o argentino voltava para buscar a bola, armar o jogo e configurar o 4-4-1-1.
A primeira etapa foi dominada pelos Dragões, que concentraram as tramas ofensivas pelos flancos, em especial o direito, com Fucile, Guarín e Hulk (sempre forte na diagonal). Pelo lado oposto, Alvaro, Moutinho e Varela fizeram o mesmo, mas com menos intensidade. Na referência do ataque, Kléber foi pouco acionado, embora tenha aberto o placar aos 37, em cobrança de falta de Guarín (cabeceio certeiro na primeira trave).
Parecia que a etapa derradeira seria diferente, já que logo aos 2 minutos Cardozo recebeu belo passe de Nolito e empatou. No entanto os anfitriões responderam em seguida. Após jogada de bola parada, Varela recebeu na linha de fundo e cruzou rasteiro para Otamendi ampliar: 2 a 1. Apesar de algumas chances criadas pelo Benfica nos contra-golpes, a superioridade do Porto continuou, porém não foi traduzida no resultado final.
Aos 25 Bruno César entrou no lugar de Nolito e Saviola no de Aimar. Com o ex-corintiano aberto na direta, Gaitán na esquerda e Saviola por dentro, o time de Lisboa melhorou com relativo sucesso e arrancou o 2 a 2 aos 37 minutos, na finalização de esquerda do número 20.
quinta-feira, setembro 15, 2011
Por que Mano mudou de opinião?
Mano levou Lúcio, Elano, Fred e outros à Copa América por causa da experiência. Na preparação do Corinthians para a Libertadores, trouxe Danilo, Tcheco, Iarley. Experiência. Para mim, o treinador da Seleção acredita demais nesse quesito. E é por causa da experiência que Ronaldinho está de volta.
Mano tem lá seus motivos para convocar o camisa 10 do Flamengo, e eu tenho os meus para discordar. E meus argumentos são muito semelhantes ao do próprio Mano, revelados em março de 2009, no Arena SporTV. Entre eles, é mais fácil tocar de lado do que partir pra cima. Confira aqui.
Por que o técnico mudou de opinião? Está contando com a bendita experiência do Gaúcho, ou será que o futebol/vontade de Ronaldinho hoje é melhor do que ele apresentava no Milan? Na minha visão, na melhor das hipóteses, é igual.
Sim, nado contra a corrente e não entendo por que Ronaldinho está de volta à Seleção. Também creio que não tem bola para figurar na lista de 2014. Além do que, para acomodá-lo entre os onze, Mano tira Neymar de seu habitat natural, a ponta esquerda. Vale a pena?
Mano tem lá seus motivos para convocar o camisa 10 do Flamengo, e eu tenho os meus para discordar. E meus argumentos são muito semelhantes ao do próprio Mano, revelados em março de 2009, no Arena SporTV. Entre eles, é mais fácil tocar de lado do que partir pra cima. Confira aqui.
Por que o técnico mudou de opinião? Está contando com a bendita experiência do Gaúcho, ou será que o futebol/vontade de Ronaldinho hoje é melhor do que ele apresentava no Milan? Na minha visão, na melhor das hipóteses, é igual.
Sim, nado contra a corrente e não entendo por que Ronaldinho está de volta à Seleção. Também creio que não tem bola para figurar na lista de 2014. Além do que, para acomodá-lo entre os onze, Mano tira Neymar de seu habitat natural, a ponta esquerda. Vale a pena?
segunda-feira, setembro 12, 2011
Pré-jogo: Barcelona x Milan
Independente de quem esteja do outro lado do campo, no Camp Nou o Barcelona joga adiantado, domina a posse de bola no gramado ofensivo, envolve o adversário a toques curtos, pacientes e objetivos até criar as oportunidades de gol. Quando perde a bola, marca por pressão. Contra o Milan, nesta terça-feira, não deve ser diferente.
Sem Robinho e Ibrahimovic, Allegri deve escalar Cassano e Pato na frente, o que não deixa de ser boa opção para o contra-ataque, artifício que deve ser o mais utilizado pelo time italiano para aprontar pra cima da avançada linha de defesa azulgrená, provavelmente composta por Mascherano e Puyol, atletas não tão rápidos.
Pelo lado dos donos da casa, o desenrolar não deve fugir do script descrito no primeiro parágrafo: posse, pressão e chances. Não creio, porém, que Van Bommel marcará Messi individulamente. A marcação deve ser por zona, mas com o holandês na nuca do argentino.
E se a disposição tática e as peças forem essas mesmo, quem pode ter espaço para brilhar é Iniesta, já que o três quatrão Ambrosini não prima pelo desarme, tampouco pela velocidade. Xavi, em contrapartida, deve ter mais trabalho com Aquilani.
Tentativa de previsão à parte, a bola rola pra valer às 15h45, horário de Brasília, na estreia da fase de grupos da Champions League.
Sem Robinho e Ibrahimovic, Allegri deve escalar Cassano e Pato na frente, o que não deixa de ser boa opção para o contra-ataque, artifício que deve ser o mais utilizado pelo time italiano para aprontar pra cima da avançada linha de defesa azulgrená, provavelmente composta por Mascherano e Puyol, atletas não tão rápidos.
Pelo lado dos donos da casa, o desenrolar não deve fugir do script descrito no primeiro parágrafo: posse, pressão e chances. Não creio, porém, que Van Bommel marcará Messi individulamente. A marcação deve ser por zona, mas com o holandês na nuca do argentino.
E se a disposição tática e as peças forem essas mesmo, quem pode ter espaço para brilhar é Iniesta, já que o três quatrão Ambrosini não prima pelo desarme, tampouco pela velocidade. Xavi, em contrapartida, deve ter mais trabalho com Aquilani.
Tentativa de previsão à parte, a bola rola pra valer às 15h45, horário de Brasília, na estreia da fase de grupos da Champions League.
quinta-feira, setembro 08, 2011
Como joga o líder do Brasileirão
Há quase três semanas escrevi aqui no blog por que achava que Alex tinha de ser titular. Quando foi contratado, inclusive, publiquei uma prancheta com ele e mais dez. Apesar de ainda despertar certa desconfiança em alguns torcedores, mantenho minha opinião de olhos fechados: é o camisa 12 mais dez.
Contra o Flamengo, nesta quinta, não foi determinante e decisivo, mas foi bastante participativo. Organizou a equipe com relativo sucesso, sem falar nos inúmeros arremates de fora da área. Contudo o foco aqui não é o jogador em si, até porque não fez uma partida genial, mas sim o time, que joga no 4-2-3-1.
Na estrutura tática de Tite, pelo menos no confronto contra o Mengão, co-responsável por Ronaldinho, Alessandro pouco apoiou, ao contrário de Ramon, que chegou à frente diversas vezes. A exemplo do que fez Paulinho, provavelmente o segundo melhor em campo, atrás apenas do autor dos dois gols alvinegros.
Liedson, aliás, em alguns momentos do primeiro tempo inverteu de posição com Emerson, passando a jogar aberto na esquerda e buscando a diagonal. Do outro lado, Jorge Henrique, quando não estava marcando o lateral-esquerdo adversário, visava a linha de fundo.
Na segunda etapa, com Willian no lugar do 23 (e mais tarde Danilo no de Alex), o Timão ganhou fôlego, foi pra cima e chegou à virada merecidamente.
Para mim, o esquema e as peças estão bem definidos. A única disputa, me parece, é entre Jorge Henrique e Willian. E resta saber se com Adriano o treinador vai manter o sistema e deslocar Liedson para uma das beiradas.
Contra o Flamengo, nesta quinta, não foi determinante e decisivo, mas foi bastante participativo. Organizou a equipe com relativo sucesso, sem falar nos inúmeros arremates de fora da área. Contudo o foco aqui não é o jogador em si, até porque não fez uma partida genial, mas sim o time, que joga no 4-2-3-1.
Na estrutura tática de Tite, pelo menos no confronto contra o Mengão, co-responsável por Ronaldinho, Alessandro pouco apoiou, ao contrário de Ramon, que chegou à frente diversas vezes. A exemplo do que fez Paulinho, provavelmente o segundo melhor em campo, atrás apenas do autor dos dois gols alvinegros.
Liedson, aliás, em alguns momentos do primeiro tempo inverteu de posição com Emerson, passando a jogar aberto na esquerda e buscando a diagonal. Do outro lado, Jorge Henrique, quando não estava marcando o lateral-esquerdo adversário, visava a linha de fundo.
Na segunda etapa, com Willian no lugar do 23 (e mais tarde Danilo no de Alex), o Timão ganhou fôlego, foi pra cima e chegou à virada merecidamente.
Para mim, o esquema e as peças estão bem definidos. A única disputa, me parece, é entre Jorge Henrique e Willian. E resta saber se com Adriano o treinador vai manter o sistema e deslocar Liedson para uma das beiradas.
O que falta ao Cruzeiro
Vou ficar devendo uma análise mais esmiuçada porque só consegui ver o jogo até os 10 minutos do 2º tempo. Porém o que ocorreu na 1ª etapa foi suficiente para detectar alguns vários defeitos e algumas poucas virtudes do time.
O Cruzeiro foi a campo no 4-4-2 em losango, com o volante Marquinhos Paraná na lateral direita, o garoto Gabriel Araújo na esquerda e Anselmo Ramon no ataque, ao lado de Keirrison. E foi exatamente nestas posições/funções que a Raposa pecou diante do Fluminense.
Ficou nítido o quanto o Cruzeiro depende de seu camisa 10. Não fosse a individualidade de Montillo e os apoios de Charles, nada de produtivo ofensivamente teria acontecido. Em compensação as laterais e a dupla de frente não funcionaram.
Ficou clara também a falta que Vitor e Diego Renan fazem. Não são os melhores do mundo, mas dão a dinâmica e a objetividade aos corredores que seus substitutos não dão. Tanto é que, no intervalo, Gabriel Araújo foi sacado. Ou seja: não conseguiu cumprir o que lhe foi passado.
A outra grande falha, na minha opinião, passa pela composição do elenco. Dos, sei lá, cinco, seis atacantes do plantel, apenas um tem característica de segundo atacante: Wallyson. Com o jogador no estaleiro, acaba sobrando para os "atacantes de referência" fazerem o papel de "atacante de movimentação". Contra o Flu, foi a vez de Anselmo Ramon, que, claro, não é do ramo e não foi capaz de cair pelos lados, de voltar para se aproximar do meio-campo, nem de alimentar o 9. Resultado: também foi substituído no intervalo.
Até aqui, Montillo tem levado o Cruzeiro nas costas. Não fosse ele, a situação poderia ser pior. Se continuar dependendo exclusivamente dele, no entanto, a situação não tende a melhorar.
O Cruzeiro foi a campo no 4-4-2 em losango, com o volante Marquinhos Paraná na lateral direita, o garoto Gabriel Araújo na esquerda e Anselmo Ramon no ataque, ao lado de Keirrison. E foi exatamente nestas posições/funções que a Raposa pecou diante do Fluminense.
Ficou nítido o quanto o Cruzeiro depende de seu camisa 10. Não fosse a individualidade de Montillo e os apoios de Charles, nada de produtivo ofensivamente teria acontecido. Em compensação as laterais e a dupla de frente não funcionaram.
Ficou clara também a falta que Vitor e Diego Renan fazem. Não são os melhores do mundo, mas dão a dinâmica e a objetividade aos corredores que seus substitutos não dão. Tanto é que, no intervalo, Gabriel Araújo foi sacado. Ou seja: não conseguiu cumprir o que lhe foi passado.
A outra grande falha, na minha opinião, passa pela composição do elenco. Dos, sei lá, cinco, seis atacantes do plantel, apenas um tem característica de segundo atacante: Wallyson. Com o jogador no estaleiro, acaba sobrando para os "atacantes de referência" fazerem o papel de "atacante de movimentação". Contra o Flu, foi a vez de Anselmo Ramon, que, claro, não é do ramo e não foi capaz de cair pelos lados, de voltar para se aproximar do meio-campo, nem de alimentar o 9. Resultado: também foi substituído no intervalo.
Até aqui, Montillo tem levado o Cruzeiro nas costas. Não fosse ele, a situação poderia ser pior. Se continuar dependendo exclusivamente dele, no entanto, a situação não tende a melhorar.
quarta-feira, setembro 07, 2011
Botafogo de palha?
Um goleiro de seleção, um zagueiro artilheiro, dois laterais ofensivos, uma senhora dupla de volantes, dois meias talentosos, dois atacantes raçudos e um treinador competente. Além do comprometimento, essa é a receita da campanha alvinegra.
Até onde vai o Botafogo? Vai brigar pelo título do Brasileirão até a última rodada ou vai disputar "apenas" uma vaga na Libertadores? Tem gás e banco de reservas para erguer a taça ou vai se contentar com a presença no torneio continental?
É claro que um time vencedor não se faz somente de elenco, mas não há dúvida de que um plantel com boas peças de reposição é essencial para se alcançar o objetivo. É aí que pode ser o Calcanhar de Aquiles. Pode.
Não há dúvida também que a equipe titular está redondinha. No 4-2-3-1 implantado por Caio Júnior, Lucas e Bruno Cortês são os laterais, Marcelo Mattos e Renato os volantes, Elkeson o meia por dentro, Maicosuel e Herrera os homens das beiradas e Loco Abreu o da referência. (Vale destacar a flexibilidade de Elkeson, que também pode atuar na ponta quando preciso, com Felipe Menezes na articulação central, como no 1 a 0 sobre o Galo.)
Que o time titular está redondinho, está. Talvez o melhor e mais entrosado do campeonato até o momento. No entanto, há elenco suficiente para manter o ritmo até o fim? Será que as suspensões e lesões, processos naturais do caminho, serão capazes de apagar a chama do Fogão? Ou será que o Bota vai superar os obstáculos e prognósticos pessimistas e se tornar campeão?
A diretoria, o treinador, os atletas e a torcida estão de parabéns. Todos parecem estar focados na mesma meta. Entretanto, confesso, não compartilho da empolgação atual e ainda me considero cético quanto à possibilidade de título.
Até onde vai o Botafogo? Vai brigar pelo título do Brasileirão até a última rodada ou vai disputar "apenas" uma vaga na Libertadores? Tem gás e banco de reservas para erguer a taça ou vai se contentar com a presença no torneio continental?
É claro que um time vencedor não se faz somente de elenco, mas não há dúvida de que um plantel com boas peças de reposição é essencial para se alcançar o objetivo. É aí que pode ser o Calcanhar de Aquiles. Pode.
Não há dúvida também que a equipe titular está redondinha. No 4-2-3-1 implantado por Caio Júnior, Lucas e Bruno Cortês são os laterais, Marcelo Mattos e Renato os volantes, Elkeson o meia por dentro, Maicosuel e Herrera os homens das beiradas e Loco Abreu o da referência. (Vale destacar a flexibilidade de Elkeson, que também pode atuar na ponta quando preciso, com Felipe Menezes na articulação central, como no 1 a 0 sobre o Galo.)
Que o time titular está redondinho, está. Talvez o melhor e mais entrosado do campeonato até o momento. No entanto, há elenco suficiente para manter o ritmo até o fim? Será que as suspensões e lesões, processos naturais do caminho, serão capazes de apagar a chama do Fogão? Ou será que o Bota vai superar os obstáculos e prognósticos pessimistas e se tornar campeão?
A diretoria, o treinador, os atletas e a torcida estão de parabéns. Todos parecem estar focados na mesma meta. Entretanto, confesso, não compartilho da empolgação atual e ainda me considero cético quanto à possibilidade de título.
segunda-feira, setembro 05, 2011
Ronaldinho faz Neymar mudar de posição
Assim que perdeu Ganso aos 9 minutos da primeira etapa, Mano Menezes trocou o 4-2-3-1 (previsto aqui) pelo 4-3-3 (um volante e dois meias), com a entrada de Elias.
O esquema não é novidade. Quando não pôde contar com o camisa 10 santista, o treinador optou pela mesma estrutura tática, vide os amistosos contra Romênia e Holanda e outros não registrados no blog. Se não me engano, ocorreu o mesmo contra a França.
Quando Ganso não está apto, a alternativa é pertinente. Porém as peças poderiam ser diferentes. Como por exemplo, Hernanes, que preenche todos os requisitos para a posição: poder de marcação, visão, qualidade no passe, no cruzamento e arremate de fora da área. Não tem a velocidade de Elias ou Fernandinho, mas tem bola para cumprir o papel, além de poder fazer o segundo volante no 4-2-3-1.
No intervalo, com um a mais em campo e no placar, Mano sacou Fernandinho, autor da assistência no gol de Leandro Damião, e colocou o canhoto Hulk. O número 20 entrou bem na partida e criou boas oportunidades de ataque. Não foi genial, mas mostrou por que deve continuar sendo chamado. Sem dúvida pode render mais pela ponta direita do que Robinho.
Com o jogador do Porto no gramado, o técnico do Brasil voltou ao 4-2-3-1, só que desta vez, para minha surpresa, com Neymar por dentro. Ou seja: para acomodar Ronaldinho, tanto no primeiro quanto no segundo tempo, Mano mudou o posicionamento do craque da Vila. Será que vale a pena?
Falando em Ronaldinho, aliás, não vi toda essa bola que muita gente viu diante de Gana. Para mim foi comum, suportado pelas cobranças de falta, escanteios e lançamentos. Na minha opinião, pouco para retornar a vester a amarelinha. Os argumentos "experiência" e "referência" para trazê-lo de volta soam estranhos aos meus ouvidos.
A nota boa fica por parte de Leandro Damião, que aproveitou a chance com unhas e dentes e mostrou ao comandante por qual motivo deveria ter ido à Copa América. Pato vai ter que comer muita grama para reconquistar a 9. Condições ele tem.
O esquema não é novidade. Quando não pôde contar com o camisa 10 santista, o treinador optou pela mesma estrutura tática, vide os amistosos contra Romênia e Holanda e outros não registrados no blog. Se não me engano, ocorreu o mesmo contra a França.
Quando Ganso não está apto, a alternativa é pertinente. Porém as peças poderiam ser diferentes. Como por exemplo, Hernanes, que preenche todos os requisitos para a posição: poder de marcação, visão, qualidade no passe, no cruzamento e arremate de fora da área. Não tem a velocidade de Elias ou Fernandinho, mas tem bola para cumprir o papel, além de poder fazer o segundo volante no 4-2-3-1.
No intervalo, com um a mais em campo e no placar, Mano sacou Fernandinho, autor da assistência no gol de Leandro Damião, e colocou o canhoto Hulk. O número 20 entrou bem na partida e criou boas oportunidades de ataque. Não foi genial, mas mostrou por que deve continuar sendo chamado. Sem dúvida pode render mais pela ponta direita do que Robinho.
Com o jogador do Porto no gramado, o técnico do Brasil voltou ao 4-2-3-1, só que desta vez, para minha surpresa, com Neymar por dentro. Ou seja: para acomodar Ronaldinho, tanto no primeiro quanto no segundo tempo, Mano mudou o posicionamento do craque da Vila. Será que vale a pena?
Falando em Ronaldinho, aliás, não vi toda essa bola que muita gente viu diante de Gana. Para mim foi comum, suportado pelas cobranças de falta, escanteios e lançamentos. Na minha opinião, pouco para retornar a vester a amarelinha. Os argumentos "experiência" e "referência" para trazê-lo de volta soam estranhos aos meus ouvidos.
A nota boa fica por parte de Leandro Damião, que aproveitou a chance com unhas e dentes e mostrou ao comandante por qual motivo deveria ter ido à Copa América. Pato vai ter que comer muita grama para reconquistar a 9. Condições ele tem.
segunda-feira, agosto 29, 2011
A sinuca de bico de Kaká
José Mourinho não vai abrir mão do 4-2-3-1. Pode haver alguma variação em um jogo aqui, outro ali, mas a base para essa temporada, a exemplo da anterior, segue sendo a linha de quatro, os dois volantes, o meia central, os pontas e o centroavante.
Em tese Kaká disputa vaga apenas com Özil, a quem Guti rotulou no Twitter neste fim de semana como "o craque do Madrid". A fase do alemão é excelente e a chance dele ir para o banco é nula. Portanto o brasileiro disputa uma vaga com Di María. Mas não para atuar aberto.
Em fevereiro deste ano, por exemplo, Kaká chegou a ser titular ao lado de Cristiano Ronaldo e Özil (veja aqui), com Di María à parte. No entanto me parece claro que o rendimento da equipe é melhor com Özil por dentro e Di María por fora, e não sei se o treinador estaria disposto a mudar o posicionamento do camisa 10.
Para a maioria dos votantes, na enquete realizada aqui no blog há alguns dias, Kaká não tem vaga entre os onze: 45% dos 50 votos, contra 36% (sim, no lugar de Di María) e 19% (sim, no lugar de Özil). Eis o dilema: deixar o clube pela porta dos fundos ou permanecer como reserva? Ou, claro, reconquistar a titularidade na bola?
É evidente que ele não está com toda essa moral com Mourinho, com os torcedores e com a imprensa madrilenha de uma forma geral. Contudo creio que Kaká põe fé em seu taco para sair dessa sinuca de bico e dar a volta por cima. Se vai conseguir, é outra história.
Em tese Kaká disputa vaga apenas com Özil, a quem Guti rotulou no Twitter neste fim de semana como "o craque do Madrid". A fase do alemão é excelente e a chance dele ir para o banco é nula. Portanto o brasileiro disputa uma vaga com Di María. Mas não para atuar aberto.
Em fevereiro deste ano, por exemplo, Kaká chegou a ser titular ao lado de Cristiano Ronaldo e Özil (veja aqui), com Di María à parte. No entanto me parece claro que o rendimento da equipe é melhor com Özil por dentro e Di María por fora, e não sei se o treinador estaria disposto a mudar o posicionamento do camisa 10.
Para a maioria dos votantes, na enquete realizada aqui no blog há alguns dias, Kaká não tem vaga entre os onze: 45% dos 50 votos, contra 36% (sim, no lugar de Di María) e 19% (sim, no lugar de Özil). Eis o dilema: deixar o clube pela porta dos fundos ou permanecer como reserva? Ou, claro, reconquistar a titularidade na bola?
É evidente que ele não está com toda essa moral com Mourinho, com os torcedores e com a imprensa madrilenha de uma forma geral. Contudo creio que Kaká põe fé em seu taco para sair dessa sinuca de bico e dar a volta por cima. Se vai conseguir, é outra história.
sábado, agosto 27, 2011
Pré-jogo: Flamengo x Vasco
A marcação não é individual, mas o duelo vai ser bonito: Ronaldinho x Dedé. Como o craque do Flamengo joga aberto na esquerda e o ídolo vascaíno na direita, o enfrentamento entre eles vai ser inevitável e admirável.
Em relação ao meio campo, é possível que Bottinelli por vezes feche por dentro para que Rômulo não tenha liberdade para avançar. Se assim for, o confronto tático ficará espelhado, com ambos times no 4-4-2 em losango.
Sem Aírton, é provável que Willians assuma a cabeça da área, região por onde Diego Souza atua. Por isso o camisa 10 cruzmaltino deverá buscar os lados do campo, em especial o esquerdo, para fugir da marcação cerrada do rubronegro.
A válvula de escape pelo lado do Fla deve ser Luiz Antonio, que cumpriu esse papel com maestria em outras oportunidades. Caberá, aparentemente, a Jumar impedi-lo.
Tentativa de previsão à parte, o pontapé inicial será dado neste domingo às 16h, horário de Brasília, no Engenhão.
Em relação ao meio campo, é possível que Bottinelli por vezes feche por dentro para que Rômulo não tenha liberdade para avançar. Se assim for, o confronto tático ficará espelhado, com ambos times no 4-4-2 em losango.
Sem Aírton, é provável que Willians assuma a cabeça da área, região por onde Diego Souza atua. Por isso o camisa 10 cruzmaltino deverá buscar os lados do campo, em especial o esquerdo, para fugir da marcação cerrada do rubronegro.
A válvula de escape pelo lado do Fla deve ser Luiz Antonio, que cumpriu esse papel com maestria em outras oportunidades. Caberá, aparentemente, a Jumar impedi-lo.
Tentativa de previsão à parte, o pontapé inicial será dado neste domingo às 16h, horário de Brasília, no Engenhão.
Pré-jogo: Santos x São Paulo
A maioria das prévias mostra o São Paulo no 4-4-2 em losango, com Wellington, Casemiro, Carlinhos e Rivaldo no meio campo. Posso estar redondamente enganado, porém tenho a sensação de que Adilson vai utilizar três zagueiros.
Por quê? Não só para ter alguém na sobra no embate com Neymar e Borges, mas principalmente por causa do ponto fraco santista: a bola aérea. Embora o mandante tenha um time superior, os visitantes podem surpreender numa cobrança de escanteio ou de falta.
Outro argumento a favor dos três zagueiros é a liberação dos laterais. Geralmente bastante ofensivos, Danilo e Léo podem ser sufocados por Juan e Piris. A desvantagem, no entanto, é a inferioridade numérica no setor do meio.
Se Adilson optar pelo 3-5-2, o miolo do meia cancha deverá ser dominado pelo Santos, e quem poderá aproveitar a superioridade é Arouca. Elano, que deverá encontrar espaços preciosos às costas de Juan, deverá ser vigiado por Carlinhos, e Ganso por Casemiro.
Já no ataque, evidentemente que três zagueiros não garantem o freio sobre Neymar. Sem falar no artilheiro e pivô Borges, que poderá fazer a parede pelo corredor central para as tabelas de quem vem de trás.
Rascunhos, teorias e tentativas de previsões à parte, a bola rola pra valer às 16h deste domingo na Vila Belmiro.
Por quê? Não só para ter alguém na sobra no embate com Neymar e Borges, mas principalmente por causa do ponto fraco santista: a bola aérea. Embora o mandante tenha um time superior, os visitantes podem surpreender numa cobrança de escanteio ou de falta.
Outro argumento a favor dos três zagueiros é a liberação dos laterais. Geralmente bastante ofensivos, Danilo e Léo podem ser sufocados por Juan e Piris. A desvantagem, no entanto, é a inferioridade numérica no setor do meio.
Se Adilson optar pelo 3-5-2, o miolo do meia cancha deverá ser dominado pelo Santos, e quem poderá aproveitar a superioridade é Arouca. Elano, que deverá encontrar espaços preciosos às costas de Juan, deverá ser vigiado por Carlinhos, e Ganso por Casemiro.
Já no ataque, evidentemente que três zagueiros não garantem o freio sobre Neymar. Sem falar no artilheiro e pivô Borges, que poderá fazer a parede pelo corredor central para as tabelas de quem vem de trás.
Rascunhos, teorias e tentativas de previsões à parte, a bola rola pra valer às 16h deste domingo na Vila Belmiro.
sexta-feira, agosto 26, 2011
Pré-jogo: Fluminense x Botafogo
Embora o Botafogo jogue no 4-5-1 com os chamados três meias ofensivos à frente dos dois volantes, a superioridade numérica no miolo do meio campo é do Fluminense, que atua no 4-4-2 em losango.
É provável que Elkeson e Maicosuel batam com Carlinhos e Mariano, Felipe Menezes com Edinho, Valencia com Renato (ou Marcelo Mattos), e Lanzini com Marcelo Mattos (ou Renato). Já Souza (se substituir Marquinho), em tese, terá caminho livre para avançar.
E se caso o camisa 9 alvinegro fechar por dentro para cercar o 21 tricolor, Carlinhos pode ganhar o corredor e ficar no um contra um com Lucas, auxiliado por Lanzini e Rafael Moura.
Pelo lado do Bota, em contrapartida, tanto Elkeson quanto Maicosuel devem encontrar espaços às costas dos laterais adversários. Os dois devem ser peças-chave no contra-ataque, possivelmente alimentado por Felipe Menezes e Renato.
Se a jogada se desenvolver pela esquerda, Felipe Menezes deve encostar em Maicosuel, e Elkeson em Herrera, não apenas visando o cruzamento. Se se desenvolver pela direita, quem deve aparecer na área para se aproximar do centroavante é Maicosuel.
Teorias à parte, a bola rola na prática neste sábado às 18h, horário de Brasília, no Engenhão, pela 19ª rodada do Brasileirão.
É provável que Elkeson e Maicosuel batam com Carlinhos e Mariano, Felipe Menezes com Edinho, Valencia com Renato (ou Marcelo Mattos), e Lanzini com Marcelo Mattos (ou Renato). Já Souza (se substituir Marquinho), em tese, terá caminho livre para avançar.
E se caso o camisa 9 alvinegro fechar por dentro para cercar o 21 tricolor, Carlinhos pode ganhar o corredor e ficar no um contra um com Lucas, auxiliado por Lanzini e Rafael Moura.
Pelo lado do Bota, em contrapartida, tanto Elkeson quanto Maicosuel devem encontrar espaços às costas dos laterais adversários. Os dois devem ser peças-chave no contra-ataque, possivelmente alimentado por Felipe Menezes e Renato.
Se a jogada se desenvolver pela esquerda, Felipe Menezes deve encostar em Maicosuel, e Elkeson em Herrera, não apenas visando o cruzamento. Se se desenvolver pela direita, quem deve aparecer na área para se aproximar do centroavante é Maicosuel.
Teorias à parte, a bola rola na prática neste sábado às 18h, horário de Brasília, no Engenhão, pela 19ª rodada do Brasileirão.
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