Vejo Joel mais como atacante de beirada do que como centroavante. Mas posso estar errado (o que é mais provável). Pode ser que ele renda mais como nove mesmo. Se assim for, se Marcelo Oliveira enxergar no camaronês de 21 anos um camisa 9, a briga dele por uma vaga no XI do Cruzeiro 2015 será com Leandro Damião. Agora, caso Marcelo entenda que Joel vai bem pelas beiradas, sua briga torna-se um pouco mais ampla.
No 4-2-3-1 do bicampeão brasileiro, o canhoto Éverton Ribeiro joga à direita da linha de três, Ricardo Goulart atua pela faixa central, e a ponta esquerda nunca teve um dono absoluto. Passaram por ali vários jogadores (Dagoberto, Marquinhos, etc). Mas hoje pode-se dizer que Alisson e Willian disputam essa posição, com alguns outros nomes correndo por fora. Entre eles Joel, desde que Marcelo pense dessa maneira, e desde que Damião desencante no comando do ataque (eu acredito que irá desencantar).
Quem assumirá a ponta esquerda? Os treinos e os jogos, e acima de tudo, o treinador, irão dizer. Dito isso, todavia, eu apostaria em Joel. Porém entendo que ele está chegando agora, e há outros em sua frente na fila, em especial Alisson e Willian.
Em relação à dupla de volantes, parece-me que Lucas Silva e Henrique são mesmo as melhores alternativas. Até hoje, aliás, não entendi Nilton titular e Lucas Silva reserva, naquele jogo contra o Atlético-MG, na final da Copa do Brasil 2014. De qualquer forma, desde que Lucas Silva não saia nesta janela de transferências (acredito que não irá sair), me parece a melhor opção, ao lado de Henrique: dois volantes que sabem jogar com a bola no pé, volantes de bom passe e boa finalização de média e longa distância, fundamentos essenciais à posição.
No miolo do setor defensivo, Dedé e Manoel me parecem os melhores zagueiros do elenco. E até que se prove o contrário, não vejo motivos para não escalá-los juntos. Ficaria uma dupla lenta e pesada? Tenho lá minhas dúvidas. A única certeza de que tenho, na real, é a de que Manoel tem de ser titular. Para mim, trata-se do melhor zagueiro em atividade no Brasil, e isso já justifica minha posição sobre ele. Quanto à lateral direita, só digo uma coisa: o talento supera a experiência. Logo, Ceará no banco e Mayke no campo. De resto, Fábio no gol, claro, e Egídio na outra lateral.
Seja como for, com Joel centroavante, na ponta ou na reserva, com Damião voando ou não, com Manoel titular ou não, o fato é que o Cruzeiro entra na Libertadores 2015 como um dos favoritos ao título (no Brasileirão, então, nem se fala). Resta saber se esse favoritismo se confirma, já que no mata-mata tudo pode acontecer, e a questão emocional é determinante (sem excluir as questões técnica, tática e física, evidentemente).
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