Quando saiu o XI do Liverpool, gostei. Fora de casa, imaginei o time fechado lá atrás num compactado 4-1-4-1, em busca do contra ataque, com Coutinho e Lallana pelas beiradas, como pontas mesmo, além de Sterling no comando. O que se viu na prática, no entanto, foi uma equipe postada no 3-4-2-1, com três zagueiros (Johnson, Skrtel e Lovren), dois volantes (Gerrard e Allen), dois meias (Coutinho e Lallana) e o centroavante (Sterling), além dos alas (Henderson e Moreno), utilizando-se em alguns momentos da marcação adiantada, por pressão.
Essa opção pela linha de três na defesa, penso seu, foi feita por Brendan Rodgers para sobrar um homem na marcação à dupla de ataque do United, no caso composta por van Persie e Wilson. Mais próximo deles se encontrou Mata, uma espécie de enganche no time treinado por van Gaal, enquanto Fellaini e Rooney formaram a dupla de volantes. Isso mesmo: Fellaini e Rooney formaram a dupla de volantes, uma vez que Carrick se aprofundou entre os zagueiros Jones e Evans, configurando assim um 3-4-1-2. Ou seja, ambos atuaram com três zagueiros.
Dessa forma os duelos entre volantes e meias se tornaram inevitáveis. De um lado bem definidos, com Fellaini vs Lallana e Rooney vs Coutinho, e do outro nem tanto, com Gerrard e Allen vs Mata. Entre esses confrontos individuais, destaque para o disputado entre os camisas 10, pois logo aos 12 minutos do primeiro tempo Rooney abriu o placar, após grande jogada de Valencia pela direita, e após vacilo de Coutinho, que deixou de acompanhá-lo na subida. Isso, aliás, foi registrado nesta sequência de tweets (aqui, aqui, aqui e aqui).
Ainda na primeira etapa, Johnson sentiu e foi substituído por Kolo Touré, aos 26 minutos. E ainda na primeira etapa, apesar do equilíbrio da partida, Mata, em posição irregular, diga-se de passagem, ampliou para 2 a 0. Já na volta do intervalo, Lallana deu lugar a Balotelli, mas o esquema tático foi mantido, com Sterling na posição de Lallana e Balotelli na de Sterling, centralizado. Outra coisa que foi mantida na etapa final foi o equilíbrio, apesar do gol de van Persie, aos 71 minutos, que decretou o placar final: 3 a 0.
Ah, e merece destaque o goleiro De Gea, que foi bastante exigido e fechou o gol, como de costume. Sem dúvida, foi o melhor jogador do clássico. E, sem dúvida, no momento, no mundo, está atrás apenas de Courtois e Neuer.
Com o resultado deste domingo, passadas 16 rodadas na Premier League 2014/15, o Manchester United chega a 31 pontos, atrás apenas do City (36) e do líder Chelsea (39) na tabela. Já o Liverpool, com 21 pontos, encontra-se parcialmente na nona colocação (pode cair para a décima caso o Tottenham empate ou vença o Swansea ainda hoje).
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