domingo, outubro 06, 2013

Brasil, um mar de piscineiros

O futebol é reflexo da sociedade, até mesmo inconscientemente. Na vitória por 3 a 2 do São Paulo sobre o Vitória, neste sábado, por exemplo, Luis Fabiano machucou a cabeça e usou uma touca de natação para segurar o curativo. Mas como você sabe, isso não é exclusividade do clube do Morumbi. É um método disseminado pelo Brasil, e até onde sei, só pelo Brasil.



O futebol reflete o inconsciente coletivo e esse hábito brasileiro ajuda essa tese. Pois, até onde sei, só no Brasil o jogador que machuca a cabeça usa uma touca de natação dentro do campo. Só no Brasil, onde o jogador tem no DNA a cultura de cavar faltas e simular jogadas. Logo no Brasil, onde o jogador faz jus à fama de cai-cai. Fama, por sinal, que o acompanha pelo mundo, que atravessa o oceano atlântico e desembarca na Europa, onde esse tipo de comportamento é repudiado.

Na Inglaterra, por exemplo, essa atitude é chamada de diving. Lá, jogador que se joga é chamado de diver (mergulhador). E na Espanha, o termo adotado é piscinero. Mas como você sabe, por ironia do destino ou do inconsciente, é no Brasil que os verdadeiros divers, os legítimos piscineros, nadam de braçada, com direito a touca de natação e tudo mais.

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