quarta-feira, setembro 30, 2015

Por que o Bayern é o favorito

Quando a temporada passada acabou, empolgado, eu dizia: o favorito ao título da Champions League 2015/16 é o Barcelona do trio MSN. Fácil. Em especial, claro, por causa do trio MSN. “Com eles, o Barça sempre será o favorito”, eu dizia. Após ler Guardiola Confidencial, no entanto, me dei conta que não é bem assim. O buraco é mais embaixo. Após a conquista da tríplice coroa, o relaxamento é inevitável. E, convenhamos, Luis Enrique não parece ser o cara que irá colocar o Barcelona num patamar acima logo na temporada seguinte à conquista da tríplice coroa, né? Sem falar nas lesões que já rolaram (Messi, Iniesta) e nas que podem rolar.

Sem dúvida, entretanto, o relaxamento após uma temporada tão vitoriosa como a do Barcelona 2014/15, mais do que físico, é mental (sem falar numa possível estagnação tática). Soma-se a isso eventuais problemas físicos, e a probabilidade do bicampeonato torna-se compreensivelmente menor do que eu imaginava. O que não quer dizer que o Barcelona não possa engrenar na reta final da UCL e faturar o bi. Afinal, estamos falando de um time com Messi, Suárez e Neymar, os três atacantes que mais desequilibram individualmente no futebol mundial atual (no momento, Suárez e Lewandowski são os melhores centroavantes, os melhores noves).



Relaxamento à parte, outro fator que pesa contra o Barça e contra minha ideia precipitada de que com o trio MSN os culés seriam favoritos a tudo, mesmo após ter ganhado tudo, é o crescimento dos rivais. Em especial, o crescimento do Bayern de Guardiola. O PSG, agora com Di María, também vem mais forte. E o Real Madrid é sempre o Real Madrid. Porém, em especial, pesa o crescimento do Bayern de Guardiola. Pois estamos falando do time com o melhor treinador e o melhor elenco da competição (veja aqui o Top 10 elencos). Sem falar que este é o terceiro ano de Pep em Munique.

Ou seja, baseado numa premissa básica de evolução, o Bayern 2015/16, dentro de campo, é melhor que o 2014/15, que é melhor que o 2013/14. Dentro de campo. Se vai conquistar a UCL 2015/16, são outros quinhentos, já que no mata-mata tudo pode acontecer, qualquer um pode matar, qualquer um pode morrer. Uma bola na trave ou um pênalti mal marcado pode definir o destino. No entanto, justamente por ser o terceiro ano de Guardiola (o Messi dos treinadores – tem ele, e tem o resto), por estar com o elenco reforçado e com atletas em fase esplendorosa (Douglas Costa, Thiago, Lewandowski), aliado à inevitável ressaca da tríplice coroa do Barcelona, o Bayern surge como o time a ser batido na Champions League.

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