O XI do campeão da Premier League 2016/17 todos nós sabemos de cor e salteado: Courtois; Azpilicueta, David Luiz e Cahill; Moses, Kanté, Matic e Alonso; Pedro, Diego Costa e Hazard. (Willian até foi o titular na primeira metade da temporada, mas depois Pedro conquistou a vaga na bola. É verdade que houve o episódio do falecimento da mãe do jogador brasileiro entre uma coisa e outra, e isso o abalou bastante, porém, no fim das contas, o ponta espanhol ganhou a posição.) Isso tudo, claro, distribuído no 3-4-3.
Desde a mudança para o 3-4-3, por sinal, logo após aquela derrota por 3 a 0 para o Arsenal, no Emirates, na 6ª rodada, o Chelsea fez 32 jogos na Premier League, e os números impressionam: 27 vitórias, 2 empates, 3 derrotas, 75 gols marcados, 24 gols sofridos, 18 clean sheets. Impressionam também a importância e a influência do trabalho de Conte nesta temporada. Seu 3-4-3, em ideia e execução, merece um capítulo à parte no livro da história da tática no futebol. Recomendo, aliás, a análise feita por Eduardo Cecconi em seu blog sobre o 3-4-3 do Conte (veja aqui).
Devido ao sucesso na temporada, é evidente que na próxima essa estrutura será mantida. Portanto, na hora de reforçar o elenco, a movimentação nesta janela de transferências deve ser baseada no 3-4-3 e no seu funcionamento. Hoje, este é o elenco do Chelsea (Fàbregas também pode jogar na linha dos volantes e Pedro também faz a reserva de Hazard):
Em relação ao XI inicial, creio que a prioridade é trazer alguém para jogar ao lado de Kanté. A temporada de Matic foi muito boa, sem dúvida, contudo, para dar um passo à frente e fazer bonito na Champions League 2017/18, é preciso outra peça para formar dupla com Kanté (Fàbregas não é esse cara). A opção ideal seria Verratti (Verratti seria a opção ideal para vários times, na verdade). A notícia, entretanto, é que ele seguirá no PSG. Outras alternativas que passam pela minha mente são Nainggolan, Vidal, Keïta (Leipzig)... Só não entra na minha cabeça, apesar das especulações, a possibilidade desse cara ser Bakayoko. Não é de hoje que se fala em Bakayoko no Chelsea, mas, na minha visão, não faz sentido, uma vez que, para o Chelsea dar o salto de qualidade necessário para fazer bonito na UCL, Kanté precisa de um volante mais criativo ao seu lado.
A segunda peça na lista de prioridades em relação ao XI inicial, acredito eu, seria para ocupar o lugar de Pedro/Willian. Embora Pedro tenha recuperado seu futebol, e apesar de suas características preencherem os quesitos para triunfar no modelo de Conte, para subir de patamar a equipe precisa de um ponta-direita melhor. Traoré pode ser esse jogador? Talvez. Emprestado ao Ajax, o burquino de 21 anos pode agregar mais agressividade à posição. Canhoto, ele pode adicionar mais dribles e gols ao jogo do Chelsea que Pedro e Willian. Sem falar que ele também seria opção para jogar como centroavante.
Para encerrar as possíveis chegadas para o XI titular, se Diego Costa sair, tenho minhas dúvidas sobre se Batshuayi assume a camisa 9. Se sim, é um problema a menos (Batshuayi titular e Traoré reserva). Se não, alguém deve chegar. Quem? Fala-se em Lukaku. Mas Belotti e Aubameyang me parecem encaixar melhor no estilo de Conte. Não sei. Vamos ver. Isso, claro, se Diego Costa sair (para a China).
De qualquer forma, para subir um degrau na próxima temporada, o Chelsea precisa dessas duas ou três peças para o time titular, e de algumas outras para compor o plantel. Com a saída de Terry, por exemplo, outro zagueiro deve pintar (provavelmente o dinamarquês Christensen, 21 anos, emprestado ao Mönchengladbach). Baba Rahman, 22, também pode voltar do empréstimo ao Schalke para ser o reserva de Alonso. Enfim. Seja como for, o fato é que o campeão inglês precisa de uns poucos porém bons reforços para fazer frente aos gigantes da Europa (e para defender o título da Premier League).
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