Como disse no post intitulado “O novo ponta-esquerda do Timão” (Carlão trouxa), Dudu é jogador de beirada. É jogador de velocidade, de drible, de condução. É winger. Não é meia. Não é jogador de faixa central, de técnica, de passe. É de lado de campo. Minha dúvida só é de qual lado. A resposta deveria ser simples: lado esquerdo. Dudu é ponta-esquerda e ponto final. Contudo, com Zé Roberto na possível linha de três do 4-2-3-1 de Oswaldo de Oliveira, pode ser que Dudu passe para a ponta direita, para que Zé fique na esquerda (prancheta abaixo, com numeração fictícia). Porém essa projeção pode ser alterada se a opção pelo pé invertido ganhar força na cabeça do treinador, e o canhoto Zé Roberto for escalado à direita, para buscar o jogo por dentro e abrir o corredor para Lucas (e Dudu na dele, à esquerda).
Tudo isso com Valdivia atrás do nove.

Quando Valdivia não estiver à disposição (convenhamos, geralmente quase metade da temporada), aí sim a ponta esquerda deve ser toda de Dudu, com Zé Roberto no lugar do chileno, centralizado, e Allione na ponta direita. Isso, claro, partindo de dois princípios básicos: que Oswaldo vai utilizar o 4-2-3-1, e que Zé Roberto não jogará na lateral, posição onde atuou no Grêmio 2014, e que deve ser ocupada por Victor Luis no Palmeiras 2015. Dudu e Zé Roberto, aliás, foram talvez os dois principais jogadores de linha do time gaúcho no ano passado. Ambos agora no Palmeiras.
Seja como for, o fato é que Dudu é uma ótima contratação do Palmeiras. Vai preencher uma lacuna importante no plantel alviverde. Chega para assumir essa posição meio carente no futebol brasileiro, posição de lado de campo e de velocidade. E é novo. Completou 23 anos na semana passada. Ou seja, tem bola não só para o curto prazo, mas também para o longo. Chega para render frutos não só hoje, mas também amanhã. Pois se render o que dele se espera, pode gerar uma boa negociação no futuro. Se não para o centro da Europa, para os mercados periféricos.
Como tudo não são flores, só tem uma coisa: Dudu não é goleador. Seu faro de gol não é apurado. Raciocínio que também se aplica aos outros jogadores da linha de três. Em outras palavras, Oswaldo precisa desenvolver o coletivo com excelência para que o time não dependa de Rafael (ou Leandro) nesse quesito. Os volantes e os laterais serão essenciais no processo construtivo e de arremate. Porque não dá para esperar muitos gols dessa possível linha de três. Uma baita linha de três, diga-se de passagem, mas em tese sem tanto poder de finalização. Logo, o coletivo terá de ser bem trabalhado para que a artilharia seja bem distribuída. De qualquer forma, o fato é que o elenco de 2015 já é bem melhor que o de 2014.
Um comentário:
Com a confirmação de Kelvin, Arouca e Jackson a formação defensiva ficaria melhor, na minha opinião ficaria assim:
Prass, Lucas, Jackson, Tóbio, Zé Roberto, Amaral, Arouca, Valdivia, Dudu, Kelvin e Leandro Banana
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