No belo 4 a 0 sobre a Austrália, Joachim Loew escalou a Alemanha no 4-4-2 em linha, com Müller e Podolski nas asas, Schweinsteiger e Khedira por dentro, Lahm e Badstuber nas laterais, e Özil e Klose na frente.
Chamaram a atenção a ofensividade dos camisas 10 e 13 e a movimentação do 8, que transitou por uma extensa faixa do gramado, caiu pelos dois lados, apareceu dentro da área para concluir e buscou o jogo atrás para armar as jogadas.
Um comentário:
Discordo, em partes. Com a bola, a Alemanha se movimentava em uma formação como um 4-2-3-1. Khedira e Schweinsteger mais recuados, Özil centralizado, Podolski aberto pela esquerda, Müller pela direita e Klose como referência. Por vezes, as movimentações dos atacantes pelos flancos abriam espaços para subidas do volante Khedira, que apareceu como elemento-surpresa.
Sem a bola, a Alemanha se postou, por vezes, num 4-4-1-1, com Özil compondo uma linha à frente dos meias, por vezes, num 4-5-1, com o meia do Werder vindo puxar o jogo e abrindo nas alas. Klose ficava na frente, fazendo a referência. Trabalha, nesse caso, melhor de pivô, como fez algumas vezes, escorando bolas pra Podolski e Müller entrarem em profundidade.
Uma outra variação interessante, notada em poucos momentos do jogo, foi um 3-3-1-3. Pode parecer estranho, mas, notei em alguns momentos do jogo, um avanço do lateral Phillippe Lahm até a faixa central. Com isso, Badstuber recuava como terceiro zagueiro, Schweisteiger abria pela esquerda, fechando o espaço, e Khedira como principal volante. Uma linha à frente, Mesut Özil armava a jogada para um trio de atacantes: Podolski, Klose e Müller. Parece meio ofensivo e arriscado, mas muito interessante.
Como Khedira faz bem o papel de proteção, afinal, joga mais recuado no Stuttgart, a zaga não fica tão exposta, e abre espaços para os avanços do bom lateral Lahm, que apóia com muita eficiência.
Foi uma ótima maneira de explorar seu talento.
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