Aleluia. É semana de UEFA Champions League e Copa Libertadores da América. Há mais de um semestre não sabemos o que é isso. Há mais de um semestre fomos privados desse momento glorioso. Há mais de um semestre não vivemos essa overdose de futebol no meio da semana. Portanto devemos celebrar. Nesta terça-feira tem PSG vs Chelsea e Shakhtar vs Bayern, além de The Strongest vs Internacional. Já na quarta-feira tem Schalke 04 vs Real Madrid, Basel vs Porto, Colo-Colo vs Atlético-MG, sem falar no clássico entre Corinthians e São Paulo. Poderia ser mais legal se a Libertadores estivesse iniciando a fase de oitavas de final, como está acontecendo com a Champions League 2014/15. Mas isso não acontece, por uma questão de falta de visão global do esporte por parte de quem manda, em função de um misto de maldade e incompetência (bela combinação, hein?).
Não acontece porque a Libertadores acaba no meio do ano. Sob o ponto de vista brasileiro, no meio da temporada, o que, convenhamos, é um absurdo, uma vez que ela acaba numa quarta-feira e no domingo seguinte tem rodada do Brasileirão, quando na verdade a finalíssima da Libertadores deveria ser o último jogo da temporada (como acontece na Europa com a Champions). Em 2013, por exemplo, salvo engano, o Atlético-MG ganhou a Libertadores na quarta e no fim de semana seguinte teve um jogo contra ninguém menos que o Cruzeiro (o time que acabaria campeão do Brasileirão). Só isso. Como exigir o mesmo nível de concentração? Impossível. No fim do dia o espetáculo é prejudicado, e quem paga o pato é o consumidor, o torcedor.
Pense. Reflita. Se a Libertadores fosse disputada em dois semestres, não teríamos este hiato tão grande entre estas semanas maravilhosas. Mas mais do que isso: se a Libertadores fosse disputada em dois semestres, seus jogos ficariam mais espaçados, e haveria mais tempo aos treinadores e aos times para evoluírem dentro da competição – o que consequentemente elevaria a qualidade do espetáculo dentro das quatro linhas. Contudo, como as pessoas que mandam no futebol do lado de cá do oceano atlântico não se interessam pela qualidade do espetáculo dentro de campo, pois são regidas por uma mistura de incompetência e má fé (que bela combinação, hein?!), nós ficamos a ver navios, em especial durante o segundo semestre do ano, quando não tem Libertadores, e somos sustentados pela fase de grupos da UCL – esta sim, óbvia e inteligentemente disputada em dois semestres.
Um comentário:
não se pode pensar somente no calendário brasileiro. e sim no sul-americano como um todo, assim como se faz na Europa.
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