“Pronto, Pellegrini. Pode pôr Fernandinho agora mesmo.” Quando Suárez fez 2 a 0, logo aos 30 minutos do primeiro tempo, tuitei isso. Em desvantagem no placar, não fazia sentido continuar com Fernando e Milner compondo a dupla de volantes, uma vez que o Manchester City precisaria trabalhar melhor a posse de bola, e o Barcelona não teria motivos para ceder espaços para o contra ataque. Até então, a posse era toda do Barça, e a marcação do City era pra lá de passiva. Ou seja, a dupla Fernando e Milner estava deixando a desejar tanto com a bola mas também sem ela. Pensei que Fernandinho em tese ao menos qualificaria a posse pela faixa central.
No intervalo, 2 a 0 para os visitantes (dois gols de Suárez), segui no Twitter: “Eu voltaria do intervalo com Fernandinho na vaga do Nasri.”. Pellegrini voltou com o mesmo time. Algo compreensível, porém muito conservador para o meu gosto, devido ao contexto da partida. Nos primeiros 10 minutos do segundo tempo, justiça seja feita, o City jogou mais do que em todos os 45 do primeiro, e apresentou uma relativa superioridade em relação ao adversário. Contudo o panorama foi logo voltando ao normal e o Barça foi controlando a posse da bola. Eis que, aos 61’, Fernandinho entrou na vaga de... Nasri. Modéstia à parte, cantei a pedra. Mas não foi nada demais, porque me pareceu evidente que a equipe inglesa precisava de um winger de verdade numa das beiradas (no caso, Milner, que abriu pelo flanco direito quando Fernandinho entrou). Até então, o City contava com dois ditos meias pelas extremas, e isso não ajudava na recomposição, nem na transição rápida.
Fernandinho não mudou o jogo, mas na medida do possível, mudou o City. A qualidade do passe pela faixa central aumentou com ele em campo. O gol de Agüero aos 69’, diga-se, não à toa nasceu de um passe vertical coisa mais linda dele para Silva, que por sua vez deu uma assistência coisa mais linda ainda para o argentino. O toque do brasileiro clareou toda a jogada. Toque que Milner e Fernando, por exemplo, são incapazes de executar.
O gol de Agüero até deu um ânimo aos citizens, porém o Barcelona seguiu com as rédeas da situação nas mãos, e a vaca dos anfitriões foi para o brejo aos 73’, quando Clichy recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Só não foi para um brejo sem volta porque Messi perdeu um pênalti no último minuto do duelo e o placar se manteve em 2 a 1 (para mim Messi mais perdeu do que Hart pegou). No fim das contas, portanto, o resultado ficou de bom tamanho. E o gol de Agüero, aliado ao pênalti perdido por Messi, acendeu um fio de esperança para o City – embora, obviamente, o Barcelona seja o grande favorito para passar para as quartas de final da Champions.
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