No 4-1-4-1 da Bélgica, na minha visão, não faz sentido colocar Chadli por ali (se alguém quiser me ajudar a entender, estou à disposição). Ainda mais quando se enfrenta um oponente "retrancado", o que exige velocidade por fora e passe de qualidade por dentro (o que se viu foi o inverso). Justiça seja feita, porém, não se pode dizer que o péssimo primeiro tempo diante da Argélia, no Mineirão, nesta terça-feira, foi fruto exclusivo dessa opção infeliz do treinador. Não se pode botar a conta toda nessa decisão equivocada. Mas que ela foi a maior responsável, foi, pois ela implica em efeitos colaterais.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXW4P3ZkBT7XzEOZ-oDUk-sHSisjZ9k0Ofz864WY4GAI3g4ebqwa4NhvfCKBQ_dc3oOULSVLBBr2BpxWgi2H-4tgYFYkRf7gTHkmXMOYbuygkwyQam81cyKIoWRhoeEbCMM3Drag/s1600/aaa.png)
Outras escolhas de Wilmots também foram infelizes, é verdade, como deixar Fellaini no banco. Claro, falar depois é fácil, né. Depois que o meio-campista do Manchester United entrou e praticamente mudou o jogo (beijo, Moyes!), em especial por causa da bola aérea, é cômodo apontar o erro inicial do técnico. Contudo, caso Wilmots não tivesse inventado moda com Chadli pela faixa central (why?!), o provável parceiro natural de Dembélé, desde o pontapé inicial, teria sido Fellaini.
No amistoso do dia 26 de maio, contra Luxemburgo, aliás, esse foi o time, com o 8 no XI, ao lado de De Bruyne (confira aqui na prancheta). Ou seja, optar por Chadli pela faixa central não queima apenas o próprio Chaldi, que fica perdido por ali, mas também significa o remanejamento de outros jogadores, como deslocar De Bruyne à beirada direita (em vez de contar com Mertens ou Mirallas por ali, que são da posição, são do ramo).
Enfim. Dentro das minhas limitações de informação e até de conhecimento, parece-me que baixou o Professor Pardal em Wilmots, que ele quis criar algum elemento para surpreender o adversário. Sei lá. Quis encaixar bola no quadrado e quadrado na bola (naqueles brinquedos de crianças e macacos, sabe?). Em outras palavras, complicou, quando na verdade a simplicidade muitas vezes é o segredo do sucesso.
Menos mal que, em tempo, o treinador belga corrigiu no intervalo (assim como fez Sabella no Maracanã, contra a Bósnia), e aos poucos foi encontrando a equipe, com Mertens e Fellaini entre os onze. Registrada minha cornetada, o fato é a que Ótima Geração não estreou bem. A essa altura do campeonato, entretanto, o que importa são os três pontos, e eles vieram. Aos trancos e barrancos, mas vieram (2 a 1 de virada). Agora é se preparar para pegar a Rússia, no Rio, dia 22, também às 13h, de preferência com Fellaini titular e um ponta-direita de ofício na ponta direita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário